PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UAB/DED/CAPES Coordenadora: Professora Dr.ª CACILDA SOARES DE ANDRADE Novembro 2012 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4 1.1. Evolução dos fundamentos legais da Educação a Distância (EAD) no Brasil..................................... 4 1.2 UAB – Contabilidade ........................................................................................................................ 6 1.2.1. Organização do documento ...................................................................................................... 6 PARTE 1 - UAB/DED CAPES ........................................................................... 8 1. Apresentação ..................................................................................................................................... 8 2. Justificativa ...................................................................................................................................... 11 2.1 Participantes .............................................................................................................................. 12 2.2. Interdisciplinaridade.................................................................................................................. 13 2.3. Aulas presenciais introdutórias e de fechamento ...................................................................... 14 2.4. Estudos de caso......................................................................................................................... 14 2.5. Visitas técnicas .......................................................................................................................... 15 2.6. Atividades Complementares ...................................................................................................... 16 2.7. Atividades Integração ................................................................................................................ 16 2.8. Apresentação de Trabalhos de Conclusão de Curso.................................................................... 16 3. Estrutura e funcionamento .............................................................................................................. 17 4. Atendimento aos Discentes ............................................................................................................. 17 5. Avaliação institucional ..................................................................................................................... 18 6. Estrutura curricular .......................................................................................................................... 19 7. Concepção do material didático ....................................................................................................... 20 8. Guias do curso e das disciplinas ....................................................................................................... 21 9. Estrutura do material didático ......................................................................................................... 22 9.1. Processo de produção do material didático ............................................................................... 23 9.2. Orientação pedagógica do material didático .............................................................................. 24 10. O processo de tutoria ..................................................................................................................... 24 Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 2 11. Seleção dos tutores ........................................................................................................................ 25 12. Infraestrutura de apoio .................................................................................................................. 25 PARTE 2 - PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA MODALIDADE DE EAD ...................................................... 29 2.1. Apresentação ................................................................................................................................ 29 2.2. Identificação ................................................................................................................................. 30 2.3 Regime Acadêmico de Oferta ......................................................................................................... 30 2.3.1. Objetivos................................................................................................................................ 31 2.3.1.1. Objetivo Geral................................................................................................................. 31 2.3.1.2. Objetivos Específicos....................................................................................................... 31 2.4. Perfil profissional .......................................................................................................................... 33 2.5. Competências, atitudes e habilidades ........................................................................................... 34 2.6. Intercâmbio entre as IPES participantes ........................................................................................ 35 2.7 - Dinâmica do Ensino-Aprendizagem previstas no Modelo EAD do Curso e Armazenamento de Dados................................................................................................................................................... 36 2.7.1. Avaliação................................................................................................................................ 37 2.7.2 Tipos de Avaliação ................................................................................................................... 39 2.7.3 Provas de Dependência e de Adaptação .................................................................................. 40 2.7.4 Prova Segunda Chamada e Exame Final ................................................................................... 40 2.8 – Capacitação de Professores e Tutores e Atividades dos Atores Envolvidos do Curso ................... 40 2.8.1 Capacitações ........................................................................................................................... 40 2.8.2 Atribuições dos Atores responsáveis pelo Processo de ensino-aprendizagem ........................... 41 2.8.2.1 Atribuições dos Tutores ................................................................................................... 41 2.8.2.2 Atribuições do Coordenador de Tutoria ............................................................................ 42 2.8.2.3 Atribuições do Professor-pesquisador conteudista ........................................................... 42 2.8.2.4 Atribuições do Professor-pesquisador .............................................................................. 43 2.8.2.5 Atribuições do Professor Formador .................................................................................. 44 2.8.2.6 Atribuições do Coordenador de Estágio Supervisionado ................................................... 44 2.8.2.7 Atribuições do Coordenador do Curso .............................................................................. 45 2.9. Matriz Curricular do Curso ............................................................................................................ 47 2.9.1. Ementas das Disciplinas .......................................................................................................... 52 2.9.2. Disciplinas Eletivas do Curso de Ciências Contábeis ................................................................. 60 Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 3 CONCLUSÕES ................................................................................................ 64 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 65 ANEXO 1 – ELENCO DE PROFESSORES ..................................................... 66 ANEXO 2 – PROGRAMAS DAS DISCIPLINAS .............................................. 69 Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 4 INTRODUÇÃO 1.1. Evolução dos fundamentos legais da Educação a Distância (EAD) no Brasil A Educação a Distância foi regulamentada no Brasil pela Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, publicada no Diário Oficial da União em 23 dezembro de 1996, pelo Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamentou o artigo 80 da Lei n.º 9.394/96, pela Portaria de nº 301, de 7 de abril de 1998 e pelo Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998, revogados pelo decreto lei 5.622 de dezembro de 2005. A Lei nº 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu artigo 80 determina que “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada”. Em seus parágrafos primeiro e segundo, destaca: “A Educação a Distância, organizada com abertura de regimes especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União”, que regulamentará “os requisitos para a realização de exames e registros de diplomas relativos a cursos de EAD”. A mesma lei também prevê que as normas para produção, controle e avaliação de programas de EAD e a autorização para sua implementação caberá aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. O mesmo documento legal prevê que a Educação a Distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: os custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens, a concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas e reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais. Já o Decreto nº 2.494/98 esclarecia que os cursos ministrados sob a forma de Educação a Distância deveriam ser organizados em regime especial, ou seja, com flexibilidade de requisitos para admissão, horários e duração, sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 5 As instituições públicas ou privadas que oferecem certificados ou diplomas de conclusão para cursos a distância deverão estar credenciadas para esse fim, conforme exigências do Ministro de Estado da Educação e do Desporto em legislação específica. No que respeita à matrícula, esta poderá ser efetuada nos cursos a distância do Ensino Fundamental (para jovens e adultos), Médio e educação profissional, nos cursos de graduação e, independentemente da escolarização anterior, para a pós-graduação, mediante avaliação que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato. Os cursos poderão, também, emitir seus diplomas ou certificados que terão validade nacional. Posteriormente, o Decreto n.º 2.561/98 alterava a redação dos artigos 11 e 12 do Decreto n.º 2.494/98. Esses artigos referiam-se ao credenciamento das instituições vinculadas ao sistema federal de ensino, das instituições de educação profissional em nível tecnológico e de ensino superior dos demais sistemas, e das instituições localizadas no âmbito de suas respectivas atribuições, para oferta de cursos a distância dirigidos à Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e educação profissional de nível técnico. Por sua vez, a Portaria de nº 301/98 dispõe as normas sobre os procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância. Atualmente o decreto 5.622/05 regulamenta a modalidade a distância e destaca, em seu art. 1º, a caracterização da EAD como “modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação [...]”. A mediação a que se refere o instrumento legal diz respeito não apenas à comunicação do aluno e do professor, como também se refere ao desenvolvimento de atividades educativas em locais e tempos diferentes. Essa definição representa um avanço diante da que constava do Decreto 2.494/98, em seu artigo 1º, quando definia a EAD como uma “forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação utilizados isoladamente ou combinados [...]”. O Decreto 5.622/05, além de ampliar o conceito de EAD traz em seu texto legal a Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 6 possibilidade de oferta de cursos em todas as modalidades de ensino, ou seja, desde o ensino fundamental até a pós-graduação. Com relação à oferta dos cursos na modalidade a distância, compete especialmente à Secretaria de Educação a Distância, conforme o, art. 5º § 4º do decreto 5.773/06 I - instruir e exarar parecer nos processos de credenciamento e recredenciamento de instituições específico para oferta de educação superior a distância, promovendo as diligências necessárias; II - instruir e decidir os processos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos superiores a distância, promovendo as diligências necessárias; III - propor ao CNE, compartilhadamente com a Secretaria de Educação Superior e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, diretrizes para a elaboração, pelo INEP, dos instrumentos de avaliação para credenciamento de instituições específico para oferta de educação superior a distância; IV - estabelecer diretrizes, compartilhadamente com a Secretaria de Educação Superior e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, para a elaboração, pelo INEP, dos instrumentos de avaliação para autorização de cursos superiores a distância; e V - exercer a supervisão dos cursos de graduação e sequenciais a distância, no que se refere a sua área de atuação. Tanto para cursos presenciais quanto para os cursos a distância, caberá ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), por meio do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), definir os critérios de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos. As diligências são exercidas por profissionais docentes devidamente cadastrados no banco de dados do INEP. 1.2 UAB – Contabilidade 1.2.1. Organização do documento Este documento apresenta o Projeto Pedagógico para o Curso de Ciências Contábeis na modalidade a distância, com apoio UAB/DED CAPES e está dividido em duas partes, a saber: Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 7 A Parte 1 apresenta a estrutura geral da UAB/DED CAPES, sua missão, eixos fundamentais, histórico e cursos ofertados. Cabe ressaltar que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação e que, agora, diante da Resolução CD/FNDE Nº 49 de 10 de setembro de 2009, volta-se ao ensino superior na modalidade a distância, tendo por princípio manter, nessa modalidade, a mesma qualidade e visão empreendedora de seus cursos presenciais. A Parte 2 apresenta o Projeto Didático-Pedagógico do Curso de Ciências Contábeis na modalidade a distância. São detalhados os objetivos do Curso, perfil do profissional, estrutura curricular, corpo docente e sistema de avaliação. Com a EAD, espera-se disponibilizar um Curso de qualidade para um grande contingente de pessoas que, por diferentes razões, não têm acesso ao ensino presencial regular. Com essa modalidade de ensino, cada uma das Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) participantes colabora decisivamente para o desenvolvimento e a inclusão social, formando profissionais dinâmicos, éticos, autônomos, empreendedores, prontos a atuar em uma sociedade de rápidas transformações. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 8 PARTE 1 - UAB/DED CAPES 1. Apresentação A Universidade Aberta do Brasil é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da modalidade de Educação a Distância. O público, em geral, é atendido, mas os professores que atuam na educação básica têm prioridade de formação, seguidos dos dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica dos estados, municípios e do Distrito Federal. O Sistema UAB foi instituído pelo Decreto 5.800, de 8 de junho de 2005, para "o desenvolvimento da modalidade de Educação a Distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no País". Fomenta a modalidade de Educação a Distância nas instituições públicas de ensino superior, bem como apoia pesquisas em metodologias inovadoras de ensino superior respaldadas em tecnologias de informação e comunicação. Além disso, incentiva a colaboração entre a União e os entes federativos e estimula a criação de centros de formação permanentes por meio dos polos de apoio presencial em localidades estratégicas. Assim, o Sistema UAB propicia a articulação, a interação e a efetivação de iniciativas que estimulam a parceria dos três níveis governamentais (federal, estadual e municipal) com as universidades públicas e demais organizações interessadas, enquanto viabiliza mecanismos alternativos para o fomento, a implantação e a execução de cursos de graduação e pós-graduação de forma consorciada. Ao plantar a semente da universidade pública de qualidade em locais distantes e isolados, incentiva o desenvolvimento de municípios com baixos Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Desse modo, funciona como um eficaz instrumento para a universalização do acesso ao ensino superior e para a requalificação do professor em outras disciplinas, fortalecendo a escola no interior do Brasil, minimizando a concentração de oferta de cursos de Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 9 graduação nos grandes centros urbanos e evitando o fluxo migratório para as grandes cidades. O Sistema UAB foi criado pelo Ministério da Educação no ano de 2006, em parceria com a Associação de Docentes das Instituições Federais de ensino Superior (ANDIFES) e Empresas Estatais, no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação, com foco nas Políticas e na Gestão da Educação Superior. Trata-se de uma política pública de articulação entre a Secretaria de Educação a Distância - SEED/MEC e a Diretoria de Educação a Distância DED/CAPES com vistas à expansão da educação superior, no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O Sistema UAB sustenta-se em cinco eixos fundamentais: 1. Expansão pública da educação superior, considerando os processos de democratização e acesso; 2. Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino superior, possibilitando sua expansão em consonância com as propostas educacionais dos estados e municípios; 3. Avaliação da educação superior a distância tendo por base os processos de flexibilização e regulação implantados pelo MEC; 4. Estímulo à investigação em educação superior a distância no País; 5. Financiamento dos processos de implantação, execução e formação de recursos humanos em educação superior a distância. Os primeiros cursos executados no âmbito do Sistema UAB resultaram da publicação de editais. O primeiro edital conhecido como UAB1, publicado em 20 de dezembro de 2005, permitiu a concretização do Sistema UAB, por meio da seleção para integração e articulação das propostas de cursos, apresentadas exclusivamente por instituições federais de ensino superior, e as propostas de polos de apoio presencial, apresentadas por estados e municípios. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 10 O segundo edital, publicado em 18 de outubro de 2006, denominado UAB2, diferiu da primeira experiência por permitir a participação de todas as instituições públicas, inclusive as estaduais e municipais. Em 2007, o Sistema UAB repassou recursos às instituições de ensino superior para a ampliação do acervo bibliográfico dos polos de apoio presencial. Foram adquiridos livros contemplando as áreas dos cursos ofertados nos polos. A bibliografia básica foi indicada por coordenadores de cursos e corroborada por coordenadores UAB. Em 2008, merece destaque da atuação do Sistema UAB que fomentou a criação de cursos na área de Administração, de Gestão Pública e outras áreas técnicas. Atualmente, 88 instituições integram o Sistema UAB, entre universidades federais, universidades estaduais e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs). De 2007 a julho de 2009, foram aprovados e instalados 557 polos de apoio presencial com 187.154 vagas criadas. A UAB, ademais, em agosto de 2009, selecionou mais 163 novos polos, no âmbito do Plano de Ações Articuladas, para equacionar a demanda e a oferta de formação de professores na rede pública da educação básica, ampliando a rede para um total de 720 polos. Para 2010, espera-se a criação de cerca de 200 polos. A UAB continuará a apoiar a formação de professores com a oferta de vagas não presenciais para o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação. Essas vagas atenderão à demanda levantada pela análise das préinscrições realizadas na Plataforma Freire pelos professores brasileiros. Além desse apoio, a UAB atenderá à chamada demanda social por vagas de nível superior. No total, aguarda-se a criação de 127.633 vagas para 2010. Em março de 2010, criou-se o ATUAB de Contabilidade e instalou-se a comissão composta pelos professores: Cacilda Andrade UFPE, Edgard Cornachione Jr. USP, Eleonora Milano Falcão Vieira UFSC, Fátima Souza Freire UNB, Joséilton Silveira da Rocha UFBA, Leonor Bernadete A. Santos UFAM, Luiz Henrique Baptista Machado UFRJ, Marília Nascimento UFES, Pablo Luiz Martins UFSJ e deu-se início as discussões para Produção do Projeto Pedagógico do curso de Bacharelado em Contabilidade, com apoio Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 11 da Diretoria de Educação a Distância - DED/CAPES com vistas à expansão da educação superior, no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE.) 2. Justificativa Um dos grandes desafios do Brasil é qualificar seus jovens e adultos. O país figura entre as nações da América Latina com uma das mais baixas taxas de acesso ao ensino superior, com cerca de apenas 9% dos jovens de 18 a 24 anos de idade no ensino superior, se comparado a 27% no Chile, 39% na Argentina, 62% no Canadá e 80% nos EUA. Também permanece muito abaixo da meta de 30% prevista no Plano Nacional da Educação. Outro fator a se considerar é o fato de que a demanda por ensino superior por parte de pessoas de faixa etária acima de 21 anos e a necessidade de formação continuada é cada vez mais intensa em uma sociedade fortemente marcada pelos avanços das novas tecnologias de informação e comunicação. A EAD, nesse contexto, é uma possibilidade, que, de fato, pode contribuir para o aumento do acesso ao ensino superior de qualidade. Com a EAD podem ser atendidos alunos que, por razões de tempo ou espaço, não têm acesso ao ensino presencial tradicional. Em verdade, essa é a realidade de um grande número de pessoas que não conseguem acesso ao ensino por não ter condições de se enquadrar à disciplina de horários e locais dos cursos superiores diversos presenciais ofertados. Para muitos, é impossível compatibilizar horários profissionais, responsabilidades familiares e frequência a um curso superior presencial. Assim, a educação a distância é talvez o único meio adequado de dar-lhes acesso a um “novo” saber. Várias experiências de ensino superior a distância consolidaram-se no mundo, a partir do final da década de 60. Podem-se destacar: a Open University, no Reino Unido; FernUniversitat, na Alemanha; Indira Gandhi National Open University, na Índia; Universidade Estatal a Distância, na Costa Rica; a Universidade Nacional Aberta, da Venezuela; Universidade Nacional de Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 12 Educação a Distância, da Espanha; o Sistema de Educação a Distância, da Colômbia; a Universidade de Athabasca, no Canadá, entre muitas outras. Atualmente, milhares de instituições públicas e privadas, em mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a educação a distância em todos os níveis de ensino, atendendo a milhões de estudantes. Atendo-se à Contabilidade em especial, a oferta de um bacharelado em Ciências Contábeis proporcionará a diversas pessoas que atuam, por exemplo, no ambiente público, especialmente em prefeituras no interior dos diversos Estados brasileiros, bem como nas micro e pequenas empresas responsáveis por grande parte da empregabilidade nas regiões mais afastadas das grandes metrópoles, a possibilidade de finalmente, terem condições de realizar um curso em nível superior, de qualidade. Entretanto, faz-se importante dar-lhes a oportunidade de ter uma formação generalista e não específica, capacitando-os a atuarem em quaisquer organizações e localização geográfica que, por ventura, possam desejar. 2.1 Participantes Participam do Sistema UAB as universidades públicas (federais, estaduais e municipais) e os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Essas instituições, exclusivamente públicas, são responsáveis pela criação dos projetos pedagógicos dos cursos e por manterem sua boa qualidade com base nos Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância - SEED/MEC. Até o momento, os participantes da comissão do Sistema UAB – Contabilidade são professores indicados pela direção da Universidade/Faculdade que estão desenvolvendo atividades para elaboração do Projeto Político–Pedagógico (PPP); posteriormente, das ementas e programas das disciplinas, dos critérios de seleção de autores dos conteúdos programáticos para que se possa dar início ao processo de adesão das universidades ao Programa Nacional de Bacharelado em Ciências Contábeis a Distância. Para consecução deste objetivo, foram escolhidos, por indicação da Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 13 própria comissão os professores, Cacilda Andrade, da UFPE, e Joseilton Rocha, da UFBA, para coordenarem o processo de elaboração do projeto pedagógico nacional. 2.2. Interdisciplinaridade A Interdisciplinaridade como princípio norteador do projeto do Curso é uma necessidade, não uma vontade. A tempestividade com que as novas tecnologias estão invadindo a vida profissional e pessoal na sociedade, os novos posicionamentos exigidos frente aos desafios do mundo contemporâneo exigem habilidades, competências e respostas que só podem ser contempladas na justaposição das ciências. Neste contexto, entende-se que não há mais lugar para as especificidades, e sim, inclusão e diálogo de diversos paradigmas e vertentes. A quantidade de informação e conhecimentos, hoje em dia, é de tal monta, que o domínio de um saber só se dá na troca entre diversos saberes, diversas ciências. A interdisciplinaridade deve ser uma das premissas pedagógicas. E, sendo assim, faz-se importante atender a duas condições básicas:  Conhecer todo o programa da estrutura curricular;  Conhecer as competências exigidas para a formação no curso. Esses dois itens auxiliam nos primeiros passos rumo ao diálogo e ao encontro com outros saberes. Neste contexto, busca-se:     Elaborar atividades e disciplinas visando à integração de outros saberes; Criar um relacionamento estreito nas diferentes áreas do conhecimento, para produzir novos conhecimentos para resolução de problemas contábeis; Construir um processo de socialização do conhecimento entre os diversos segmentos da comunidade acadêmica e da sociedade; Desenvolver o senso de responsabilidade e o espírito coletivo. A Interdisciplinaridade deverá ocorrer por meio das seguintes atividades (que serão detalhadas em seguida): Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 14  Aulas presenciais introdutórias e de fechamento;  Estudos de caso;  Visitas técnicas orientadas;  Atividades Complementares;  Atividades vivenciais, encontros nos polos;  Apresentação de Trabalhos de Conclusão de Curso em seminários realizados nos encontros presenciais;  Campo de atuação profissional como meio de viabilizar a articulação entre o mundo do trabalho e o mundo acadêmico. 