UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO - PPC BACHARELADO EM ENFERMAGEM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2009 1 PROJETO DE INTERIORIZAÇÃO DA UFPE CAMPUS: VITÓRIA DE SANTO ANTÃO CIDADE: VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM ÓRGÃO RESPONSÁVEL: UFPE / CAV / NÚCLEO DE ENFERMAGEM EQUIPE DE TRABALHO DO PROJETO INICIAL Ana Márcia Tenório de Souza Cavalcanti Antônia Maria da Silva Santos Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos Francisca Márcia Pereira Linhares José Cristovam Martins Vieira Karla Alexsandra de Albuquerque Ladjane do Carmo de Albuquerque Araújo (coordenadora) Luciana Pedrosa Leal Luciane Soares da Silva Maria da Penha Carlos de Sá Marly Javorsky Nara Rúbia Costa Ribeiro Sandra Maria Becker Tavares Vânia Pinheiro Ramos EQUIPE DE TRABALHO DO PROJETO DE IMPLANTAÇÃO Carolina Peixoto Magalhães Elainne Christine Souza Gomes Emanuelle Ribeiro de Oliveira Erika Maria Silva Freitas Flávia Escapini Fanchiotti Idjane Santana de Oliveira Luiz Miguel Picelli Sanches Sandra Trindade Low Vitorina Nerivânia Covello Rehn IMPLANTAÇÃO: AGOSTO DE 2006 2 EQUIPE DE TRABALHO DE REVISÃO DO PROJETO DOCENTES Carolina Peixoto Magalhães Elainne Christine Souza Gomes Emanuelle Ribeiro de Oliveira Erika Maria Silva Freitas Flávia Escapini Fanchiotti Idjane Santana de Oliveira José Cândido de Souza Ferraz Júnior Luiz Miguel Picelli Sanches Sandra Trindade Low Viviane Cristina Fonseca da Silva Jardim Vitorina Nerivânia Covello Rehn TÉCNICA EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS Maura Francinete Rodrigues Costa Lima RELATOR AD HOC Prof. Gilmar Beserra – Núcleo de Biologia 3 SUMÁRIO 1 HISTÓRICO 6 2 JUSTIFICATIVA 8 3 MARCO TEÓRICO 9 3.1 Perfil socioeconômico, epidemiológico e de escolaridade 10 3.1.1 Pernambuco 10 3.1.1.1 Saúde 11 3.1.1.2 Educação 13 3.1.2 Vitória de Santo Antão 14 3.1.2.1 Saúde 15 3.1.2.2 Educação 17 4 OBJETIVOS DO CURSO 18 4.1 Geral 18 4.2 Específicos 18 5 PERFIL PROFISSIONAL 18 6 CAMPO DE ATUAÇÃO 19 7 COMPETÊNCIAS, ATITUDES E HABILIDADES 20 7.1 Gerais 20 7.2 Específicas 21 8 SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO 23 9 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO 24 10 CORPO DOCENTE 27 11 INFRA-ESTRUTURA 33 11.1 Biblioteca 33 11.2 Laboratórios 36 11.3 Auditório 38 11.4 Recursos Audiovisuais 39 12 SISTEMÁTICA DE CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 39 Bibliografia 41 Anexos Anexo A – Estrutura Curricular do Curso Anexo B – Programas dos Componentes Curriculares Anexo C – Definição de Componentes Livres 4 ANEXO D –Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 1 - regulamento TCC 2 - termo de compromisso do orientador 3 - formulário de cadastramento 4 - normais gerais de apresentação do pôster 5 - formulário de avaliação do pôster 1 6 - formulário de avaliação do pôster 2 7 - formulário de avaliação do artigo científico 8 - linhas de pesquisa 9 - carta-convite Anexo E – Relação do Material do Curso de Enfermagem Anexo F – Relação dos Vídeos para o Laboratório de Técnicas - Série SENAC Anexo G – Equipamentos dos laboratórios Anexo H - Trecho de Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico 5 1 HISTÓRICO A história da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE tem início em 11 de agosto de 1946, data de fundação da Universidade do Recife (UR), criada por meio do decreto-lei da Presidência da República nº 9.388, de 20 de junho de 1946. A UR reunia a Faculdade de Direito do Recife, a Escola de Engenharia de Pernambuco, a Faculdade de Medicina do Recife (com as escolas anexas de Odontologia e Farmácia), a Escola de Belas Artes de Pernambuco e a Faculdade de Filosofia do Recife. O Departamento de Enfermagem denominou-se, no início de sua trajetória, Escola de Enfermagem do Estado de Pernambuco. Criada pelo Decreto Estadual nº 1.702, de 25 de junho de 1947, foi idealizada por um grupo de médicos da Secretaria do Estado dos Negócios de Saúde e Educação, durante o governo do Interventor Federal, Dr. Amaro Gomes Pedrosa, não funcionando por falta de recursos técnicos e financeiros. Em dezembro de 1949 foi assinado um convênio entre o Governador do Estado de Pernambuco, na época representado pelo Dr. Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, juntamente com o Secretário de Saúde, Professor Nelson Chaves, e o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), viabilizando a implantação da Escola de Enfermagem, agora chamada Escola de Enfermagem do Recife. O SESP trouxe para o Recife as enfermeiras Cecília Maria Domênica Sanioto e Margaret Elizabeth Mein, ambas formadas pela “The Johns Hopkins Hospital School of Nursing”, Baltimore, EUA, além de Zélia Barbosa Machado e Maria de Lourdes Valada, diplomadas pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, para organizar a Escola de Enfermagem e implementar o Curso de Graduação em Enfermagem na cidade. Para realização das aulas práticas, o centro hospitalar utilizado na formação das futuras enfermeiras foi o Hospital Centenário, cedido pelo governo estadual, hoje o Hospital dos Servidores do Estado. Em 30 de junho de 1950, com a presença do Governador e do Superintendente do SESP, Dr. Marcolino Gomes Candal, foi inaugurada oficialmente a Escola de Enfermagem do Recife, cuja aula de abertura foi proferida pelo Professor Nelson Chaves, com 6 funcionamento provisório autorizado pelo Ministério de Educação e Saúde, através da Portaria nº 449, de 05 de dezembro de 1950. A primeira turma de formandos, constituída por 09 enfermeiras, recebeu grau em 22 de dezembro de 1953. O reconhecimento definitivo do Curso de Enfermagem foi dado pelo Decreto-lei Federal nº 34.539, de 10 de novembro de 1953. Em 1961, portanto, após oito anos, a Escola de Enfermagem foi transformada em estabelecimento Federal de Ensino (Lei Federal nº 3.875, de 30 de janeiro de 1961), integrando a Universidade do Recife, como unidade autônoma subordinada diretamente à Reitoria. Passados dezenove anos, a Universidade do Recife é integrada ao grupo de instituições federais do novo sistema de educação do País, recebendo a denominação de Universidade Federal de Pernambuco, autarquia vinculada ao Ministério da Educação. Ao longo destes anos, o Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco vem formando enfermeiros em todo o Estado, contribuindo para a construção do corpo de saúde dos principais serviços de saúde pública e privada. Atualmente, a Enfermagem representa uma referência em opção para o vestibular da área de saúde, porém o crescimento expressivo da demanda nos últimos vestibulares da UFPE não foi acompanhado, proporcionalmente, pela oferta de vagas do Curso, revelada nas últimas pesquisas. Com objetivo de suprir este déficit, a partir de Projeto de Interiorização, a UFPE chega a outros importantes pólos do Nordeste, como em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata do Estado, onde os jovens passam a ter a oportunidade de acesso ao ensino superior público e gratuito. O Centro Acadêmico de Vitória, funcionando no antigo prédio da Escola Agrotécnica Federal, doado à Universidade, é resultado de muito trabalho dos Departamentos de Enfermagem, Nutrição e Ciências Biológicas do Recife, com apoio do Magnífico Reitor, Prof. Amaro Lins, com participação da comunidade, da Prefeitura do referido município e recursos do Ministério de Educação e Cultura – MEC. 7 2 JUSTIFICATIVA Há 60 anos, a UFPE é a única instituição pública federal de ensino superior do Estado de Pernambuco que oferece nove cursos na área de saúde, ocupando o décimo lugar entre as Instituições de Ensino Superior (IES) do País. Com o objetivo de garantir a tradicional qualidade de ensino na formação de profissionais, bem como o compromisso com o desenvolvimento local e regional, associados à crescente demanda de profissionais da saúde, a UFPE criou o Projeto de Interiorização,visando suprir o déficit de vagas e levar a educação superior pública e de qualidade para, também, o interior do Estado, cooperando com o processo de transformação social, educacional e de saúde da população. No Campus Recife, a UFPE mantém o Curso de Bacharelado e o de Licenciatura em Enfermagem, este último, criado pelo Ministério de Educação e Cultura (Portaria nº 13/1969), conta com a participação do Centro de Educação para as disciplinas pedagógicas. A crescente demanda por este Curso, especialmente nos últimos anos, apontaram-no como um dos cinco