UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO RECIFE – PE - BRASIL 2009 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA UFPE Reitor Amaro Henrique Pessoa Lins Vice-reitor Gilson Edmar Gonçalves e Silva Pró-Reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças Hermino Ramos de Souza Pró-Reitora de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida Lenita Almeida Amaral Pró-Reitora para Assuntos Acadêmicos Ana Maria Santos Cabral Pró-Reitor para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação Anísio Brasileiro de Freitas Dourado Pró-Reitora de Extensão Solange Galvão Coutinho Diretor do Centro de Ciências da Saúde José Thadeu Pinheiro Vice Diretor do Centro de Ciências da Saúde Márcio Antonio de Andrade Coelho Gueiros Chefe do Departamento de Clínica e Odontologia Preventiva Valder Barboza Gomes Chefe do Departamento de Prótese e Cirurgia Buco-Facial Luiz Antonio Barbosa de Oliveira Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Jair Carneiro Leão Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Lúcia Carneiro de Souza Beatrice Coordenador do Curso de Graduação em Odontologia ClaudIo Heliomar Vicente da Silva Vice-Coordenadora do Curso de Graduação em Odontologia Sílvia Regina Jamelli SUMÁRIO 1. HISTÓRICO 03 2. JUSTIFICATIVA 05 3. MARCO TEÓRICO 06 4. OBJETIVOS DO CURSO 06 5. PERFIL PROFISSIONAL 07 6. CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO MEIO DE 08 VIABILIZAR A ARTICULAÇÃO ENTRE O MUNDO DO TRABALHO E O MUNDO ACADÊMICO 7. COMPETÊNCIAS, ATITUDES E HABILIDADES 08 7.1 Competências, atitudes e habilidades específicas 10 8. SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO 12 9. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO 14 9.1 Eixos de Formação, Componentes e Conteúdos Curriculares 14 9.2 Componentes Curriculares Eletivos 24 9.3 Estágio Curricular Obrigatório 25 9.4 Atividades Complementares 25 9.5 Sistema Hierarquizado por Níveis de Atenção 26 9.6 Processo de Trabalho na Equipe Odontológica com Biossegurança 27 9.7 Duração do Curso/Período de Integralização/Carga Horária 28 10. ESTRUTURA CURRICULAR COM IDENTIFICAÇÃO COMPLETA DOS 28 COMPONENTES CURRICULARES 11. PROGRAMA DOS COMPONENTES CURRICULARES (EMENTAS, 28 CONTEÚDOS E BIBLIOGRAFIA BÁSICA) 12. CORPO DOCENTE DO CURSO DE GRADUAÇÃO 28 13. O ESTUDANTE E A VIDA ACADÊMICA – SPORTE PARA 29 FUNCIONAMENTO DOCURSO 13.1. Órgãos e setores de apoio ao ensino 32 13.2. Monitoria, iniciação científica e extensão 36 13.3. Representação estudantil 37 14. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO 37 15. SISTEMÁTICA DE CONCRETIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO 39 PEDAGÓGICO 3 1. HISTÓRICO De acordo com o livro “História da Odontologia em Pernambuco” de Leduar de Assis Rocha, a Escola de Odontologia de Pernambuco, foi fundada em 14 de janeiro de 1913, às 7:30, tendo sido instalada a 23 de fevereiro seguinte. Ambas as sessões foram realizadas no salão da Sociedade de Medicina de Pernambuco, então sediada à rua do Hospício, número 03, bairro da Boa Vista desta cidade. Pelo que consta na sua ata de fundação, a sessão foi presidida pelo Sr. Dr. Ascânio dos Guimarães Peixoto, sendo secretariada pelo Bacharel em Letras Epitácio Monteiro Pessoa, estando reunidos os Srs. Drs. em Medicina Frederico Curio, Ascânio Peixoto e Gilberto Fraga Rocha; os Bacharéis em Direito Antônio Tavares Honorato e Jose de Faria Neves; os Cirurgiões Dentistas Nelson de Albuquerque Melo, Antonio Fraga Rocha e João Pinto de Campos e o Bacharel em Letras Epitácio Monteiro Pessoa, sendo constituída uma comissão de seis membros para emitir parecer sobre o plano apresentado da Escola e organizar o seu regulamento. Na ocasião, foi eleita uma diretoria provisória assim composta: diretor – Dr. Frederico Curio; Vice-Diretor - Dr. Ascânio dos Guimarães Peixoto; primeiro secretário - Gilberto Fraga Rocha; segundo secretário - Bacharel em Direito Antonio Tavares Honorato; tesoureiro - Bacharel em Letras Epitácio Monteiro Pessoa que renunciou ao à tesouraria, a qual passou a ser ocupada pelo Cirurgião Dentista Antônio Fraga Rocha. O também Cirurgião Dentista João Pinto de Campos, declarou que daria as aulas práticas em seu consultório e as teóricas nas salas da Escola (dependências emprestadas do antigo Ginásio pernambucano situado à Rua da Aurora). Era fundada, então, a Escola de Odontologia de Pernambuco e empossada a sua diretoria provisória. De 10 a 25 de março de 1913 foram abertas às inscrições para o exame de admissão ao Curso Odontológico, o qual versava sobre as seguintes matérias: português, francês, inglês, aritmética e geometria (plana), geografia, corografia e história do Brasil, elementos de física, química e história natural. Em 12 de maio do mesmo ano, iniciavam os trabalhos letivos da Escola, com 25 alunos matriculados, dentre eles uma mulher, dos quais, seis chegaram ao fim do Curso, sendo a formatura da primeira turma em 1915. Como alguns alunos vieram do norte do país, um jornal 4 da época enfatizou o fato divulgando o texto: “a nossa Escola é a primeira que se funda nesta imensa região que vem desde a Bahia ao Amazonas”. Após a solicitação do prédio do Ginásio Pernambucano, para abrigar a Secretaria do Interior, a Escola de Odontologia de Pernambuco, passou a funcionar em espaço alugado no Prédio da Escola Politécnica do Largo do Hospício, mudando-se para avenida Riachuelo em uma sede própria com: sala da Congregação; secretaria; biblioteca; salas de aula; gabinete de clínica dentária e um grupo gerador de energia elétrica. O currículo dos dois anos do Curso Odontológico era assim constituído: PRIMEIRO ANO DISCIPLINAS Anatomia descritiva da cabeça Fisiologia dentária Histologia da boca e seus anexos Prótese Dentária (1ª parte) SEGUNDO ANO DISCIPLINAS Anatomia médico-cirúrgica da boca e seus anexos Terapêutica e arte de formular Noções de patologia geral, patologia dentária e estomatologia Prótese Dentária (2ª parte) Clínica e higiene dentária PROFESSORES Frederico Curio Gilberto Fraga Rocha João Rodrigues de Sousa Antônio Fraga Rocha PROFESSORES Augusto Chacon Ascânio Peixoto Nelson Melo João Pinto de Campos Antônio Fraga rocha Este currículo sofreu transformações com o passar do tempo, e os professores trocaram várias vezes de cátedra, com o intuito de buscar novos e amplos horizontes para o ensino da Odontologia. Os primeiros estudantes formados pela Escola logo se projetaram nos diversos cenários da sociedade pernambucana. Novos professores surgiram. A Odontologia evoluía e se firmava cada vez mais como uma ciência complexa de primoroso ensino. Cinqüenta anos depois da sua fundação, em 1963, a Escola já se chamava Faculdade de Odontologia da Universidade do Recife. Universidade esta criada através do Decreto-lei nº 9.388, de 20 de junho de 1946, sendo instalada em 11 de agosto do mesmo ano, sob a denominação de Universidade do Recife (UR), hoje Universidade Federal de Pernambuco. A UR foi o primeiro grande Centro Universitário do Norte e Nordeste do Brasil. Surgiu como resultado da junção da Faculdade de Direito (fundada em 1827); da Escola de Engenharia (fundada em 1895); da Faculdade de Medicina 5 (fundada em 1915); da Faculdade de Belas Artes de Pernambuco (fundada em 1932) e da Faculdade de Filosofia (fundada em 1941) e Escolas anexas de Odontologia e de Farmácia (fundada em 1903). No ano de 1965, a Universidade do Recife passou a integrar o grupo de Instituições Federais do novo sistema de educação do país, com denominação de Universidade Federal de Pernambuco, Autarquia Educacional vinculada ao Ministério da Educação (MEC), com personalidade jurídica própria e autonomia Didática, Administrativa, Financeira e Disciplinar, situada no Campus Universitário, no bairro Cidade Universitária na cidade do Recife, onde no Centro de Ciências da Saúde, funciona o atual Curso de Graduação em Odontologia. 