PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, DE ACORDO COM A CNE/CES Nº 10/2004 1. HISTÓRICO 1.1. A Universidade A história da Universidade tem suas origens advindas da primeira metade do século XX. Seu registro, legalmente, data de 20 de junho de 1946; ocasião em que, por força do Decreto-Lei nº 9.833, da Presidência da República, foi criada a Universidade do Recife. Todavia, a fundação da Universidade só ocorreu no dia 11 de agosto daquele ano, tornando-a o primeiro grande centro universitário do Nordeste. A Universidade do Recife surgiu por meio de uma junção entre a Faculdade de Direito, fundada no final do século XIX, precisamente no ano de 1817; a Escola de Engenharia, 1895; a Faculdade de Medicina, 1920; a Escola de Belas Artes, 1932; e a Faculdade de Filosofia, fundada em 1941. As obras de construção do campus universitário iniciaram-se no ano de 1948 – no terreno onde antes funcionara o Engenho do Meio – com recursos do Governo do Estado. Quase vinte anos depois, em 1965, foi integrada ao grupo de instituições federais do país, sendo denominada Universidade Federal de Pernambuco, tal qual é conhecida atualmente. Broteiro, esse foi o nome do primeiro prédio construído no campus da Universidade; uma área destinada à criação de animais, num espaço onde estão atualmente o Departamento de Nutrição e o Centro de Ciências da Saúde. Apenas em 1974, foi fundado o Centro de Ciências Sociais Aplicadas (onde funcionam os Cursos de Graduação em Ciências da Administração, Economia, Serviço Social, Secretariado e Ciências Contábeis), através da junção da Faculdade de Ciências Econômicas, antiga Faculdade de Comércio de Pernambuco, e da Escola de Serviço Social. 1.2 O Curso de Graduação em Ciências Contábeis Posteriormente ao reconhecimento do Curso de Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Pernambuco, por intermédio da Lei Federal nº 1.254 de 04 de dezembro de 1950, publicada no Diário Oficial da União em 08 de dezembro daquele mesmo ano, o Conselho Universitário, em sua 3ª sessão, ocorrida no dia primeiro de fevereiro de 1951, decide autorizar a criação e funcionamento do Curso. Aos treze dias do mês de 1 dezembro de 1950, em sessão solene da Congregação da Faculdade de Ciências Econômicas, discutiu-se a criação do Curso de Ciências Contábeis e Atuariais, tendo sido a proposta aprovada pela Congregação. No início do seguinte ano, sob o processo de nº 176/51, o projeto de criação do Curso já passava por apreciação do Conselho Universitário. A criação do Curso de Ciências Contábeis configurou-se como um verdadeiro marco para a História da Contabilidade em Pernambuco, tendo em vista que sua criação consubstanciou-se como o início do ensino superior na esfera contábil dentro do Estado. A primeira turma a formar-se e receber o título de Bacharel em Ciências Contábeis data de janeiro de 1956. Durante a década de 60, a fim de atender às novas exigências da Lei 4.024/61 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o currículo do Curso de Ciências Contábeis passou por uma reforma; momento em que foram adicionadas novas matérias ao currículo mínimo do Curso. O novo currículo foi também elaborado em consonância com o Decreto-Lei 9.295, de 27 de maio de 1946, o qual define, em seus artigos 25 e 26, como atribuições dos bacharéis em Ciências Contábeis, os seguintes trabalhos técnicos de contabilidade: a) organização e execução de serviços de contabilidade em geral; b) escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações; c) perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços e de contas em geral, verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos Fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidade. Desta forma, objetivava-se atender à demanda do desenvolvimento que acontecia em diversos setores de atividades, formando cada vez melhor os profissionais da área de contábeis para atuarem nesse mercado, habilitados nas modernas técnicas concernentes ao exercício da profissão. Após a reformulação proposta pela Lei de Diretrizes e Bases no currículo do Curso de Graduação em Ciências Contábeis, a grade curricular do mesmo, oferecido pela então Universidade do Recife, passou a apresentar constantes mudanças, até se regularizar na década de 90, por intermédio da aprovação do Perfil 0305, que passou a ser utilizado na formação de todos os alunos ingressos a partir do primeiro semestre de 1994. Com a nova reforma que está sendo realizada agora, o perfil a ser implantado a partir de 2009 conferirá ao Curso de Ciências Contábeis uma carga horária plena equivalente a 2 3.000 (três mil) horas, distribuídas em 8 (oito) períodos. Com isso, é perceptível o louvável e incessante esforço, por parte da Universidade Federal de Pernambuco, na busca pela excelência do ensino na área contábil; esforço esse que, comumente, se estende às demais áreas que compõem o campo de atuação da Universidade frente às necessidades da sociedade pernambucana e nacional. 2. JUSTIFICATIVA Em 1994, foi realizada uma reforma curricular que teve como base a resolução do Conselho Federal de Educação nº 05/92. Tal Conselho consolidou uma proposta de Currículo Mínimo, com conteúdos de forma complementar e suplementar para as Ciências Contábeis, fundamentando-se nas propostas de mudanças do perfil profissional do contador que deveria chegar ao mercado de trabalho. Essa reforma trouxe alterações no prazo mínimo de integralização curricular, propôs um conteúdo de cunho mais humanístico e com ênfase na teoria contábil. No entanto, isso não significou mudanças significativas, visto que não houve muita alteração em relação ao currículo anterior, o qual já era tido como defasado para uma realidade de formação exigida pelo mercado de trabalho. Já em 1997, o Curso de Graduação em Ciências Contábeis passou por uma avaliação externa (Comissão do MEC), cujos resultados já apontaram para a necessidade de revisão dos conteúdos e uma definição de propostas objetivas para o futuro bacharel em Contábeis a ser formado pela Universidade. Vivemos, hoje, em um ambiente marcado por intensas transformações em nível nacional e local, no tocante aos contextos sociais, econômicos, culturais, políticos e educacionais. A sociedade tem exigido da Universidade uma maior preocupação com a formação de profissionais que atendam às necessidades reais do mercado de trabalho, de modo a promover uma melhor integralização dos conhecimentos obtidos durante a formação desses profissionais com sua prática laboral. Visando atender ao exposto acima, como também à formação de um profissional que reflita criticamente acerca dos problemas de nossa sociedade, que possua uma formação voltada para os valores humanos e que sempre esteja articulado à pesquisa, justifica-se a implementação da atual proposta de reforma curricular do Curso de Ciências Contábeis. Tal proposta de reformulação pautar-se-á: na promoção de um currículo mais flexível e menos extenso; numa associação maior da teoria com a prática; numa disposição de conteúdos programáticos que obedeçam a uma lógica seqüencial; e numa preocupação em promover a interdisciplinaridade entre as mais diversas áreas do saber acadêmico. 