mais procurados da UFPE: a relação candidato/ vaga dos últimos vestibulares do Curso de Enfermagem no Campus Recife apresenta uma média de 19,3 candidatos por vaga (40 vagas oferecidas por semestre); no vestibular de 2006.1, o resultado foi de 17,6 candidatos/ vaga (Campus Recife). Mediante os fatos enumerados, a implantação de um Campus avançado no interior, com criação de novas vagas de graduação, apresentou-se como medida inadiável na área de saúde do Estado e o Curso de Enfermagem, uma das principais opções para o Projeto de Interiorização. Considerando, ainda, que, os cinco cursos superiores de Enfermagem, oferecidos no Agreste e Sertão, são ofertados por instituições privadas, não atendendo, assim, ao processo de inclusão da população (COREN-PE, 2007) além de ser necessário reforçar em seus currículos atividades articuladas de ensino, pesquisa, extensão e pósgraduação, eixos norteadores da formação dos profissionais da UFPE. Portanto, a implantação de um Campus no interior do Estado viabiliza o acesso dos alunos da rede 8 pública de ensino e referenda o impacto e o incentivo na melhoria dos serviços de saúde hospitalar e básica das citadas regiões. Nesta perspectiva, o Campus Vitória, através do Curso de Enfermagem, destaca como principais benefícios: trabalhos integrados com os diversos segmentos de saúde, público e privado, da região; ampliação, fortalecimento e contribuição da Enfermagem em termos quantitativos e qualitativos dos serviços prestados à população pela rede de saúde da região; articulação da pesquisa com as necessidades de melhoria do trabalho em saúde, com as organizações comunitárias, educacionais e setores produtivos de serviços e negócios da região; descentralização da produção de pesquisa científica na área de saúde, na qual a busca de soluções e ações voltadas à realidade local contribuirá, sobremaneira, para a qualidade da assistência à saúde da população, considerando suas especificidades sociodemográficas e culturais; atividades de extensão, aproximando e inserindo a comunidade acadêmica nas peculiaridades da população interiorana do Estado; contribuição na formação continuada dos profissionais de saúde da região. 3 MARCO TEÓRICO A crescente busca pelos Cursos de Graduação em Enfermagem, confirmada nos últimos vestibulares, assim como o incremento dos profissionais de enfermagem de nível técnico e a expansão dos serviços de saúde nos níveis primário, secundário e terciário, que faz do Estado de Pernambuco referência na área médica, tornam indiscutível a importância da ampliação de instâncias que visem a formação superior desta demanda. Porém, fato importante a ser citado, que serve de embasamento para oferecer sustentabilidade a proposta que se apresenta, é o perfil epidemiológico, sociodemográfico e educacional da região, descritos a seguir. 9 3.1 Perfil socioeconômico, epidemiológico e de escolaridade 3.1.1 Pernambuco O Estado de Pernambuco, composto por 184 municípios e o território de Fernando de Noronha, situa-se a Centro-leste da Região Nordeste, possui uma área de 98.938 km 2 (incluindo o arquipélago de Fernando de Noronha) e limita-se ao Norte com os Estados do Ceará e Paraíba, a Oeste com o Piauí, ao Sul com a Bahia e Alagoas, a Leste com o Oceano Atlântico. Estas fronteiras tornam Pernambuco um importante centro integrador de vários Estados do Nordeste, além de importante ponto de conexão e comércio do Brasil com outros países. O Estado de Pernambuco está dividido em Regiões de Desenvolvimento (Figura 1). Figura 1 – Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco. 2 Fonte: http://www.cprh.pe.gov.br/downloads/inventario/Mapa1.zip Pernambuco é o segundo Estado mais populoso do Nordeste com aproximadamente 8 milhões de habitantes, com uma densidade demográfica de 80,3 hab/km2, sendo 6.052.142 hab concentrados na área urbana (76,5%) e 1.858.850 hab na área rural. Dentre as cidades mais populosas, pode-se citar Recife, Jaboatão, Olinda, Paulista, Caruaru, Petrolina, Cabo, Camaragibe, Vitória de Santo Antão e Garanhuns (IBGE, 2000). 10 Desde o período colonial, quando foi uma das mais prósperas capitanias hereditárias, Pernambuco representa forte influência no crescimento econômico, industrial e cultural do País. Reconhecido como um dos mais importantes pólos industrial, médico, gesseiro, de informática e turístico, se destaca por seus avanços na área de alimentos, materiais elétricos, metalurgia, transformação de minerais não metálicos, confecções, mobiliário, curtume, indústria farmacêutica e rede privada de saúde (3º maior pólo médico do País e 1º do Nordeste). 3.1.1.1 Saúde No que concerne à saúde pública, Pernambuco vem merecendo destaque a partir de programas de reorganização da rede hospitalar, ampliação/implantação de programas de saúde e de melhoria da assistência básica, colocando o Estado em importante patamar nacional, servindo de exemplo para outras regiões do País. Mesmo com todos esses avanços, os indicadores socioeconômicos, demográficos e de saúde do Estado ainda são preocupantes: quarenta e cinco por cento (45%) da população vive em situação de extrema pobreza; a taxa de saneamento básico, considerada um dos mais importantes fatores de desenvolvimento socioeconômico, índice de desenvolvimento humano e de qualidade de vida das pessoas, cobre cerca de 69% da população, de acordo com dados do IBGE (2000), sendo que 76% dispõe de abastecimento de água e apenas 44% tem acesso à rede de esgotamento sanitário. Este fato embasa a alta incidência, ao longo dos anos, de doenças infecto-contagiosas e parasitárias em várias regiões do Estado e que são responsáveis por importante parcela das internações hospitalares, assim como de óbitos, principalmente em crianças. Analisando-se o índice de mortalidade infantil e materna, principal indicador das condições de vida e saúde de uma população, observam-se reduções importantes nestas taxas a partir do provimento de bens e serviços essenciais e necessários à sobrevivência e manutenção da saúde: 54,2/1.000 nascidos vivos (NV) em 1997 para 47,97/1.000 NV em 2001, e 110/1.000 NV em 1999 para 75/1.000 NV em 2000. Se estes resultados apontam um grande avanço na melhoria da qualidade do cuidado básico de saúde e no desenvolvimento dos sistemas de informação na área, ainda estão aquém do ideal e das recomendações da Organização Mundial de Saúde – OMS (20/1.000 NV, tanto para mortalidade infantil quanto 11 para materna). Remetem, também, à necessidade de políticas públicas que reforcem o setor de promoção e prevenção de saúde, bem como ao incremento do atendimento hospitalar público e privado. O sistema de saúde brasileiro está organizado sob as disposições da Lei 8.080 de 1990, que determina as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), voltadas à promoção, proteção, recuperação da saúde e à organização, funcionamento regionalizado e hierarquizado dos serviços, conforme nível de complexidade. Um fator importante a ser citado e que caracteriza a situação em Pernambuco é que 74,1 dos estabelecimentos de saúde são classificados como serviços de atenção básica, com uma média de 2,61 serviços para cada 10.000 hab. Em relação às unidades de média e alta complexidade, há 0,86 unidades/10.000 hab e 0,06 unidades/10.000 hab, respectivamente. Unindo-se todos os níveis de complexidade, para cada 10.000 hab, há um total de 3,7 estabelecimentos de saúde, superior a média nacional de 2,75 unidades/10.000 hab, justificando o fato de Pernambuco ser o 3º maior pólo médico nacional e o 1º maior do Nordeste e reforçando a necessidade de incremento na formação de profissionais especializados para suprir esta demanda, principalmente na área de Enfermagem. Este cenário tem atraído profissionais de todas as regiões, transformando o Estado em campo amplo para trabalhadores de saúde de diversas áreas e aumentando o número de profissionais por habitante e o número de profissionais empregados. Importante dizer que a OMS não recomenda nem estabelece o número de médicos e enfermeiros por habitantes, contudo alguns critérios internacionais recomendam como mínimo uma proporção de 10 médicos/10.000 hab. Por outro lado, uma análise de distribuição de empregos para médicos e enfermeiros, destaca que há um “crescimento de empregos para enfermeiros e uma leve diminuição para os trabalhadores médicos” (BRASIL, 2004), reforçando a crescente tendência de oferta de empregos para enfermeiros em Pernambuco, que