1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOS PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA Recife - PE 2012 2 Presidente da República Federativa do Brasil Dilma Roussef Ministro da Educação Aloisio Mercadante Secretário da Educação Superior Amaro Henrique Pessoa Lins 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Reitor Prof. Dr. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado Vice-Reitor Prof. Dr. Silvio Romero de Barros Marques Pró-Reitorias Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos | PROACAD Pró-Reitora: Ana Maria Santos Cabral Pró-Reitoria para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação | PROPESQ Pró-Reitor: Francisco de Sousa Ramos Pró-Reitoria de Extensão | PROEXT Pró-Reitor: Edilson Fernandes de Souza Pró-Reitoria de Gestão Administrativa | PROGEST Pró-Reitor: Marco Tullio de Castro Vasconcelos Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida | PROGEPE Pró-Reitora: Lenita Almeida Amaral Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças | PROPLAN Pró-Reitor: Hermano Perrelli de Moura Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis | PROAES Pró-Reitora: Kátia Medeiros de Araújo 4 COORDENAÇÃO GERAL DO CURSO COORDENADORA SINTRIA LABRES LAUTERT VICE-COORDENADORA LUCIANE DE CONTI COMISSÃO QUE COORDENOU A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DA REFORMA CURRICULAR Ana Karina Moutinho Lima Luciane De Conti Maria de Fátima de Souza Santos Maria Isabel Patrício de Carvalho Pedrosa Maria Lucicleide Falcão de Melo Rodrigues Síntria Labres Lautert Zélia Maria Monteiro Higino da Silva 5 SUMÁRIO 1. Identificação do Curso............................................................................................ 07 2. Histórico ................................................................................................................ 08 2.1. A profissão de psicólogo e a criação de cursos de graduação em Psicologia no Brasil............................................................................................................... 08 2.2. O Curso de Graduação em Psicologia da UFPE. .......................................... 10 2.3. O Curso de Graduação e o Departamento de Psicologia da UFPE no processo de definição das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais.................................... 11 2.4. O processo de elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE e as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Psicologia............................................................................................................... 14 3. Justificativa para a reformulação............................................................................ 19 4. Marco teórico 21 ....................................................................................................... 5. Objetivos do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE .................................... 23 6. Perfil profissional......................................................................................................... 24 7. Campo de atuação do profissional como meio de viabilizar a articulação entre o mundo do trabalho e o mundo acadêmico ................................................................. 24 8. Competências, atitudes e habilidades........................................................................ 29 9. Sistemáticas de avaliação........................................................................................ 30 9.1. Avaliação da aprendizagem dos discentes nos diferentes componentes 30 curriculares............................................................................................................... 9.2. Avaliação dos componentes curriculares, organização do curso, infraestrutura de funcionamento do curso e funcionamento administrativo...................................... 32 9.3. Avaliação dos docentes pelos discentes e avaliação dos discentes pelos 32 docentes semestralmente........................................................................................ 10. Organização curricular do curso........................................................................... 33 6 10.1. Estrutura curricular: ênfases, epigrafes e ementas dos componentes 37 curriculares.................................................................................................................. 11. Corpo docente ...................................................................................................... 63 12. Suporte para funcionamento do curso .................................................................. 66 12.1. Clinica Psicológica ........................................................................................... 67 12.2. Laboratórios e núcleos de pesquisa ................................................................... 69 12.3. Biblioteca ligada à rede mundial de computadores ........................................... 71 13. Sistemática de concretização do projeto pedagógico.......................................... 71 14. Estrutura Curricular de componentes obrigatórios por período......................................................................................................................... 72 15. Dispositivos Legais e Normativos ....................................................................... 74 Referências ................................................................................................................. 77 ANEXOS ................................................................................................................. 78 ANEXO 1 - Quadro de equivalência de componentes curriculares ....................... 79 ANEXO 2 - Trecho de ata relativo à aprovação do Projeto Pedagógico do Curso Graduação em Psicologia no Conselho Departamental .............................................. 83 ANEXO 3 – Trecho da ata relativo à aprovação do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia no Pleno do Departamento .......................................... ANEXO 4 - Ata relativa à aprovação 85 do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia no Colegiado do Curso de Psicologia .............................. 87 ANEXO 5 - Programas de componentes curriculares do Curso de Graduação em Psicologia .................................................................................................................... 91 7 1. Identificação do Curso Instituição mantenedora Instituição Reitor Endereço Telefone Fax Endereço eletrônico Instituição mantida Campus Acadêmico Centro Acadêmico Departamento Endereço Telefone Fax Endereço eletrônico Identificação do Curso Denominação Título conferido Modalidade Local de oferta Diretrizes Curriculares Vagas Entrada Carga horária Duração do curso Turno Ano/semestre de vigência Universidade Federal de Pernambuco Anísio Brasileiro de Freitas Dourado Av. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária CEP: 50670-901 - Recife - PE (81) 2126-8000 (81) 2126 -8029 www.ufpe.br Recife Centro de Filosofia e Ciências Humanas Psicologia Av. Arquitetura s/n, 9o andar - Cidade Universitária CEP 50740-550 - Recife - PE (81) 2126 - 8270 | (81) 2126 - 8730 (81) 2126 -8270 www.ufpe.br/psicologia Graduação em Psicologia Bacharel Presencial Campus Recife Parecer CNE/CES Nº 8/2007 Referencias curriculares Nacionais dos Cursos de bacharelado e licenciatura |março 2010 Resolução nº 5, de 15 de março de 2011 80 anuais 1ª - 40 vagas e 2ª - 40 vagas 4080 horas Mínimo: 10 semestres Máximo: 16 semestres Manhã e tarde 2013.1 Equipe responsável pela elaboração Docentes que compõem o Núcleo Docente Estruturante | NDE Ana Karina Moutinho Lima Luciane De Conti Maria de Fátima de Souza Santos Maria Isabel Patrício de Carvalho Pedrosa Maria Lucicleide Falcão de Melo Rodrigues Síntria Labres Lautert Zélia Maria Monteiro Higino da Silva Estudantes Marcelo Alexandre Vilela da Silva José Danilo Medeiros Ferreira de Brito 8 CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA PROJETO PEDAGÓGICO Um projeto pedagógico de um curso de graduação em Psicologia se delineia a partir do que se concebe sobre um processo de formação profissional do psicólogo e sobre o seu campo da atuação profissional. Estes dois grandes balizamentos, entretanto, trazem em seu bojo, um conjunto de outras concepções constituintes e constituídas de inúmeras experiências que se busca promover num percurso cotidiano de um estudante durante os cinco anos, em média, em que ele interage continuamente com o corpo docente e seus colegas discentes. A formação profissional implica processos de aquisição de conhecimentos, de competências técnicas e de valores éticos necessários ao fazer psicológico. Por outro lado, o campo de atuação deve ser confrontado, a cada momento, com a realidade social da qual faz parte, ao mesmo tempo, compondo-a em harmonia ou contínuas tensões, promovendo, portanto, estabilidades e transformações, num jogo contínuo e dinâmico de possibilidades e embates. 2. Histórico 2. 1. A profissão de psicólogo e a criação de cursos de graduação em Psicologia no Brasil O reconhecimento da profissão de psicólogo, juntamente, com a criação dos cursos de graduação em Psicologia no Brasil ocorreu em 27/08/1962, quando foi aprovada a Lei 4.119. No mesmo ano, em 19 de dezembro é aprovada a Resolução do Conselho Federal de Psicologia, que fixa o currículo mínimo para os cursos de graduação em Psicologia, fundamentada no parecer 403/62 do Conselheiro Valnir Chagas. A Lei 4.119 é regulamentada pelo Decreto nº 53.464 de 21/01/64. Esses fatos representaram o reconhecimento de um largo espectro de realizações na área, abrangendo atividades de ensino, pesquisa e práticas de intervenção, fundamentadas em uma diversidade de abordagens teóricas. Ressalte-se ainda que havia já naquela época uma razoável produção de livros e periódicos, a promoção de alguns eventos científicos, bem como a existência de instituições e entidades profissionais. 9 A consolidação da Psicologia como ciência e profissão é acompanhada por vários movimentos em busca do reconhecimento da profissão e da criação de cursos de graduação para formar o pesquisador e o profissional de Psicologia. Durante o período que vai dos anos 1930 aos anos 1950, vários projetos de cursos de Psicologia tentaram se concretizar. Em 1932, o Decreto nº 21.173 de 19 de março de 1932 cria o Instituto de Psicologia do Ministério da Educação e Saúde e aprova o primeiro projeto de curso de graduação em Psicologia, com duração de quatro anos O Instituto de Psicologia tinha por objetivo coordenar estudos e pesquisas de psicologia geral e aplicada; servir como centro de aplicação das técnicas de diagnose psicológicas, para os serviços de orientação e seleção profissionais; contribuir para os estudos de aplicação da psicologia à pedagogia, medicina, técnica judiciária e racionalização do trabalho industrial; e formar psicólogos profissionais, mediante cursos teóricos e práticos e com estágio obrigatório em seus laboratórios. Após sete meses de funcionamento o curso foi extinto e, em 1937, o Instituto de Psicologia foi incorporado à Universidade do Brasil, “com a finalidade de cooperar nos trabalhos dos estabelecimentos de ensino, a saber: Faculdade Nacional de Filosofia, Ciências e Letras, Faculdade Nacional de Educação e Faculdade Nacional de Política e Economia”. Nas décadas de 1940 e 1950, várias propostas curriculares e projetos de lei relativos à formação de “psicologistas” e à regulamentação da profissão foram encaminhados ao Ministério da Educação e ao Congresso Nacional. Filiados administrativamente às Faculdades de Filosofia e Ciências Humanas, pela Lei nº 4.119/1962, os cursos de Psicologia que se constituíram caracterizaram-se por oferecer uma formação espelhada no modelo médico, pretensamente de caráter adaptativo, neutra e apolítica, permeada por uma dissociação entre teoria e prática e entre ciência e profissão. Segundo Jacques (2006), a profissão de psicólogo quando regulamentada irá se consolidar no campo na psicoterapia individual. Na década de 1970 a integração, e consequente institucionalização dos cursos de pós-graduação como parte das atividades universitárias, a criação de um maior número de bolsas para que os estudantes se dedicassem em tempo integral às atividades da pósgraduação e a qualificação dos docentes dos cursos já existentes foi consolidando, paulatinamente, uma massa crítica voltada para as atividades de pesquisa, exercendo um papel fundamental no fortalecimento dos cursos de Psicologia no país. Ao mesmo tempo, desenvolvia-se no nível do governo federal uma preocupação com a construção 10 de um sistema de pós-graduação brasileiro, que culminou com a consolidação de Programas de Mestrado e Doutorado em todas as regiões do país. Atualmente, a área da Psicologia conta com 71(setenta e um) Programas de Pósgraduação, entre os quais 70 (setenta) cursos no nível de mestrado e 40 (quarenta) cursos no nível de doutorado. 