3 3. MARCO TEÓRICO Este projeto propõe-se a ser efetivado com base em uma abordagem didáticopedagógica que considera as concepções de estudiosos como Paulo Freire; concepções que centram a sua lógica e efetivação numa visão do homem como agente que, de forma humanizada, transforma o mundo e interage de maneira construtiva com seus semelhantes. É para esse mundo de transformações que o profissional das Ciências Contábeis deverá estar direcionado e apto a lidar com os mais diversos fenômenos que envolvam as operações contábeis nas diversas áreas das esferas ligadas ao Estado, ao mercado e à sociedade. Compreende-se que a Universidade tem um compromisso com a realidade atual como também com a futura. É com vista a atenuar, prever e, até certo ponto, solucionar os problemas vivenciados em sociedade que as ações das instituições de Ensino Superior devem voltar seu papel. Para que isso seja possível, a Universidade, além de firmar seu compromisso com o desenvolvimento e transmissão de conhecimentos, almejando, simultaneamente, uma constante coerência entre pensamento e ação, necessita de que sua função enquanto instituição voltada às melhorias das condições sociais esteja focada nas dimensões humanísticas, tanto teóricas como práticas, objetivando desenvolver habilidades e potencialidades nos indivíduos que por ela passam. Por isso a necessidade de que a formação dos profissionais das Ciências Contábeis esteja imbricada em aspectos que promovam uma reflexão crítica e analítica dos problemas existentes no ambiente em que esses profissionais possam vir a ser inseridos. 4. OBJETIVOS DO CURSO 4.1. Objetivo Geral  formar e capacitar profissionais em Contabilidade, oferecendo-lhes as mais diversas opções de especialização que a área de conhecimento proporciona, de modo a permitir a sua opção e direcionamento à área de concentração com a qual mais se identifiquem. 4 4.2. Objetivos Específicos:  estabelecer-se como um centro de estudos, pesquisa e formação profissional contemporâneo, em justa harmonia com as exigências e mutações do mercado de trabalho e desenvolvimento sócio-econômico;  identificar e propor soluções aos problemas de mercado, do governo e do terceiro setor, a partir do envolvimento dos corpos docente e discente da UFPE, por meio das várias formas possíveis de parcerias: estágios curriculares ou extracurriculares, elaboração de Monografias ou Artigos Científicos, consultorias específicas pela Empresa Júnior, etc;  formar uma cooperação e harmonia de funcionamento, além da própria concepção de interdisciplinaridade entre as várias áreas do conhecimento;  formar bacharéis em Ciências Contábeis com capacitação adequada para desenvolver o espírito crítico, permitindo o desenvolvimento da Ciência Contábil por meio da pesquisa científica;  formar bacharéis em Ciências Contábeis com capacitação técnica adequada às crescentes e mutáveis exigências do mercado de trabalho, do governo e do terceiro setor, inserido dentro de um contexto de economia globalizada;  oferecer ao mercado de trabalho, governo e terceiro setor, profissionais habilitados a desempenharem atividades nas áreas de conhecimento e atuação da Contabilidade, como: auditoria, controladoria, custos, áreas fiscal e tributária, dentre outras – para o universo de pessoas físicas e jurídicas;  articular atividades de estágio extracurricular ou curricular como forma de estabelecer um intercâmbio da Universidade com as organizações, permitindo a complementação da formação profissional;  estabelecer uma base mínima de pesquisa que possa ser norteadora para a formação acadêmica sistematicamente atualizada. 5. PERFIL PROFISSIONAL O perfil desejado do formando, sob o contexto de uma formação universitária, deve ser conseqüência de um processo pedagógico que garanta um modelo 5 universalista voltado para um aprendizado reflexivo-prático, com pensamento vertical que:  prepare um profissional dotado de competências e habilidades em conteúdos que desenvolvam o raciocínio lógico e crítico-analítico, de forma a auxiliá-lo na busca de soluções para os problemas da atividade contábil;  capacite o futuro profissional a implementar sistemas de informações contábeis e de controle gerencial, adequados às necessidades dos processos decisórios em entidades, empresas e organizações, de modo geral;  promova, nos discentes, a proficiência das atribuições que lhes são prescritas e exigidas em legislações específicas;  desenvolva, nos discentes, a capacidade de articulação, motivação e liderança de equipes multidisciplinares para a captação de dados, geração e comunicação, de forma eficiente e eficaz, de informações contábeis;  construa forte embasamento teórico, que possibilite a reflexão, discussão e a reformulação das práticas contábeis vigentes;  capacite o profissional com habilidades de forma a subsidiar os agentes econômicos, no cumprimento de sua responsabilidade de prestar contas da sua gestão à sociedade (“accountability”);  auxilie o profissional para o empreendedorismo, em carreiras no mercado de trabalho, a partir de uma conexão da Ciência Contábil com o mundo dos negócios;  desenvolva a conscientização da necessidade de uma educação continuada, a partir da graduação, seja através de cursos de capacitação profissional ou, mais especificamente, em nível de pós-graduação lato sensu ou strictu sensu; 6  promova o exercício da profissão dentro dos preceitos morais, éticos e com responsabilidade social;  estimule a capacidade de pesquisa e ensino que promova e estimule o desenvolvimento da Ciência Contábil. 6. CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL COMO MEIO DE VIABILIZAR A ARTICULAÇÃO ENTRE O MUNDO DO TRABALHO E O MUNDO ACADÊMICO A integração entre a teoria e a prática poderá ocorrer nas seguintes formas:  convênios, acordos de cooperação técnica e outras formas de parceria firmados junto às instituições públicas e privadas para promoção da inserção de sistemas de contabilidade, a fim de promover capacitação profissional dos alunos em razão da prática vigente;  estágios curriculares ou extracurriculares sob a orientação da Coordenação e acompanhamento de profissionais na própria empresa conveniada.  projetos de extensão – elaborados pelos docentes com o patrocínio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEXT);  desenvolvimento de atividades ou parcerias de diversos tipos, inclusive contratos com a Empresa Júnior – ACE;  atividades de consultoria/assessoria técnicas desenvolvidas pela empresa ACE Júnior, sob a supervisão/orientação de professores do curso;  prática em Laboratório de Informática – as atividades práticas das disciplinas do currículo profissional são feitas no Laboratório de Informática do CCSA, conforme planejamento de aulas dos docentes para cada semestre letivo. 7 7. COMPETÊNCIAS, ATITUDES E HABILIDADES As competências e habilidades que contribuem para a formação do perfil desejado do bacharel em Ciências Contábeis envolvem:  competência para desenvolver, analisar e implantar sistemas de informações contábeis e de controle gerencial sob uma visão sistêmica, holística e interdisciplinar da atividade contábil, que, além do seu conteúdo técnico, requerem uma compreensão de fenômenos de ordem administrativa, econômica e social;  habilidade para aplicar raciocínio, concebido em bases quantitativas, para identificação, mensuração e acumulação de eventos de natureza econômica, com vistas a sua comunicação, sob a forma de informações contábeis, em relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz dos seus usuários;  competência para associar a perspectiva das inovações tecnológicas e de gestão aos sistemas de informações contábeis e de controle gerencial;  habilidade para discernir a integração dos sistemas de informações contábeis e gerenciais, com base no ambiente das entidades, empresas e organizações;  habilidade para compreender e atender às necessidades dos usuários da informação contábil, fazendo uso da linguagem contábil, sob a abordagem da teoria da comunicação. 8. SISTEMÁTICAS DE AVALIAÇÃO 8.1 Avaliação do Discente O Processo de Avaliação de Ensino-Aprendizagem Padrão da UFPE é realizado por disciplina/atividade curricular abrangendo, simultaneamente, os aspectos de freqüência e de aproveitamento escolar, conforme exposto a seguir:  freqüência A freqüência às atividades escolares é obrigatória, respeitados o turno e o horário previstos para a disciplina, considerando-se reprovado por falta, independente do aproveitamento 8 escolar, o aluno que não tiver comprovada sua participação em pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) das aulas teóricas ou práticas computadas separadamente, ou ao mesmo percentual de avaliações parciais de aproveitamento escolar;  aproveitamento escolar A avaliação do aproveitamento escolar nas disciplinas/atividades curriculares é feita através de duas ou mais avaliações parciais e eventualmente um exame final. Além do Regimento Geral da Universidade, a Resolução nº 04/94, ou outra que vier a substituí-la, estabelece a forma de avaliação e aprovação de todas as disciplinas dos Cursos de Graduação da UFPE, devendo ser destacado o seguinte:  cada disciplina/componente curricular deverá ter pelo menos 2 avaliações parciais;  para ser aprovado em uma atividade curricular, o estudante deve, além de comprovar rendimento acadêmico, obter a freqüência mínima de 75%, tanto da carga-horária teórica como da carga-horária prática, computadas de forma independente. Cabe observar que o mesmo deve ocorrer em relação à freqüência das avaliações parciais;  não existe abono de faltas nas atividades curriculares, como por exemplo, as aulas teóricas, aulas práticas, seminários, excursões, etc.;  para ser aprovado por média em uma atividade escolar, o estudante deve obter média igual ou maior a 7,0 (sete) nas avaliações parciais;  caso a média das avaliações parciais seja menor do que 7,0 (sete) e maior ou igual a 3,0 (três), o estudante tem direito a realizar o exame final daquela atividade curricular. Caso contrário, o estudante estará reprovado por nota;  o estudante será aprovado com exame final se a média entre a nota do exame final e a média das avaliações parciais for maior ou igual a 5,0 (cinco). Do contrário, o estudante estará reprovado por nota; 9  é exigida, para aprovação, nota maior que 3,0 no exame final;  será concedida a realização da segunda chamada para uma das avaliações parciais e exame final apenas com a comprovação justificada do motivo da ausência à referida avaliação, mediante requerimento à escolaridade, até 5 (cinco) dias úteis a contar da data em que ocorreu a avaliação;  revisão de avaliação deve ser requerida à escolaridade, até 2 (dois) dias úteis da publicação dos resultados. O aluno poderá assistir à revisão;  recurso à revisão poderá ser solicitado à escolaridade, até 2 (dois) dias úteis da publicação da primeira revisão. São exemplos de outras formas de avaliação da aprendizagem que o professor poderá realizar, desde que previamente definido no Plano de Ensino desse docente:  realização de Seminários;  trabalhos acadêmicos com e sem apresentação do aluno;  trabalho em grupo, em classe e extraclasse;  elaboração de Artigos Científicos;  elaboração de Resenhas-Críticas,  participação em sala de aula,  freqüência. 