2. JUSTIFICATIVA O Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco, a partir de análise e discussão do seu ensino de graduação, promove a reformulação do seu Currículo e a implantação de um novo Projeto Pedagógico, que considera um entendimento mais amplo das Diretrizes Curriculares Nacionais (Parecer CNE/CES n. 583/2001 que define a “Orientação para as diretrizes curriculares dos cursos de graduação” e Parecer CNE/CES n. 1300/2001 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia); e toma estas Diretrizes como base, bem como o perfil epidemiológico brasileiro; as necessidades regionais e locais, e redireciona o Ensino da Prática Odontológica para a Atenção à Saúde em consonância com as Políticas de Saúde vigentes no País, além de evidenciar um Projeto Pedagógico dinâmico e com a flexibilidade de reavaliação e atualização de acordo com o surgimento de novas demandas da formação profissional. A reformulação curricular e este novo projeto pedagógico surgem frente às necessidades apresentadas pelo surgimento de: 1) novos conhecimentos científicos e tecnológicos; 2) novas especialidades da Odontologia; 3) compreensão da função e do papel social da profissão; 4) entendimento que o ensino deve ser integrado, com inter-relação de conteúdos transdisciplinar. e disciplinas de forma multi, inter e 6 3. MARCO TEÓRICO Com a definição das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Odontologia, tornou-se evidente a necessidade de trabalho coletivo (Universidade – docentes, dicentes, funcionários; Serviços de Saúde e Sociedade) para formação do Cirurgião-Dentista com um amplo conhecimento do seu compromisso social enquanto agente da saúde. Os processos de formação para este contexto devem permitir a aproximação de conhecimentos considerados básicos da sua aplicabilidade clínica e social, através da integração disciplinar dos conteúdos e do emprego de metodologias ativas, quando possível, o que viabiliza uma aprendizagem mais significativa, evidenciada pela relação multidisciplinar. A integração do conhecimento em clínicas integrais permite uma abordagem ampla da odontologia e contribui para uma aplicabilidade consciente e segura dos conceitos fundamentais e do conhecimento verticalizado, o que define a interdisciplinaridade deste currículo. A transdisciplinaridade representa um marco, que permite a vivência de uma realidade e compreensão da mesma, através de contato multiprofissional no estágio na serviço público de saúde. Desta forma, a operacionalização curricular terá como fim a formação de um cirurgião-dentista cidadão. 4. OBJETIVOS DO CURSO Formar um Cirurgião Dentista com condições de desenvolver uma prática generalista da profissão consciente do seu compromisso social e como cidadão, de acordo com os determinantes histórico-estruturais da sociedade, perfis epidemiológicos da população brasileira e da região, bem como as formas de organização das Políticas de Saúde do País. 7 5. PERFIL PROFISSIONAL O Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco objetiva formar o Cirurgião-Dentista com o seguinte perfil profissional: I- Clínico generalista, com visão humanista, crítica e reflexiva, atuante em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor ético, legal, técnico e científico. II - Capacitado ao exercício de atividades de diagnóstico, planejamento e tratamento integral das necessidades individuais e coletivas (da família e comunidade), no que lhe compete, pela sua formação, alicerçado na compreensão da realidade sócio-cultural e econômica do meio, dirigindo sua atuação para a transformação deste em benefício da sociedade, tendo o indivíduo como um ser biopsicosocial e sua prática pautada na Promoção da Saúde e cidadania, reconhecendo a saúde como direito e condição para uma vida digna. III - Capacitado ao trabalho em equipe de saúde multiprofissional, com capacidade gestora e empreendedora de atuação inter e transdisciplinar. IV - Capacitado a atuar no sistema de saúde vigente no país, na atenção integral da saúde, num sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contra-referência. V- Capacitado a atualizar-se dentro das novas demandas da profissão através de um processo de educação continuada e de análise crítica de trabalhos científicos. Este perfil não é considerado rígido e definitivo, mas passível de adequações, propiciando uma resposta efetiva do processo de formação a novos determinantes histórico-estruturais da sociedade, novos perfis epidemiológicos da população brasileira e novas formas de organização das Políticas de Saúde. 8 6. CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL COMO MEIO DE VIABILIZAR A ARTICULAÇÃO ENTRE O MUNDO DO TRABALHO E O MUNDO ACADÊMICO O campo de atuação do egresso é amplo e compreende: o Ensino Superior; a pesquisador; o exercício autônomo ou contratado da profissão em Consultórios e/ou Clínicas Odontológicas Particulares, em Planos de Saúde Odontológicos, em redes de saúde; o Serviço Público de Saúde (Profissional em Unidade Básica de Saúde / Programa de Saúde da Família, Centro de Especialidades Odontológicas, Serviço Odontológico de Urgência); as Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) com atuação clínica; na Policia Militar e Corpo de Bombeiros com atuação clínica; Hospitais públicos ou privados com atuação clínica e/ou de gestão; a Perícia criminalista com Odontolegistas; a Gestão, Administração, Consultoria ou Auditoria de Organizações Públicas ou Privadas em Saúde; a ligação à produção e distribuição de materiais odontológicos; ao Marketing Odontológico. 7. COMPETÊNCIAS, ATITUDES E HABILIDADES A formação do Cirurgião Dentista tem por objetivo, de acordo com a Resolução Nº CNE/CES 3 - de 19 de Fevereiro de 2002 - que institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia, dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais: I - Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a 9 responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo. II - Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas. III - Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis e devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura, o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação. IV - Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a assumirem posições de liderança, sempre tendo em vista o bem estar da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz. V - Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a ser empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde. VI - Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive, 10 estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e internacionais. 