possui valores acima da média nacional, com 3,6 empregos para cada enfermeiro por 10.000 hab. 12 3.1.1.2 Educação Quanto à educação, Pernambuco é um dos oito estados brasileiros onde mais de 40% da população menor de 14 anos possui menos de 4 anos de estudo. Este índice associado ao alto nível de pobreza da região agrava mais ainda a situação de escolaridade precária da população, uma vez que o Estado apresenta 34,2% de analfabetismo e 55,2% de analfabetismo funcional. Em contrapartida, a taxa de alfabetização dos maiores de 10 anos é de 76,8%, número acima da média nacional (Censo Demográfico IBGE, 2000) A pobreza e o baixo nível de escolaridade ameaçam aspectos mínimos necessários para busca de melhor qualidade de vida, por privar as pessoas do exercício da cidadania, ampliando, em conseqüência, as disparidades sociais e econômicas que impedem o ser humano de desfrutar de oportunidades igualitárias, tornado-o vulnerável à exploração, ao abuso, à violência, à discriminação e à estigmatização. Desta forma, as pessoas deixam de participar mais efetivamente na condução e avaliação das políticas públicas de saúde e de educação, o que interfere nas práticas de promoção, proteção e recuperação da saúde. Ressalta-se aqui a existência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco (PROMATA), que visa ampliar e/ou reforçar atividades compensatórias de prestação de serviços sociais, visando promover o desenvolvimento da região, através de ações complementares ao sistema de educação formal e de apoio ao processo de municipalização dos serviços de saúde, voltadas para populações em situação de pobreza e vulnerabilidade social (CAVALCANTI et al, 2005). Todos estes indicadores acima expostos subsidiam as razões para ampliar a formação do profissional de Enfermagem, oriundo do ensino médio ou de cursos técnicos profissionalizantes, diante do seu peculiar e indiscutível papel e participação na transformação das condições de saúde e seus diversos níveis de assistência, sobretudo no interior do Estado, cujo acesso à formação profissional pública universitária, ainda, é insuficiente. 13 3.1. 2 Vitória de Santo Antão Distante 51 km da Capital do Estado, Vitória de Santo Antão está localizada na Mesorregião da Zona da Mata, abrangendo uma área de 372 km2 e com uma população de 121.269 hab, sendo 99.344 habitantes na área urbana e 21.925 hab na área rural (IBGE, 2000). Pertencente a microrregião de Vitória, o município de Vitória de Santo Antão limita-se ao Norte com as cidades de Glória de Goitá e Chã de Alegria; ao Sul, com Primavera e Escada; a Leste, com Moreno, Cabo e São Lourenço da Mata e a Oeste, com Pombos (Figura 2). Estas limitações englobam uma área de 2.234 km2 e uma população de 541.018 hab, sendo 442.505 hab na área urbana e 98.513 na área rural. Figura 2 - Microrregião de Vitória. Fonte: http://www.citybrazil.com.br/pe/regioes/vitoriastoantao/ Esta microrregião de Vitória compreende cinco (05) municípios, como pode ser observado na figura acima, ocupando uma área de 964 km2. Encontra-se centralizada entre outras sete (07) microrregiões (Mata Setentrional, Mata Meridional, Recife, Suape - pertencentes a mesorregião do Litoral/Zona da Mata - Vale do Ipojuca, Médio Capibaribe e Brejo Pernambucano - pertencentes ao Agreste), o que representa uma abrangência de 96 municípios. A sustentabilidade econômica da cidade provém da agroindústria, através do cultivo da cana-de-açúcar, banana, coco, manga, milho, mandioca, batata-doce e feijão; criação do gado Nelore e fabricação de aguardente. Constantemente, técnicos e cientistas da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) analisam a agricultura local e 14 repassam novas técnicas de plantio para pequenos agricultores da região, demonstrando o envolvimento e interesse da Universidade neste município, amplo campo para atividades de pesquisa e extensão em várias áreas de conhecimento. Registra-se, ainda, a presença da Escola Agrotécnica Federal que tem como objetivo capacitar jovens do município e de toda região. As indústrias que mais se destacam são a de vidro, do Grupo Brennand, e a da aguardente Pitu, conhecida internacionalmente. Já no comércio, Vitória se sobressai no ramo automobilístico, com vendas de peças de motos, carros e fabricação de trios elétricos para todo o País. A feira livre de Vitória é uma das que possuem maior diversificação de produtos da região, sendo importante ponto comercial da cidade e atraindo pessoas de municípios vizinhos, tanto para compra dos produtos comercializados na feira, quanto para venda de produtos que elas produzem, aumentando a renda per capta da cidade. A localização da cidade, à margem da BR-232, importante rodovia federal, facilita a instalação de indústrias e o escoamento destes produtos. 3.1.2.1 Saúde Dentre os serviços prestados à população (transporte, saneamento básico, energia elétrica, comunicação), foi ampliada a infra-estrutura do setor de saúde, com a instalação de diversas unidades de atenção primária, secundária e terciária, públicas e privadas, totalizando 39 (trinta e oito) unidades para atendimento à população, onde 26 (vinte e seis) são públicas e 12 (doze) privadas: 19 (dezenove) unidades básicas de saúde atuam na Estratégia de Saúde da Família (ESF); 05 (cinco) unidades de Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS); 07 (sete) unidades básicas de saúde conveniadas; 02 (duas) unidades em fase de reestruturação para atuarem na ESF; 05 (cinco) centros de referência: especialidades médicas, saúde da mulher, fisioterapia, odontológico, testagem e aconselhamento para DST/HIV/AIDS; 15 e 01 (um) hospital de referência - Hospital João Murilo de Oliveira, gerenciado pela Secretaria Estadual de Saúde. Ressalta-se que o município consta como gestão básica no SUS. A rede complementar conveniada ao SUS é formada por 01 (um) hospital filantrópico, 03 (três) hospitais privados e cinco laboratórios privados. Em 2004, de acordo com dados do DATASUS, havia 546 leitos disponíveis para internação, sendo 521 deles disponíveis para o SUS. A média de internação em 2001-2002 foi de 15.719 pacientes. A cobertura de consultas médicas atingiu 110,7% da população, e das ações de Enfermagem, 86,2%, havendo necessidade tanto do acréscimo dos trabalhadores de saúde desta área, quanto do registro das ações realizadas e implementadas pelos profissionais de nível superior e técnico de Enfermagem. No período de 1998 a 2004, ainda segundo o DATASUS e a Secretaria Municipal de Saúde da Vitória de Santo Antão, houve mudanças significativas nos dois principais indicadores de saúde pública (as taxas de mortalidade materna e infantil), demonstrando a preocupação dos gestores na melhoria da qualidade de vida das pessoas: a mortalidade infantil passou de 36,2/1000 NV em 1998, para 27/1000 NV em 2004. Já a mortalidade materna, que apresentou expressivo declínio em suas taxas, passou de 82,3/1000 NV em 1998 para 47,3/1000 NV em 2004. Este quadro demonstra um empenho dos setores públicos de saúde no que diz respeito à prevenção e promoção de saúde, diminuindo a proporção de mortalidade por causas evitáveis e o incremento da assistência à população, através da ampliação da rede pública de saúde com as ESF e os centros de referência implantados no município. Seguindo a tendência da situação de saúde em Pernambuco, grande parte dos estabelecimentos faz parte da atenção básica e 50,6% da população de Vitória de Santo Antão é coberta pela ESF, com grandes possibilidades de aumento desta cobertura, situação que favorece a ampliação do mercado de trabalho para Enfermagem. Atualmente há 43 (quarenta e três) postos de trabalho para Enfermeiros, 03 (três) para técnicos e 233 (duzentos e trinta e três) para auxiliares de Enfermagem. 16 Há, assim, necessidade de se ampliar a cobertura da assistência e a qualificação dos trabalhadores, com consequente aprimoramento da qualidade dos serviços prestados. A municipalização dos serviços de saúde e a incorporação da multiplicidade de programas da área na esfera municipal, ainda, não se traduziram em ampliações significativas nos níveis de saúde da população. Não se transformaram, também, em aumentos nos indicadores da oferta de serviços de saúde, tais como as relações leito/hab, médico/hab, enfermeiro/hab, dentre outros. 