8.2 Avaliação do Curso Seguindo o mesmo processo da Avaliação Institucional conduzido pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), o Curso de Graduação em Ciências Contábeis realizará, de forma sistemática, sua auto-avaliação anual. Essa auto-avaliação deverá se guiar por diversos parâmetros, os quais vêm sendo discutidos e definidos no âmbito da CPA em sua relação com as Coordenações de Curso. Entre os parâmetros importantes para essa autoavaliação, destacam-se:  aqueles definidos no Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (organização didático-pedagógica, docentes e instalações físicas); 10  indicadores de evasão/retenção e suas motivações, em especial no caso do Curso de Contábeis;  resultados da prova do ENADE, no sentido de identificar deficiências de aprendizagem naquilo que se define como Conteúdo Mínimo nas Diretrizes Curriculares do curso;  relatórios gerencias do Sistema de Informação e Gestão Acadêmica (SIG@), como os que definem, por semestre, o número de reprovações (por nota e falta) e aprovações (média e após realização de exame final) nas disciplinas, identificandose, assim, problemas de natureza pedagógica;  resultados do questionário socioeconômico aplicado aos discentes do ENADE, com o objetivo de identificar problemas de natureza social e econômica dos alunos; deficiência de estrutura física da Universidade; problemas ocorridos no ínterim do processo de aprendizagem relatados por eles; entre outros fatores existentes no questionário de 123 questões;  resultados da avaliação docente conduzida pela PROACAD;  aderência ao mercado e atualidade da Grade Curricular do Curso. Todos esses fatores e outros julgados importantes devem ser utilizados no processo de auto-avaliação do curso de Ciências Contábeis, servindo de referência para a avaliação sistemática do Projeto Pedagógico do curso. 8.3 Avaliação do Docente Essa avaliação destina-se, especificamente, a mensurar o desempenho do docente nas atividades acadêmicas, sendo realizada pelos alunos e monitorada pela Coordenação do Curso por meio de questionários próprios. Em função da elaboração do Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a UFPE está desenvolvendo novo modelo de avaliação docente que deverá ser implantado para todos os cursos da Universidade e adotado também pelo Curso de Ciências Contábeis. 11 9. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO A carga horária plena do Curso de Ciências Contábeis da UFPE é de 3.000 horas, distribuídas em 8 (oito) períodos. Do 1º ao 6º período, as disciplinas são obrigatórias, compostas por: Período Disciplinas 1º Período Métodos Quantitativos Aplicados às Ciências Contábeis 1 Contabilidade Introdutória Fundamentos de Sociologia Economia 1 Português Instrumental 2º Período Métodos Quantitativos Aplicados às Ciências Contábeis 2 Introdução à Administração Contabilidade Geral Economia das Empresas Metodologia Científica Aplicada à Contabilidade 3º Período Marketing Direito Comercial Contabilometria Contabilidade Intermediária Ética e Normas da Profissão Contábil 4º Período Direito Tributário Contabilidade Societária 1 Matemática Financeira Finanças e Planejamento Público Computação Aplicada à Contabilidade 5º Período Análise das Demonstrações Contábeis Custos Contabilidade Societária 2 Auditoria Contabilidade Aplicada ao Setor Público 6º Período Contabilidade Tributária Teoria da Contabilidade Legislação Social Tópicos Contemporâneos de Contabilidade Controladoria A partir do 7 º período, o discente deve cursar as disciplinas eletivas ou eletivas livres, conforme disposição nos quadros abaixo: 12 Período 7º Período 8º Período Disciplinas Perícia Contábil Sistemas de Informações Contábeis e Gerenciais Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva Livre Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva Livre Eletiva Livre TCC ou Estágio Eletivas do Curso de Contábeis                  Auditoria Aplicada ao Setor Público Contabilidade Agro-Pastoril Contabilidade Aplicada ao Mercado de Capitais Contabilidade Aplicada às Micro, Pequenas e Médias Empresas Contabilidade Aplicada Terceiro Setor Controladoria Aplicada ao Setor Público Direito Público e Privado Estatística 10 Instituições de Previdência e Seguros Privados Orçamento Empresarial Planejamento Tributário Tópicos Avançados de Contabilidade Aplicada ao Setor Público Tópicos Avançados de Contabilidade Empresarial Tópicos Avançados de Contabilidade Internacional Tópicos Avançados de Contabilidade Tributária Tópicos Avançados de Controladoria Tópicos Avançados de Custos 10. ESTRUTURA CURRICULAR (ver também grade curricular com a proposta do novo perfil do curso de Ciências Contábeis no anexo I deste documento). A distribuição da carga-horária proposta para os pilares de formação do discente de Ciências Contábeis é: 13 Distribuição da Carga Horária 1. Conhecimento - Formação Básica 2. Conhecimento - Formação Profissional 3. Conhecimento - Formação Teórico-Prática Total de horas-aula Horas-Aula 900 900 1.200 3.000 10.1 A carga horária está distribuída da seguinte forma: Atividades Curriculares Obrigatórias e Eletivas Atividades Complementares TCC ou Estágio Curricular Total de horas-aula Horas-Aula 2.400 300 300 3.000 As Atividades Curriculares Obrigatórias são compostas de: Atividades Obrigatórias 32 disciplinas obrigatórias com 60 horas-aula cada TCC ou Estágio Curricular Total de horas-aula Horas-Aula 1.920 300 2.220 As Atividades Curriculares Eletivas são compostas de: Atividades Eletivas 05 disciplinas eletivas do curso com 60 horas-aula cada 03 disciplinas eletivas livres com 60 horas-aula cada Total de horas-aula Horas-Aula 300 180 480 As Atividades Complementares são compostas de: Atividades Complementares Atividades Complementares Horas-Aula 300 Da carga horária total do curso até 10% dos componentes curriculares poderá ser integralizada na modalidade de Educação a Distância – EAD, conforme a Portaria nº 4.059, de 10 de Dezembro de 20041. 10.2 Condições Objetivas de Oferta e Vocação do Curso: 1 especificamente em seu Art. 1º § 2o que autoriza a oferta de “disciplinas, integral ou parcialmente, desde que esta oferta não ultrapasse 20 % (vinte por cento) da carga horária total do curso.” 14 O Curso de Ciências Contábeis continuará trabalhando com o sistema de créditos de acordo com a política acadêmica da UFPE, onde as disciplinas são ofertadas em blocos a cada semestre letivo, a partir de uma orientação acadêmica de graduação que é disponibilizada para o discente do 1º ao 6º período a título de conhecimentos de Formação Básica e Profissional na concepção de formação do Contador. No 7º e 8º períodos, estão inseridas as disciplinas eletivas e as de creditação livre, quando que se abre espaço para que o discente, ambientado com o espaço universitário, escolha disciplinas com conteúdos curriculares do seu interesse para sua formação profissional. O 8º período, além de abarcar disciplinas do Curso e disciplinas eletivas livres, está reservado para o Trabalho de Conclusão de Curso ou para o Estágio Curricular Supervisionado, este último oferecido de acordo com as normas da Universidade. 