7.1 Competências e Habilidades Específicas do Profissional formado A formação do Cirurgião Dentista tem por objetivo, de acordo com a Resolução Nº CNE/CES 3 - de 19 de Fevereiro de 2002 - que institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia, dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades específicas: I - respeitar os princípios éticos inerentes ao exercício profissional; II - atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o; III - atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde, baseado na convicção científica de cidadania e ética; IV - reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; V - exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social; VI - conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos; VII - desenvolver assistência odontológica individual e coletiva; 11 VIII - identificar em pacientes e em grupos populacionais as doenças e distúrbios buco-maxilo-faciais e realizar procedimentos adequados para suas investigações, prevenção, tratamento e controle; IX - cumprir investigações básicas e procedimentos operatórios; X - promover a saúde bucal e prevenir doenças e distúrbios bucais; XI - comunicar e trabalhar efetivamente com pacientes, trabalhadores da área de saúde e outros indivíduos relevantes, grupos e organizações; XII - obter e eficientemente gravar informações confiáveis e avaliá-las objetivamente; XIII - aplicar conhecimentos e compreensão de outros aspectos de cuidados de saúde na busca de soluções mais adequadas para os problemas clínicos no interesse de ambos, o indivíduo e a comunidade; XIV - analisar e interpretar os resultados de relevantes pesquisas experimentais, epidemiológicas e clínicas; XV - organizar, manusear e avaliar recursos de cuidados de saúde de forma efetiva e eficiente; XVI - aplicar conhecimentos de saúde bucal, de doenças e tópicos relacionados no melhor interesse do indivíduo e da comunidade; XVII - participar em educação continuada relativa a saúde bucal e doenças, como um componente da obrigação profissional e manter espírito crítico, mas aberto a novas informações; XVIII - participar de investigações científicas sobre doenças e saúde bucal e estar preparado para aplicar os resultados de pesquisas para os cuidados de saúde; XIX - buscar melhorar a percepção e providenciar soluções para os problemas de saúde bucal e áreas relacionadas e necessidades globais da comunidade; 12 XX - manter reconhecido padrão de ética profissional e conduta, e aplicá-lo em todos os aspectos da vida profissional; XXI - estar ciente das regras dos trabalhadores da área da saúde bucal na sociedade e ter responsabilidade pessoal para com tais regras; XXII - reconhecer suas limitações e estar adaptado e flexível face às mudanças circunstanciais; XXIII - colher, observar e interpretar dados para a construção do diagnóstico; XXIV - identificar as afecções buco-maxilo-faciais prevalentes; XXV - propor e executar planos de tratamento adequados; XXVI - realizar a preservação da saúde bucal; XXVII - comunicar-se com pacientes, com profissionais da saúde e com a comunidade em geral; XXVIII - trabalhar em equipes interdisciplinares e atuar como agente de promoção de saúde; XXIX - planejar e administrar serviços de saúde comunitária; XXX - acompanhar e incorporar inovações tecnológicas (informática, novos materiais, biotecnologia) no exercício da profissão. 8. SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO Durante o Curso de Graduação em Odontologia da UFPE o estudante é avaliado quanto ao seu rendimento nos aspectos da assiduidade (freqüência) e do aproveitamento nos componentes curriculares cursados, sendo esta avaliação baseada nas competências/habilidades; domínio do conteúdo programático e alcance dos objetivos de cada disciplina, respeitando as suas especificidades. A 13 UFPE rege sua sistemática de avaliação e aprovação no Regimento Geral da Universidade e na Resolução no 04/94 do C.C.E.P.E, determinando que: I. O estudante é avaliado, ao longo do período letivo, mediante verificações parciais, com instrumentos descritos no plano de ensino do componente curricular aprovado semestralmente pelo Departamento ao qual faz parte. Bem como, ao fim do período letivo, após ter cumprido o programa da disciplina, mediante verificação do aproveitamento de seu conteúdo total, sob a forma de exame final. II. A avaliação de aproveitamento é expressa em graus numéricos de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sempre com um dígito à direita da vírgula, atribuídos a cada verificação parcial e exame final. III. As verificações parciais são previstas, em forma e data de realização, no plano de ensino, comunicadas aos estudantes no início do período letivo, e sua quantidade será de pelo menos duas. IV. Após o julgamento da última verificação parcial é extraída a média parcial de cada estudante. V. O estudante que comprovar o mínimo de freqüência estabelecido no art. 2º. desta Resolução e obtiver uma média parcial igual ou superior a 7,0 (sete) será considerado aprovado no componente curricular com dispensa do exame final, tendo registrada a situação final de APROVADO POR MÉDIA em seu histórico escolar, e a sua Média Final será igual à Média Parcial. VI. Comprovado o mínimo de frequência estabelecido no art. 2º. desta Resolução, o estudante é considerado APROVADO na disciplina se obtiver simultaneamente: A - Média parcial e nota do exame final não inferiores a 3,0 (três); B - Média final não inferior a 5,0 (cinco) VII. A Média Final é a Média aritmética entre a Média Parcial e a nota do Exame Final. VIII. Critérios especiais de avaliação são adotados para o Estágio Curricular Supervisionado de acordo com Resolução nº. 02/85 do C.C.E.P.E. 14 IX. Os componentes curriculares Trabalho de Conclusão de Curso 1 e 2, possuem sistemática de avaliação própria definida pelo Colegiado do Curso de Odontologia da UFPE. X. No Curso de Graduação em Odontologia o registro dos resultados das avaliações e freqüência do estudante são registrados através do Sig@ obedecendo ao calendário acadêmico da UFPE. Sendo este registro realizado pelo Professor Responsável pelo componente curricular. 9. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO Estabelecidas as habilidades e competências que norteiam a formação do Cirurgião-Dentista, o perfil profissional a ser alcançado e a sistemática de avaliação, são definidos os eixos de formação que abrangem os componentes curriculares e seus conteúdos, determinando as estratégias com as quais esses conteúdos serão conduzidos para operacionalizar a execução do Projeto Pedagógico. Para isto, o Curso de Graduação em Odontologia da UFPE deve contar com a participação integrada da(o)(s): Colegiado e Coordenação do Curso de Graduação; Programa de Pós-Graduação; atividades complementares de pesquisa e extensão; apoio de setores administrativos (superiores, intermediários e técnicos); Corpo Docente, Corpo Discente, Serviço Público de Saúde (Municipal, Estadual e Federal), bem como da comunidade. Além disso, deve-se enfatizar a importância da implementação de uma metodologia de acompanhamento e avaliação de todo o processo de formação profissional, que evidenciará a necessidade de adequações dentro da dinâmica oferecida pelas demandas da formação profissional que surgirem. 9.1. Eixos de Formação, Componentes e Conteúdos O Curso de Graduação em Odontologia da UFPE está estruturado em 03 Eixos Didáticos-Pedagógicos para formação do profissional, nos quais os conteúdos estão alocados e relacionados com o processo saúde-doença da comunidade, da família e do indivíduo, com ênfase nos ciclos da vida, integrado à uma realidade epidemiológica nacional; às necessidades regionais e locais; bem 15 como a Atenção à Saúde em consonância com as Políticas de Saúde vigentes no País. seguir: Desta forma, os Eixos de formação estão descritos nas matrizes a 16 EIXO DE FORMAÇÃO 1 – SAÚDE, FORMAÇÃO HUMANÍSTICA E SOCIAL OBJETIVO  ESTRATÉGIAS DE ENSINO / APRENDIZAGEM Odontologia  Antropologia e a dinâmica do  Saúde, Educação e  Sociologia funcionamento do  Espaços sociais baseada em Conscientização Sociedade 1, 2, 3, 4  Psicologia Curso de  Laboratórios problemas sobre a realidade e 5.  