3.1.2.2 Educação Em relação à rede escolar, a população de Vitória de Santo Antão conta com aproximadamente 80 estabelecimentos de educação básica da rede pública que parece corresponder às suas necessidades mais imediatas. Apresenta, entretanto, deficiências quanto à localização desses estabelecimentos e quanto à maior qualificação de uma parcela dos docentes. Persistem, também, os problemas de continuação dos estudos para além do ensino fundamental, razão principal de serem ainda modestos os incrementos no número médio de anos. Apesar dessas restrições, entre as políticas sociais postas em prática, as referentes à educação são as que apresentam maior sucesso, representando retorno confiável dos esforços implementados. Em decorrência dos gastos com educação, a oferta de vagas cresceu nos últimos anos, bem como melhorou sua distribuição espacial com aumento da taxa de matrícula da população em idade escolar, reduzindo-se a repetência e a evasão. Vitória possuía, em 2003, 38.701 alunos matriculados, sendo 27.110 no ensino fundamental, 7.453 matriculados no ensino médio (público-alvo imediato para educação superior) e 3.156 no pré-escolar. Há também cursos profissionalizantes em atividade no Município, dentre eles uma escola para formação de Técnicos de Enfermagem, com 400 alunos matriculados, atualmente, e que desejarão, em curto prazo, complementação da sua formação profissional. Resultados do Censo Demográfico de 2000 sugerem amplo ganho social advindo da ampliação do sistema escolar, da construção de escolas, da qualificação e remuneração de professores. Nesse bem sucedido processo de resgate da educação, as mudanças na estrutura demográfica e na distribuição espacial da população, assim como na melhor qualificação profissional, devem ser consideradas em termos de curto e médio prazo. Neste 17 contexto, insere-se mais uma vez a necessidade da oferta do ensino superior, público e gratuito, sobretudo no que diz respeito à Enfermagem, contribuindo com os ideais de melhoria das condições de saúde e educação da população. 4 OBJETIVOS DO CURSO 4.1 Geral Oferecer curso de Bacharelado em Enfermagem para a comunidade interiorana de Pernambuco, atendendo aos egressos do ensino médio e do técnico de Enfermagem da região. 4.2 Específicos Desenvolver um curso superior com qualidade acadêmica, através de proposta pedagógica inovadora, eficiente e promissora para formação de enfermeiros e que atenda às especialidades locais, regionais e nacionais em saúde e educação da população. Garantir a capacitação de profissionais com autonomia e discernimento para assegurar a integralidade da atenção, qualidade e humanização do atendimento prestado aos indivíduos, famílias e comunidades. Estruturar uma proposta de educação de ensino superior em Enfermagem com perfil inclusivo para a população do interior do Estado de Pernambuco. Levar os alunos do Curso de Graduação a aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a conhecer. Contribuir com a qualidade de vida da população interiorana da Zona da Mata e Agreste de Pernambuco, a partir de construção socializada do ensino, pesquisa e extensão das universidades federais. 5 PERFIL PROFISSIONAL Enfermeiro com formação generalista, humanista e crítico-reflexiva; profissional qualificado para o exercício da Enfermagem, com base em rigor científico e pautado em princípios éticos, capaz de conhecer e intervir sobre os problema e situações de saúde/doença mais prevalentes no perfil epidemiológico nacional, regional e municipal, identificando as dimensões biopsíquico-sociais dos seus determinantes; capacitado a atuar, com senso de responsabilidade e compromisso social, como promotor da saúde integral do ser humano. 18 6. CAMPO DE ATUAÇÃO A Lei nº 7.498/86, em vigor, regulamenta a profissão, estabelecendo as atividades que são privativas dos enfermeiros e que delineiam o Curso de Enfermagem em sua formação profissional. Entre as atividades dos Enfermeiros estão: direção, coordenação e supervisão dos cursos de graduação em Enfermagem (bacharelado e licenciatura); docência das disciplinas profissionalizantes nas graduações de Enfermagem, área de saúde e afins; consulta e educação de Enfermagem a indivíduos sadios ou enfermos, em instituições públicas, privadas e em consultórios de Enfermagem; direção, planejamento, organização, supervisão e avaliação de órgão, serviço e unidade de enfermagem; consultoria, auditoria, assessoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem; prescrição, planejamento, análise, supervisão e avaliação da assistência de enfermagem; participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro das respectivas comissões; prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente (identificação das distócias obstétricas e tomadas de providência até a chegada do médico), puérpera e ao recém-nascido; participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de enfermagem, nos concursos para provimento de cargos ou contratação de enfermeiros ou pessoal técnico e auxiliar de enfermagem; realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia local, quando necessário. 19 Na administração pública, em todas as esferas, será exigida como condição essencial para provimento de cargos, funções e contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus, a inscrição no Conselho Regional de Enfermagem (COREN). 7 COMPETÊNCIAS, ATITUDES E HABILIDADES 7.1 Gerais Atenção à saúde: os profissionais de Enfermagem, dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto individual quanto coletiva. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua às demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, analisar os problemas e procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços com qualidade e dentro dos princípios da ética e da bioética, conscientes que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto individual como coletivo; Tomada de decisões: o trabalho do Enfermeiro deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas; Comunicação: os Enfermeiros devem ser acessíveis e manter sigilo das informações a eles confiadas na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. Por comunicação compreende-se a comunicação verbal e não-verbal, com domínio da escrita e da leitura; conhecimento de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação; Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os Enfermeiros deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem-estar da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz; 20 Administração e gerenciamento: os Enfermeiros devem estar aptos a gerenciar e administrar tanto os recursos humanos quanto os recursos físicos, materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a ser empreendedores, gestores, empregadores e/ou líderes na equipe de saúde; Educação permanente: os Enfermeiros devem ser capazes de aprender continuamente, na teoria e na prática. Desta forma, devem aprender a aprender, para que tenham responsabilidade e compromisso com a sua educação e das futuras gerações de profissionais, proporcionando condições para que haja benefício mútuo dos ingressantes e dos veteranos, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmicoprofissional, a partir de intercâmbios de redes nacionais e internacionais. 7. 2 Específicas Atuar a partir da compreensão da natureza humana em suas dimensões, em suas expressões e fases evolutivas; Incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional; Estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as formas de organização social, suas transformações e expressões; Desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício profissional; Compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os perfis epidemiológicos das populações; Reconhecer a saúde como direito e condição digna de vida, atuando de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; Atuar nos programas de assistência integral à saúde do indivíduo de qualquer faixa etária; Ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar situações em constante mudança; Reconhecer as relações de trabalho e sua influência na saúde; Atuar como sujeito no processo de formação de recursos humanos; 21 Responder às especificidades regionais de saúde através de intervenções planejadas estrategicamente, em níveis de promoção, prevenção e reabilitação à saúde, dando atenção integral à saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades; Reconhecer-se como coordenador do trabalho da equipe de enfermagem; Assumir os compromissos éticos, humanísticos e sociais com o trabalho multiprofissional em saúde. Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação social; Usar adequadamente as novas tecnologias de informação, comunicação e de serviço de enfermagem; Atuar nos diferentes cenários da prática profissional, considerando os pressupostos dos modelos clínico e epidemiológico; Identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população, seus condicionantes e determinantes; Intervir no processo de saúde-doença, responsabilizando-se pela qualidade da assistência/cuidado de enfermagem em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência; Coordenar o processo de cuidar em enfermagem, considerando contextos e demandas de saúde; Prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade; Integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais; Gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de Ética e de Bioética, com resolubilidade tanto em nível individual como coletivo em todos os âmbitos de atuação profissional; Planejar, implementar e participar dos programas de formação e qualificação contínua dos trabalhadores de enfermagem e de saúde; Planejar e implementar programas de educação e promoção à saúde, considerando a especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde, trabalho e adoecimento; Desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de 22 conhecimento que objetivem a qualificação da prática profissional; Respeitar os princípios éticos, legais e humanísticos da profissão; Interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse processo; Utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de enfermagem e da assistência à saúde; Participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do sistema de saúde; Assessorar órgãos, empresas e instituições em projetos de saúde; Cuidar da própria saúde física e mental, buscando seu bem-estar como cidadão e como enfermeiro; Reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e planejamento em saúde. 8 SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO A implementação e desenvolvimento das diretrizes curriculares devem orientar e propiciar ao Curso de Graduação em Enfermagem acompanhamento e avaliação permanentes, a fim de permitir os ajustes necessários ao seu aperfeiçoamento. O acompanhamento e avaliação do processo de ensino-aprendizagem dos alunos deverão basear-se nas competências, habilidades e conteúdos curriculares desenvolvidos, tendo como referência as Diretrizes Curriculares, com metodologias e critérios em consonância com o sistema de avaliação e a dinâmica curricular definidos pela UFPE. A avaliação dos cursos se desenvolverá de acordo com o Plano de Avaliação Institucional da Universidade em parceria com a Coordenação do Curso, Coordenação Geral Pedagógica de Ensino de Graduação e a Comissão Permanente de Avaliação Institucional da UFPE. Nesta avaliação consideram-se os Indicadores Institucionais, o Diagnóstico Acadêmico Docente/Discente, a Avaliação/Adequação dos Cursos às Diretrizes Curriculares do MEC, definidos a seguir: Indicadores Institucionais – indicador que representa a expressão qualitativa ou quantitativa do valor das propriedades de um objeto ou fenômeno; aquele elemento que 23 indica outro elemento, onde ele está. Os indicadores institucionais exigidos pelo MEC, através da Comissão de Especialistas de avaliação dos cursos superiores, são alguns destes dados quantitativos. Outros dados específicos à UFPE devem ser desenvolvidos e ampliados em função de sua necessidade. Diagnóstico Acadêmico – avalia a qualidade do ensino desenvolvido em sala de aula e o comportamento acadêmico de professores e alunos. A periodicidade é anual ou bianual, conforme as circunstâncias institucionais e as demais atividades avaliativas. Tem por objetivo melhorar a qualidade do ensino desenvolvido nos cursos da UFPE, proporcionar feedback de desempenho aos professores, proporcionar feedback de comportamento acadêmico aos alunos, ampliar o conhecimento da realidade do ensino na UFPE e indicar pontos críticos relacionados a estes aspectos. O Diagnóstico busca gerar as condições de transparência sobre a situação do ensino dos cursos, os encaminhamentos e soluções para os problemas identificados. Avaliação de Cursos – desenvolve-se a cada ciclo de avaliação interna, podendo variar quanto ao intervalo de execução. A avaliação visa melhorar a qualidade dos cursos de graduação, aperfeiçoar o processo de formação dos estudantes e ampliar o conhecimento das condições de desenvolvimento dos cursos da UFPE. Normalmente, envolve a comunidade de alunos e professores dos últimos semestres de cada curso, as Direções de Curso, a Reitoria e a Pró- reitoria para Assuntos Acadêmicos – PROACAD. As avaliações fazem parte do trabalho dos coordenadores de cursos de graduação da UFPE e são realizadas por um de seus assessores, indicado para essa atribuição. 9 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO O Projeto Político Pedagógico do Curso de Enfermagem - PPC, Campus Vitória, apresenta uma estrutura curricular que atende ao perfil profissional do Enfermeiro, a partir da observação dos principais eixos referenciais:  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9.394/96, que determina diretrizes curriculares e fim do currículo mínimo. 24  Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição – CNE/CES n° 1.133 de 2001 (DOU nº 215, de 09.11.2001), com as seguintes determinações: a formação do Enfermeiro dar-se-á de forma contextualizada, dinâmica e contemporânea, considerando a indissolubilidade entre ensino, pesquisa e extensão; articulação teórico-prática estruturada de forma transversal; a compreensão de um profissional Enfermeiro apto a atuar em todas as dimensões das unidades de saúde e comunidades, como promotor da saúde do ser social e família; profissionais habilitados para o desenvolvimento de uma práxis investigativa em seus diferentes cenários epidemiológicos de atuação, quais sejam: educação, assistência, gerenciamento e/ou pesquisa; a formação de um profissional que atue sob uma ótica emancipatória e emancipadora no agir sobre a vida através de uma abordagem pedagógica que será explicitada através de ações solidárias e de resgate da cidadania, viabilizada através do domínio de competências técnicas, éticas, científicas e político-culturais; estímulo ao desenvolvimento de uma cultura profissional pautada na educação continuada.  Código de Ética de Enfermagem: lei do exercício profissional da Enfermagem, Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício e dá outras providências.  Princípios, diretrizes e programas do SUS, que contemplam o acesso às ações e serviços de saúde para sua promoção, proteção e recuperação, através dos princípios de igualdade, eqüidade, integralidade e universalidade. Por sua vez, os componentes curriculares do curso norteiam-se pelos seguintes pontos: foco nas necessidades reais do aluno, da sociedade, do mercado de trabalho e demais contextos político-econômicos das regiões do ingresso/egresso; adoção e articulação do ensino, pesquisa e extensão através das metodologias do projeto e da problematização; 25 consciência do papel do docente não como transmissor do saber, mas, um mediador, provedor, facilitador e acompanhante do processo de construção do conhecimento do aluno; integralização teoria e prática ao serviço e ensino na academia e na sociedade, enfocando necessidades biopsíquico-sociais, ético-humanísticas e empreendedoras do aluno e da população; construção articulada entre o saber teórico-científico e tecnológico com conhecimento cotidiano ou de senso comum. O Curso obedece à seguinte organização: carga horária total: 4.005 horas, média nacional das instituições públicas, lembrando que a carga horária mínima preconizadas ao longo dos últimos 04 (quatro) anos nos Seminários Nacionais de Educação em Enfermagem SENADEn, promovidos pela Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn é de 3.800 horas; turno: integral com aulas teóricas, preferencialmente, à tarde e aulas práticas pela manhã; número de alunos e dinâmica de aulas teóricas: 35 alunos; número de alunos e dinâmica de práticas e estágios: no máximo 06 (seis) alunos, quando em serviços hospitalares e, no máximo 07 (sete), quando em serviços básicos e atividades na comunidade. Ressalta-se que, com a especificidade de serviços de saúde (paciente grave, berçário, sala de parto, emergência) o número de