10.3 Regime Acadêmico de Oferta O Curso de Ciências Contábeis da UFPE adota o sistema de crédito, em consonância com as normas acadêmicas da Universidade. A matrícula é feita por disciplina ou outra atividade curricular, em cada período letivo. Cada atividade curricular corresponde a uma determinada carga horária, o que determina o número de créditos. O termo crédito é o número de pontos a favor do aluno, ou seja, o crédito que o aluno obtém por cada atividade curricular cursada com aproveitamento. A cada 15 (quinze) horas de carga horária, é adicionado 1 (um) crédito. As atividades curriculares que o discente deve cumprir ao longo da duração do seu Curso são organizadas em blocos. Cada bloco de disciplinas e outras atividades curriculares devem ser cursados um após o outro, ao longo dos períodos letivos, formando uma seqüência denominada de periodização do currículo. Os blocos são propostos pela Coordenação e Colegiado de Curso durante os períodos de conhecimentos da Formação Básica e Profissional e guardam entre si uma relação lógica que leva em consideração os conhecimentos que o discente já deve ter adquirido e/ou a maturidade do discente. 10.4 Formas de Realização da Interdisciplinaridade Objetivando a realização da interdisciplinaridade entre as diversas áreas das Ciências Contábeis, propomos um currículo que se realize também através de: 15  flexibilidade curricular e interdisciplinaridade por meio da redução da aplicação de pré-requisitos e extinção de có-requisitos;  implantação de disciplinas eletivas institucionais, permitindo a incorporação de experiências extracurriculares ao currículo do aluno, por meio das atividades acadêmicas desenvolvidas pelo mesmo no decorrer do Curso, como exemplo: projetos de extensão e de iniciação científica;  creditação de disciplinas livres – algo já implantado no currículo atual do curso. O aluno poderá cursar a disciplina eletiva em qualquer Curso da UFPE, desde que a carga horária de tal disciplina seja de 60 horas-aula;  participação em palestras e seminários. 10.5 Integração Graduação e Pós-Graduação: Destacamos, dentre as várias possibilidades, duas formas de integração de maior relevância:  participação dos alunos da graduação em Programas de Iniciação Científica (PIBIC), sob a orientação dos Professores-Doutores que fazem parte do Programa de Pós-Graduação;  os alunos do Mestrado interagem com os alunos de graduação com o cumprimento obrigatório da disciplina Prática de Ensino, sob a orientação de um Professor integrante do programa de Pós-Graduação. 10.6 Incentivo à Pesquisa:  Monitoria Programa Institucional de Monitoria O Programa de Monitoria é um espaço de aprendizagem que visa proporcionar aos alunos dos Cursos de Graduação o aperfeiçoamento do processo de sua formação e da melhoria da qualidade de ensino ofertada a esses alunos. 16 Para a função de monitoria, serão escolhidos alunos que, no âmbito das disciplinas já cursadas, demonstrarem capacidade para o desempenho das seguintes atividades: auxiliar os professores em tarefas passíveis de serem executadas por discentes que já tenham cursado as respectivas disciplinas; auxiliar os alunos, orientando-os em trabalhos de laboratório, de pesquisa bibliográfica, de campo e outros compatíveis com o seu nível de conhecimento e experiência das disciplinas; assegurar maior relacionamento entre professor e alunos, visando ao aprimoramento do apoio pedagógico ao discente.  Bolsas do CNPQ Projeto de Iniciação Científica A Iniciação Cientifica é uma modalidade de atividade de pesquisa na UFPE pela qual os alunos da graduação são iniciados na prática científica e estimulados a participar dos projetos de pesquisa desenvolvidos na Universidade. Ao se integrar às atividades de pesquisa, o discente tem a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e de obter uma formação mais completa, preparando-se para a docência e para a pós-graduação. Vale salientar também a importância do Congresso de Iniciação Científica (CONIC), que é realizado anualmente. Desde o ano de 2000, o evento vem sendo integrado à Programação de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPE. Os trabalhos devem ser apresentados pelos alunos - os que participam ou não do PIBIC/UFPE - na forma de comunicação oral ou em pôster. Os três melhores trabalhos apresentados em cada área do conhecimento recebem uma premiação da PROPESQ. 10.7 Estágio Curricular Supervisionado O objetivo do estágio curricular, monitorado pela UFPE e a empresa concedente, é a complementação da formação profissional. O Estágio Curricular Supervisionado, para conferir a formação acadêmica para o discente, só terá efeito se for realizado em área estritamente atrelada às Ciências Contábeis. 10.8 Atividades Complementares (ver, no anexo VI, a Resolução 06/2005 que trata das Atividades Complementares dos Cursos de Graduação da UFPE) 17 As atividades complementares serão acompanhadas pelo professores do Curso de Ciências Contábeis junto aos alunos, permitindo desenvolver atitudes reflexivas, investigativas e metodológicas, abrangendo:  seminários;  participação em eventos da classe contábil, congressos de iniciação científica e outros;  atividades acadêmicas por meio da concessão de bolsa ou voluntariado (monitoria, projetos de extensão, bolsa de iniciação científica) com crédito de atividade complementar, com acompanhamento pedagógico e reconhecimento da carga-horária no currículo; Obs.: O aluno que optar pela bolsa de iniciação científica deverá participar de algum dos projetos de pesquisa desenvolvidos na UFPE relacionados com a Contabilidade. Ao se integrar às atividades de pesquisa, o discente tem a oportunidade de adquirir habilidades e conhecimentos básicos relacionados à elaboração de pesquisas na área contábil, que poderão ser utilizados no mercado de trabalho ou nos cursos de pósgraduação oferecidos pelo Departamento de Ciências Contábeis, voltados à capacitação para a docência e para a pesquisa. Já os discentes que optarem por participar de projetos de iniciação científica, esses deverão participar do CONIC, apresentando o resultado de sua participação nos projetos de iniciação científica, independentemente de terem participado do PIBIC/UFPE.  Atividades de Extensão;  Empresa Júnior (ACE) – empresa desenvolvida para os discentes do CCSA que participam de projetos/atividades. 