2.3. Aulas presenciais introdutórias e de fechamento Inicialmente se faz necessário um primeiro contato presencial devido à cultura do “estar junto”, ainda muito forte no Brasil. Ao término de cada disciplina, podendo ser disciplinas, deverá ocorrer um encontro presencial entre professores e alunos. Nesse encontro, que poderá ter duração de oito horas por disciplina, o professor responsável, em cada um dos polos, ministrará aula com quatro horas de duração, a fim de dirimir as dúvidas remanescentes e fazer um fechamento da disciplina. As quatro horas seguintes estão reservadas para avaliação presencial, que poderá ser aplicada pelo docente da disciplina ou pelo tutor presencial. 2.4. Estudos de caso Sob a orientação de professores das diversas disciplinas, os alunos desenvolverão, em grupo ou individualmente, um determinado caso indicado pelo professor, no qual eles deverão analisar os dados e pontos de vista conflitantes, definir e priorizar objetivos, apresentar pontos de vista ou soluções diferentes das já experimentadas em casos semelhantes. O caso a ser estudado deve ser um registro real de uma situação em que se descreve uma ocorrência, apresenta-se uma história, na qual se incluem as imperfeições de Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 15 como os fatos são conhecidos e as dificuldades em se obter respostas diretas. Tudo deve direcionar a uma pergunta provocativa: o que se deve fazer? A partir dessa questão, os alunos devem apresentar uma solução, com base na literatura indicada. Dentro deste enfoque, alguns estudos indicam a Teoria da Flexibilidade Cognitiva, que procura esclarecer como se dá a aprendizagem, envolvendo o aprendiz em situações diversas por meio de casos que exigem deste o raciocínio na solução de problemas complexos - essa é a teoria mais adequada para as Ciências Sociais e Aplicadas. Seu objetivo é o de promover no aluno o uso flexível do conhecimento, fazendo com que ele acesse a mesma informação várias vezes, mas com diversas finalidades e, consequentemente, olhando uma mesma informação por diversos ângulos. 2.5. Visitas técnicas Fazer uso do mecanismo de interação universidade/empresa, caracterizado pelo contato in loco entre os visitantes e o local visitado, objetivando a complementação didático-pedagógica das disciplinas. Para o alcance desse objetivo, entende-se que o campo de Atuação Profissional como meio de Viabilizar a Articulação entre o mundo do trabalho e o mundo acadêmico é a chave da integração entre a teoria e a prática educacional. A integração entre a teoria e a prática poderá ocorrer das seguintes formas:  Convênios, acordos de cooperação técnica e outras formas de parceria firmados junto às instituições públicas e privadas para promoção da inserção de sistemas de contabilidade, a fim de promover capacitação profissional dos alunos em razão da prática vigente;  Estágios curriculares ou extracurriculares sob a orientação da Coordenação e acompanhamento de profissionais na própria empresa conveniada;  Projetos de extensão, elaborados pelos docentes e com o patrocínio da Pró-Reitoria de Extensão; Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 16  Desenvolvimento de atividades ou parcerias de diversos tipos, inclusive contratos com Empresa Júnior;  Atividades de consultoria/assessoria técnicas desenvolvidas pela empresa Júnior, sob a supervisão/orientação de professores do Curso;  Prática em Laboratório de Informática – as atividades práticas das disciplinas do currículo profissional são feitas em laboratório de informática, conforme planejamento de aulas dos docentes para cada semestre letivo. 2.6. Atividades Complementares Esses eventos promovem a interdisciplinaridade por tratar de temas atuais de interesse público, fazendo o intercâmbio entre os pesquisadores, os profissionais e o conhecimento, e devem ser indicados pelos professores. As IPES participantes deverão elaborar seu Regulamento das Atividades Complementares, respeitando as peculiaridades de cada localidade. 2.7. Atividades Integração Atividades de integração dos encontros nos polos – o professor pode promover ou planejar uma atividade de integração por semestre e realizá-la em duas etapas: a) convite à pessoa da área para proferir palestra; b) promover encontro para reflexão e sobre processamento dos conhecimentos da disciplina. 2.8. Apresentação de Trabalhos de Conclusão de Curso O Trabalho de Conclusão de Curso é a realização máxima da Interdisciplinaridade, e todo o processo de realização e apresentação deve refletir esse enfoque interdisciplinar. Essa apresentação será realizada de forma pública, em uma instituição de ensino, em um órgão a ser escolhido/indicado pelo professor. O trabalho de Conclusão do Curso pode ser um artigo ou uma monografia, conforme descrito no Regulamento do Trabalho Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 17 de Conclusão de Curso (Anexo 1); deverá ser produzido pelo aluno, com orientação de um professor do Curso na área específica do tema escolhido, o qual dever ser submetido ou disponibilizado em ambiente virtual da instituição ou polo em que o aluno realizara o Curso. 3. Estrutura e funcionamento Os cursos serão estruturados e funcionarão de acordo com o Projeto Pedagógico, padrão nacional, elaborado e aprovado pela equipe ATUAB – Contabilidade, para o Curso. Porém, as IES poderão adequar seus conteúdos e metodologias de acordo com as características locais e regionais. Cada instituição terá uma Coordenação Pedagógica, exclusiva, para o Curso na modalidade de EAD, e seus docentes deverão ser capacitados nessa modalidade. 4. Atendimento aos Discentes O atendimento individual aos discentes será realizado, preferencialmente, pelo professor responsável, mas também poderá ser realizado através do programa de tutoria presencial e a distância ou, ainda, pela Coordenação do Curso, conforme o modelo CAPES/UAB. O programa de tutoria tem atividades de caráter técnico-didático, desenvolvidas por professor tutor em uma determinada disciplina, sob a orientação direta do respectivo docente responsável. O programa de tutoria visa ao aprimoramento do aluno através de atividades didáticas auxiliares aos trabalhos do professor, ou seja, o tutor é um professor que auxilia o professor responsável pelo conteúdo e ambos devem motivar, incentivar, acompanhar, desenvolver a aprendizagem e avaliar os alunos, dentre outras funções que visem a alcançar os objetivos e o sucesso do Curso. Os tutores deverão ser selecionados mediante concurso público. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 18 5. Avaliação institucional Cada disciplina deverá ser avaliada pelos alunos em ambiente virtual de aprendizagem, o que será uma condição para que ele possa se matricular no semestre seguinte. Essa avaliação deve ser a mesma para todas as unidades que ofertarão o Curso. Seguindo o mesmo processo da avaliação institucional conduzido por uma Comissão Própria de Avaliação (CPA), o Curso de Graduação em Ciências Contábeis realizará, de forma sistemática, sua autoavaliação anual. Essa autoavaliação deverá guiar-se por diversos parâmetros, os quais vêm sendo discutidos e definidos no âmbito das CPA das Instituições Públicas de Ensino Superior em sua relação com as Coordenações de Curso. Entre os parâmetros importantes para essa autoavaliação, destacam-se:  Aqueles definidos no Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (organização didático-pedagógica, docentes e instalações físicas dos polos);  Indicadores de evasão/retenção e suas motivações, em especial no caso do Curso de Contábeis;  Resultados da prova do ENADE, no sentido de identificar deficiências de aprendizagem no que se define como Conteúdo Mínimo nas Diretrizes Curriculares do Curso, de acordo com a Resolução CNE/CES 10, de 16 de dezembro de 2004;  Relatórios gerencias do Sistema de Informação e Gestão Acadêmica (como os que indicam, por semestre, o número de reprovações (por nota e falta) e aprovações (média e após realização de exame final), além da evasão nas disciplinas, identificando-se, assim, problemas de natureza pedagógica;  Resultados da aplicação do questionário socioeconômico dirigido aos discentes, com o objetivo de identificar problemas de natureza social e econômica dos alunos; Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 19  Deficiência de estrutura física/virtual da Universidade;  Problemas ocorridos no ínterim do processo de aprendizagem, entre outros fatores existentes, relatados pelos discentes;  Resultados da avaliação docente conduzida pelas Pró-Reitorias Acadêmicas;  Aderência ao mercado e atualização da Matriz Curricular do Curso. Todos esses fatores e outros julgados importantes devem ser utilizados no processo de auto-avaliação do curso de Ciências Contábeis, servindo de referência para a avaliação sistemática do Projeto Pedagógico do curso. 6. Estrutura curricular A estrutura curricular proposta acompanha a mesma estrutura do curso na modalidade presencial, visando o aproveitamento de créditos nas duas modalidades. Porém, a modalidade de EAD oferta a flexibilidade de horas para as atividades de autoestudo, isto é, o tempo que se espera que o aluno dedique ao estudo do conteúdo e que equivale ao tempo que ele estaria em sala de aula em um curso presencial, mais o tempo das avaliações presenciais e a atividades de avaliação a distância. É importante perceber que todos esses referenciais temporais, como a carga horária da disciplina e o tempo de cada aula, cumprem o papel de estabelecer uma equivalência com o presencial em termos de conteúdo a ser explorado em cada aula/disciplina. Entretanto, do ponto de vista do aluno, servem somente como uma referência e um guia de tempo de dedicação. Um aluno poderá, a princípio, vir a realizar satisfatoriamente todas as atividades de uma aula em muito menos ou muito mais que duas horas. O uso do termo “aula” para cada unidade didática ajusta-se à noção de que os recursos de mediação pedagógica, como o material didático, as ferramentas de interação e comunicação disponibilizadas ao aluno, juntos, servem à criação de um ambiente interativo, em que se recria a dinâmica de uma sala de aula interativa, aliando a exposição do conteúdo, o diálogo entre Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 20 alunos e entre alunos e outros mediadores (professores e tutores) do processo, além da possibilidade de criar uma rede colaborativa online. Para o auxílio da formação plena do indivíduo, a estrutura curricular conta ainda com Atividades Complementares que são compostas por atividades de pesquisa e atividades de extensão, conforme Anexo I desta proposta. 7. Concepção do material didático Em relação ao material didático, a Portaria ESD/SESu/MEC faz as recomendações que determinam que, na construção de um Programa de Ensino Superior, é necessário: – Considerar que a convergência e integração entre materiais impressos, radiofônicos, televisivos, de informática, de teleconferências, dentre outros, acrescidos da mediação dos conteudistas (em momentos presenciais ou não) criam ambientes de aprendizagem ricos e flexíveis; – Incluir no material educacional um guia de Curso, que deverá ser elaborado pelo Coordenador de Curso, com informações gerais sobre o Curso. – Incluir no material educacional, para cada disciplina, o guia da disciplina, contendo características do processo de ensino e aprendizagem particulares da disciplina; Seguindo a recomendação do referido documento do MEC, deverão ser utilizados, como meio de comunicação no Curso, os seguintes materiais: 1. Material didático, apostilas, livros, com impressão de qualidade, com formatação e linguagens adequadas a um processo de ensino a distância; Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 21 2. Material disponibilizado em ambiente virtual de aprendizagem WEB, em plataforma, que, além do material didático, ofertará aos alunos, professores e tutores ferramentas de comunicação e interação; 3. Atividades individuais ou em grupo, propostas pelo professor e enviadas pelos alunos por meio virtual. Essas atividades poderão converter-se em itens de avaliação do aluno. Todo o material impresso, material disponibilizado na WEB, e as atividades propostas, além do uso das ferramentas de comunicação e interação, tornadas possíveis pelo ambiente virtual, cria o contexto de diálogo e construção de conhecimento necessário para cada uma das disciplinas. 8. Guias do curso e das disciplinas Durante todo o curso, ficará disponível no ambiente virtual especialmente confeccionado para este fim, uma disciplina nomeada Comunicação com o Ambiente Virtual de Aprendizagem, que compreenderá todas as orientações gerais sobre o Curso, esclarecendo acerca da forma de utilização dos instrumentos de aprendizagem a distância. O aprendiz terá acesso também a um guia do aluno e guia da disciplina. Quanto ao GUIA DO ALUNO, ele tratará de questões relativas ao regimento do Curso, com ênfase nos direitos, deveres e atitudes esperadas do aluno; procedimentos administrativos, tais como: inscrição, trancamentos de matrícula, mudanças de polo e solicitações diversas etc.; e, ainda, apresentará orientações sobre o Curso, incluindo: estrutura curricular (matriz, ementas e bibliografia), hierarquização das disciplinas, os diversos caminhos recomendados para integralização dos créditos (recomendações para alunos que podem dedicar menos tempo ao Curso), estágios, visitas a empresas etc. Além dessas, haverá também acesso às informações gerais sobre a Coordenação do Curso e formas de contato, como também sobre o sistema de acompanhamento e avaliação. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 22 Neste GUIA DO ALUNO, recomenda-se que seja confeccionado para cada disciplina um PLANO DA DISCIPLINA. Esse PLANO deverá ser atualizado semestralmente e conterá informações gerais sobre a disciplina, tais como: sua posição na matriz, em que é relevante para a formação do futuro profissional, seus pré-requisitos, recursos educacionais envolvidos na disciplina (material impresso e WEB, material em vídeo - algumas disciplinas poderão utilizar material gravado em vídeo); informações sobre a equipe docente responsável pela disciplina, incluindo a Coordenação da disciplina, tutores locais e a distância, horários de tutoria local e a distância e formas de contato; informação sobre os autores do material didático, incluindo pequena biografia e pequena apresentação do autor; informações sobre processo de avaliação da disciplina; agenda acadêmica da disciplina, com datas de avaliação presencial e de apresentação de todas as atividades que comporão a avaliação a distância; cronograma de estudo; informação detalhada sobre os momentos presenciais relativos à disciplina (é um roteiro que indica quais aulas devem ser estudas a cada semana do semestre acadêmico). Trata-se apenas de uma recomendação, portanto deve ser entendida como um guia para o aluno, podendo ser adaptado por ele à sua própria realidade e à da IPES participante; Algumas disciplinas podem envolver, além dos momentos presenciais comuns, outros, como, por exemplo: visitas a empresas, feiras de negócios etc. 9. Estrutura do material didático Um curso superior a distância não pode prescindir do apoio de um material didático especialmente concebido para facilitar a construção do conhecimento e mediar a interlocução entre aluno e professor. Relatório da Comissão Assessora para Educação Superior a Distância (Portaria Mec Nº. 335, de 6 de Fevereiro de 2002) O material didático deverá, portanto, ser composto de material impresso e material multimídia na WEB para todas as disciplinas. O material impresso estará disponível na forma de livros, distribuídos nos polos do Curso. O aluno receberá esse material em dois momentos: no início do semestre e após a primeira avaliação presencial (início da segunda metade do semestre letivo). Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 23 O material midiático na WEB estará disponível no ambiente virtual no início das aulas. Cada aluno terá senha própria de acesso ao material do Curso. O material na WEB complementa e enriquece o material impresso, além de estimular o aluno a utilizar as ferramentas de interação e comunicação disponíveis na sala virtual. Levando-se em consideração que o estudo para um Curso de graduação normalmente envolve várias horas diárias de leitura, o papel impresso continua sendo uma tecnologia importante, sendo inegável que, para a maioria das pessoas, é muito mais agradável ler por algumas horas um livro, no local e posição mais convenientes, do que sentado em frente a um monitor de computador. Porém, não se deve subestimar a importância da tecnologia em um curso a distância, nem minimizar a necessidade da utilização intensa dos novos meios de comunicação e interação. Muito pelo contrário, um curso de graduação a distância não pode prescindir do uso intenso da Internet como ferramenta de comunicação e interação. Além disso, na questão do material didático, o computador oferece novos recursos de aprendizagem, como animações, simuladores e filmes, que enriquecem e complementam o material didático. A visão expressa acima é confirmada na realidade fática dos Cursos de graduação a distância funcionando atualmente no Brasil, que, em grande parte das experiências de maior vulto, envolvem material didático impresso, junto com outras mídias. 9.1. Processo de produção do material didático A produção do material didático deve envolver uma equipe multidisciplinar para que se possa, diante dos diversos olhares, elaborar o material de forma que sejam atendidos todos os requisitos do processo de Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 24 aprendizagem em EAD. O processo de produção de material didático deverá ser de responsabilidade de um Coordenador de material didático, especificamente para esse fim. 9.2. Orientação pedagógica do material didático Os professores autores serão responsáveis pela indicação dos elementos necessários para a produção do material midiático na WEB. Sugere-se que, na concepção desse material, deva ser inserida uma perspectiva construtivista, que coloca o aluno como agente ativo do processo de ensino-aprendizagem e o professor como facilitador do processo. Esse modelo implicará numa mudança de paradigma, passando de um processo de ensino/aprendizagem centrada no professor para um processo centrado no aluno. Ao planejar suas aulas, é importante que os autores se perguntem: o que meus alunos precisam aprender? Como envolvê-los no processo de aprendizagem? Como eles aprendem? Uma das técnicas fundamentais que se deve buscar nos materiais educacionais é a da aprendizagem ativa, o “aprender fazendo”. A concepção de uma aula deve partir de objetivos de aprendizagem bem definidos, e cada uma das aulas das diversas disciplinas deverá iniciar com os objetivos aos quais ela se propõe. 10. O processo de tutoria Cabe ressaltar que, em um sistema de educação a distância, o tutor cumpre a função essencial, durante todo o processo de ensino-aprendizagem, de acompanhar os alunos, apoiá-los, motivá-los, facilitando e avaliando continuamente sua aprendizagem. Nesse sistema, é imprescindível que o estudante atinja alto grau de autonomia. Inclui-se nesse contexto, a tutoria presencial, realizada nos polos, a tutoria a distância, realizada na sede. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 25 11. Seleção dos tutores A seleção do tutores será orientada pelos critérios da Portaria 79 de 14 de abril de 2010, que institui o Fórum Nacional de Coordenadores e Coordenadores Adjuntos do Sistema Universidade Aberta do Brasil, UAB que define a competência para seleção e capacitação de tutores. Sugere-se uma relação de 60/1 alunos para cada um dos tutores. Esta relação tutor/aluno propostas constitui apenas um parâmetro inicial. 12. Infraestrutura de apoio Um curso a distância exige uma infraestrutura material e tecnológica adequada ao número de alunos e à proposta pedagógica. Cada instituição que aderir ao projeto do curso deverá disponibilizar uma equipe de professores e funcionários, proporcional ao número de alunos para coordenar as atividades do curso EAD. Além disso, espaço físico para instalações necessárias à sua operacionalização. Pode-se tomar por parâmetro os referenciais de qualidade para EAD, editados em 2003 pela Diretoria de Política para Educação a Distância do MEC, que listam dez itens para a aplicação da proposta pedagógica aqui apresentada, no que concerne aos seus aspectos legais. O referido documento descreve dez itens que considera essenciais na elaboração de cursos a distância, explicitados a seguir: 1. Compromisso dos gestores – entende-se que a oferta de cursos seja de responsabilidade de todos os envolvidos no processo educacional. No entanto, a unidade gestora necessita realizar investimentos para garantir o sucesso da empreitada. Esses investimentos vão desde a aquisição de material tecnológico até a contratação de pessoal especializado em competências diversas, visando à necessária multidisciplinaridade. As entidades do setor privado, em princípio, dispõem de maiores recursos financeiros; por outro lado, as instituições públicas geralmente possuem seu capital aplicado em qualificação de pessoal. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 26 2. Desenho do projeto – um projeto para EAD deve seguir os mesmos objetivos, conteúdos e currículos da modalidade presencial, ou seja, o desenvolvimento de competências e habilidades e, ainda, a formação da pessoa para o exercício da cidadania e qualificação profissional. As diretrizes curriculares para o Curso de Ciências Contábeis indicam um total de 3.000 horas/aula para integralização do Curso. Entende-se que, no desenho do projeto para EAD, deva ser equivalente a essa mesma carga horária. Deve-se atentar, no entanto, que a flexibilidade da educação a distância não significa eliminar objetivos, conteúdos, avaliações. 3. Equipe profissional multidisciplinar – pode-se, em primeiro momento, julgar que o fato de se tratar de um curso a distância, com avançados recursos tecnológicos seja uma premissa para que o professor deixe de existir, ou mesmo, tenha sua importância reduzida no processo. É um grave engano pensar-se dessa forma, pois é justamente nessa modalidade que se exige mais do professor e, por isso, ele necessita de uma equipe que o auxilie na elaboração de conteúdos, aulas etc. e, assim, eles tornam-se também aprendizes das tecnologias, linguagens e meios de comunicação. Gerenciar uma sala de aula a distância requer do professor habilidades e competências diferentes das utilizadas na modalidade presencial. 4. Comunicação/interação entre os agentes – em um curso a distância o aluno será o foco do programa educacional; nesse caso, a comunicação entre professor e aluno torna-se imprescindível para o sucesso do projeto. Há quem imagine que, pelo fato de ser um curso a distância, as pessoas se distanciam, mas a distância geográfica não é o limite para que haja interatividade entre os participantes. Atualmente, o avanço das TICs proporciona muito mais velocidade e facilidade no acesso às pessoas. 5. Recursos educacionais – em um projeto de curso na modalidade em EAD se faz necessário deixar bem explícita a qualidade dos materiais educacionais que serão veiculados, seja qual for o meio de comunicação escolhido; muito embora, o ideal é que sejam utilizados diversos recursos para garantir a entrega do material, a exemplo de material impresso, sites na web, vídeos etc., Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 27 desde que sejam todos tradutores da concepção de educação adotada no projeto. 6. Infraestrutura de apoio – é natural que se pense na estrutura de apoio no momento do planejamento do curso, tendo em vista que essa estrutura garantirá a execução da proposta. Assim, devem ser previstas as necessidades de materiais e equipamentos como computadores, impressoras, videotecas, infotecas, audiotecas, softwares, equipamentos para videoconferência. Esses itens são essenciais na montagem de polos de acesso e disseminação do conteúdo, alem do suporte a alunos e professores. 7. Avaliação contínua e abrangente – o item avaliação desencadeia grandes polêmicas no meio acadêmico e, quando se trata de EAD, questiona-se de imediato: como se faz avaliação a distância? Como posso assegurar que o aluno está realmente realizando a “prova” com toda lisura necessária à comprovação da aquisição do conhecimento? O fato é que ainda se está muito preso à modalidade presencial, na qual existe o face a face, imaginando-se que se pode ter o controle total e fiscalizador do comportamento ético do aluno. A avaliação não deve ser sinônimo de fiscalização, mas de qualidade do aprendizado diante das características cognitivas de cada aluno. Além da avaliação do aprendizado, deve-se também aplicar a autoavaliação, visando às possíveis alterações durante o processo, no intuito de serem alcançados os objetivos propostos na fase do planejamento. 8. Convênios e parcerias – conforme explanado no item um, do compromisso dos gestores, entende-se que os recursos nem sempre estejam disponíveis, por isso aconselha-se que se façam convênios e/ou parcerias, visando garantir que o investimento seja conseguido e que o projeto possa ser implementado. 9. Transparência nas informações – outro engano é imaginar-se que estudar a distância é mais “fácil” do que o estudo presencial. Muito pelo contrário, pois exige mais autonomia, perseverança, domínio de leitura e interpretação, além do uso de tecnologias. Neste sentido, um projeto que seja mais transparente e Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 28 informativo possível poderá evitar a evasão e a desmotivação dos participantes, além da credibilidade da instituição ofertante. 10. Sustentabilidade financeira – conforme visto nos itens um e oito, o investimento em profissionais, materiais educacionais, equipamentos etc. é alto, principalmente na fase de implantação do projeto; por isso, aconselha-se um levantamento de custos que considere o tempo de duração do curso, a quantidade de alunos, estimativas de evasão, revisão e reedição de materiais, manutenção de equipamentos, prevendo gastos na sede e nos polos fora da localidade da sede, muito embora se deva ressaltar que, após a fase de implantação, elaboração de materiais, contratação de pessoas etc., esses cuidados devem ser mais severos na manutenção do programa, e tendem à redução com o retorno do investimento. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 29 PARTE 2 - PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA MODALIDADE DE EAD 2.1. Apresentação Vivemos, hoje, em um ambiente marcado por intensas transformações em níveis internacional, nacional e local, no tocante aos contextos sociais, econômicos, culturais, políticos e educacionais. A sociedade tem exigido da Universidade uma maior preocupação com a formação de profissionais que atendam às necessidades reais do mercado de trabalho, de modo a promover uma melhor integralização dos conhecimentos obtidos durante a formação desses profissionais com sua prática laboral. Visando atender ao exposto acima, como também à formação de um profissional que reflita criticamente acerca dos problemas de nossa sociedade, que possua uma formação voltada para os valores humanos e que sempre esteja articulado à pesquisa, justifica-se a implementação da atual proposta de um Bacharelado em Curso de Ciências Contábeis na modalidade de EAD. Tal proposta de implantação pautar-se-á na promoção de um currículo mais flexível e menos extenso; numa associação maior da teoria com a prática; numa disposição de conteúdos programáticos que obedeçam a uma lógica sequencial; e numa preocupação em promover a interdisciplinaridade entre as mais diversas áreas do saber acadêmico. Diante da evolução de estilos gerenciais no mundo organizacional, este Curso se propõe ao desafio de habilitar profissionais conscientes dos valores éticos, responsáveis, competentes e solidários, aptos a lidar com a velocidade das transformações, situações imprevistas, desafios; empreendedores, que criem, inovem, acompanhem tecnologias e mudanças estruturais das instituições sejam elas públicas ou privadas. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 30 2.2. Identificação Curso de Graduação: Ciências Contábeis, na Modalidade de Educação à Distância Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas Número de vagas: 250 (duzentos e cinquenta) vagas anuais, em uma única entrada. Estima-se um total de 50 (cinquenta) vagas em cada um dos cinco pólos, conforme quadro descritivo: Quadro 1 – Distribuição de Vagas Pólos Maragogi (AL) Maceió (AL) Campina Grande(PB) João Pessoa (PB) Trindade (PE) Total Fonte: SisUAB Vagas 50 50 50 50 50 250 2.3 Regime Acadêmico de Oferta O Curso de Ciências Contábeis da UFPE, na modalidade presencial adota o sistema de crédito, em consonância com as normas acadêmicas da Universidade. A matrícula é feita por disciplina ou outra atividade curricular, em cada período letivo. Cada atividade curricular corresponde a uma determinada carga horária, o que determina o número de créditos. O termo crédito é o número de pontos a favor do aluno, ou seja, o crédito que o aluno obtém por cada atividade curricular cursada com aproveitamento. A cada 15 (quinze) horas de carga horária, é adicionado 1 (um) crédito. As atividades curriculares que o discente deve cumprir ao longo da duração do seu Curso são organizadas em blocos. Cada bloco de disciplinas e outras atividades curriculares devem ser cursados um após o outro, ao longo Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 31 dos períodos letivos, formando uma seqüência denominada de periodização do currículo. Os blocos são propostos pela Coordenação e Colegiado de Curso durante os períodos de conhecimentos da Formação Básica e Profissional e guardam entre si uma relação lógica que leva em consideração os conhecimentos que o discente já deve ter adquirido e/ou a maturidade do discente. A presente proposta na modalidade de EAD, visando adequar os conteúdos para fins de aproveitamento de créditos utilizará o mesmo regime acadêmico de oferta, conforme segue: Regime Acadêmico: Créditos por disciplina Tempo de integralização mínimo: 08 (oito) semestres Tempo de integralização máximo: 14 (quatorze) semestres 2.3.1. Objetivos 2.3.1.1. Objetivo Geral  Formar profissionais nas Ciências Contábeis com ênfase em gestão pública, oferecendo-lhes as mais diversas opções de atuação profissional que o mercado proporciona, de modo a permitir a sua opção e direcionamento à área de concentração com a qual mais se identifiquem. 2.3.1.2. Objetivos Específicos  Estabelecer-se como um centro de estudos, pesquisa e formação profissional contemporâneo, em justa harmonia com as exigências e mutações do mercado de trabalho e desenvolvimento sócio-econômico;  Identificar e propor soluções aos problemas de mercado, do governo e do terceiro setor, a partir do envolvimento dos corpos docente e discente da UFPE, por meio das várias formas possíveis de parcerias: estágios Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 32 curriculares ou extracurriculares, elaboração de Monografias ou Artigos Científicos, consultorias específicas pela Empresa Júnior etc.;  Formar uma cooperação e harmonia de funcionamento, além da própria concepção de interdisciplinaridade entre as várias áreas do conhecimento;  Formar bacharéis em Ciências Contábeis com capacitação adequada para desenvolver o espírito crítico, permitindo o desenvolvimento da Ciência Contábil por meio da pesquisa científica;  Formar bacharéis em Ciências Contábeis com capacitação técnica adequada às crescentes e mutáveis exigências do mercado de trabalho, do governo e do terceiro setor, inserido dentro de um contexto de economia globalizada;  Oferecer ao mercado de trabalho, governo e terceiro setor, profissionais habilitados a desempenharem atividades nas áreas de conhecimento e atuação da Contabilidade, como: auditoria, controladoria, custos, áreas fiscal e tributária, dentre outras – para o universo de pessoas físicas e jurídicas;  Articular atividades de estágio extracurricular ou curricular como forma de estabelecer um intercâmbio da Universidade com as organizações, permitindo a complementação da formação profissional;  Estabelecer uma base mínima de pesquisa que possa ser norteadora para a formação acadêmica sistematicamente atualizada. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 33 2.4. Perfil profissional De acordo com a base conceitual a ser desenvolvida por meio da relação teoria-prática, o egresso do curso Superior de Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Pernambuco na modalidade de EAD deverá ter o perfil de formação generalista, humanístico, empreendedor, criativo, ético, com capacidade de exercer o raciocínio lógico e analítico, de trabalhar com equipes multidisciplinares, gerenciar pessoas, assumir um papel de agente transformador, sendo capaz de provocar mudanças no ambiente empresarial e social em que atua, deve ser consciente da importância da educação profissional continuada, mantendo-se atualizado a ponto de acompanhar o desenvolvimento de novas competências e habilidades inerentes à profissão em tempo hábil de acordo com o contexto social, político e econômico no qual está inserido. Deve ainda estar aberto às inovações tecnológicas e ter uma visão global do cenário econômico e financeiro nacional e internacional em que se insere a Contabilidade. O perfil desejado do formando, sob o contexto de uma formação universitária, deve ser consequência de um processo pedagógico que garanta um modelo universalista voltado para um aprendizado reflexivo-prático, com pensamento vertical que:  Prepare um profissional dotado de competências e habilidades em conteúdos que desenvolvam o raciocínio lógico e crítico-analítico, de forma a auxiliá-lo na busca de soluções para os problemas da atividade contábil;  Capacite o futuro profissional a implementar sistemas de informações contábeis e de controle gerencial, adequados às necessidades dos processos decisórios em entidades, empresas e organizações, de modo geral;  Promova, nos discentes, a proficiência das atribuições que lhes são prescritas e exigidas em legislações específicas; Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 34  Desenvolva, nos discentes, a capacidade de articulação, motivação e liderança de equipes multidisciplinares para a captação de dados, geração e comunicação, de forma eficiente e eficaz, de informações contábeis;  Construa forte embasamento teórico, que possibilite a reflexão, discussão e a reformulação das práticas contábeis vigentes;  Desenvolva a conscientização da necessidade de uma educação continuada, a partir da graduação, seja através de cursos de capacitação profissional ou, mais especificamente, em nível de pósgraduação lato sensu ou strictu sensu;  Promova o exercício da profissão dentro dos preceitos morais, éticos e com responsabilidade social;  Estimule a capacidade de pesquisa e ensino que promova e estimule o desenvolvimento da Ciência Contábil;  Capacite o profissional com habilidades de forma a subsidiar os agentes econômicos, no cumprimento de sua responsabilidade de prestar contas da sua gestão à sociedade (“accountability”);  Auxilie o profissional para o empreendedorismo, em carreiras no mercado de trabalho, a partir de uma conexão da Ciência Contábil com o mundo dos negócios. 2.5. Competências, atitudes e habilidades As competências e habilidades que contribuem para a formação do perfil desejado do bacharel em Ciências Contábeis envolvem: Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 35  Competência para desenvolver, analisar e implantar sistemas de informações contábeis e de controle gerencial sob uma visão sistêmica, holística e interdisciplinar da atividade contábil, que, além do seu conteúdo técnico, requerem uma compreensão de fenômenos de ordem administrativa, econômica e social;  Habilidade para aplicar raciocínio, concebido em bases quantitativas, para identificação, mensuração e acumulação de eventos de natureza econômica, com vistas a sua comunicação, sob a forma de informações contábeis, em relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz dos seus usuários;  Competência para associar a perspectiva das inovações tecnológicas e de gestão aos sistemas de informações contábeis e de controle gerencial;  Habilidade para discernir a integração dos sistemas de informações contábeis e gerenciais, com base no ambiente das entidades, empresas e organizações;  Habilidade para compreender e atender às necessidades dos usuários da informação contábil, fazendo uso da linguagem contábil, sob a abordagem da teoria da comunicação. 2.6. Intercâmbio entre as IPES participantes Tendo em vista tratar-se de uma proposta nacional de Curso de graduação com o objetivo de formar bacharéis em Ciências Contábeis na modalidade de Educação a Distância, entende-se ser esse o ambiente propício para a formação de uma rede colaborativa de aprendizagem, realizada por meio do intercâmbio de alunos e professores das instituições envolvidas neste processo. A viabilidade do intercâmbio entre os alunos das diversas IPES darse-á por meio da possibilidade de alunos de instituições diferentes poderem se matricular em disciplinas de outras instituições, uma vez que todas estarão oferecendo a mesma matriz curricular e o mesmo conteúdo. Cada instituição Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 36 deverá traçar as diretrizes metodológicas que viabilizem a troca de experiências entre alunos e professores participantes. Devido a natureza da modalidade de educação à distância se destinar a “mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem que ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos” (Art. 1º DL 5.622/05), o projeto pedagógico prevê a possibilidade da troca de experiências entre os participantes em pólos de diferentes regiões com suas características próprias que só tendem a enriquecer o processo de ensino- aprendizagem. Na prática os alunos matriculados em diferentes pólos poderão formar uma rede colaborativa de estudos e pesquisas por meio da comunicação online. Todo aluno matriculado em curso de Ciências Contábeis na modalidade de EAD, dentro do programa da Universidade Aberta do Brasil, poderá requerer matrícula em disciplinas, conforme disponibilidade de vagas, equivalentes do projeto pedagógico do curso da IPES para o qual prestou vestibular, às disciplinas do curso de Ciências Contábeis da UFPE na modalidade de EAD. Esta metodologia irá também propiciar o intercâmbio entre os atores participantes do curso em diversas localidades. 2.7 - Dinâmica do Ensino-Aprendizagem previstas no Modelo EAD do Curso e Armazenamento de Dados De acordo com o Art. 1º do Decreto 5.622 de 19 de dezembro de 2005 a Educação à Distância se caracteriza como: [...] modalidade educacional na qual a mediação didáticopedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Partindo dessa diretriz, o processo de ensino e aprendizagem mediado por tecnologias da informação permite superar os aspectos coercitivos resultantes da distância física e temporal, bem como possibilita a troca de Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 37 conhecimentos e a construção de novos saberes de forma coletiva e interdisciplinar. Compreendendo a interdisciplinaridade como fundamental premissa pedagógica para o processo de ensino e aprendizagem, a dinâmica pretendida se baseia na estrutura curricular e nas competências exigidas para a formação no curso, o que pressupõe um permanente diálogo com outros saberes. Portanto, esta interdisciplinaridade se efetivará a partir de estratégias didáticas que contemplam atividades à distância por meio de ferramentas de comunicação e interação síncronas, que permitem a interação ao mesmo tempo, tais como chat e contato (mensagem instantânea) e, assíncronas, em horários diferenciados, como, por exemplo: o e-mail, o fórum de discussões, o mural de avisos, entre outras disponibilizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Moodle, bem como por atividades realizadas presencialmente nos Pólos de Apoio Presencial UAB. 2.7.1. Avaliação A avaliação deve ser semestral, e a quantidade de atividades que comporá a média final do aluno deverá ser a média aritmética das diversas atividades que serão instituídas pelo professor responsável pela disciplina, mas com a anuência do Coordenador do Curso. Sugere-se que a avaliação de uma disciplina constitua-se de uma combinação de avaliações realizadas presencialmente e a distância. A parcela de avaliação a distância constitui-se de um conjunto de atividades a ser realizado pelo aluno, individualmente ou em grupo, avaliação de sua participação em atividades interativas, com fóruns e salas de bate-papo etc. Se assim, for determinado pelo professor. Na avaliação do Discente serão observados os dois itens a seguir: Frequência A freqüência às atividades escolares é obrigatória, respeitadas as atividades previstas para cada disciplina, considerando-se reprovado por falta, Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 38 independente do aproveitamento escolar, o aluno que não tiver comprovada sua participação em pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) das aulas presenciais e a distância computadas separadamente, ou ao mesmo percentual de avaliações parciais de aproveitamento escolar; Aproveitamento escolar A avaliação do aproveitamento escolar nas disciplinas/atividades curriculares é feita através de duas ou mais avaliações parciais e eventualmente um exame final. A educação à distância aplicada em um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) na plataforma Moodle, oferece várias possibilidades de avaliação com diferentes formas de abordagem do aluno. Isso pode compor um cenário dinâmico e atraente se o aluno perceber a exequibilidade do proposto e o valor a ser agregado na sua formação. O Curso Superior de Graduação em Ciências Contábeis adota um processo de avaliação continuada, em que este instrumento não serve somente para a verificação do produto da aprendizagem, mas, sobretudo para diagnosticar e redimensionar o currículo como um todo na abordagem de ensino. O processo de avaliação aplicado apóia-se nas concepções de avaliação como meio e não como fim, ou seja, inserida nos processos do ensino e da aprendizagem. Faz-se necessário, portanto, o uso combinado de várias técnicas e instrumentos de avaliação podendo ser formativa, somativa, diagnóstica, investigativa e norteadora das práticas do professor ou tutor no caso dos pólos. Quanto ao armazenamento dos dados a universidade Federal de Pernambuco utiliza o sistema acadêmico Sig@ para realização de matrículas, e demais informações acadêmicas. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 39 2.7.2 Tipos de Avaliação Avaliação Formativa Acontece durante todo o curso com a finalidade de proporcionar informações sobre o desenvolvimento do aluno no processo de ensinoaprendizagem. É observada a participação nas atividades presenciais, fóruns, cumprimento dos prazos para entrega de trabalhos e participação em atividades individuais e em grupo. Avaliação Somativa Apresenta a fórmula (auto avaliação/avaliação de conteúdo) que diz respeito ao somatório de pontos de avaliações de conteúdo, de entrega ou apresentação de atividades e pontos de avaliação formativa que levará o aluno à aprovação em módulos, disciplinas e no curso. A Coordenação do Curso apresenta a fórmula discriminando a pontuação para cada avaliação empregada e distribuição de pesos para as diversas etapas da avaliação. Avaliação Presencial Obrigatória conforme o decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005, será aplicada no final da disciplina e representará um valor maior do que a somatória de todas as atividades pontuadas e realizadas a distância. O procedimento de avaliação será aplicado da seguinte forma: Fóruns que correspondem a 5% das atividades; Exercícios de fixação do conteúdo Online que correspondem a 10% das atividades; Portfólio de trabalhos que correspondem a 5% das atividades e Avaliação Presencial que corresponde a 70% das atividades para avaliação. Está previsto ainda um Seminário Presencial de Integração das Disciplinas em cada período, uma vez em cada pólo onde será ofertado o curso, reunindo professores, tutores e alunos, com peso de 10% da avaliação total. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 40 Avaliação do Conteúdo Aplicado Somativa e formativa. Questões para que o aluno seja levado a sintetizar o conteúdo visto no item em questão. No caso do projeto apresentado ele é também elemento de auto estudo, pois além de promover a avaliação continua durante todo o processo de aprendizado. 2.7.3 Provas de Dependência e de Adaptação As provas de dependência e de adaptação se prestam ao acompanhamento e notas da recuperação dos alunos e seguem um calendário especial, após as provas normais e as atividades virtuais; seguem a mesma dinâmica e pesos na composição da média final. Esse calendário é afixado nos murais do Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA) curso, em tempo hábil. 2.7.4 Prova Segunda Chamada e Exame Final Terá direito à prova de segunda chamada aquele aluno que, por algum motivo, não pode estar presente na data da prova oficial. A partir da solicitação formal de segunda chamada o aluno terá direito, em data e hora definida no calendário semestral, a realizar nova prova. O aluno que não obtiver média final poderá solicitar a prova de exame final. A partir da solicitação formal de exame o aluno terá direito, em data e hora definida no calendário semestral, a realizar nova prova. A metodologia aplicada na construção dos conteúdos segue as orientações da Teoria da Flexibilidade Cognitiva que se utiliza da metodologia de casos e das travessias temáticas, o que a torna adequada a um cenário de aprendizagem construtivista. 2.8 – Capacitação de Professores e Tutores e Atividades dos Atores Envolvidos do Curso 2.8.1 Capacitações A capacitação dos Professores, Tutores e equipe de apoio será realizada pela equipe da Coordenação de Educação à Distância da Universidade Federal de Pernambuco – CEAD que tem por objetivos: Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 41  Propiciar a existência de espaço de reflexão, articulação, formulação e desenvolvimento de ações em Educação a Distância em articulação com as instâncias da Administração Central da UFPE;  Apoiar ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas em educação a distância no âmbito da UFPE, ampliando seu alcance espacial em consonância com a política de interiorização no Estado e promovendo o desenvolvimento social;  Contribuir para a participação ativa da UFPE na política de desenvolvimento sócio-econômico regional, em parceria com as administrações públicas e privadas, procurando reduzir desigualdades regionais. Essa capacitação está inserida no Plano Anual de Capacitação Continuada (PACC), apoiado pela CAPES. 2.8.2 Atribuições dos Atores responsáveis pelo Processo de ensinoaprendizagem Com relação às atribuições dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, o Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Pernambuco, na modalidade de EAD segue as orientações do Anexo I da Resolução CD/FNDE nº 26/2009, conforme segue: 2.8.2.1 Atribuições dos Tutores  Mediar a comunicação de conteúdos entre o professor e os estudantes;  Acompanhar as atividades discentes, conforme o cronograma do curso;  Apoiar o professor da disciplina no desenvolvimento das atividades docentes;  Manter regularidade de acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA e responder às solicitações dos alunos no prazo máximo de 24 horas;  Estabelecer contato permanente com os alunos e mediar as atividades discentes;  Colaborar com a coordenação do curso na avaliação dos estudantes;  Participar das atividades de capacitação e atualização promovidas pela instituição de ensino; Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 42  Elaborar relatórios mensais de acompanhamento dos alunos e encaminhar à coordenação de tutoria;  Participar do processo de avaliação da disciplina sob orientação do professor responsável;  Apoiar operacionalmente a coordenação do curso nas atividades presenciais nos polos, em especial na aplicação de avaliações. 2.8.2.2 Atribuições do Coordenador de Tutoria  Participar das atividades de capacitação e atualização;  Acompanhar o planejamento e o desenvolvimento dos processos seletivos de tutores, em conjunto com o coordenador de curso;  Acompanhar as atividades acadêmicas do curso;  Verificar "in loco" o andamento dos cursos;  Informar o coordenador do curso a relação mensal de tutores aptos e inaptos para recebimento da bolsa;  Acompanhar o planejamento e o desenvolvimento das atividades de seleção e capacitação dos tutores envolvidos no programa;  Acompanhar e supervisionar as atividades dos tutores;  Encaminhar à coordenação do curso relatório semestral de desempenho da tutoria. 2.8.2.3 Atribuições do Professor-pesquisador conteudista  elaborar e entregar os conteúdos dos módulos desenvolvidos ao longo do curso no prazo determinado;  adequar conteúdos, materiais didáticos, mídias e bibliografia utilizados para o desenvolvimento do curso á linguagem da modalidade a distância;  realizar a revisão de linguagem do material didático desenvolvido para a modalidade a distância;  adequar e disponibilizar, para o coordenador de curso, o material didático nas diversas mídias;  participar e/ou atuar nas atividades de capacitação desenvolvidas na Instituição de Ensino; Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 43  participar de grupo de trabalho para focam a produção de materiais didáticos para a modalidade a distância;  desenvolver pesquisa de acompanhamento das atividades de ensino desenvolvidas nos cursos na modalidade a distância;  elaborar relatórios semestrais no âmbito de suas atribuições, para encaminhamento à DED/CAPES/MEC, ou quando solicitado. 2.8.2.4 Atribuições do Professor-pesquisador  desenvolver as atividades docentes na capacitação de coordenadores, professores e tutores mediante o uso dos recursos e metodologia previstos no plano de capacitação - participar das atividades de docência das disciplinas curriculares do curso - participar de grupo de trabalho para o desenvolvimento de metodologia na modalidade a distância - participar e/ou atuar nas atividades de capacitação desenvolvidas na Instituição de Ensino;  coordenar as atividades acadêmicas dos tutores atuantes em disciplinas ou conteúdos sob sua coordenação;  desenvolver o sistema de avaliação de alunos, mediante o uso dos recursos e metodologia previstos no plano de curso;  apresentar ao coordenador de curso, ao final da disciplina ofertada, relatório do desempenho dos estudantes e do desenvolvimento da disciplina;  desenvolver, em colaboração com o coordenador de curso, a metodologia de avaliação do aluno;  desenvolver pesquisa de acompanhamento das atividades de ensino desenvolvidas nos cursos na modalidade a distância;  elaborar relatórios semestrais sobre as atividades de ensino no âmbito de suas atribuições, para encaminhamento à DED/CAPES/ MEC, ou quando solicitado. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 44 2.8.2.5 Atribuições do Professor Formador O professor formador é responsável por ministrar o conteúdo desenvolvido pelo professor conteudista. Suas principais atribuições são:  Desenvolver a adequação dos conteúdos dos materiais didáticos para as mídias impressas e digitais e auxiliar a equipe de mídias;  Realizar a revisão de linguagem do material didático desenvolvido para a modalidade a distância;  Desenvolver as atividades de docência das disciplinas curriculares do curso;  Desenvolver as atividades de docência nas capacitações dos coordenadores, professores e tutores;  Coordenar os tutores e orientá-los na execução das atividades;  Aplicar pesquisa de acompanhamento das atividades de ensino desenvolvidas nos cursos na modalidade a distância;  Avaliar o material didático, os estudantes e o processo de ensino aprendizagem;  Participar de atividades de supervisão e acompanhamento da oferta dos cursos.  Realizar relatórios de aplicação de metodologia de ensino para os cursos na modalidade a distância.  Avaliar, de forma contínua, sua própria atuação. 2.8.2.6 Atribuições do Coordenador de Estágio Supervisionado  Manter relacionamento interno e externo com entidades relacionadas a estágios para coletar informações e prestar esclarecimentos sobre a matéria de Estágio.  Definir política de estágios e submeter à aprovação de Órgãos Superiores.  Emitir circulares de esclarecimento aos professores orientadores, alunos e às organizações sobre normas e políticas de estágio aprovadas.  Orientar os Professores Orientadores sobre as atividades de estágio.  Assinar as Declarações de Estágio.  Aprovar os programas de atividades. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 45  Solucionar problemas específicos de estágio encontrados pelos alunos, a pedido dos professores Orientadores.  Emitir pelo menos um relatório anual à Coordenação de Curso e Departamento de Ciências Contábeis sobre as atividades de estágios.  Acompanhar o bom andamento das orientações de estágio.  Solicitar ao Departamento de Ciências Contábeis a indicação de Professores Orientadores, de preferência com experiência profissional e titulação compatível (mestre ou doutor) em conformidade com a formação das turmas (fornecida pelo Departamento) e a capacidade de atendimento dos professores.  Distribuir a atividade de orientação de estágio no começo do ano letivo. 2.8.2.7 Atribuições do Coordenador do Curso O Coordenador cumpre a função pedagógica de zelar pela organização e funcionamento do Curso de modo a viabilizar a consecução de seus objetivos. Cabe ao Coordenador promover a implantação da proposta de Curso, em todas suas modalidades e habilitações, uma contínua avaliação da qualidade do Curso, mantendo a articulação permanente com cursos, colegiados e outros órgãos. O Coordenador de curso tem suas atribuições definidas no Regimento Interno da UFPE, conforme segue: Art. 29. Compete ao Coordenador da Área ou do Curso: I - convocar e presidir as reuniões do Colegiado; II - solicitar ao Diretor da Unidade ou aos Chefes de Departamentos as providências que se fizerem necessárias para melhor funcionamento da Área ou do Curso; III - articular-se com os órgãos próprios da Pró-Reitoria competente, a fim de harmonizar o funcionamento da Área ou do Curso com as diretrizes deles emanadas; IV - organizar, ouvindo o Colegiado e em articulação com os Departamentos interessados, os horários escolares, comunicando-os à Pró-Reitoria competente, nos prazos por ela fixados, bem como o cronograma de exercícios e provas; V - responsabilizar-se pela orientação da matrícula e pela execução dos serviços de escolaridade, de acordo com a sistemática estabelecida pelos órgãos centrais e competentes; VI - fiscalizar o cumprimento dos programas de ensino e a execução dos demais planos de trabalhos escolares, representando aos órgãos competentes nos casos de irregularidades ou infrações disciplinares; Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 46 VII - opinar sobre dispensa ou equivalência de disciplinas, ouvindo, quando for o caso, o representante do Departamento respectivo no Colegiado da Área ou do Curso; VIII - cumprir e fazer cumprir as decisões dos órgãos superiores sobre matérias relativas ao curso; IX - apresentar à Pró-Reitoria competente, dando ciência ao Diretor da Unidade, relatório anual das atividades do Curso; X - Exercer as demais atribuições que lhe forem fixadas neste Regimento ou em Resoluções do Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão. Tendo em vista as particularidades da educação à distância, acrescentam-se para o coordenador do curso além, das acima descritas as que constam do Anexo I da Resolução CD/FNDE nº 26/2009 listadas a seguir:  coordenar, acompanhar e avaliar as atividades acadêmicas do curso;  participar das atividades de capacitação e de atualização desenvolvidas na Instituição de Ensino ;  participar dos grupos de trabalho para o desenvolvimento de metodologia, elaboração de materiais didáticos para a modalidade a distância e sistema de avaliação do aluno;  realizar o planejamento e o desenvolvimento das atividades de seleção e capacitação dos profissionais envolvidos no curso;  elaborar, em conjunto com o corpo docente do curso, o sistema de avaliação do aluno;  participar dos fóruns virtuais e presenciais da área de atuação;  realizar o planejamento e o desenvolvimento dos processos seletivos de alunos, em conjunto com o coordenador UAB  acompanhar o registro acadêmico dos alunos matriculados no curso;  verificar “in loco” o bom andamento dos cursos;  acompanhar e supervisionar as atividades: dos tutores, dos professores, do coordenador de tutoria e dos coordenadores de pólo;  informar para o coordenador UAB a relação mensal de bolsistas aptos e inaptos para recebimento;  auxiliar o coordenador UAB na elaboração da planilha financeira do curso. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 47 2.9. Matriz Curricular do Curso A carga horária plena do Curso de Ciências Contábeis na modalidade de EAD da UFPE é de 3.000 horas, distribuídas em 8 (oito) períodos. Do 1º ao 6º período, as disciplinas são obrigatórias, compostas por: Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 48 Período Disciplinas Métodos Quantitativos Aplicados às Ciências Contábeis 1 1º Período Contabilidade Introdutória Fundamentos de Sociologia Economia 1 Português Instrumental Métodos Quantitativos Aplicados às Ciências Contábeis 2 Introdução à Administração 2º Período Contabilidade Geral Economia das Empresas Metodologia Científica Aplicada Contabilidade Marketing Direito Comercial 3º Período Contabilometria Contabilidade Intermediária Ética e Normas da Profissão Contábil Direito Tributário Contabilidade Societária 1 4º Período Matemática Financeira Finanças e Planejamento Público Computação Aplicada à Contabilidade Análise das Demonstrações Contábeis Custos 5º Período Contabilidade Societária 2 Auditoria Contabilidade Aplicada ao Setor Público Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais à 49 Contabilidade Tributária Teoria da Contabilidade 6º Período Legislação Social Tópicos Contemporâneos de Contabilidade Controladoria A partir do 7º período, o discente deve cursar as disciplinas eletivas ou eletivas livres, conforme disposição nos quadros abaixo: Período Disciplinas Perícia Contábil Sistemas 7º Período de Informações Contábeis Gerenciais Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva Livre Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva do Curso de Ciências Contábeis 8º Período Eletiva do Curso de Ciências Contábeis Eletiva Livre Eletiva Livre TCC ou Estágio Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais e 50 Eletivas do Curso de Contábeis                  Auditoria Aplicada ao Setor Público Contabilidade Agro-Pastoril Contabilidade Aplicada ao Mercado de Capitais Contabilidade Aplicada às Micro, Pequenas e Médias Empresas Contabilidade Aplicada Terceiro Setor Controladoria Aplicada ao Setor Público Direito Público e Privado Estatística 10 Instituições de Previdência e Seguros Privados Orçamento Empresarial Planejamento Tributário Tópicos Avançados de Contabilidade Aplicada ao Setor Público Tópicos Avançados de Contabilidade Empresarial Tópicos Avançados de Contabilidade Internacional Tópicos Avançados de Contabilidade Tributária Tópicos Avançados de Controladoria Tópicos Avançados de Custos A distribuição da carga-horária proposta para os pilares de formação do discente de Ciências Contábeis é: Distribuição da Carga Horária Horas-Aula 1. Conhecimento - Formação Básica 900 2. Conhecimento - Formação Profissional 900 3. Conhecimento - Formação Teórico-Prática 1.200 Total de horas-aula 3.000 A carga horária está distribuída da seguinte forma: Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 51 Atividades Horas-Aula Curriculares Obrigatórias e Eletivas 2.400 Atividades Complementares 300 TCC ou Estágio Curricular 300 Total de horas-aula 3.000 As Atividades Curriculares Obrigatórias são compostas de: Atividades Obrigatórias 32 disciplinas obrigatórias com 60 horas-aula cada TCC ou Estágio Curricular Total de horas-aula Horas-Aula 1.920 300 2.220 As Atividades Curriculares Eletivas são compostas de: Atividades Eletivas Horas-Aula 05 disciplinas eletivas do curso com 60 horas-aula cada 300 03 disciplinas eletivas livres com 60 horas-aula cada 180 Total de horas-aula 480 As Atividades Complementares são compostas de: Atividades Complementares Atividades Complementares Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais Horas-Aula 300 52 2.9.1. Ementas das Disciplinas 1º Período  Métodos Quantitativos Aplicados às Ciências Contábeis 1 – CT Estudos dos Conhecimentos das Ciências Matemáticas (Matemática, Informática, Estatística) básicos integrados de modo interdisciplinar às Ciências Contábeis focalizando o seguinte problema básico: dando uma grandeza econômica-financeira-contábil representando por um modelo matemático (funcional) Y= Q(x). Obter (estudar) a sua taxa de variação instantânea Y’=Q(x), isto é, estudar a marginal de Q(x).  Contabilidade Introdutória – CT História da Contabilidade, Elementos Introdutórios de Contabilidade: Objeto de estudo e sua Representação Gráfica, Campo de Atuação, Informações Contábeis (Usuários e Finalidade), Fatos e Procedimentos Básicos, Mecanismo das Partidas Dobradas.  Fundamentos de Sociologia – CS004 O estudo científico dos Fatos Sociais, Sociologia e Ciências Sociais. O Social, a Sociedade, a Estrutura e a Mudança Social. Processos Sociais.  Economia 1 – EC001 Objetivos e campo de estudo da economia. O problema econômico; aspectos macroeconômicos. Relações econômicas internacionais. Desenvolvimento econômico.  Português Instrumental – LE006 Comunicação oral e escrita: revisão dos principais fatos da língua. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 53 2º Período  Métodos Quantitativos Aplicados às Ciências Contábeis 2 – CT Estudo dos conhecimentos das Ciências Matemáticas (Matemática, Informática e Estatística) básicos integrados de modo interdisciplinar às Ciências Contábeis focalizando os seguintes problemas: Problema 1 : Dado o modelo marginal de uma grandeza obter (estudar) a variação acumulativa dessa grandeza Y = Q(x) num determinado intervalo [a,b]. Problema 2 : a) O que é a Ciência Estatística? b)Qual a diferença entre Estatística e a Teoria das Probabilidades?  Introdução à Administração – AD216 Antecedentes históricos da Administração. Diversas abordagens e teorias da Administração. Organização. Noções Coordenação. da teoria Direção. de Sistemas. Controle. Planejamento. Perspectivas da Administração.  Contabilidade Geral – CT Balanço Patrimonial (conceito e elaboração); Situação Líquida Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício (conceito e elaboração); Estoques: conceito, classificação, métodos de atribuição de valores aos estoques, critério de avaliação.  Economia das Empresas – EC Instrumentos de análise econômica: introdução à macroeconomia. Política e programação econômica. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 54  Metodologia Científica Aplicada à Contabilidade – CT Natureza da pesquisa em ciências sociais e sua aplicação nas ciências contábeis. Fontes do conhecimento. Dinâmica da pesquisa. Tipos de pesquisa. Definição do tema e dimensões de análise. Questões fundamentais e hipóteses de trabalho. Coletas de dados e seleção. O plano geral da pesquisa e plano específico. A redação, estilo, índice, dedicatória, agradecimentos, bibliografia, forma gráfica, etc. 3º Período  Marketing – AD332 Noções sobre os fundamentos conceituais e principais procedimentos do marketing voltado para a área de serviços. Planejamento e controle das atividades de marketing para serviços profissionais.  Direito Comercial – PR Noções gerais, atos de comércio, sociedades comerciais, contratos de natureza comercial: especialidade e modalidade. Títulos de crédito: conceitos e espécies. Noções básicas sobre falências e concordata.  Contabilidade Intermediária – CT Norma Brasileira de Contabilidade relativa à avaliação patrimonial. Critérios de avaliação do Ativo e Passivo. Apuração do resultado do exercício. A Demonstração do Resultado do Exercício. O Balanço Patrimonial.  Contabilometria – CT Estudos dos conhecimentos entre os Modelos Matemáticos integrados aos Modelos Contábeis, de modo interdisciplinar (modelos Contabilométricos) a serem aplicados à Gestão Otimizada do Desempenho das Entidades. A estratégia fundamental desta disciplina é mostrar (estudar) como obter (desenvolver) modelos contabilométricos, focados na análise qualitativa x quantitativas x qualitativas do fenômeno contábil inerente a Proxy de Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 55 interesse de Gestão da Entidade, que visa a sua sustentabilidade econômico-financeira-contábil para curto, médio e logo prazo. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 56  Ética e Normas da Profissão Contábil – CT A função social da Contabilidade. As normas do Exercício Profissional. O Código de Ética Profissional. Os Órgãos disciplinadores e fiscalizadores da profissão. 4º Período  Direito Tributário – PE Sistema tributário nacional. Conceituação legal dos tributos. As espécies de tributos. As fontes do direito tributário. Crédito tributário. Lançamentos.  Contabilidade Societária 1 – CT Conceito de Contabilidade, sua função social e objeto de estudo. Demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa (método direto e indireto), Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, Balanço Social e Notas Explicativas.  Matemática Financeira – EC Matemática Financeira. Juros. Desconto. Equivalência de capitais. Correção monetária. Amortização. Renda certa. Renda Variável.  Finanças e Planejamento Público – CT Abordagem do relacionamento do setor público com os demais segmentos integrados do macro-sistema socioeconômico. A teoria das finanças públicas no contexto do estudo da economia e demais ciências sociais. Aspectos políticos, administrativos e econômicos da atividade financeira do Estado, expressos nos procedimentos de obtenção, geração (crédito público), gestão, planejamento e aplicação dos recursos públicos de acordo com os procedimentos legais em vigor, principalmente a Constituição Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 57 Federal, a Lei nº. 4.320/64 e a Lei nº. 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal. O papel do Estado e sua relação com o mercado, intervenção, regulação, produção de bens coletivos e gastos públicos. Teoria do Agenciamento.  Computação Aplicada à Contabilidade – CT Fundamentos e elementos de tecnologia da informação (TI); programas aplicativos utilizados na área contábil e financeira das organizações; práticas com software em laboratório de informática. 5º Período  Análise das Demonstrações Contábeis – CT As demonstrações contábeis como base para avaliação econômica e financeira das empresas. As técnicas básicas de analise das demonstrações contábeis. A aplicação de técnicas estatísticas à analise das demonstrações contábeis. Estudo sobre o capital de giro contábil e financeiro. Análise da composição da estrutura de capital e as aplicações relacionadas. A alavancagem financeira e operacional. Indicadores de avaliação desempenho econômico das empresas.  Custos – CT Terminologia. Sistemas e métodos de apuração de custos. Contabilização de custos. Custos-padrão. Custos para tomada de decisão (relação custos, volume, lucro e formação de preços).  Contabilidade Societária 2 – CT Incorporação, fusão, cisão e extinção de sociedades. Reavaliação de bens. Normas Brasileiras de Contabilidade relativas à fusão, incorporação, cisão, transformação e liquidação de sociedades. Investimentos da Equivalência Patrimonial – MEP e Consolidação das Demonstrações Contábeis. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 58  Auditoria – CT Origem e conceito de auditoria; planejamento de auditoria; controle interno; papéis de trabalho; procedimentos de Auditoria das Demonstrações Contábeis; Normas Brasileiras de Auditoria; casos práticos.  Contabilidade Aplicada ao Setor Público – CT Abordagem da contabilidade aplicada ao setor público, a partir da interpretação dos princípios contábeis realizada pelo Conselho Federal de Contabilidade e as NBCASP - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, definindo e tratando cientificamente os principais fenômenos orçamentários, financeiros e patrimoniais, bem como suas evidenciações através do sistema de informações contábeis e seus subsistemas. 6º Período  Contabilidade Tributária – CT Estudo das correlações existentes entre a Contabilidade e a Legislação Tributária. Conceitos básicos e fundamentais de contabilidade tributária. Contabilização dos tributos federais, estaduais e municipais.  Teoria da Contabilidade – CT Fundamentos da Contabilidade como ciência social aplicada. A relação da Contabilidade com a práxis da gestão econômica e financeira empresarial, enquanto instrumento gerador de informações para os seus usuários. Os princípios, as normas e os procedimentos contábeis e suas relações com a avaliação econômica dos ativos, das fontes de fundos e dos resultados empresariais. As aplicações normativas da Contabilidade no contexto internacional.  