Epidemiologia Odontologia da  Hospital das  Bioestatística / Leitura e UFPE  Conhecer a estrutura sócio-econômico-  Psicologia cultural do país, da  Bioética interpretação de banco região, do Estado e  Saúde Coletiva 1, 2 e de dados contexto social da  Ética Profissional população onde 3  Compreender o  Serviço Públicos de  Problematização Saúde (Rede SUS)  Aprendizagem  Clínicas  Outros cursos da (GD)  UFPE  Grupos de Discussão Aulas expositivas / Discussivas Programas e  Mesas Redondas atua. projetos de  Seminários Saber atuar em extensão relacionando às  Ética Profissional  Bioética demandas e  Odontologia Legal  Odontologia legal Atenção em  Orientação  Orientação Profissional diferentes contextos,  Oficinas  Temáticos Saúde. Profissional e  Relações humanas equipes de trabalhos  Estudos dirigidos Perceber a Empreendedorismo  Direito e cidadania e espaços sociais.  Observação  Sistema Único de Saúde Compreender os – SUS aspectos subjetivos  Políticas de Saúde do processo saúde / doença realidade por meio do acolhimento Reconhecer a  Metodologia do Trabalho Científico  Trabalho de Saúde como um conclusão de Curso 1  Determinantes sociais direito e condição e2  Atenção em Saúde digna  CAMPO DE FORMAÇÃO Filosofia Município  COMPETÊNCIAS / HABILIDADES  Pedagógico  CONTEÚDOS  Introdução a Inserir o estudante no Projeto  COMPONENTES CURRICULARES Facilitar a  Biossegurança e Ergonomia 1 e 2  Identificar as redes (Educação, Promoção, sociais e familiares restabelecimento, existentes, 17 compreensão dos compreendendo aspectos  Saúde ambiental seus aspectos subjetivos  Metodologia científica culturais e políticos (determinantes  Leitura crítica e (cidadania) sociais, culturais, interpretação de artigos comportamentais, científicos psicológicos,  História e  Saber observar, ouvir e perceber  Ser capaz de adotar ecológicos, éticos Contextualização da abordagens e legais), nos Profissão educativas efetivas Especialidades na Promoção da Odontológicas Saúde. níveis individuais e  coletivos (família e  manutenção de Saúde) comunidades), no  Mercado de trabalho  cuidado à saúde  Empreendedorismo capacidade de dentro do processo  Gestão decisão na busca de saúde-doença.  Biossegurança soluções adequadas Possibilitar o  Ergonomia profissional  entendimento do indivíduo Ter espírito crítico e Ser um profissional ético  Saber trabalhar em (paciente) como equipe ser biopsicosocial, multidisciplinar e cidadão e sujeito multiprofissional do processo  Contribuir na  Compreender a formação necessidade da profissional para Atenção em Saúde 18 exercer o papel de cuidador e gestor  Compreender o possibilidade de mercado de busca de trabalho e a conhecimento e o necessidade de retorno para a atitudes pró-ativas melhoria da e empreendedoras qualidade de vida Possibilitar o desenvolvimento pessoal Formar e solidificar valores éticos, bioéticos e legais  Reconhecer na pesquisa uma transformadoras   em saúde para realizar ações  indivídual e coletiva Possibilitar visão crítica científica e a empregabilidade da pesquisa em prol do bem individual e coletivo 19 EIXO DE FORMAÇÃO 2 – SAÚDE E FORMAÇÃO BIOLÓGICA OBJETIVO  Possibilitar o COMPONENTES CURRICULARES  Citologia CONTEÚDOS  Bases moleculares COMPETÊNCIAS / HABILIDADES  Conhecer aspectos CAMPO DE FORMAÇÃO ESTRATÉGIAS DE ENSINO / APRENDIZAGEM  Laboratórios  Problematização  Hospitais da Rede  Aprendizagem entendimento das  Embriologia (biofísicas / de normalidade dos bases moleculares  Histologia Geral bioquímicas) e celulares sistemas e SUS e Hospital baseada em e celulares dos  Bioquímica dos processos normais alterações das Clínicas Problemas processos normais  Anatomia 1 e alterados, da patológicas e alterados, da  Biofísica morfologia estrutural e sistêmicas e da sua estrutura e função  Fisiologia função dos tecidos, importância no  Programas e dos tecidos,  Genética Humana órgãos, sistemas e planejamento da projetos de órgãos, sistemas e  Histologia dos aparelhos, aplicados às atenção à saúde extensão aparelhos, Sistemas situações decorrentes bucal, aplicados às  Parasitologia do processo saúde- situações  Anatomia Dentária, decorrentes do processo saúdedoença, Cabeça e Pescoço  Aulas expositivas / Discussivas  Mesas Redondas  Seminários temáticos compreendendo  Oficinas doença e suas suas etiologias e  Estudos dirigidos alterações frente aos tratamentos  Atendimento Clínico  Clínicas Escola Visitas Domiciliares Imunologia diferentes ciclos da  Atividades  Processos na promoção da (GD)  desenvolvimento integral baseada UFPE - CCB Grupos de Discussão medicamentos, nos  Histologia Oral odontológica   Microbiologia e viabilizando o da assistência  Outros cursos da Patológicos Gerais vida. comunitárias e em grupos   Farmacologia Atividades Práticas Laboratoriais  Observação 20 saúde; controle do processo saúde/doença; recuperação e manutenção da saúde favorecendo a melhoria na qualidade de vida do indivíduo ou coletivo, compreendendo as transformações biológicas dos ciclos da vida.  Compreender a necessidade de promover o cuidado na Atenção à Saúde.  Entender a integralidade como elemento da efetividade.  Compreender o indivíduo nas 21 dimensões biopsico-social, em suas partes e como um todo.  Envolver o aprendizado e a formação profissional  Possibilitar o desenvolvimento pessoal EIXO DE FORMAÇÃO 3 – SAÚDE E CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS OBJETIVO  Possibilitar a COMPONENTES CURRICULARES  Propedêutica CONTEÚDOS  Patologia e oncologia CAMPO DE FORMAÇÃO  Ter a visão integral  Serviço Públicos Patologia técnico-científica Oral; Oncologia para realizar: Oral;  Radiologia planejar o  Espaços sociais Estomatologia;  Materiais dentários atendimento, com  Laboratórios planejamento Radiologia 1 e 2,  Oclusão visão integral do  Hospital das Discussão (GD) integral Terapêutica.  Fisiologia indivíduo e do Clínicas  Aulas expositivas / processo saúde/doença  Estomatologia  Diagnosticar e da Mastigação  Métodos de diagnóstico integral coletivo  Habilidade nas relações humanas / de Saúde (Rede  Aprendizagem clínica:  Controle do do paciente ESTRATÉGIAS DE ENSINO / APRENDIZAGEM  Problematização capacitação  Diagnóstico e oral COMPETÊNCIAS / HABILIDADES SUS)  Outros cursos da UFPE  Programas e baseada em Problemas  Grupos de Discussivas  Sessões clinico- patológicas 22  Recuperação da saúde  Manutenção da saúde  Melhoria na qualidade de vida  Possibilitar o  Clínica  Determinantes e risco  Planejamento integral Odontológica: Fisiologia Oral e  Habilidade técnico-  Inovações tecnológicas científica  Mesas Redondas extensão  Seminários  Clínicas Escola Dentários 1 e 2;  Odontologia Hospitalar que desenvolva o e Serviços  Estudos dirigidos Primeiros Socorros;  Sedação raciocínio crítico Conveniados  Atendimento Periodontia;  Atendimento diante situações  Forças Armadas pessoal Buco-Maxilo Facial; à pacientes especiais  Atenção à clínicas Criança,  Interpretação dos  Hospitais, Clínicas temáticos  Hematologia Dentística; Cirurgia  Habilidade clínica projetos de Oclusão; Materiais desenvolvimento  Facilitar a comunicação  Oficinas Clínico  Visitas Domiciliares  Atividades Endodontia; Adolescente, Adulto e resultados de comunitárias e em solidificação de Clínicas Integrais 1 Idoso exames grupos valores éticos (Atenção Básica ao  Soluções Adulto); 2 (Atenção para os problemas periodontais: complementares  Ter espírito crítico e ao Adolescente; 3  Periodontia capacidade de (Atenção ao Idoso);  Soluções decisão na busca 4 Atenção ao Adulto); Restauradoras para de soluções perdas estruturais: adequadas à o Endodontia pacientes especiais o Dentística e  Soluções para perdas Atendimento Odontologia hospitalar; Cirurgia dentárias:  Ser um profissional ético  Saber trabalhar em equipe o Próteses multidisciplinar / Buco-Maxilo-Facial o Implantodontia multiprofissional Implantodontia.  