10.9 Monografia ou Artigo Científico – como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – como Componente Opcional da Instituição 18 O Trabalho de Conclusão de Curso, como componente opcional do Curso de Ciências Contábeis, será realizado nas categorias Monografia ou Artigo Científico:  a Monografia deverá ser desenvolvida de acordo com o Manual de Orientação para Elaboração de Monografia, aprovado e divulgado pela Coordenação do Curso de Ciências Contábeis;  o Artigo Científico deverá atender às Normas de Orientação para Elaboração do Artigo Científico. Esses documentos têm como objetivo orientar os alunos do Curso de Ciências Contábeis da UFPE sobre como elaborar a Monografia ou Artigo, requisito optativo para a conclusão do curso;  o Artigo Científico, para ser aceito como TCC, deverá ser elaborado pelo aluno sob a orientação de um docente do Curso e publicado em revistas científicas, ou ser aprovado para apresentação em seminários, congressos ou eventos similares. 11. EMENTAS DAS DISCIPLINAS 1º Período  Métodos Quantitativos Aplicados às Ciências Contábeis 1 – CT Estudos dos Conhecimentos das Ciências Matemáticas (Matemática, Informática, Estatística) básicos integrados de modo interdisciplinar às Ciências Contábeis focalizando o seguinte problema básico: dando uma grandeza econômica-financeira-contábil representando por um modelo matemático (funcional) Y= Q(x). Obter (estudar) a sua taxa de variação instantânea Y’=Q(x), isto é, estudar a marginal de Q(x).  Contabilidade Introdutória – CT História da Contabilidade, Elementos Introdutórios de Contabilidade: Objeto de estudo e sua Representação Gráfica, Campo de Atuação, Informações Contábeis (Usuários e Finalidade), Fatos e Procedimentos Básicos, Mecanismo das Partidas Dobradas.  Fundamentos de Sociologia – CS004 O estudo científico dos Fatos Sociais, Sociologia e Ciências Sociais. O Social, a Sociedade, a Estrutura e a Mudança Social. Processos Sociais.  Economia 1 – EC001 Objetivos e campo de estudo da economia. O problema econômico; aspectos macroeconômicos. Relações econômicas internacionais. Desenvolvimento econômico.  Português Instrumental – LE006 Comunicação oral e escrita: revisão dos principais fatos da língua. 2º Período 19  Métodos Quantitativos Aplicados às Ciências Contábeis 2 – CT Estudo dos conhecimentos das Ciências Matemáticas (Matemática, Informática e Estatística) básicos integrados de modo interdisciplinar às Ciências Contábeis focalizando os seguintes problemas: Problema 1 : Dado o modelo marginal de uma grandeza obter (estudar) a variação acumulativa dessa grandeza Y = Q(x) num determinado intervalo [a,b]. Problema 2 : a) O que é a Ciência Estatística? b)Qual a diferença entre Estatística e a Teoria das Probabilidades?  Introdução à Administração – AD216 Antecedentes históricos da Administração. Diversas abordagens e teorias da Administração. Noções da teoria de Sistemas. Planejamento. Organização. Coordenação. Direção. Controle. Perspectivas da Administração.  Contabilidade Geral – CT Balanço Patrimonial (conceito e elaboração); Situação Líquida Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício (conceito e elaboração); Estoques: conceito, classificação, métodos de atribuição de valores aos estoques, critério de avaliação.  Economia das Empresas – EC Instrumentos de análise econômica: introdução à macroeconomia. Política e programação econômica.  Metodologia Científica Aplicada à Contabilidade – CT Natureza da pesquisa em ciências sociais e sua aplicação nas ciências contábeis. Fontes do conhecimento. Dinâmica da pesquisa. Tipos de pesquisa. Definição do tema e dimensões de análise. Questões fundamentais e hipóteses de trabalho. Coletas de dados e seleção. O plano geral da pesquisa e plano específico. A redação, estilo, índice, dedicatória, agradecimentos, bibliografia, forma gráfica, etc. 3º Período  Marketing – AD332 Noções sobre os fundamentos conceituais e principais procedimentos do marketing voltado para a área de serviços. Planejamento e controle das atividades de marketing para serviços profissionais.  Direito Comercial – PR Noções gerais, atos de comércio, sociedades comerciais, contratos de natureza comercial: especialidade e modalidade. Títulos de crédito: conceitos e espécies. Noções básicas sobre falências e concordata.  Contabilometria – CT Estudos dos conhecimentos entre os Modelos Matemáticos integrados aos Modelos Contábeis, de modo interdisciplinar (modelos Contabilométricos) a serem aplicados à Gestão Otimizada do Desempenho das Entidades. A estratégia fundamental desta disciplina é mostrar (estudar) como obter (desenvolver) modelos contabilométricos, focados na análise qualitativa x quantitativas x qualitativas do fenômeno contábil inerente 20 a Proxy de interesse de Gestão da Entidade, que visa sua sustentabilidade econômicofinanceira-contábil para curto, médio e logo prazo.  Contabilidade Intermediária – CT Norma Brasileira de Contabilidade relativa à avaliação patrimonial. Critérios de avaliação do Ativo e Passivo. Apuração do resultado do exercício. A Demonstração do Resultado do Exercício. O Balanço Patrimonial.  Ética e Normas da Profissão Contábil – CT A função social da Contabilidade. As normas do Exercício Profissional. O Código de Ética Profissional. Os Órgãos disciplinadores e fiscalizadores da profissão. 4º Período  Direito Tributário – PE Sistema tributário nacional. Conceituação legal dos tributos. As espécies de tributos. As fontes do direito tributário. Crédito tributário. Lançamentos.  Contabilidade Societária 1 – CT Conceito de Contabilidade, sua função social e objeto de estudo. Demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa (método direto e indireto), Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, Balanço Social e Notas Explicativas.  Matemática Financeira - EC Matemática Financeira. Juros. Desconto. Equivalência de capitais. Correção monetária. Amortização. Renda certa. Renda Variável.  Finanças e Planejamento Público – CT Abordagem do relacionamento do setor público com os demais segmentos integrados do macro-sistema socioeconômico. A teoria das finanças públicas no contexto do estudo da economia e demais ciências sociais. Aspectos políticos, administrativos e econômicos da atividade financeira do Estado, expressos nos procedimentos de obtenção, geração (crédito público), gestão, planejamento e aplicação dos recursos públicos de acordo com os procedimentos legais em vigor, principalmente a Constituição Federal, a Lei nº. 4.320/64 e a Lei nº. 