alunos por docente poderá ser de até 04 (quatro) alunos; quadro de vagas, turnos e entrada: anual/semestral. A gestão do Campus Vitória é autônoma, com direção única, administrando quatro Núcleos: Enfermagem, Nutrição, Biologia e o de Pesquisa e Extensão. O Núcleo de Enfermagem é coordenado por docente com dedicação exclusiva, sendo as decisões tomadas em reuniões colegiadas, obedecendo a normas da UFPE. Este Núcleo Iniciou seu funcionamento com 06 (seis) professores, selecionados em concurso público, dos quais quatro são enfermeiros. De acordo com as necessidades do curso, os demais 26 professores serão selecionados e contratados de forma progressiva, respondendo por atividades de ensino, pesquisa e extensão, de acordo com a proposta apresentada na Tabela 1. Serão selecionados, também, outros servidores técnico-administrativos, para atender às necessidades do Campus Vitória. TABELA 1 - ÁREAS DE DISCIPLINAS E ESTIMATIVA DE CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES DO NÚCLEO DE ENFERMAGEM Áreas de Disciplinas Enfermagem Saúde Coletiva Enfermagem Social Enfermagem Clínica Enfermagem Materna Enfermagem Pediátrica Enfermagem Cirúrgica Número Total de Professores Professores Efetivos Professores a serem contratados Contratação 2008 Contratação 2009 10 2 8 5 3 4 0 4 3 1 19 1 18 15 3 6 0 6 5 1 6 1 5 4 1 7 0 7 5 2 Anatomia 3 2 1 1 0 Micobiologia e Imunologia 3 2 1 1 0 Parasitologia 2 1 1 0 1 Total 60 9 51 41 12 10. CORPO DOCENTE O Núcleo de Enfermagem compõe-se por profissionais de Enfermagem, Anatomia, Parasitologia, Microbiologia e Imunologia. Ana Wládia Silva de Lima Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (1997), Especialização em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz - 1998 (Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - UFPE); Especialização em Saúde da Família (2004) pela Universidade de Pernambuco – UPE; Mestrado em Saúde Pública (2006) pela Fundação Oswaldo Cruz (Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães – UFPE). Experiência profissional em Enfermagem Assistencial em Unidade de Terapia Intensiva, ênfase em Saúde Coletiva, Saúde da Família e Vigilância à Saúde e Epidemiológica. Atualmente Professora Assistente 27 do Núcleo de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória. Coordena o Estágio Curricular do Curso de Enfermagem. Augusto César Barreto Neto Graduação em Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem pela UFPE; Mestrado em Hebiatria pela UPE. Atualmente é Professor Assistente da UFPE e doutorando do Programa de pós-graduação em saúde da criança e do adolescente. Revisor da Revista Online de Enfermagem da UFPE. Tem experiência na área de hebiatria, urgência e emergência, hemodiálise. Carolina Peixoto Magalhães Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (1997), Especialização em Anatomia Humana (1998) e Mestrado em Morfologia (2000), ambos pela Universidade Federal de Pernambuco. Atuou como professora da disciplina Anatomia Humana na Faculdade Santa Emília de Rodat. Tem experiência na área de Enfermagem. Professora Assistente I da Universidade Federal de Pernambuco / Centro Acadêmico de Vitória CAV/UFPE, onde é Coordenadora e Professora da disciplina Anatomia Humana. Elainne Christine de Souza Gomes Graduação em Enfermagem e Obstetrícia (2001) e Mestrado em Biologia Animal (2005), ambos pela Universidade Federal de Pernambuco. É Professora Assistente I da Universidade Federal de Pernambuco / Centro Acadêmico de Vitória – CAV/UFPE, onde coordena as disciplinas da área de Saúde Pública. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem de Saúde Pública e Gestão dos Serviços de Saúde, Biologia (insetos vetores), Malária (ecologia de Anofelinos). Fernanda Jorge Guimarães Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (2004). Especialista em Enfermagem do Trabalho; Mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal da Paraíba (2006). Atualmente é docente da Universidade Federal de Pernambuco, ministrando o componente curricular Enfermagem em Saúde Mental. Desenvolve projetos de pesquisa e extensão. Tem experiência em Enfermagem, com ênfase nas áreas de 28 assistência e cuidado de enfermagem, enfermagem psiquiátrica/ saúde mental e enfermagem na saúde do idoso. Idjane Santana de Oliveira Graduação em Ciências Biomédicas (1997) pela Universidade Federal de Pernambuco, Mestrado em Genética (2000) e Doutorado em Ciências Biológicas – Área de concentração em Microbiologia (2006), ambos, também, pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi professora das seguintes disciplinas: Parasitologia (UFPE) -1999 a 2001; Bioquímica, Imunologia (Faculdade de Ciência e Tecnologia / BA) – 2002 a 2004; Patologia, Citopatologia, Biossegurança, Fluidos corporais, Bioquímica médica (Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC) – 2002 a 2006. Participou do Projeto Pedagógico de Implantação do Curso de Biomedicina da UESC em 2003. Coordenou o Estágio Curricular do Curso de Biomedicina – 2002 a 2004. Atua nas áreas de Microbiologia nos seguintes temas: Bioquímica e Biologia Molecular de Fungos, Micotoxinas em Penicillium, Identificação bioquímica de fitonematóides. Professora Adjunto I da Universidade Federal de Pernambuco/ Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão – CAV/UFPE, onde é Coordenadora e Professora das disciplinas de Microbiologia, Imunologia e Exames Laboratoriais aplicados à Enfermagem. Jaqueline Galdino Albuquerque Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (2007); Especialização em Nefrologia pela Universidade Estadual do Ceará (2007); Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (2008). Atualmente é professora assistente I do Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco. José Cândido de Souza Ferraz Júnior Graduação em Ciências Biológicas (modalidade médica – 1993) e Mestrado em Genética (1998), ambos pela Universidade Federal de Pernambuco. Doutorado em Microbiologia/Bacteriologia - National Institute For Medical Research e University College London (2004). Atualmente é pós-doutor da Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Tem experiência na área de Parasitologia, Imunologia e Microbiologia, 29 com ênfase em Micobacteriologia, atuando principalmente nos seguintes temas: tuberculose, genética molecular de Leishmania (V.) braziliensis, vacinas de DNA, imunologia celular. Lisiane dos Santos Oliveira Graduação em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (2002); Mestrado em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (2006). Atualmente é professor assistente I da Universidade Federal de Pernambuco e está cursando o Doutorado em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco. Atua principalmente nos seguintes temas: Comportamento alimentar, programming e manipulações nutricionais e farmacológicas. Luiz Miguel Picelli Sanches Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá (1999), Pósgraduação Latu-sensu em Cuidados Intensivos (2000); Mestrado em Enfermagem (2006), ambos pela Universidade Estadual de Campinas. Atuou como enfermeiro assistencial na Unidade de Terapia Intensiva, Unidade de Pós-Operatório e Unidade Coronariana do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Foi supervisor do curso de Aprimoramento Profissional em Cuidados Intensivos do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Como docente, tem experiência em Informática em Saúde, Educação à Distância, Introdução à Enfermagem, Semiologia e Semiotécnica e Sistematização da Assistência de Enfermagem. Professor Assistente I da Universidade Federal de Pernambuco/ Centro Acadêmico de Vitória – CAV/UFPE, onde foi ViceCoordenador do Núcleo e do Curso de Enfermagem, sendo o atual Coordenador. Coordenador e Professor da disciplina Contexto Histórico da Enfermagem e das disciplinas da área de Enfermagem Clínica. Manuela Figueiroa Lyra de Freitas Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2000), Mestrado em Ciência Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2002) e Doutorado em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (2006). Atualmente é professor adjunto I do Centro Acadêmico de Vitória da Universidade Federal 30 de Pernambuco e tem experiência na área de Anatomia Humana e Veterinária, Microbiologia, Doenças Infecto-Contagiosas, Parasitologia e Técnicas Moleculares. Maria da Conceição Cavalcanti de Lira Graduação em Enfermagem pela Fundação do Ensino Superior de Olinda (1993). Especialização em Gestão Ambiental pela Universidade de Pernambuco - UPE (2003), Mestrado em Tecnologia Ambiental pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco ITEP(2007). Atualmente é professora assistente do Curso de Enfermagem do Centro Acadêmico de Vitória - CAV/UFPE; pesquisadora do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência em Infectologia da Universidade Federal de Pernambuco (NEPAI-HC). Rogélia Herculano Pinto Graduação em Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem pela Universidade Estadual da Paraíba UEPB; Especialização em Acupuntura pela ABA (Associação Brasileira de Acupunturistas); Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Atualmente é professor assistente do Curso de Enfermagem do Centro Acadêmico de Vitória – UFPE, coordenadora da disciplina Semiologia e Semiotécnica II e do projeto de extensão Cativar: aproximar para educar. Simara Lopes Cruz Graduação em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário de João Pessoa-UNIPÊ (2004); Pós-graduação Latu-sensu em Audiologia Clínica pela Faculdades Integradas de Patos-FIP (2007) e Saúde do Trabalhador pela Universidade Federal da Paraiba-UFPB (2008); Mestrado em Enfermagem de Saúde Pública pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Atualmente é professor assistente I da Universidade Federal de Pernambuco e coordenadora da disciplina de Saúde do Trabalhador. Tem experiência na área de Saúde do Trabalhador, Gestão de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: doenças ocupacionais, legislação e política nacional de saúde do trabalhador, higiene ocupacional, perícia em saúde do trabalhador, programa de conservação auditiva (PCA) e programas de cuidados em saúde do trabalhador. 31 Suzana de Oliveira Mangueira Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB (2004); Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Atualmente é professora assistente I do Centro Acadêmico de Vitória da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde do adulto, Sistematização da assistência de enfermagem e Educação em enfermagem. Vitorina Nerivânia Covello Rehn Graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas (Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE/ 1992), Mestrado em Bioquímica (Universidade Federal de Pernambuco - UFPE/1996) e Doutorado em Fitopatologia (UFRPE/ 2004). Atuou como docente na graduação da UFPE, ensinando as disciplinas: Citologia e Histologia/ Genética Humana/ Genética Molecular e Parasitologia. Na UFRPE lecionou Bioquímica/ Microbiologia e Imunologia. Na Pós-Graduação participou do I Curso de Especialização em Genética da UFPE onde lecionou Microbiologia e ministrou aulas de Biologia Molecular na disciplina de Fitobacteriologia, oferecida regularmente para os cursos de Mestrado em Fitossanidade e Doutorado em Fitopatologia na UFRPE. Atua como professora de Parasitologia, é taxonomista de fungos e desenvolve pesquisa na área de Microbiologia de Solo, onde investiga a ação de fungos biocontroladores. Professora Adjunto I da Universidade Federal de Pernambuco / Centro Acadêmico de Vitória - UFPE/CAV, onde é coordenadora e professora da disciplina de Parasitologia. Zailde Carvalho dos Santos Graduação: Bacharelado em Enfermagem (1983) e Licenciatura (1985) pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (1983); Especialização em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (NESC-CNpq, 1993); Mestrado em Vigilância sobre Saúde pela Universidade de Pernambuco – UPE (2005). Atualmente é professora assistente do Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco. 32 11. INFRA-ESTRUTURA Todas as salas de aula, biblioteca, demais espaços e dependências possuem dimensionamento adequado para o fluxo de alunos e funcionários e estão devidamente equipados com ventiladores e/ou ar condicionado, mobiliário, iluminação, equipamentos de prevenção de incêndio. 11.1 Biblioteca A Biblioteca do CAV passou a funcionar em 25 de setembro de 2006 como uma unidade setorial integrante do SIB - Sistema de Bibliotecas da UFPE. O principal objetivo da biblioteca é atuar como suporte para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão no CAV, através da prestação de serviços aos usuários e disponibilização de recursos informáticos nas áreas de Nutrição, Enfermagem, Ciências Biológicas e áreas afins. Com acervo aberto à comunidade acadêmica e ao público em geral, a Biblioteca funciona de segunda à sexta-feira das 7:30 às 21:30. Localizada no prédio administrativo do Centro Acadêmico, ocupa uma área física de cerca de 450 m², estruturada da seguinte forma: no andar térreo encontram-se o serviço de empréstimo, a coleção de consulta, o acervo circulante, o salão de estudos e a área administrativa (Coordenação e sala de processos técnicos). No 1º andar estão localizadas as salas de multimídia, de Periódicos e Coleção Pré-Vestibular (CAVEST), de Vídeo, cabines de estudos individuais e mesas de estudo em grupo. PÚBLICO-ALVO A Biblioteca atende a alunos, professores, servidores técnico-administrativos da UFPE e a comunidade em geral. ACERVO A Biblioteca do CAV possui um acervo bibliográfico composto por livros, folhetos, teses, CDs, DVDs e periódicos especializados nas respectivas áreas. 33 Os dados apresentados abaixo representam o número de títulos e exemplares do acervo da Biblioteca no período de 2006 a 2008. ACERVO/ANO TÍTULOS EXEMPLARES EXE. ADICIONAIS 2006 287 1167 28 2007 321 1304 64 2008 541 1858 73 Total geral 1149 4329 165 Fonte : Pergamum Biblioteca Títulos correntes Não correntes Total 35 06 41 Biblioteca do CAV Fonte : Kardex da Biblioteca * Coleção de periódicos da Biblioteca do CAV (Considerados títulos correntes a partir do ano de 2002) SERVIÇOS OFERECIDOS Pesquisa no Portal de Periódicos da CAPES para acesso ao texto completo das publicações científicas nacionais e estrangeiras; Solicitação de cópias de artigos em bibliotecas brasileiras através do COMUT; Disseminação seletiva da informação através de boletins de alerta eletrônicos; Orientação na normalização de trabalhos acadêmicos; Catalogação na fonte; Visitas dirigidas; Empréstimo, renovação e devolução de livros; Programação cultural – exibição semanal de filmes; Treinamento em bases de dados; Empréstimo entre bibliotecas; Oferece suporte técnico nas aulas de Metodologia científica na graduação e na pósgraduação; Exposições periódicas; Agendamento de salas para estudo em grupo; 34 Atendimento a alunos Pré-vestibular (CAVEST), com acervo direcionado para o e ensino médio; ÁREA DE ATUAÇÃO Nutrição, Enfermagem, Ciências Biológicas e áreas afins. ACERVO ESPECÍFICO PARA O CURSO DE ENFERMAGEM O acervo específico constitui-se de um exemplar de livro-texto para cada dez alunos e um exemplar de livro complementar de cada título indicado. A aquisição contempla sempre as edições mais recentes ou a edição recomendada pelo professor. PERIÓDICOS ESPECÍFICOS PARA O CURSO DE ENFERMAGEM (em aquisição) Cadernos de Saúde Pública Memórias do Instituto Oswaldo Cruz Metrologia & Instrumentação Pediatric Nursing Revista Baiana de Saúde Pública Revista Brasileira de Enfermagem- REBEN Revista Brasileira de Saúde da Família Revista Brasileira de Saúde Materno-infantil Revista de Saúde Pública (USP); Revista Gaúcha de Enfermagem Revista Latino-Americana de Enfermagem Revista Nursing Revista SOBECC BASE DE DADOS Dentre as bases de dados para o Curso de Enfermagem, destacam-se: 35 1. LILACS; 2. Medical Library (Proquest); 3. Medline. 4. Paho 5. BDENF Softwares específicos Serão disponibilizados softwares da área de Enfermagem para que os alunos vivenciem as atividades que desenvolverão no mercado de trabalho: DietPro, DietWin, Virtual Nutri, SPSS, Epi Info. 11.2 Laboratórios Instalações O Centro Acadêmico de Vitória conta, atualmente, com um total de 21 (vinte e um) laboratórios de ensino e pesquisa em funcionamento, que atendem aos cursos de Nutrição, Enfermagem e Ciências Biológicas, são eles: Anatomia 1, Anatomia 2, Anatomia 3, Avaliação Clínica, Biodiversidade, Biotecnologia e Farmacologia, Biotério, Bromatologia, Fisiologia e Farmacologia, Higiene, Microbiologia e Imunologia, Microscopia 1, Microscopia 2, Microscopia 3, Multifuncional 1, Multifuncional 2, Nutrição Experimental, Parasitologia, Semiologia 1, Semiologia 2, Técnicas Dietéticas. Além do laboratório de informática. Estão sendo instalados os laboratórios de Emergência em Enfermagem e Enfermagem Cirúrgica. Materiais e equipamentos A maior parte dos equipamentos dos laboratórios já foi adquirida e consta no Anexo G deste documento. 