Soluções cirúrgicas: e traumatologia o Periodontia  Atividades laboratoriais 23 o Cirurgia e Traumatologia Buco Odontologia Maxilo-Facial Pediátrica:  Soluções para Odontopediatria; Ortodontia; Ortopedia funcional dos mutilações faciais:  Prótese Buco-Maxilo- Facial  Soluções em maxilares;Clínica Odontopediatria, Integral 5 – Ortodontia e Ortopedia Atenção à Criança. Funcional dos Maxilares  Ergonomia  Biossegurança 24 Os conteúdos curriculares dos Eixos de Formação articulam-se tanto nos aspectos relativos à sua distribuição temporal, quanto no estabelecimento lógico e claro de sua aplicabilidade profissionalizante. Essa articulação fica evidente no momento em que o estudante entra em contato com os primeiros conteúdos do Curso com crescente grau de complexidade, evidenciando uma formação baseada no saber: “o quê, como e por quê fazer” e pela prática clínica em um Sistema de Saúde hierarquizado em níveis de atenção, incluindo atividades de Atenção Básica e Especializada, contextualizando o estudante nos problemas de saúde apresentados pela população e nas necessidades locais. O contato com a prática profissional, de forma observacional, nas disciplinas: Saúde Educação e Sociedade; Introdução à Odontologia e Saúde Coletiva evidencia a preocupação da inserção imediata do estudante no contexto dos campos de formação, facilitando a ambientação e familiarização com o Curso e a Profissão, beneficiando a sua compreensão do todo. Observa-se que todos os componentes curriculares possuem conteúdos com aplicabilidade voltada para o alcance do Perfil Profissional desejado, sendo elaborados em caráter formativo puramente teórico e/ou teórico-prático (Laboratorial e/ou Clínico), podendo adequar-se às novas demandas da profissão a cada semestre mediante ajustes nos seus Planos de Ensino. 9.2. Componentes Curriculares Eletivos São disponibilizados aos estudantes, componentes curriculares eletivos, que permitem ao mesmo personalizar sua formação com conteúdos que envolvam os componentes ofertados, diferenciando sua formação e permitindo flexibilização na constituição curricular. Nesses componentes curriculares, são oferecidos conteúdos formativos puramente teóricos ou teórico-práticos (Laboratoriais e/ou clínicos) de interesse e que contribuem para a formação profissional. Sendo assim, esses componentes são oferecidos de forma interdepartamental ou não, podendo ter seus conteúdos redefinidos também a cada semestre letivo e sua oferta ser semestral ou anual de acordo com a demanda. 25 9.3. Estágio Curricular Obrigatório A formação Profissional do Curso de Odontologia da UFPE garante o desenvolvimento de estágios curriculares, sob supervisão Docente e de Preceptores. Sendo o estágio desenvolvido de forma articulada e com complexidade crescente ao longo do processo de formação, com carga horária superior a 20% da carga horária total do Curso (considerando as disciplinas obrigatórias), com base no Parecer/Resolução específico da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, de acordo com a Resolução Nº CNE/CES 3 - de 19 de Fevereiro de 2002 - que institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia. Regido pela Resolução N°. 02/85/CCEPE da UFPE, de 02 de abril de 1985, que aborda os Estágios Curriculares de Graduação e Termo de Compromisso, no qual consta registro do nº da Apólice de Seguros, paga pela PROACAD/UFPE, o estágio tem como campos de formação a Rede de Serviços do SUS que concerne a atenção básica dos distritos sanitários IV e V; os Centros de Especialidades Odontológicas; os Serviços Odontológicos de Urgência; Hospitais da Rede SUS; Forças Armadas; SESI; SESC; ABO-PE; Clínica – Escola e outros Serviços que possam a ser conveniados, todos situados na região metropolitana da cidade do Recife. O Estágio Curricular Supervisionado está dividido em: I - Estágio Curricular Supervisionado no Sistema Público de Saúde 1, 2, 3 e 4: ocorre em 04 momentos durante o Curso (4º; 6º; 8º e 10º períodos) II - Estágio Curricular Supervisionado em Clínicas Odontológicas 1 e 2: ocorre em 02 momentos durante o curso (9º e 10º períodos) 9.4. Atividades Complementares A flexibilização curricular também está presente no Curso de Odontologia da UFPE na possibilidade de realização e aproveitamento de atividades complementares segundo Resolução nº 05/2006 do CCEPE. O curso dispõe de mecanismos próprios para o registro e reconhecimento das atividades 26 complementares (atividades de pesquisa e extensão, produção científica, visitas monitoradas, monitorias, participação em encontros, seminários e congressos com apresentação de trabalhos na área ou em outras áreas), orientando tais experiências para o processo ensino-aprendizagem da formação profissional. 9.5. Sistema Hierarquizado por Níveis de Atenção O Curso de Graduação em Odontologia da UFPE possui vinculação de suas atividades práticas com a Rede de Serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) nas suas esferas de competência Municipal, Estadual e Federal, obedecendo a hierarquia do Sistema. O fato da atenção prestada nas Clínicas-Escola atenderem a uma demanda do ensino não compromete sua perspectiva de integrar-se à Rede de Serviços SUS, uma vez que as Clínicas-Escola devem ser usadas dentro do contexto de referência e contra-referência com os Distritos Sanitários IV e V, garantindo o fluxo de pacientes na Rede e no Curso. O Curso de Odontologia da UFPE oferece atendimento dentro desta perspectiva nas: I - Clínicas Integrais 1; 2; 3; 4 e 5 – abordando o ciclo de vida do indivíduo objetivando o atendimento integral à criança, adolescente, adulto e idoso. II – Estomatologia, Patologia e Oncologia Oral – Diagnóstico clínico e histopatológico de lesões bucais . III - Radiologia 1 e 2 – atendimento voltado para o diagnóstico por imagem. IV – Cirurgia Buço-Maxilo-Facial – atendimento especializado em cirurgia de cistos, tumores e dentes inclusos. V – Prótese Buço-Maxilo-facial – atendimento voltado para reabilitação protética de indivíduos mutilados faciais. VI – Dor Orofacial – atendimento voltado para o tratamento das dores orofaciais. O fluxo do paciente no Curso inicia-se com sua chegada, com a referência do Distrito Sanitário IV, V e Hospital das Clínicas, no Centro de Acolhimento e Urgência Odontológica, espaço destinado ao acolhimento do indivíduo no Curso; 27 abertura de prontuário único; cadastro no sistema; realização do diagnóstico das suas necessidades bucais; eliminação dos quadros agudos; adequação do meio bucal e encaminhamento para as clínicas-escola de acordo com as necessidades do indivíduo e do ensino. O fluxo no Curso finaliza com a alta do indivíduo e a contra-referência para o Distrito de origem. Vale ressaltar que a demanda espontânea receberá atendimento. Distritos, Hospital das Clínicas e demanda espontânea serão atendidas mediante acordo de cotas para atendimento. 9.6. Processo de Trabalho na Equipe Odontológica com Biossegurança No ensino odontológico, o modelo de trabalho em equipe deve respeitar os princípios de biossegurança atualmente exigidos, permitindo a organização do tempo e do trabalho; com maior produtividade, cobertura e o exercício do comportamento solidário, de interação e interlocução dos saberes. No Curso de Odontologia da UFPE, o estudante deve capacitar-se para o trabalho em equipes de saúde multiprofissional, bem como para o atendimento clínico obedecendo a princípios de ergonomia. Durante o atendimento clínico nas clínicas-escola, os estudantes devem trabalhar em duplas, com divisão de tarefas. O estudante-operador-clínico deve dedicar atenção aos procedimentos operatórios imprimindo maior qualidade ao trabalho, sem estresse. O estudante-auxiliar-instrumentador é responsável por oferecer ao operador-clínico, de forma segura, sem riscos ao paciente, o material e instrumental odontológico a ser utilizado durante a consulta. Compete ainda ao estudante-auxiliar-instrumentador comunicar-se com o pessoal auxiliar responsável pelo suporte ao atendimento clínico, bem como manipular os materiais odontológicos e apoiar ou colaborar com o estudante-operador-clínico no manuseio de aparelhos ou outros recursos utilizados durante o atendimento, mantendo uma cadeia segura no que abrange a biossegurança. Durante o período de formação, o estudante deve incorporar outros princípios do trabalho em equipe: a co-responsabilidade dos membros da equipe para com a saúde do indivíduo que está sendo atendido (paciente), a competência na administração e organização harmoniosa das ações e o conhecimento sobre a 28 dinâmica das relações que se estabelecem entre os membros da equipe e destes com o paciente. 