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal. O papel do Estado e sua relação com o mercado, intervenção, regulação, produção de bens coletivos e gastos públicos. Teoria do Agenciamento.  Computação Aplicada à Contabilidade – CT Fundamentos e elementos de tecnologia da informação (TI); programas aplicativos utilizados na área contábil e financeira das organizações; práticas com software em laboratório de informática. 5º Período  Análise das Demonstrações Contábeis – CT As demonstrações contábeis como base para avaliação econômica e financeira das empresas. As técnicas básicas de analise das demonstrações contábeis. A aplicação de técnicas estatísticas à analise das demonstrações contábeis. Estudo sobre o capital de giro 21 contábil e financeiro. Análise da composição da estrutura de capital e as aplicações relacionadas. A alavancagem financeira e operacional. Indicadores de avaliação desempenho econômico das empresas.  Custos – CT Terminologia. Sistemas e métodos de apuração de custos. Contabilização de custos. Custos-padrão. Custos para tomada de decisão (relação custos, volume, lucro e formação de preços).  Contabilidade Societária 2 – CT Incorporação, fusão, cisão e extinção de sociedades. Reavaliação de bens. Normas Brasileiras de Contabilidade relativas à fusão, incorporação, cisão, transformação e liquidação de sociedades. Investimentos da Equivalência Patrimonial – MEP e Consolidação das Demonstrações Contábeis.  Auditoria – CT Origem e conceito de auditoria; planejamento de auditoria; controle interno; papéis de trabalho; procedimentos de Auditoria das Demonstrações Contábeis; Normas Brasileiras de Auditoria; casos práticos.  Contabilidade Aplicada ao Setor Público – CT Abordagem da contabilidade aplicada ao setor público, a partir da interpretação dos princípios contábeis realizada pelo Conselho Federal de Contabilidade e as NBCASP Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, definindo e tratando cientificamente os principais fenômenos orçamentários, financeiros e patrimoniais, bem como suas evidenciações através do sistema de informações contábeis e seus subsistemas. 6º Período  Contabilidade Tributária – CT Estudo das correlações existentes entre a Contabilidade e a Legislação Tributária. Conceitos básicos e fundamentais de contabilidade tributária. Contabilização dos tributos federais, estaduais e municipais.  Teoria da Contabilidade – CT Fundamentos da Contabilidade como ciência social aplicada. A relação da Contabilidade com a práxis da gestão econômica e financeira empresarial, enquanto instrumento gerador de informações para os seus usuários. Os princípios, as normas e os procedimentos contábeis e suas relações com a avaliação econômica dos ativos, das fontes de fundos e dos resultados empresariais. As aplicações normativas da Contabilidade no contexto internacional.  Legislação Social – PE220 Noções do Direito do Trabalho; princípios; contrato do trabalho; Direito Coletivo do Trabalho.  Tópicos Contemporâneos de Contabilidade – CT Estudo e decisão de assuntos relevantes e emergentes em ciências contábeis, visando à atualização, reciclagem e inter-relação de tópicos fundamentais da área. 22  Controladoria – CT Objetivos e funções da controladoria. A controladoria no organograma da empresa. Controladoria no planejamento e controle das organizações. Visão introdutória de orçamento empresarial. Análise introdutória de decisões de investimentos. Medição/indicadores de desempenho. 7º Período  Perícia Contábil – CT Perícia Contábil: Conceito e campo de atuação. Aspectos legais sobre a Perícia e sobre a pessoa do perito. A Perícia Contábil na área trabalhista. Perícia Contábil na área tributária (Justiça Federal). Perícia Contábil para verificação de haveres. Perícia Contábil no processo falimentar. Elaboração de Laudos Periciais.  Sistemas de Informações Contábeis e Gerenciais – CT Conceitos fundamentais de sistemas de informação; conhecimento sobre sistemas integrados de gestão, gerenciais e de apoio à decisão com aplicações práticas em ciências contábeis.  Duas disciplinas eletivas do curso de Ciências Contábeis e uma eletiva livre. 8º Período  Três disciplinas eletivas do curso de Ciências Contábeis, duas disciplinas eletivas livres e o Trabalho de Conclusão de Curso ou Estágio. Disciplinas Eletivas do Curso de Ciências Contábeis  Auditoria Aplicada ao Setor Público – CT Abordagem da auditoria aplicada ao setor público, a partir da interpretação das normas gerais, procedimentos e técnicas de auditoria, bem como mapeamento de riscos em programas, projetos e atividades da área pública.  Contabilidade Agro-Pastoril – CT Empresa agro-pastoril. Ciclo de Gestão. Contabilização de ingressos e custos. Plano de contas de empresas agro-pastoril. Produtos da atividade agro-pastoril. Classificação patrimonial do setor. Depreciação, exaustão, amortização e apuração do resultado. Empresa agro-pastoril. Ciclo de gestão. Contabilização de ingressos e custos. Plano de contas de empresas agro-pastoril. Produtos da atividade agro-pastoril. Classificação patrimonial do setor. Depreciação, exaustão, amortização e apuração do resultado.  Contabilidade Aplicada ao Mercado de Capitais – CT Fundamentos de Política Econômica, Indicadores Econômicos, Sistema Financeiro Nacional, Operações com Capital em uma Sociedade Aberta, Conceituação e Contabilização dos Títulos e Valores Mobiliários, Análise Fundamentalista de Empresas, Análise Técnica de Empresas.  Contabilidade Aplicada às Micro, Pequenas e Médias Empresas – CT 23 Caracterização de micro, pequena e média empresa, segundo a legislação brasileira. Identificação das demandas específicas das micro, pequenas e médias empresas em termos de informação contábil para atender: (a) às exigências legais; (b) às necessidades dos gestores para controlar e planejar as atividades de seus negócios. Noções básicas e fundamentais de contabilidade aplicada às pequenas e médias empresas, incluindo: tópicos de tributação, tópicos de contabilidade financeira e tópicos de contabilidade gerencial.  Contabilidade Aplicada ao Terceiro Setor – CT Elementos Introdutórios de Contabilidade para o Terceiro Setor. Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicáveis ao Terceiro Setor. Aspectos Contábeis de mensuração e avaliação para as organizações do terceiro Setor.  