2.2. O Curso de Graduação em Psicologia da UFPE No Recife, o primeiro curso de graduação em Psicologia surgiu em 1967, na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), que contava com um Instituto de Psicologia Aplicada, em funcionamento desde 1961. Em seguida, em 1968, ocorreu a instalação do Curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia do Recife, instituição que contava, desde 1950, com uma Clínica Psicológica. O Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco foi o terceiro criado em Recife, tendo iniciado o seu funcionamento em 1971. De acordo com Rosas (2001), no início dos anos 60, a Psicologia era disciplina lecionada em vários cursos da então Universidade do Recife. Além disso, eram realizadas na Faculdade de Medicina atividades próprias da Psicologia Clínica. Em 1963, é fundado o Instituto de Ciência do Homem e com ele a divisão de Psicologia, que devia ocupar-se da pesquisa básica e da formação de pesquisadores em Psicologia. Em 1965, a Universidade do Recife transforma-se em Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e, com a reforma universitária de 1968, o Instituto de Ciências do Homem passa a ser denominado Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. A composição departamental que passa a vigorar em decorrência da reforma transforma a Divisão de Psicologia em Departamento de Psicologia que se mantém no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, ampliado com a incorporação de vários professores, anteriormente alocados em outras unidades da universidade. Em novembro de 1970, a proposta apresentada pelo Departamento de Psicologia ao Conselho Coordenador de Ensino Pesquisa e Extensão (CCEPE) para a implantação de um novo curso de graduação na UFPE é aprovada com base no Parecer 74/70 de 03 de outubro de 1970, sendo autorizado o funcionamento do curso, a partir do primeiro semestre de 1971. Essa aprovação foi obtida, sob a condição de que caso não houvesse demanda o curso seria fechado. O seu reconhecimento legal ocorreu em 13/07/1977 através do Decreto 79.942, cuja publicação em Diário Oficial ocorreu em 14/07/1977. 11 Desde o seu início, o curso de Psicologia da UFPE apresentou como diferencial em relação aos outros cursos das instituições locais a ênfase na valorização da pesquisa, tendência existente no departamento desde a sua origem como divisão do Instituto de Ciências do Homem. Durante o seu percurso, o Curso de Graduação em Psicologia passou por várias reformas curriculares para ajustar-se as exigências legais ou para uma melhor adequação aos progressos da própria Psicologia. Em 1988, um processo de avaliação interna apontou para a necessidade de uma reestruturação curricular. O produto dessa avaliação foi solicitado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para subsidiar as discussões sobre a formação em Psicologia e publicado na Revista Psicologia Ciência e Profissão (nº 1, 1989) – Avaliação de duas Coordenações de Cursos de Graduação: UFPE e UFBA. 2.3. O Curso de Graduação e o Departamento de Psicologia da UFPE no processo de definição das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais O Parecer 403/62 do Conselho Federal de Educação apresenta o currículo mínimo para os cursos de Psicologia como “uma ‘primeira aproximação’ a ser progressivamente enriquecida com os dados que a sua própria execução decerto oferecerá”. Apesar dessa advertência o currículo mínimo então aprovado se manteve inalterado durante mais de 40 anos. Nos anos de 1970 e anos seguintes há uma intensa divulgação de trabalhos de iniciativa individual ou institucional, com críticas ao Currículo Mínimo, caracterizado como restritivo (direcionado para um modelo único de atuação) e desatualizado (ignorando a evolução da Psicologia no Brasil como área de conhecimento). No final dos anos de 1970, um estudo para revisão curricular dos cursos de Psicologia, construído por uma comissão de especialistas, a pedido do MEC/DAU, é enviado às Instituições de Ensino Superior (IES), com uma proposta de reforma curricular para ser analisada. A proposta, entretanto, apresentava alguns problemas, apontados pelo Departamento de Psicologia da UFPE e analisados em artigo pelas professoras Terezinha Carraher e Silke Weber (1982)1. Dentre os problemas apontados, 1 CARRAHER, T. N. ; WEBER, S. Reforma curricular ou definição de diretrizes – Uma proposta para o curso de Psicologia. Psicologia, 8, 1-13, 1982 12 destacavam-se: (1) a limitação da reforma a uma lista de disciplinas sem que se compreendessem os pressupostos que norteavam a sua elaboração; (2) a ênfase no método experimental dando a impressão de que a pesquisa em Psicologia restringia-se a um único método; (3) o não reconhecimento da Psicologia como uma ciência em construção e, portanto, sujeita a frequentes revisões e a exigência de propiciar uma visão ampla do homem e das teorias psicológicas, sem preocupar-se com uma análise coerente dessas questões. No período de 1989-1990 houve intensa discussão entre os docentes do Departamento de Psicologia para a elaboração de uma Reforma Curricular. A proposta elaborada foi implantada em 1991 e o novo currículo se pautou nas seguintes diretrizes gerais:  “O curso de formação de psicólogo habilita o profissional a desenvolver suas atividades em diferentes áreas, o que exige uma formação básica consistente sobre os processos psicológicos básicos, assim como sobre os métodos e técnicas envolvidas na investigação e na prática psicológica.”  “O reconhecimento da Psicologia como ciência em construção, o que implica inexistência de modelos indiscutíveis, acabados e prontos. Assim sendo, é necessário levar em conta os diferentes modelos teórico-metodológicos que coexistem no atual momento do seu processo construtivo.”  “[...] nosso curso está inserido em uma instituição pública. Sob tal perspectiva, cabe ao Departamento, como unidade universitária, além da transmissão do conhecimento e formação de recursos humanos a tarefa de produzir conhecimentos e colocá-los a serviço da sociedade, realizando, assim, sua função de centro de ensino-pesquisa e extensão.”  “O curso de Psicologia deverá veicular o conhecimento produzido no Brasil e no exterior, imprescindível à formação atualizada do psicólogo, como também favorecer a participação dos estudantes nas pesquisas e atividades de extensão neste Departamento.” Em 1993, o Curso de Graduação em Psicologia da UFPE participa de pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) que teve como objetivo colher subsídios para as discussões sobre a formação. Foram entrevistados gestores de cursos 13 de Psicologia, considerados como “cursos de bom nível”. O produto dessa pesquisa foi publicado em Achcar (1994)2. Nos anos seguintes, o tema mudança curricular passa a ocupar espaço significativo tanto no meio profissional, como no meio acadêmico, motivado pela: (1) necessidade de atender à demanda social por serviços de psicologia; (2) por uma maior conformidade dos serviços às características do mercado de trabalho; (3) e pela evolução da Psicologia no Brasil como área de conhecimento. Esse clima de discussão se refletiu na organização dos Currículos Plenos dos Cursos de Psicologia, quando podiam ser identificados dois tipos principais de currículos: currículos caracterizados por uma interpretação restritiva do Currículo Mínimo (aprovado em 1962); e currículos com inovações “criativas”. O marco de referência nas discussões que culminaram com a atual formulação das diretrizes curriculares para os cursos de Psicologia foi o ENCONTRO DE SERRA NEGRA - SP (Jul/Ago-1992), do qual participaram 93 representantes das 108 instituições formadores de psicólogos existentes no Brasil naquele momento. Constatouse que repensar a formação do psicólogo não podia se restringir a uma simples reforma do Currículo Mínimo. O produto