9.7. Duração do curso/período de integralização/carga horária O currículo do Curso de Graduação em Odontologia da UFPE tem carga horária total de 4.545 horas perfazendo 303 créditos. Dessa carga horária, 3.555 são em componentes curriculares obrigatórios; 60 em componentes eletivos; 90 em atividades complementares e 840 em estágio curricular supervisionado, podendo o Curso ser integralizado no mínimo em 10 períodos correspondente a 05 anos ou no máximo em 07 anos e meio. DESCRIÇÃO CARGA HORÁRIA TOTAL DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CARGA HORÁRIA TOTAL DE DISCIPLINAS ELETIVAS1 CARGA HORÁRIA TOTAL DE DISCIPLINAS ELETIVAS LIVRES2 CARGA HORÁRIA TOTAL DE DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS CARGA HORÁRIA TOTAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO 1 HORAS 90 30 30 3.555 840 4.545 Disciplinas eletivas: Libras; Informática em Saúde, Dor Temporo Mandibular; Odontologia e Saúde da Mulher; Odontologia do Trabalho – Excetuando-se Libras, as disciplinas estão sujeitas às ofertas dos Departamentos. 2 Disciplinas eletivas livres – livre escolha do estudante. 10. ESTRUTURA CURRICULAR COM IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES (ANEXO 1) 11. PROGRAMAS DOS COMPONENTES CURRICULARES (EMENTAS, CONTEÚDOS E BIBLIOGRAFIA BÁSICA) (ANEXO 2) 12. CORPO DOCENTE DO CURSO DE GRADUAÇÃO (ANEXO 3) O Curso de Graduação em Odontologia da UFPE, conta com a atuação de um corpo docente formado por 59 Professores do Quadro Permanente de Servidores da Instituição e Professores Substitutos contratados através da IES, 29 com Normas e Procedimentos, regidos pelas Leis 8.745/93, 8.112/90, DecretoLei 94.664 e Medida Provisória 1.554-12/97 sob a coordenação do DDE/PROACAD/UFPE. Os Docentes, em sua quase totalidade, apresentam titulação adequada (Mestrado e Doutorado); experiência média profissional na área e no magistério de mais de 10 anos. 13. O ESTUDANTE E A VIDA ACADÊMICA – SUPORTE PARA FUNCIONAMENTO DO CURSO O estudante ingressa no Curso de Graduação em Odontologia da UFPE, através do processo seletivo do exame de vestibular, salvo as exceções por Força de Lei (Ex.: Transferências de Militares) e convênios com outros países. O mesmo é proveniente de escolas públicas e privadas, cursos preparatórios para o vestibular, que trazem grandes expectativas e uma bagagem sócio-econômica e cultural individual. O contato com a UFPE é mantido também online através do site Institucional www.ufpe.br, onde o estudante também pode acessar informações e realizar algumas operações e consultas através do sistema sig@. A página da PROACAD é a mais utilizada pelos estudantes, seguida das páginas da PROPESQ e PROEXT. Os ingressantes da UFPE são recepcionados em Aula Magna, ministrada pelo Magnífico Reitor e estendida a toda comunidade acadêmica, recebendo da PROACAD, informações pertinentes à UFPE e o Manual do Estudante. Os ingressantes no Curso de Graduação em Odontologia da UFPE, após assistirem à aula magna, são recepcionados pelos estudantes do DAO -Diretório Acadêmico de Odontologia e pela Coordenação do Curso no prédio sede do Curso de Graduação em Odontologia, onde é preenchida uma ficha cadastral dos ingressos para tramites internos da Coordenação. A cada semestre, o DAO realiza uma calourada e um torneio esportivo para integração dos novos estudantes e veteranos do Curso. 30 O contato dos ingressantes com os componentes curriculares do Curso dáse no primeiro período e segue-se até o décimo objetivando o alcance da Formação Profissional dentro do Perfil desejado. Os componentes curriculares agrupados nos Eixos de Formação permeiam o Curso e fazem com que o estudante tenha uma formação sedimentada nos mesmos à medida que intensificam sua participação neste processo, de acordo com o gráfico abaixo: Período / 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º Eixo de Período Período Período Período Período Período Período Período Período Período Formação EIXO 1 EIXO 2 EIXO 3 Os Eixos 1 e 2 oferecem ao estudante um amplo convívio com estudantes de outros Cursos em suas atividades didáticas (Nutrição, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Medicina, Educação Física, Ciências Biomédicas, Fonoaudiologia, Farmácia, Serviço Social, Psicologia), enquanto que no Eixo 3 este contato dá-se de forma menos freqüente. Isto contribui para socialização e formação profissional dentro de uma perspectiva de atuação em equipes multiprofissionais. No primeiro período do Curso o estudante que necessita do apoio da CEU (Casa do Estudante Universitário), pode requerê-lo ao DAE (Departamento de Assuntos Estudantis) / PROACAD onde são disponibilizados todos os detalhes da seleção. A CEU objetiva dar condições de acesso e permanência, a estudantes carentes, residentes fora da área metropolitana de Recife, a uma formação acadêmica e profissional no ensino superior. A UFPE também disponibiliza, aos estudantes não residentes na cidade oriundos de famílias carentes de recursos financeiros, o Programa de Bolsa de apoio Acadêmico aos Não Residentes. A seleção é realizada no início do segundo 31 semestre letivo e as datas e critérios de seleção são divulgados através de edital publicado na Diretoria de Assuntos Estudantis e na página da PROACAD. Durante todo o Curso, a UFPE apóia a Participação de Estudantes em Eventos Acadêmicos, Culturais e Esportivos para Estudantes de Graduação. Trata-se de um programa que apóia, financeiramente, a participação de estudantes, regularmente matriculados em cursos de graduação da UFPE, em eventos estudantis. Os critérios da concessão do apoio, bem como os calendários de solicitações, estão publicados no site da UFPE na página da PROACAD. Através do DAO/DCE (Diretório Central dos Estudantis), são viabilizadas as Carteiras de Estudante, confeccionadas pela UNE, as quais possuem aplicabilidade social e colaboram para consolidação da identidade estudantil universitária. Os estudantes realizam sua matrícula online, de acordo com o calendário acadêmico da PROACAD, através do Sistema SIG@, que mantém registros da vida acadêmica do estudante para consulta pelo mesmo. Orientações sobre o processo de matrícula podem ser dadas pela Coordenação do Curso ou pelo Corpo Discente da UFPE. O estudante deve observar a existência ou não de vagas nas turmas, a compatibilidade de horários, a matrícula obrigatória em disciplinas não cursadas no semestre anterior ou em disciplinas cursadas sem aproveitamento, o número de créditos exigidos para matrícula no Curso de Odontologia e, finalmente, a cadeia de pré e co-requisitos presentes na Matriz (Perfil) do Curso divulgada pela PROACAD. A partir do segundo período do Curso o estudante pode participar dos programas de monitoria (PROACAD ); Extensão ((PROEXT) e Iniciação Científica (PROPESQ) sob orientação dos docentes do Curso de Graduação em Odontologia. Para a