Controladoria Aplicada ao Setor Público – CT Controle gerencial em entidades do Setor Público, abordando aspectos como a função da controladoria, órgão de assessoramento x órgão de linha; técnicas de controle gerencial e indicadores de desempenho (eficiência, eficácia e efetividade) e sistema de informações contábeis, com ênfase em custos, análise de demonstrações e desempenho de programas, projetos, atividades, unidade de inteligência competitiva e controle interno.  Direito Público e Privado – PG Parte Geral – Introdução ao Estudo do Direito. Parte Especial – Direito Público, com enfoque no Direito constitucional, administrativo, trabalho e penal; Direito Privado, com enfoque no Direito Civil e Comercial.  Estatística 10 – ET Introdução geral à compreensão da Estatística descritiva, probabilidade, variáveis aleatórias, distribuição binominal distribuição normal, distribuições amostrais, estimação, teste de hipótese, regressão linear simples.  Instituições de Previdência e Seguros Privados – CT Processo histórico da Seguridade Social no mundo e no Brasil. A crise do Sistema Previdenciário Brasileiro.Os Princípios Básicos da Seguridade Social no Brasil. A Reforma da Previdência Social Brasileira. O Regime Próprio de Previdência Social – RPPS. O Regime Geral de Previdência Social – RGPS. O Regime de Previdência Complementar – RPC. O Mercado de Seguros no Brasil. Princípios e Principais Regras do Setor de Seguros. Noções sobre Contabilidade Previdenciária e de Seguros.  Orçamento Empresarial – CT Planejamento e controle. Análise de cenários. Plano de negócios. Tipos de orçamento: orçamento de vendas, orçamento de produção, orçamento de compras, orçamento de despesas, orçamento de caixa, balanço patrimonial projetado. Orçamento de capital. O papel do orçamento no controle organizacional. Reflexões críticas ao uso de orçamento.  Planejamento Tributário - CT O Sistema Tributário Brasileiro. Características dos tributos. Economia legal de Tributos. Planejamento tributário de tributos indiretos. Planejamento de tributário de tributos diretos.  Tópicos Avançados de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - CT Abordagem da contabilidade aplicada ao setor público no Brasil e às Normas Internacionais, com estudos de casos das IPSAS e comparação do estágio brasileiro com outros países, no tocante à governança, evidenciação e convergência das normas. 24  Tópicos Avançados de Contabilidade Empresarial – CT Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, Redução ao Valor Recuperável de Ativos, Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis, Fluxo de Caixa, Ativos Intangíveis, Partes Relacionadas, Concessões, Contratos de Seguros, Subvenções Governamentais, Demonstração de Valores Adicionados: aspectos normativos e contábeis, Arrendamento Mercantil.  Tópicos Avançados de Contabilidade Internacional – CT Tópicos avançados em contabilidade internacional, incluindo convergência com as normas internacionais de contabilidade do setor privado em complemento aos aspectos discutidos na disciplina de tópicos avançados de contabilidade empresarial.  Tópicos Avançados de Contabilidade Tributária – CT Estudos avançados sobre contabilização de tributos federais, estaduais e municipais.  Tópicos Avançados de Controladoria – CT Tópicos avançados de medição de desempenho. Contabilidade por responsabilidade. Tópicos avançados de análise de investimentos. Preço de transferência. Avaliação de empresa.  Tópicos Avançados de Custos Utilização de informação de custos para tomada de decisão e gestão estratégica. Custo meta. Utilização de custeio ABC na gestão estratégica das organizações. Custos da qualidade. Custos na cadeia de valor. Aplicações da relação custo, volume e lucro na análise do mix de produção. 12. PROGRAMAS DOS COMPONENTES CURRICULARES Os programas dos componentes curriculares das disciplinas do curso de Contábeis, conforme modelo requerido pelo DDE/PROACAD/UFPE, estão dispostos no anexo V deste documento. 13. CORPO DOCENTE PROFESSORES EFETIVOS Aldemar Araújo Santos Alvaro Pereira de Andrade Ana Lucia de S. Vasconcelos Cacilda Soares de Andrade TITULAÇÃO DOUTOR MESTRE DOUTORA MESTRE 25 Carlos Leonardo C. Bulhões Christianne C. V. Melo Lopes Eduardo Dória Silva Evaldo Santana de Souza Gutembergue Leal de Mesquita Jerônimo José Libonati Joaquim Osório L. Ferreira José Francisco Ribeiro Filho José Nelson B. Tenorio José Maria da Silva Josenildo dos Santos Jorge Expedito de Gusmão Lopes Juliana Matos de Meira Luiz Gustavo Cordeiro da Silva Luiz Carlos Miranda Mario Herminio Girard Marco Tullio C. Vasconcelos Marcelo Jota Gomes Miguel Lopes Oliveira Filho Paulo Cezar Ferreira de Souza Raimundo Nonato Rodríguez Severino José Lins Severino Pessoa dos Santos Umbelina Cravo T.Lagioia Torres Veronica Cunha Souto Maior Wilson Rodrigues de Aquino MESTRE MESTRA MESTRE DOUTOR MESTRE DOUTOR MESTRE DOUTOR MESTRE MESTRE PHD PHD MESTRE MESTRE PHD MESTRE DOUTOR MESTRE MESTRE MESTRE DOUTOR ESPECIALISTA MESTRE DOUTORA MESTRE MESTRE 26 14. SUPORTE PARA FUNCIONAMENTO DO CURSO (ESTRUTURA FÍSICA, BIBLIOTECA, ACERVO, LABORATÓRIOS, ETC.) E SISTEMÁTICA DE CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO Objetivando a eficácia na consolidação deste Projeto Pedagógico que visa à implantação do novo currículo do Curso de Ciências Contábeis, necessita-se:  de que o tempo máximo de integralização do curso de Contábeis não exceda a 14 semestres, isto é, 7 anos no total, esperando-se que a instituição tome as medidas necessárias para asseverar tal concretização;  da contratação de, no mínimo, 3 (três) docentes, conforme necessidade apresentada no quadro de Reforma Global presente no anexo III deste documento;  de equipamentos multimídia e computadores conectados em rede para cada uma das 11 salas de aula do turno da tarde e 9 do turno da noite;  de que as salas de aula sejam mantidas em boas condições de funcionamento para a Educação Superior, no tocante à iluminação, ventilação e instalação de equipamentos multimídia (de uso essencial para as atividades didático-pedagógicas) conectados em rede e que atendam ao número estimado de estudantes por sala (55 a 60);  de que estejam sempre em bom estado de conservação e uso os equipamentos de informática do laboratório do CCSA;  de que a Biblioteca do CCSA possa comportar um acervo que supra às necessidades dos estudantes do curso de Contábeis numa relação de quantidade/qualidade na proporção de 1:10 (um exemplar de cada livro-texto, informados nos conteúdos programáticos anexados a este documento, para cada 10 discentes); 27 ANEXOS 28