desse encontro foi uma Carta de Princípios (Carta de Serra Negra) que passa a embasar as reflexões, estudos e pesquisas sobre a formação do psicólogo. Em 1995, é divulgado o documento “A Formação em Psicologia: contribuições para reestruturação curricular e avaliação dos cursos”, elaborado pela comissão de especialistas do MEC/SESU. Esse documento passou a subsidiar as discussões que ocorreram nos Fóruns Regionais e no Fórum Nacional de Formação, que foram promovidas pelo CFP e pela Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), em Ribeirão Preto, em outubro de 1997. O relatório desse fórum foi encaminhado às IES para auxiliar as discussões sobre as propostas de diretrizes curriculares para os cursos de Psicologia. Entre 09 e 18 março de 1998, ocorreram encontros regionais de membros da CEEP com as IES e representantes da comunidade interessados em discutir a diretrizes curriculares para o Curso de Psicologia. O Curso de Graduação em Psicologia da UFPE, com o apoio do Departamento de Psicologia, sediou o encontro da região Nordeste, que contou com a presença de coordenadores de cursos de graduação, representantes dos 2 ACHCAR, R. (Org.) Psicólogo brasileiro: práticas emergentes e desafios para a formação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994. 14 Conselhos Regionais e de outros segmentos da sociedade envolvidos na formação e no exercício da profissão. Em agosto de 1998, atendendo à convocação do Edital nº 4 (MEC/SESU), o Colegiado do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE apresentou sugestões para elaboração das diretrizes curriculares, que foram encaminhadas para a Comissão de Especialistas do MEC. Em junho de 1999, a Comissão de Especialistas mencionada submeteu à apreciação da comunidade acadêmica e dos Conselhos de Psicologia, a primeira versão das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Psicologia. O Colegiado ampliado do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE discutiu essa minuta e enviou sugestões para a Comissão, que em dezembro de 1999 encaminhou ao Conselho Nacional de Educação (CNE) uma proposta de Diretrizes Curriculares para os Cursos de Psicologia. Em novembro de 2001, o CNE emitiu parecer (modificado em fevereiro de 2002), com uma proposta de diretrizes, que não é homologada pelo MEC. No período de janeiro de 2002 a maio de 2004, o Fórum das Entidades de Psicologia discute a proposta de Diretrizes Curriculares e participa de audiências públicas no CNE. A Resolução nº 8 de 07/05/2004 instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em psicologia. Em março de 2010, o Ministério da Educação (Secretaria de Educação Superior) publica os Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura que define a carga horária mínima para Psicologia Bacharelado (4000h) e a integralização em cinco anos. Em 15 de março de 2011, a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, estabelecendo normas para o projeto pedagógico complementar para a formação de professores de Psicologia. 2.4. O processo de elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE e as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Psicologia Durante o período compreendido entre 1990 (última Reforma Curricular do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE) e a aprovação da Resolução n o. 8 do CNE, a Psicologia, como ciência em construção, sofreu profundas mudanças: 15 ampliaram-se os cursos de pós-graduação no país; novas subáreas do conhecimento psicológico emergiram tanto no campo da investigação quanto da prática profissional; estendeu-se o campo de atuação do psicólogo, sobretudo no que se refere a um trabalho institucional e em equipes multidisciplinares; criaram-se novos métodos e instrumentais de pesquisa; e se ampliou a possibilidade de atuação na promoção de saúde, conforme se pode observar no relatório da Comissão de Especialistas da área da Psicologia. Atualmente, observa-se um aumento significativo do número de cursos de graduação em Psicologia, no estado de Pernambuco. O projeto de interiorização das universidades públicas é também uma realidade. A UFPE criou dois novos Campi, um em Caruaru e outro em Vitória de Santo Antão, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) instalou-se também em Garanhuns e Serra Talhada e foi criada a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Nesse processo de interiorização e expansão das universidades, foram criados dois novos cursos de Psicologia: um em Garanhuns, na Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), e o outro em Petrolina (UNIVASF). Na cidade do Recife existem atualmente 12 (doze) cursos de graduação em Psicologia. Na região nordeste houve um significativo aumento de cursos de Pós-graduação stricto sensu, criando-se Programas de Pós-graduação em Psicologia (UFBA, UFPE, UNICAP, UFPB, UFRN, UFS, UFAL e UFCE). Especialmente em Recife, além do Programa em Psicologia Clínica na UNICAP, têm-se, na UFPE, o Programa de Psicologia e o de Psicologia Cognitiva, ambos no Departamento de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, mantendo cursos de Mestrado e Doutorado. Esse novo perfil da pós-graduação no país e, sobretudo na região, tem possibilitado a construção de conhecimento em áreas emergentes ou em temas de interesse social, além da formação de pessoal titulado para a carreira docente. A política nacional de abertura de vagas para concursos nas Universidades Federais e a possibilidade de bolsas de fixação de recém-doutores possibilitam às universidades um investimento maior em áreas de interesse tanto do ponto de vista acadêmico quanto social. Essas mudanças se evidenciam no Departamento de Psicologia da UFPE, bem como no seu curso de graduação. Uma das grandes mudanças surgidas no curso de graduação concerne aos estágios curriculares em Psicologia. Nos últimos anos, o país vem investindo fortemente na solução ou minimização dos problemas sociais, construindo políticas públicas em diferentes setores com o objetivo de diminuir as desigualdades sociais existentes e 16 apoiar as populações mais vulneráveis. Essas políticas trazem em seu bojo mudanças de concepções relativas ao papel do Estado, aos diferentes grupos sociais e ao desenvolvimento da cidadania. Isso tem se refletido nas instituições, de um modo geral, e na criação de programas diversos, seja visando à geração de emprego e renda, seja visando à promoção de saúde e a assistências dos setores mais vulneráveis da população. A criação do Sistema Único de Saúde e a busca de consolidação de seus princípios de integralidade, universalidade equidade; a criação do Programa de Saúde da Família, dos Núcleos de Assistência à Saúde da Família; a reforma psiquiátrica, que gerou a criação dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), CREAS (Centros de Referências Especializados de Assistência Social), CRAS (Centro de Referência da Assistência Social); a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que