participação nesses Programas, são disponibilizados, anualmente, editais pelas Pró-Reitorias competentes. Os Programas não só contemplam os projetos isoladamente, mas também socializam o estudante no campus e na comunidade. Na vivência do estudante com o Eixo 3, o DAE / PROACAD contribui para formação do aluno de baixa renda com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Acadêmico – Instrumental Técnico, permitindo o acesso desses estudantes ao instrumental técnico necessário à sua formação profissional, 32 contribuindo para a melhor integração e aproveitamento acadêmico. Os estudantes, selecionados a partir dos critérios de renda e desempenho acadêmico, recebem o material permanente exigido naquele período letivo. No final do semestre letivo, o material é devolvido, e deverá ser repassado para outros estudantes. No 8º e 10º encontram-se os componentes curriculares: Trabalho de Conclusão de Curso 1 e 2, onde o estudante inicia e conclui, respectivamente, a atividade de realização do TCC, em forma de projeto na disciplina 1 e de trabalho escrito concluído na 2. Normativas, aprovadas pelo Colegiado do Curso de Graduação em Odontologia da UFPE, fornecem acessibilidade ao entendimento do processo. No 10º período, existe uma parceria das Coordenações de Graduação dos cursos de Odontologia, Enfermagem e Medicina da UFPE, com as Forças Armadas, nos registros da FISEMI (Ficha Individual à Seleção de Enfermeiros , Médicos e Dentistas), obrigatório para o gênero masculino e opcional ao feminino. Ao final da integralização do Curso de Graduação em Odontologia, no 10º período, é fechada a pontuação da média final de cada estudante através do Sistema SIG@, o que irá configurar a Láurea, premiação concedida ao estudante que obtiver melhor aproveitamento acadêmico. Após autorização do DCA/PROACAD, é efetuada a colação de grau dentro dos padrões do cerimonial da instituição e posteriormente o estudante recebe a Declaração de Conclusão de Curso. A Coordenação do Curso orienta os estudantes sobre a solicitação do Diploma de Cirurgião Dentista (DCA/Coordenação do Corpo Discente) e também registro no CRO (Conselho Regional de Odontologia) para viabilização do exercício legal da Profissão. 13.1. ÓRGÃOS E SETORES DE APOIO AO ENSINO I - PROACAD - Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos, órgão de assessoramento superior da Reitoria nos assuntos referentes ao ensino de graduação, atuando junto aos estudantes, docentes, coordenadores de cursos, coordenadores das áreas básicas, chefes de departamentos e diretores de centro. 33 Tem sob sua responsabilidade, em conjunto com os Coordenadores de Curso, a organização, o funcionamento e a política didático-pedagógica dos cursos, o controle acadêmico dos estudantes (aspectos legais e de documentação), a coordenação do processo de avaliação da qualidade do ensino e da qualificação dos docentes dos cursos de graduação da UFPE. Sob responsabilidade da PROACAD, estão ainda os programas e ações de assistência e permanência estudantil, a coordenação de apoio acadêmico e a coordenação da Divisão do Corpo Discente: A - Departamento de Desenvolvimento do Ensino (DDE) - Assessora o Pró- Reitor na coordenação geral dos cursos de graduação e a coordenação de atividades docentes através de ações, projetos e programas institucionais que conduzam à melhoria do ensino de graduação, à qualificação do corpo Docente e à avaliação da qualidade da graduação. O DDE comporta a Coordenação Geral dos Cursos de Graduação; Seção de Currículos e Programas e Coordenação de Atividades Docentes B - Departamento de Assuntos Estudantis (DAE) - É responsável pelos programas e ações que promovam a assistência estudantil e a permanência do estudante na UFPE. Administra duas residências estudantis universitárias, uma masculina, outra feminina, e um Núcleo de Apoio a Eventos - NAE - que é utilizado para acomodar estudantes de outras localidades por ocasião de realização de cursos, Seminários e congressos estudantil na UFPE. O Departamento de Assuntos Estudantis comporta Coordenação de Desenvolvimento de Atividades; Centro de Ensino, Pesquisa e Atenção em Saúde Mental. C – Departamento de Controle Acadêmico (DCA) - O Departamento de Controle Acadêmico tem como responsabilidade o planejamento, a supervisão e a execução das atividades acadêmicas. Vinculada ao DCA está a Coordenação do Corpo Discente, que é responsável pelo atendimento a todos os estudantes e exestudantes de graduação da UFPE, bem como ao público interessado em cursar 34 disciplinas isoladas e/ou ingressar na graduação da UFPE, com o apoio da Seção de Registro Escolar (S.R.E); Seção de Registro de Diplomas (S.R.D); Seção de Estatística e Apoio ao Planejamento (S.E.A.P); Setor de Mecanografia e Setor de Arquivo. As principais atividades do Corpo Discente são:  Divulgação anual dos estudantes classificados no vestibular;  Coordenação de Pré-matrícula dos estudantes classificados no vestibular; matrícula dos estudantes veteranos;  Ingresso extravestibular: transferência interna, transferência externa (dependente de vaga); por força de lei, reintegração, diplomado;  Matricula em disciplinas isoladas dos cursos;  Emissão de declarações, históricos, grade curricular, regime de aprovação e reconhecimento;  Controle da vida acadêmica e arquivo de documentos pessoais dos estudantes; transferência para outra instituição; emissão de diploma de graduação. II - Sistemas de Bibliotecas da UFPE - é composto por 01 (uma) biblioteca central, 09 (nove) bibliotecas setoriais, uma em cada Centro Acadêmico, e 01(uma) biblioteca juvenil no Colégio de Aplicação, totalizando um complexo de 11 bibliotecas a serviço da comunidade acadêmica da UFPE. O usuário encontra nas unidades do SIB, um vasto acervo de llivros, publicações periódicas impressas e eletrônicas, teses, CDROM's, fitas de vídeo, Diário Oficial da União, e uma diversidade de materiais bibliográficos. A maior parte das bibliotecas do SIB já está com o acervo automatizado. Estação da Pesquisa - Bases de Dados online - Serviços do Sistema de Bibliotecas da UFPE –  Empréstimo de Livros  Renovação de livros 35  Pesquisas Bibliográficas  Comut  Catalogação na fonte  Cabines de estudo em grupo  Posto do CIEE  Espaço Cultural  Cine-BC  Coleção multimídia/videoteca  Loja da Griffe UFPE  Salão de Leitura Informal  Xadrez III – Coordenação e Colegiado do Curso A Coordenação do Curso é composta por um Coordenador e um ViceCoordenador designados pelo Reitor, após processo eleitoral paritário regulamentado pelo colegiado, cujo resultado é submetido à homologação do Conselho Departamental do Centro de Ciências da Saúde e da Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos. São escolhidos dentre os Professores dos Departamentos que após eleitos dirigem o Curso por 2 anos podendo ser reconduzidos, através de processo eleitoral, por mais dois anos. O Coordenador de Graduação administra o curso pedagogicamente com a participação de um Colegiado indicado pelos Departamentos levando em consideração um percentual (%) de carga horária das disciplinas do currículo mínimo do curso. Sendo composto da seguinte forma:  Coordenador do curso (presidente) 36  Vice-coordenador  Representantes do corpo docente (Básico)  Representantes do corpo docente (DCOP)  Representantes do corpo docente (DPCBF)  Representante estudantil (estudante) As competências do Coordenador de Graduação e do Colegiado de Curso são regulamentadas através de RGU, Art. 29, parágrafos I ao X e a Resolução nº 02/2003 do CCEPE. 