Legislação Social – PE220 Noções do Direito do Trabalho; princípios; contrato do trabalho; Direito Coletivo do Trabalho. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 59  Tópicos Contemporâneos de Contabilidade – CT Estudo e decisão de assuntos relevantes e emergentes em ciências contábeis, visando à atualização, reciclagem e inter-relação de tópicos fundamentais da área.  Controladoria – CT Objetivos e funções da controladoria. A controladoria no organograma da empresa. Controladoria no planejamento e controle das organizações. Visão introdutória de orçamento empresarial. Análise introdutória de decisões de investimentos. Medição/indicadores de desempenho. 7º Período  Perícia Contábil – CT Perícia Contábil: Conceito e campo de atuação. Aspectos legais sobre a Perícia e sobre a pessoa do perito. A Perícia Contábil na área trabalhista. Perícia Contábil na área tributária (Justiça Federal). Perícia Contábil para verificação de haveres. Perícia Contábil no processo falimentar. Elaboração de Laudos Periciais.  Sistemas de Informações Contábeis e Gerenciais – CT Conceitos fundamentais de sistemas de informação; conhecimento sobre sistemas integrados de gestão, gerenciais e de apoio à decisão com aplicações práticas em ciências contábeis. Duas disciplinas eletivas do Curso de Ciências Contábeis e uma eletiva livre. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 60 8º Período  Três disciplinas eletivas do Curso de Ciências Contábeis, duas disciplinas eletivas livres e o Trabalho de Conclusão de Curso ou Estágio. 2.9.2. Disciplinas Eletivas do Curso de Ciências Contábeis  Auditoria Aplicada ao Setor Público – CT Abordagem da auditoria aplicada ao setor público, a partir da interpretação das normas gerais, procedimentos e técnicas de auditoria, bem como mapeamento de riscos em programas, projetos e atividades da área pública.  Contabilidade Agro-Pastoril – CT Empresa agro-pastoril. Ciclo de Gestão. Contabilização de ingressos e custos. Plano de contas de empresas agro-pastoril. Produtos da atividade agro-pastoril. Classificação patrimonial do setor. Depreciação, exaustão, amortização e apuração do resultado. Empresa agro-pastoril. Ciclo de gestão. Contabilização de ingressos e custos. Plano de contas de empresas agro-pastoril. Produtos da atividade agro-pastoril. Classificação patrimonial do setor. Depreciação, exaustão, amortização e apuração do resultado.  Contabilidade Aplicada ao Mercado de Capitais – CT Fundamentos de Política Econômica, Indicadores Econômicos, Sistema Financeiro Nacional, Operações com Capital em uma Sociedade Aberta, Conceituação e Contabilização dos Títulos e Valores Mobiliários, Análise Fundamentalista de Empresas, Análise Técnica de Empresas.  Contabilidade Aplicada às Micro, Pequenas e Médias Empresas – CT Caracterização de micro, pequena e média empresa, segundo a legislação brasileira. Identificação das demandas específicas das micro, pequenas e médias empresas em termos de informação contábil para atender: (a) às exigências legais; (b) às necessidades dos gestores para controlar e planejar as atividades de seus negócios. Noções básicas e fundamentais de Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 61 contabilidade aplicada às pequenas e médias empresas, incluindo: tópicos de tributação, tópicos de contabilidade financeira e tópicos de contabilidade gerencial.  Contabilidade Aplicada ao Terceiro Setor – CT Elementos Introdutórios de Contabilidade para o Terceiro Setor. Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicáveis ao Terceiro Setor. Aspectos Contábeis de mensuração e avaliação para as organizações do terceiro Setor.  Controladoria Aplicada ao Setor Público – CT Controle gerencial em entidades do Setor Público, abordando aspectos como a função da controladoria, órgão de assessoramento x órgão de linha; técnicas de controle gerencial e indicadores de desempenho (eficiência, eficácia e efetividade) e sistema de informações contábeis, com ênfase em custos, análise de demonstrações e desempenho de programas, projetos, atividades, unidade de inteligência competitiva e controle interno.  Direito Público e Privado – PG Parte Geral – Introdução ao Estudo do Direito. Parte Especial – Direito Público, com enfoque no Direito constitucional, administrativo, trabalho e penal; Direito Privado, com enfoque no Direito Civil e Comercial.  Estatística 10 – ET Introdução geral à compreensão da Estatística descritiva, probabilidade, variáveis aleatórias, distribuição binominal distribuição normal, distribuições amostrais, estimação, teste de hipótese, regressão linear simples.  Instituições de Previdência e Seguros Privados – CT Processo histórico da Seguridade Social no mundo e no Brasil. A crise do Sistema Previdenciário Brasileiro.Os Princípios Básicos da Seguridade Social no Brasil. A Reforma da Previdência Social Brasileira. O Regime Próprio de Previdência Social – RPPS. O Regime Geral de Previdência Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 62 Social – RGPS. O Regime de Previdência Complementar – RPC. O Mercado de Seguros no Brasil. Princípios e Principais Regras do Setor de Seguros. Noções sobre Contabilidade Previdenciária e de Seguros.  Orçamento Empresarial – CT Planejamento e controle. Análise de cenários. Plano de negócios. Tipos de orçamento: orçamento de vendas, orçamento de produção, orçamento de compras, orçamento de despesas, orçamento de caixa, balanço patrimonial projetado. Orçamento de capital. O papel do orçamento no controle organizacional. Reflexões críticas ao uso de orçamento.  Planejamento Tributário – CT O Sistema Tributário Brasileiro. Características dos tributos. Economia legal de Tributos. Planejamento tributário de tributos indiretos. Planejamento de tributário de tributos diretos.  Tópicos Avançados de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – CT Abordagem da contabilidade aplicada ao setor público no Brasil e às Normas Internacionais, com estudos de casos das IPSAS e comparação do estágio brasileiro com outros países, no tocante à governança, evidenciação e convergência das normas.  Tópicos Avançados de Contabilidade Empresarial – CT Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, Redução ao Valor Recuperável de Ativos, Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis, Fluxo de Caixa, Ativos Intangíveis, Partes Relacionadas, Concessões, Contratos de Seguros, Subvenções Governamentais, Demonstração de Valores Adicionados: aspectos normativos e contábeis, Arrendamento Mercantil. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 63  Tópicos Avançados de Contabilidade Internacional – CT Tópicos avançados em contabilidade internacional, incluindo convergência com as normas internacionais de contabilidade do setor privado em complemento aos aspectos discutidos na disciplina de tópicos avançados de contabilidade empresarial.  Tópicos Avançados de Contabilidade Tributária – CT Estudos avançados sobre contabilização de tributos federais, estaduais e municipais.  Tópicos Avançados de Controladoria – CT Tópicos avançados de medição de desempenho. Contabilidade por responsabilidade. Tópicos avançados de análise de investimentos. Preço de transferência. Avaliação de empresa.  Tópicos Avançados de Custos Utilização de informação de custos para tomada de decisão e gestão estratégica. Custo meta. Utilização de custeio ABC na gestão estratégica das organizações. Custos da qualidade. Custos na cadeia de valor. Aplicações da relação custo, volume e lucro na análise do mix de produção. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 64 CONCLUSÕES O que se pode concluir é que o uso das tecnologias especificamente nos cursos à distância nos leva a uma reflexão sobre o que está à nossa disposição e o que necessitamos usar para uma educação significativa, diante dos que buscam o conhecimento e confiam naqueles responsáveis por sua oferta. Conforme Sancho e Hernández (2006) afirmam, não se trata de encher de “quinquilharias” os espaços escolares, mas de dar-lhes sentido mediante uma proposta pedagógica que venha guiar a prática docente com o uso das TIC’s. Esta nova prática docente procura incorporar os instrumentos tecnológicos visando resolver os problemas do ensino. No atual contexto, em que figuram a sala virtual, o aluno virtual, o tutor entre outros, não podemos ignorar o uso das tecnologias para enfrentar as novidades que estão por vir. O potencial das TIC’s nos obriga a repensar o modelo de escola em que estamos atuando e ainda o modelo de ensino e de aprendizagem, que pode ser ampliado de forma individual e coletiva por meio das redes informáticas. O uso das TIC’s com o implemento de tutorias nos permite um atendimento mais personalizado ao aprendiz, reduzindo o tamanho dos grupos e conseqüente otimização do tempo para todos. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 65 REFERÊNCIAS Andrade, Cacilda Soares de. Educação à distância online: uma proposta pedagógica para expansão do ensino de ciências contábeis. Tese (DOUTORADO) Universidade Federal de Pernambuco – Faculdade de Educação. Recife, 2008. BRASIL. Resolução CD/FNDE nº 24 de 04 de Junho de 2008. Estabelece orientações e diretrizes para o apoio financeiro às instituições de ensino participantes do Sistema Universidade Aberta do Brasil, vinculado a CAPES e à Secretaria de Educação à distância do Ministério da Educação, nos exercícios de 2008/2009. BRASIL. Decreto Lei 5.800 de 08 de junho de 2006. Dispõe sobre o Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB. BRASIL. Decreto Lei 5.622 de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. BRASIL. Portaria 4.059 de 10 de dezembro de 2004. Dispõe sobre a oferta de disciplinas integrantes do currículo que utilizem modalidade semi-presencial, com base no art. 81 da Lei n. 9.394, de 1.996. BRASIL. Referenciais de Qualidade para Educação á Distância de 02 de abril de 2003. Disponível no site: http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=com_content&task=view&id=62. Acesso em 31/03/2005. BRASIL. Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei n.º 9.394/96) BRASIL. Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Carvalho, Ana Amélia C.C. Amorim S. de. Os documentos hipermídia estruturados segundo a teoria da flexibilidade cognitiva: importância dos comentários temáticos e das travessias temáticas na transferência do conhecimento para novas situações. Tese (DOUTORADO) Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho. Portugal, 1998. Cornachione Jr. Edgard Bruno. Tecnologias da educação e cursos de ciências contábeis: modelos colaborativos virtuais. Tese (LIVRE DOCÊNCIA). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2004. Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais ANEXO 1 – ELENCO DE PROFESSORES UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos Ficha do Curso – Docentes Departamento: Ciências Contábeis e Atuariais DOCENTE Aldemar Araújo Santos Alessandra Bezerra (Dotoranda) Alessandro Henrique das Silva Santos (Doutorando) Álvaro Pereira de Andrade (Doutorando) Ana Lucia de Souza Vasconcelos Cacilda Soares de Andrade Carlos Leonardo C. Bulhões Christianne Calado Vieira Melo Lopes Cícero Rafael Barros Dias (Doutorando) Cláudio de Araújo Wanderley Eduardo Dória Silva(Doutorando) Evaldo Santana de Souza Filipe Costa de Souza Gutembergue Leal de Mesquita Jeronymo José Libonati Joaquim Osório Liberalquino Ferreira José Maria da Silva (Doutorando) ÁREA DE CONHECIMENTO CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO CIÊNCIAS ECONÔMICAS ESTATÍSTICA CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS ATUARIAIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO CIÊNCIAS ECONÔMICAS CIÊNCIAS ECONÔMICAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS TITULAÇÃO QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOUTOR CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO MESTRE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MESTRE ESTATÍSTICA MESTRE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DOUTORA CIÊNCIAS CONTÁBEIS DOUTORA CIÊNCIAS CONTÁBEIS MESTRE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MESTRA CIÊNCIAS CONTÁBEIS MESTRE CIÊNCIAS ATUARIAIS DOUTOR CIÊNCIAS CONTÁBEIS MESTRE CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO DOUTOR CIÊNCIAS ECONÔMICAS DOUTOR CIÊNCIAS ECONÔMICAS MESTRE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DOUTOR CIÊNCIAS CONTÁBEIS MESTRE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MESTRE CIÊNCIAS CONTÁBEIS José Nelson Barbosa Tenorio Josenildo dos Santos Juliana Matos de Meira Lêda Alves Dantas Luiz Carlos Miranda Luiz Gustavo Cordeiro da Silva (Doutorando) Marcelo Jota Gomes Marco Tullio Castro Vasconcelos Mario Herminio Girard Maurício Assuero Lima de Freitas Miguel Lopes Oliveira Filho (Doutorando) Paulo Cezar Ferreira de Souza Raimundo Nonato Rodríguez Severino José Lins Severino Pessoa dos Santos Umbelina Cravo Teixeira Lagioia Torres Veronica Cunha Souto Maior Wilson Rodrigues de Aquino Wilton Bernadino (Doutorando) CIÊNCIAS ECONÔMICAS MATEMÁTICA CIÊNCIAS CONTÁBEIS PEDAGOGIA CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS ECONÔMICAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS ECONÔMICAS CIÊNCIAS ECONÔMICAS MESTRE PHD DOUTORA DOUTORA PHD MESTRE MESTRE DOUTOR MESTRE DOUTOR MESTRE MESTRE DOUTOR MESTRE MESTRE DOUTORA MESTRE MESTRE MESTRE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MATEMÁTICA CIÊNCIAS CONTÁBEIS PEDAGOGIA CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS ECONÔMICAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS ECONÔMICAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS CONTÁBEIS CIÊNCIAS ECONÔMICAS CIÊNCIAS ECONÔMICAS ANEXO 2 – PROGRAMAS DAS DISCIPLINAS