gerou mudanças no Judiciário, sobretudo nas Varas de Família, etc. configuram um novo contexto de atuação do psicólogo que demanda uma nova base de conhecimento teórico e metodológico. Acrescente-se a isso, a exigência dos trabalhos multi e/ou interdisciplinares, exigindo uma nova postura do profissional na equipe sem perder a sua identidade de psicólogo. Desse modo, tornou-se urgente uma Reforma Curricular do Curso de Graduação que permitisse ao estudante ter uma base teórico-metodológica com implicações político-ideológicas consistentes com esse novo contexto. Entre 1999 e 2010 o Departamento de Psicologia iniciou um processo de reforma curricular, alternando momentos de intensa discussão com períodos de interrupção. Durante esses anos foram realizadas diversas reuniões do Pleno do Departamento nas quais foram discutidas as novas diretrizes, competências, habilidades, eixos estruturantes, algumas disciplinas e ementas do curso. Em alguns momentos, o Pleno fez reuniões quase semanais; em outros momentos, as reuniões eram espaçadas e até se identificam períodos de abandono, como, por exemplo, os anos de 2006 a 2009. Em abril de 2009, constituiu-se uma Comissão com o propósito de reunir e sistematizar toda documentação já elaborada e, partindo desse material, se pudesse reiniciar a construção de uma proposta levando em consideração o novo momento da Psicologia e a realidade do próprio Departamento de Psicologia. Alguns docentes se apresentaram para realizar essa tarefa e tiveram o apoio e aprovação do Pleno. A comissão foi composta pelas professoras: Maria Isabel Pedrosa, Maria de Fátima Santos, Zélia Higino, Síntria Lautert e Luciane De Conti e, posteriormente, Ana Karina Moutinho e Maria Lucicleide Falcão, além de representantes de estudantes, por eles indicados. 17 As professoras Maria Isabel Pedrosa, Maria de Fátima Santos e Zélia Higino, docentes que participaram das diversas reflexões anteriores acerca da Reforma Curricular do Curso, reuniram toda a documentação existente produzida em anos anteriores e a organizaram em uma estrutura de documento que passou a ser o ponto de partida para as reflexões sobre a reforma, reiniciando-se, assim a construção da nova proposta curricular. Ficou acordado, entretanto, que a comissão estava aberta a qualquer participação de outros docentes e quaisquer contribuições seriam sempre bem vindas. O trabalho da comissão inicialmente partiu de ênfases e, com essa escolha, não fomos muito longe. Invertemos o caminho. Animamos um percurso em que os docentes e estudantes foram estimulados a propor alterações e inovações no curso. Então o processo de reforma curricular fluiu: foram muitas conversas, argumentos, contraargumentos, sínteses e reelaborações. Aspectos desse processo foram se realçando na configuração das três ênfases propostas para o Curso de graduação em Psicologia da UFPE, a saber: processos clínicos e atenção a saúde, processos educacionais e processos psicossociais. 1 - Uma prática profissional que possa estar implicada em percursos inovadores de atenção à saúde, em equipes multidisciplinares e/ou interdisciplinares, que vem sendo instaurada com as políticas públicas voltadas à saúde no Brasil. Essa preocupação se realçou sem que se desejasse desprezar uma formação num modo de atendimento clínico tradicional que se reconhece ser uma atuação profissional mais consolidada na Psicologia. A participação do Curso no Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde II e III), que tem por objetivo a “integração ensino-serviço, visando à reorientação da formação profissional, assegurando uma abordagem integral do processo saúde-doença com ênfase na Atenção Básica, promovendo transformações na prestação de serviços à população” e as atividades promovidas pela Clínica Psicológica da UFPE, onde destaca-se, além do atendimento psicoterapêutico à comunidade em geral, a Escola de Supervisores Técnico-Institucionais que visa a qualificação e troca de experiências entre supervisores em atividade na rede psicossocial na cidade do Recife, bem como, a atualização teóricoprático em temas como a rede de atenção à saúde, políticas públicas, as reflexões sobre a clínica ampliada e a visão integrada da saúde. Temos também a residência multiprofissional que propiciou o diálogo da psicologia com a rede de atenção básica promovendo a interação com outros profissionais da área da Saúde para que a formação 18 dos discentes esteja conectada com as demandas e princípios dos marcos legais vigentes → Processos clínicos e atenção a saúde 2 - Um resgate histórico, mas que ainda hoje continua sendo uma preocupação dos docentes deste departamento: a formação de quadros formadores em que se busca amplificar atuações profissionais (ou informais) abrangendo situações de aprendizagem em diferentes contextos. Tem-se como exemplo o Grupo de Estudos e Orientação Psicopedagógica (GEOP); o PPG em Psicologia Cognitiva numa vertente investigativa e de intervenção (Laboratório de Comunicação e Linguagem na primeira infância – LABCOM; Núcleo de Pesquisa da Argumentação - NupArg; Núcleo de Pesquisa em Psicologia da Educação Matemática – NUPPEM; Núcleo de Pesquisa em Narrativa, Cultura e Desenvolvimento); o PPG em Psicologia com o projeto Diálogos para o desenvolvimento Social em Suape, pesquisa-intervenção sobre a efetividade e a eficácia de um programa populacional de promoção à saúde, criado para minimizar as perturbações nas condições de saúde do trabalhador, que envolve também a formação continuada de jovens para instrumentalizá-los em um trabalho com outros jovens, ação esta nomeada de Caravanas da Cidadania, no Projeto Diálogos; a formação de professores de Educação Infantil que vem sendo realizado pelos integrantes do Laboratório de Interação Social e Humana – LabInt e as ações extensionistas voltadas para a formação de mulheres como agentes-comunitário de saúde, dentre outros → Processos educacionais. 