13.2 Monitoria, iniciação científica e extensão A UFPE, através das Pró-Reitorias Acadêmica (PROACAD), de Pesquisa (PROPESQ) e Extensão (PRO-EXT) oferece programas para Monitoria, Iniciação Científica e Projetos de Extensão respectivamente, onde o estudante do Curso de Graduação em Odontologia pode vincular-se como bolsista do Programa ou como voluntário, de acordo com os editais lançados anualmente. O estudante do Curso de Graduação em Odontologia a partir do 2º período pode ingressar do processo de seleção de monitoria, regido por normativas da PROACAD e realizado pelos componentes curriculares, sob supervisão do Coordenador de Monitoria do Curso, o que estimula o despertar pela vida acadêmica . A Iniciação Científica possibilita o incentivo à vocação científica entre os estudantes do Curso de Graduação, permitindo sua participação em grupos de pesquisa vinculados ao CNPq, desenvolvendo trabalhos em de linhas de pesquisa de Grupos de Pesquisa da UFPE. O financiamento de bolsas advém do CNPq e FACEPE. Os Projetos de Extensão do Curso de Graduação em Odontologia da UFPE respondem, de forma cidadã, à algumas necessidades da comunidade, oferecendo aos estudantes de graduação em Odontologia a oportunidade de participar de um número de projetos, de caráter temporário ou permanente. Ao 37 serem criados, os projetos de extensão atendem às exigências da Pro-ext, onde são registrados após análise da Câmara Setorial de Extensão do Centro de Ciências da Saúde, na qual o Curso de Graduação em Odontologia possui 02 representações através dos Departamentos de Prótese e Cirurgia Buco-Facial, e de Clínica e Odontologia Preventiva. Ao participar destas atividades, os estudantes são estimulados a exercer o pensamento crítico científico e a criatividade pelo confronto entre o conhecimento construído e as experiências vividas nestes processos. O fechamento do ciclo aberto com os editais ocorre com a apresentação destas experiências de monitoria, pesquisa e extensão respectivamente no: CONGRAD - Congresso de Estudantes de Graduação da UFPE; CONIC Congresso de Iniciação Científica e ENEXT – Encontro de Extensão, todos sob orientação dos docentes do Curso de Graduação em Odontologia. 13.3. Representação estudantil Segundo o Regimento Geral da UFPE, os estudantes possuem representação nos órgãos colegiados da Universidade e nas comissões instituídas para tratar de assuntos ligados ao ensino, à pesquisa e à extensão. No Curso de Graduação em Odontologia da UFPE, a representação é feita pelo DAO, havendo direito de representação estudantil no Colegiado de Curso e nas Reuniões de Pleno de Departamentos. 14. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO Programa de Pós Graduação em Odontologia da UFPE é dividido em strictu e lato sensu. O programa strictu sensu, Mestrado e Doutorado em Clínica Integrada, obteve aprovação da CAPES no ano de 2003 (Mestrado) e 2008 (Doutorado), possui conceito 4, com seleção bi-anual e ingresso de 12 estudantes até 2005. Em 2006 a seleção passou a ser anual e o número de vagas foi ampliado para 15. O 38 programa funciona com infra-estrutura contendo salas de aula, salas de professores, sala de discentes, secretaria, copa, banheiros, laboratórios de pesquisa básica e uma clínica-escola. O Objetivo do Programa de Pós Graduação strictu sensu em Odontologia da UFPE, é formar pessoal qualificado, com visão crítica adequada ao exercício do ensino superior. No Programa de Pós Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco são desenvolvidas atividades em parceria com a Coordenação do Curso de Graduação que visam o aprimoramento das habilidades individuais para a pesquisa básica e aplicada, utilizando-se dos conceitos atuais da metodologia científica, que norteiam uma Odontologia baseada em evidências. O programa mantém um intercâmbio importante com o Eastman Dental Institute for Oral Health Care Sciences, da Universidade de Londres. São linhas de pesquisa do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPE:  Análise e métodos físico-químico-macânicos e biomorfológicos em Odontologia  Epidemiologia e prevenção em Odontologia  Medicamentos e sistemas mecânicos e manuais para preparos biomecânicos  Infectologia e biossegurança em Odontologia  Traumatoterapia e deformidades dento-faciais  Utilização de fitoterápicos em Odontologia O Programa lato sensu funciona sob a coordenação de Professores do Curso de Graduação em Odontologia da UFPE, sendo oferecidos cursos de Especialização em: Cirurgia Buço-Maxilo-Facial; Dentística; Endodontia, Estomatologia; Ortodontia; Odontopediatria e Periodontia, com regularidade de funcionamento distintas 39 15. SISTEMÁTICA DE CONCRETIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO Este Projeto Pedagógico deverá entrar em vigor para os ingressos 2010.1. Para sua concretização deverá ocorrer a adequação do espaço físico e aquisição/instalação de novos equipamentos do Curso de Odontologia, de acordo com a proposta do REUNI (sumariamente resumida em reforma, ampliação e estruturação das clínicas, bloco cirúrgico, radiologia, patologia, sala dos professores, núcleo de acolhimento e pronto atendimento, arquivo vivo e morto para prontuário único de pacientes, informatização das clínicas, reforma e estruturação dos laboratório, otimização dos espaços, área de convivência, vestiários e armários para os estudantes, central de esterilização, melhoria do fluxo e circulação de pessoas) bem como a contratação de Técnicos Administrativos e novos Professores. Atualmente o Curso dispõe de estrutura que compreende: 01 Almoxarifado do Departamento de Clínica e Odontologia Preventiva 01 Almoxarifado do Departamento de Prótese e Cirurgia Buco Facial 01 Auditório – 250 pessoas 01 Auditório Pós-graduação – 28 pessoas 01 Bloco Cirúrgico 01 Central de Esterilização 01 Clínica de Pós-Graduação 01 Coordenação de Curso / Escolaridade 01 laboratório de informática 40 01 Laboratório de Patologia 01 laboratório informática Pós-graduação 01 Laboratório Integral de Pesquisa 01 Manutenção / oficina 01 Núcleo de Pesquisa Clínica e Biomateriais 01 Pronto Atendimento em Odontologia 01 sala de atendimento clínico odontogeriátrico 01 sala de aula – 15 alunos 01 sala de aula Pós-graduação – 28 pessoas 01 Sala de máquinas (compressor) 01 sala para chefia do Departamento de Clínica e Odontologia Preventiva 01 sala para chefia do Departamento de Prótese e Cirurgia Buco Facial 01 Sala para Diretório Acadêmico 01 Secretaria Pós-graduação 01 Setor de Radiologia 03 salas de aula – 60 alunos 05 Clínicas Escola / Ambulatório 06 laboratórios multidisciplinar (Dentística, Próteses, Escultura dentária e oclusão, ortodontia, ortopedia, Endodontia) Salas para professores WC´s Depois de implantado, este projeto será avaliado pela comunidade acadêmica durante cinco anos, sendo este trabalho coordenado pela Comissão de Apoio Pedagógico (CAP), designada pelo Colegiado do Curso com a participação 41 do Coordenador do Curso e um representante de cada Departamento (Departamento de Prótese e Cirurgia Buco Facial e Departamento de Clínica e Odontologia Preventiva) indicado pelos seus Plenos. Ao final desse período serão realizados alterações e ajustes necessários, dentro da expectativa da aplicação da verba do REUNI e Pró-Saúde que viabilizam novas contratações de Professores e pessoal de nível técnico, bem como reformas estruturais e aquisição de novos equipamentos. A cada ano, dos cinco primeiros anos, será realizado pela Comissão de Apoio Pedagógico um diagnóstico preliminar do desenvolvimento do Projeto Pedagógico, promovendo em seguida um seminário com a comunidade acadêmica, onde as questões relativas à condução do Projeto serão discutidas para sua continuidade, ajustes necessários e realização de oficinas de orientação pedagógica para funcionamento adequado da Proposta Pedagógica do Curso.