36 LABORATÓRIOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM Entre os laboratórios específicos do Curso de Enfermagem, destacamos o de Semiologia e Semiotécnica, tendo sido o primeiro a ser concluído: Estrutura Física/Material/Equipamento A área física necessária para implantação do referido laboratório contempla as seguintes unidades: Posto de Enfermagem/Sala de medicamentos: local onde são acondicionados materiais para preparo de medicamentos e procedimentos técnicos de Enfermagem, possuindo em sua estrutura: 15 cadeiras, 01 quadro branco, 01 balcão inteiro para acomodar 15 alunos, 01 balcão para acomodar 02 cubas com pias de inox, 01 armário suspenso com visor de 06 portas, 01 armário de chão com 06 portas. Além disto, este posto acomoda 02 carros de reanimação cardiopulmonar, 02 carros de curativos, 02 macas, 02 cadeiras de rodas. As planilhas com maior detalhamento dos materiais permanentes e de consumo encontram-se em anexo (Anexos E e F). Enfermaria experimental: local de simulação de unidade do paciente para realização de intervenções de Enfermagem, com os seguintes materiais: 03 camas hospitalares (com tomada de três entradas na cabeceira), 03 mesas de cabeceiras, 03 cadeiras, 03 armários de chão para uso do paciente, 03 berços, 03 biombos, 03 escadinhas, 04 suportes para soros, 03 baldes para lixo com tampa e pedal. Anexo à enfermaria, um banheiro contendo: lavabo, vaso sanitário, chuveiro, corrimão ao lado do vaso sanitário, corrimão ao lado do chuveiro, hamper, cesto de lixo de metal com tampa e pedal. Sala para o Consultório de Enfermagem: local para simulação de consultas de Enfermagem para os diversos tipos de clientes, com 02 macas, 02 mesas para exame ginecológico, armário de 4 portas, 02 balanças digitais para adulto, 02 antropômetros para adulto, 02 balanças digitais para lactente, 02 réguas antropométricas, 02 escrivaninhas, 06 cadeiras. 37 Para realização de exames são necessários os seguintes materiais: 20 termômetros, 10 tensiômetros, 15 estetoscópios, 08 estetoscópios para lactentes, 08 estetoscópios para recém-nascidos, 06 espéculos vaginais de diversos tamanhos, 06 otoscópios, 06 lanternas pequenas para exame, 10 fitas métricas, 06 martelos para testar os reflexos. Sala Cirúrgica Experimental para seis pessoas: neste ambiente serão simulados os preparos da sala cirúrgica e execução de tempos cirúrgicos durante as instrumentações, com o seguinte equipamento: 02 mesas cirúrgicas, 02 mesas para instrumentais cirúrgicos, 02 mesas de Mayo, armário suspenso com 04 portas e prateleiras, 02 focos auxiliares. Observação: fora da sala, em anexo, uma ante-sala (sala de degermação) contendo pia com cuba inox, duas torneiras de cabo longo (especiais para degermação das mãos). Objetivo Este laboratório tem como finalidade proporcionar aos docentes, recurso didático para atividades práticas em disciplinas do ciclo profissional e aos estudantes, a oportunidade de exercitar os procedimentos de Enfermagem que irão realizar nas diversas instituições de saúde. LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA O ambiente está equipado com ar condicionado, 14 microcomputadores, 12 bancadas, 1 birô, 14 cadeiras, 1 quadro branco, 1 arquivo para guardar equipamentos, materiais em geral, formulários e aplicativos. O sistema elétrico é independente dos demais sistemas utilizados na instituição e os computadores ligados através de rede estruturada de plataforma Windows, com Internet. 11.3 Auditório É utilizada sala com capacidade para 120 pessoas, equipada com TV, DVD, computador, data-show, retroprojetor. 38 11.4. Recursos Audiovisuais A Escolaridade disponibiliza equipamentos audiovisuais para os três cursos. EQUIPAMENTO QUANTIDADE Retroprojetores 12 Projetor de Multimídia 06 Televisores 02 DVD 02 Total 22 O Campus Vitória possui equipamentos interligados em rede de comunicação científica (Internet), onde o acesso aos equipamentos de informática no Setor de Administração estará disponível em quantidade suficiente para o desenvolvimento das atividades. Como suporte às atividades desenvolvidas, além dos 14 computadores do laboratório de informática atendendo aos discentes e docentes, existe os computadores da Biblioteca (uso de administrativos, docentes e discentes); computadores e impressoras nas salas de Coordenação dos Cursos e dos Professores (uso de administrativos e docentes). 12. SISTEMÁTICA DE CONCRETIZAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O Projeto Político Pedagógico, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição estabelecidas pelo MEC, orienta a organização curricular do Curso de Graduação em Enfermagem, com acompanhamento contínuo, permitindo os ajustes necessários ao seu aperfeiçoamento. As avaliações dos alunos baseiam-se nas competências, habilidades e conteúdos curriculares desenvolvidos. 39 O Curso de Graduação em Enfermagem utiliza metodologias e critérios de acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem, bem como do próprio curso, em consonância com o sistema de avaliação e a dinâmica curricular definidos pela IES à qual pertence. 40 Bibliografia ARAÚJO, Evanísia A. G.; Barbosa, Valquíria F. B. Projeto de Implantação do Curso de Graduação em Enfermagem (mimeo). Belo Jardim: Autarquia Educacional de Belo Jardim, Faculdade de Enfermagem de Belo Jardim - PE, 2002. ASSOCIAÇÃO CARUARENSE DE ENSINO - Ações Realizadas pela ASCES, para Prospecção de Mercado - Curso de Graduação. BELLANY, C. Situação Mundial da Infância. 2005. BRASIL, Ministério da Educação. Parecer CNE/CES. 1.133, de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição. Brasília. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Análise de Situação de Saúde. Brasília, Ministério da saúde, 2004. CAVALCANTI, C.; DIAS, A. LUBAMBO, C. et al. Programa de Apoio ao Desenvolvimento sustentável da Mata de Pernambuco PROMATA. . Acesso em 10 de novembro de 2005. FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA - Enfermagem Saúde e Sociedade - Marília, 2003. FVERWERKER, Laura Camargo Macruz. A Construção de Sujeitos no Processo de Mudança da Formação dos Profissionais de Saúde. Divulgação em Saúde para Debate. Rio de Janeiro, n. 22, p.18-24, dez. 2000. IBGE, Censo Demográfico. Dados sobre a Prefeitura Municipal de Vitória de Santo Antão; PE, 2000 - Acesso 08/11/2005. IBGE, Censo Demográfico. Dados sobre a Prefeitura Municipal de Chã de Alegria; PE, 2000 - Acesso 08/11/2005. IBGE, Censo Demográfico. Dados sobre a Prefeitura Municipal de Primavera; PE, 2000 - Acesso 08/11/2005. IBGE, Censo Demográfico. Dados sobre a Prefeitura Municipal de Escada; PE, 2000 Acesso 08/11/2005. IBGE, Censo Demográfico. Dados sobre a Prefeitura Municipal de Moreno; PE, 2000 Acesso 08/11/2005. IBGE, Censo Demográfico. Dados sobre a Prefeitura Municipal de Cabo de Santo Agostinho; PE, 2000 - Acesso 08/11/2005. IBGE, Censo Demográfico. Dados sobre a Prefeitura Municipal de Pombos; PE, 2000 Acesso 08/11/2005. IBGE, Censo Demográfico. Dados sobre a Prefeitura Municipal de São Lourenço; PE, 2000 - Acesso 08/11/2005. 41 MINISTÉRIO DA SAÚDE - Saúde Brasil 2004 - Uma Análise da Situação de Saúde. Brasília, 2004. MEYER, Dagmar Estermann; Keuse, Maria Henriqueta Luce. Acerca de Diretrizes Curriculares e Projetos Pedagógicos: Um início de Reflexão. 2002. Trabalho sobre diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Enfermagem apresentado na oficina do 6º SENADEN, Terezina, Piauí, 2002. PERNAMBUCO, Secretaria de Saúde do Estado. Saúde Pública Estadual, 2004. ROSA, Renata S. L. e col. Introdução ao Curso de Enfermagem 2002. Faculdade de Marília. Marília - S.P, 2002. SANTOS, L. O Sistema Único de Saúde e seu Campo de Atuação. Revista CONASEMS, Junho/Julho; Brasília, 2005. SANTOS, S.S.C. Currículos de Enfermagem no Brasil: Evolução Histórica. Tese de Doutorado defendida em 21/02/2003. U.F.S.C., Florianópolis, 2003. SOCIEDADE CARUARENSE DE ENSINO SUPERIOR - Faculdade do Agreste de Pernambuco - Projeto Pedagógico do Curso de Fisioterapia, Caruaru, 2002. Universidade Federal de Pernambuco. Cadernos do Centro de Ciências da Saúde. Vol. 7. Recife, 2001. Universidade Federal de Pernambuco - Projeto Pedagógico do Curso Médico da U.F.P.E. Recife, 2003. Universidade Federal de Pernambuco - Perfis Curriculares dos Cursos de Graduação 2003. 42