3 – Uma preocupação entre docentes de diferentes áreas de atuação é a de compreender o fenômeno psicológico no contexto sociocultural e histórico em que ele emerge. Constata-se no Departamento diferentes pesquisas e trabalhos de extensão fundamentados em uma perspectiva psicossocial que visa compreender o sujeito a partir de sua interação com o contexto histórico, cultural e social em que ele vive. É o caso das pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Interação Social e Humana - LABINT, no Núcleo de Pesquisa em Gênero e Masculinidades - GEMA, no Laboratório de Estudos da Sexualidade Humana- LAB-ESHU, na área de trabalho. Pode-se ainda observar essa mesma abordagem psicossocial nos projetos de Extensão em Psicologia Comunitária, Projeto Diálogos, entre outros. Nessa perspectiva, o curso de graduação tem uma de suas ênfases caracterizada pela busca de suporte teórico e metodológico que 19 possa dar conta desse percurso com suas peculiaridades, tanto do ponto de vista da atuação profissional como de uma atuação investigativa → Processos psicossociais 3. Justificativa para a reformulação No período que compreendeu os anos de 1995 e 1996, os integrantes do Curso de Graduação em Psicologia realizaram um processo de avaliação interna. Várias questões foram tratadas e alguns pontos foram escolhidos como norteadores da condução do trabalho docente. Foi consenso entre os professores que a formação dos estudantes deveria ocorrer no sentido generalista visando a favorecer uma base ampla de conhecimento e técnicas que possibilitassem, de modo flexível e competente, sua inserção profissional num campo altamente dinâmico. Um item fortemente criticado a respeito da formação do estudante de Psicologia da UFPE, com base no currículo vigente, foi o reconhecimento de que seu percurso está fortemente marcado pela grande quantidade de disciplinas obrigatórias. Se, por um lado, isso favorece muitas oportunidades de enriquecimento teórico-metodológico, por outro lado, não contempla a diversidade do fazer psicológico. Assim, foi considerado necessário oferecer experiências de aprendizagem significativa para intervenção psicológica, em diferentes espaços e contextos. Esta diversidade e articulação teóricoprática devem ser alcançadas em experiências de intervenção, em espaço de práticas integrativas. Apoiando-se no tripé ensino, pesquisa e extensão, o processo avaliativo também apontou a relevância de envolver os estudantes em projetos de pesquisa, buscando descobrir vocações, incentivando a formação de futuros pesquisadores, construtores do conhecimento psicológico. Em 1996 com o Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB), o Departamento de Psicologia em uma ação integrada com a PróReitoria Acadêmica (PROACAD) promoveu a vinda de professores especialistas externos ao departamento a fim de que pudessem refletir sobre pontos necessários a uma mudança na estrutura curricular do curso. No mês de novembro foi instituída uma comissão da qual fizeram parte, o professor Dr. Paulo Rosas, ex-integrante do quadro docente do Departamento de Psicologia da UFPE, nessa ocasião já aposentado, as 20 doutoras Nancy Vinagre e Stella Maris D’Apoian, respectivamente, docentes da UFSC e UFF. A comissão realizou reunião com docentes e discentes além de se debruçar na leitura de documentos propositivos do curso, ementas de disciplinas, planos de ensino e outros registros disponíveis. Ao final, emitiram o seguinte parecer: “O Curso de Graduação em Psicologia pode ser considerado de bom nível. No entanto, observa-se que a carga didática impõe um exagerado tempo de sala de aula (principalmente com atividades informativas), o que é confirmado pelos alunos entrevistados. Essa situação não corresponde às diretrizes que embasam a proposta curricular para o curso, que se apresenta mais atualizada do que a grade vigente”. Mais adiante, no ano de 2000, dentro de uma ação nacional promovida pelo Ministério de Educação, num Programa de Avaliação das Condições de Oferta de Ensino de Graduação, o Curso de em Psicologia da UFPE recebeu a visita de dois docentes, a Dra. Carolina Bori e o Dr. Sergio Luna, indicados para a avaliação in loco. Como destaques positivos do curso foram mencionados: (1) o trabalho realizando na Clínica Psicológica, a clínica escola, que oferece estágio curricular aos estudantes; (1) o Laboratório de Processamento Visual (LabVis), como exemplo de integração de atividades de ensino e pesquisa ofertado aos alunos; (3) o trabalho organizativo pedagógico oferecido pela Coordenação do Curso de Graduação, este item recebendo nota máxima na escala de pontuação. Como pontos negativos foram destacados: (1) a ausência de um laboratório de ensino para promover práticas ligadas à análise experimental do comportamento relacionados a vários processos básicos de interesse da Psicologia; (2) ênfase no ensino de processos cognitivos, não contrabalanceado com outros processos psicológicos; (3) infra-estrutura de salas de aula, indicadas como não atendendo requisitos mínimos de bem-estar físico e apoio didático. Os anos de 2000, 2001 e 2002 foram marcados também pela avaliação dos Exames Nacionais, os chamados “Provões”. Os alunos realizavam uma prova nacional e seus resultados eram normatizados e analisados nacionalmente. Os alunos de Psicologia da UFPE receberam, respectivamente, as notas B, A e B nesses três anos sucessivos. A análise qualitativa dos resultados evidenciou que os estudantes da UFPE obtiveram, em média, um desempenho superior quando instados a responderem questões dissertativas, mas não questões de múltipla escolha. Também itens que exigiam uma reflexão sobre a 21 análise de situações necessárias a uma intervenção eram melhores respondidas pelos estudantes da UFPE. Com o fim do “Provão”, foi criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP. O SINAES é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. O SINAES avalia todos os aspectos que giram em torno do ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, desempenho dos alunos, gestão da instituição, corpo docente, instalações entre outros. Em relação à avaliação dos cursos de graduação, há dois instrumentos: o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE e as avaliações in loco realizadas pelas comissões de especialistas. O ENADE visa aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. Participam do ENADE alunos ingressantes e concluintes dos cursos avaliados, que fazem uma prova de formação geral e formação específica. É previsto que essas avaliações ocorram periodicamente. Assim, os cursos de educação superior passam por três tipos de avaliação: para autorização, para reconhecimento e para renovação de reconhecimento, esta última sendo feita a cada três anos. O atual Curso de Psicologia da UFPE, cujo projeto pedagógico está sendo reformulado foi avaliado no ENADE em 2006 (Conceito 4), 2009 (Conceito 3) e avaliado em 2012, não sendo os resultados dessa última avaliação divulgados pelo INEP. Ressalta-se que o Curso de Psicologia da UFPE obteve a última renovação do reconhecimento em 2012 através da Portaria no 124, 9 de julho 2012 publicada D.O.U. 10/07/2012. 4. Marco teórico A elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE exigiu um longo caminho a ser percorrido. De início, foi necessário formular a pergunta que orientou todo o trabalho: qual o perfil de psicólogo que desejamos formar? Em decorrência, outras perguntas se sucederam: que conjunto de experiências dever-seia proporcionar ao discente, durante seus anos de formação, de modo a instigá-lo a um conjunto de reflexões supostamente propiciadoras de aprendizagens específicas, competências profissionais diferenciadas e atitude ética concernente ao fazer psicológico? De que maneira se deveriam organizar tais experiências de modo a 22 maximizar as aquisições requeridas e evitar esforços desnecessários? De que condições se dispõem, quer sejam materiais, quer sejam humanas, considerando, subjacente a estas perguntas, espaços físicos, apoio didático para salas de aula, equipamentos de laboratórios, bem como, qualificação do corpo docente atual que planeja e conduz projetos investigativos e extensionistas, afinados a suas motivações e competências teórico-metodológicas e que, potencialmente, integrariam o discente? Quais serviços existem no Departamento de Psicologia que viabilizariam a participação dos discentes, permitindo-lhes uma formação supervisionada? Que demandas sociais solicitam respostas imediatas de médio e longo prazo, ao psicólogo? Como os discentes se sentiriam convidados a construir a ciência psicológica, admitindo-a como um empreendimento coletivo, contínuo e com seu percurso marcado por tensões e descobertas ainda incipientes? Como é possível supor, todas essas questões precisariam balizar a construção da proposta pedagógica. Esta, por sua vez, refletirá a compreensão que se tem da Psicologia, enquanto ciência e profissão, seu estado da arte, seus pressupostos epistemológicos, seus alcances teóricos e técnicos tomados como instrumentos de reflexão e análise para responder demandas específicas, advindas de pessoas singulares em sofrimento psíquico, de movimentos sociais organizados em prol de projetos coletivos, de ações públicas ou privados, governamentais ou civis, que visam ao atendimento ao bem-estar individual e social. Refletirá também a concepção de uma Psicologia que insistentemente busca se relacionar com outros saberes técnicos, científicos e profissionais e, por isso, insiste em se inserir em equipes inter e multidisciplinares, compreendendo que o sujeito cidadão, sujeito de direitos e deveres, não pode deixar de se implicar com projetos políticos que buscam responder a inquietações que garantam a dignidade da pessoa, num lugar e tempo determinados. A Psicologia espelha um fazer múltiplo, em contínua transformação, decorrente de grandes orientações teóricas, por vezes divergentes, e de saberes técnicos que decorrem de diferentes níveis de análise do fenômeno psicológico. Seu percurso histórico é recente, marcado por tensões e desdobramentos na construção de seu saber. A formação do Bacharel em Psicologia, portanto, é planejada, na presente proposta pedagógica, considerando os saberes já acumulados até o momento atual, mas postos em perspectiva de uma contínua construção, diante do grande empreendimento a ser trilhado, que desafia o estado atual da arte. Portanto, uma proposta que deve instigar uma participação responsável com a construção do conhecimento científico bem como 23 comprometida com o bem estar da pessoa e da coletividade, devendo ser pertinente às inquietações atuais da Psicologia enquanto ciência e profissão. 5. Objetivos do Curso de Graduação em Psicologia UFPE O curso de graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco tem como objetivo geral: assegurar uma formação básica e consistente aos estudantes de Psicologia no que se refere ao conhecimento de processos psicológicos fundamentais; de métodos e técnicas envolvidas na investigação e na prática profissional do psicólogo; e de diferentes abordagens teórico-metodológicos coexistentes no atual momento de construção do conhecimento psicológico. Buscarse-á, entretanto, que a apropriação desses conhecimentos esteja implicada com um posicionamento crítico e reflexivo sobre o saber científico e comprometida com a transformação social e discernimento ético no trato de questões relativas a pessoas e à coletividade. Para que este objetivo seja assegurado, várias ações serão planejadas e executadas por seus docentes: - veicular o conhecimento produzido no Brasil e no exterior, visando uma formação atualizada do psicólogo; - favorecer a participação do estudante nas pesquisas e nas atividades de extensão realizadas no Departamento; - possibilitar desde o início do curso a inserção do aluno em atividades de atuação prática do psicólogo, sob a supervisão e orientação de profissionais e professores; - colocar ao alcance do aluno a possibilidade de observar, planejar e realizar pesquisa e intervenção o mais próximo possível das áreas de seus interesses; - iniciar a formação de futuros professores e pesquisadores, incitando o aprofundamento teórico, o planejamento empírico, a realização de pesquisas e a defesa de pontos de vista a partir de balizamentos teórico-empíricos, condizentes com uma atitude reflexiva diante de achados investigativos ou de resultados interventivos; - favorecer a formação do psicólogo para atuar em equipes inter ou multiprofissionais articulando o conhecimento específico da psicologia aos problemas sociais, culturais, econômicos e políticos do país. 24 6. Perfil profissional O curso de graduação em Psicologia tem como objetivo desenvolver uma formação profissional comprometida com a formação acadêmica, a produção de conhecimento, e a transformação social, proporcionando uma reflexão crítica sobre as práticas profissionais e o saber científico em Psicologia e considerando sua multiplicidade de objetos e de abordagens teóricas e metodológicas. Pretende-se que o egresso do curso de graduação em Psicologia tenha incorporado ao conjunto de seus valores, durante o seu período de formação, habilidades, conhecimentos e um acervo de experiências significativas de crescimento intelectual decorrentes de sua trajetória nas diferentes atividades oferecidas. Pretende-se também que ele seja capaz de desenvolver a sua prática profissional em consonância com as questões emergentes no âmbito regional, nacional e internacional buscando uma integração dos diversos fenômenos psicológicos. 7. Campo de atuação do profissional como meio de viabilizar a articulação entre o mundo do trabalho e o mundo acadêmico A profissão de psicólogo vem sofrendo uma forte transformação nas últimas décadas quanto ao seu campo de atuação. Se antes o psicólogo era prioritariamente um profissional liberal com atuação individual, a partir da década de 1980, Yamamoto (2012)3 , baseado nos dados de uma pesquisa publicada no livro O trabalho do Psicólogo no Brasil, organizado por Bastos e Gondim em 2010, chama a atenção de que 52% dos psicólogos, em 2010, eram assalariados e 48% autônomos e desses últimos 1/5 atuava apenas como autônomo. Outro dado surpreendente diz respeito à inserção profissional dos psicólogos o setor público é o que apresenta a maior concentração, com 40% da amostra. Seguem-se 35% no setor privado e surpreendentes 25% no terceiro setor. A combinação de duas ou mais inserções, no entanto, é a marca da profissão, e abrange 65% dos psicólogos. (Yamamoto, 2012, p. 8) É importante considerar um conjunto de mudanças no país que possibilitou um espaço ampliado de trabalho para a Psicologia. O Sistema Único de Saúde (SUS), os 3 Yamamoto, O. 50 anos de profissão: responsabilidade social ou projeto ético-politico? Ciência e Profissão, 32, no especial, 6-17, 2012. 25 Centros de Apoio Psicossociais, Sistema Único de Assistência Social (SUAS), o Judiciário são exemplos de espaços profissionais decorrentes dessas mudanças e ligados às políticas sociais do Estado. Os resultados da pesquisa nacional de 2010 nos permitem deduzir que aproximadamente 40% dos psicólogos que participaram do estudo trabalham no campo das políticas sociais. Os setores nos quais os psicólogos têm presença significativa são os da saúde pública e os da assistência social. Estamos falando, aqui, de dois segmentos que têm um significado diverso no que diz respeito à discussão de alcance social. As políticas voltadas para o campo da saúde são (ou pretendem ser) universalistas, ao passo que aquelas referentes à assistência são focalizadas e compensatórias. (Yamamoto, 2012, p. 10) Essas mudanças no perfil profissional exigem uma profunda reformulação na proposta pedagógica dos cursos de graduação. É necessário oferecer aos estudantes, além de uma base teórica sólida que permita a sua atuação no campo institucional, experiências de atuação supervisionada que possibilitem a sua inserção na profissão nesses novos espaços de trabalho. Algumas experiências são oferecidas aos estudantes de modo a permitir a articulação do mundo acadêmico com o mundo profissional. O curso de graduação oferece a possibilidade de o estudante atuar em projetos de pesquisa e extensão em diferentes comunidades e instituições localizadas na cidade do Recife e/ou em cidades próximas; no PET-Saúde; nos estágios desenvolvidos na área jurídica, na Clínica Psicológica da UFPE, na rede de hospitais públicos, de saúde mental e assistência social. Também oferece a oportunidade do estudante realizar sua prática na rede pública e privada de ensino, nas empresas, organizações não governamentais, entre outras. Estes espaços têm fortalecido o diálogo entre a universidade e os campos de atuação do psicólogo, bem como contribuiu para elaboração do projeto pedagógico visando ampliar o envolvimento e a interação dos diversos componentes (disciplinas) curriculares com os serviços de psicologia em diferentes contextos a partir de uma visão de ensinoprática integrada. Ademais, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de graduação em Psicologia, instituídas em maio de 2004 e reformuladas em 15 de março de 2011, colocam em seu artigo 17 (Resolução CNE/CES 5/2011), que “as atividades acadêmicas devem fornecer elementos para a aquisição das competências, habilidades e conhecimentos básicos necessários ao exercício profissional. Assim, essas atividades 26 devem, de forma sistemática e gradual, aproximar o formando do exercício profissional correspondente às competências previstas para a formação”. Como é possível visualizar neste artigo, as diretrizes apontam para a importância do planejamento e execução de atividades que articulem teoria e prática desde o início do curso, o que implica em uma concepção de formação que integra a prática à produção de conhecimento em psicologia. Para atingir esse fim, em seu artigo 19, é regulamentado que “o planejamento acadêmico deve assegurar, em termos de carga horária e de planos de estudos, o envolvimento do aluno em atividades, individuais e de equipe, que incluam, entre outros” um conjunto de “práticas integrativas voltadas para o desenvolvimento de habilidades e competências em situações de complexidade variada, representativas do efetivo exercício profissional, sob a forma de estágio supervisionado”. O estágio supervisionado, como preconiza o artigo 21 das Diretrizes, visa “assegurar o contato do formando com situações, contextos e instituições, permitindo que conhecimentos, habilidades e atitudes se concretizem em ações profissionais, sendo recomendável que as atividades do estágio supervisionado se distribuam ao longo do curso”. Em seu artigo 22, as Diretrizes esclarecem que “os estágios supervisionados devem se estruturar em dois níveis – básico e específico – cada um com sua carga horária própria”. E define, no mesmo artigo, que “o estágio supervisionado básico incluirá o desenvolvimento de práticas integrativas das competências e habilidades previstas no núcleo comum”. Tendo em vista que o estágio básico deve consolidar e articular competências previstas no núcleo comum, o qual estabelece em seu artigo 7º que o mesmo deve se constituir em “uma base homogênea para a formação no país e uma capacitação básica para lidar com os conteúdos da Psicologia, enquanto campo de conhecimento e de atuação”, o Curso de Psicologia da UFPE propõe estágios básicos no 4º e 6º semestres do curso, com uma carga horária de 90 horas cada (06 créditos), totalizando 180 horas (12 créditos), organizados respectivamente da seguinte forma: → Estágio de observação, a ser realizado no 4º semestre do Curso, cujo objetivo é instrumentalizar o estudante de Psicologia para a utilização da observação como procedimento que possibilite a delimitação do contexto, identificação, descrição e inferência do fenômeno a ser observado, visando a reflexão sobre os processos psicológicos em desenvolvimento. 27 Para isso, o curso possibilitará aos alunos desenvolver práticas em diversos contextos sociais e institucionais através da inserção em serviços de psicologia conveniados com a UFPE e que permitam a realização de algumas atividades básicas como, por exemplo, observações das atividades desenvolvidas pelos profissionais dos serviços, entrevistas nas comunidades, participação em reuniões de equipe; entre outros. → Estágio de planejamento de intervenção, a ser realizado no 6º semestre do Curso, que visa a utilização de técnicas ou instrumentos da Psicologia para subsidiar a análise e interpretação de situações que permitam o planejamento de uma intervenção profissional. A proposta é que o estudante possa escolher e propor instrumentos e procedimentos metodológicos pertinentes às situações observadas. Para atingir esses objetivos, o curso possibilitará aos alunos desenvolver práticas em diferentes contextos, que poderão ou não ser os mesmos onde o estudante realizou o seu estágio de observação. Esses espaços, da mesma forma que o Estágio de Observação, serão em serviços de psicologia conveniados com a UFPE e que permitam identificar e analisar processos psicológicos subjacentes às situações observadas a fim de elaborar propostas de intervenção condizentes com os fenômenos observados. Em relação aos estágios específicos, as Diretrizes colocam em seu artigo 22 que “cada estágio supervisionado específico incluirá o desenvolvimento de práticas integrativas das competências, habilidades e conhecimentos que definem cada ênfase proposta pelo projeto de curso”. Dessa forma, os estágios específicos do curso de Psicologia da UFPE ocorrerão no 9º e 10º semestres, denominados Estágio Específico I e Estágio Específico II, respectivamente. Cada estágio específico terá uma carga horária de 240 horas (16 créditos), totalizando 480 horas (32 créditos) e uma inserção no campo de estágio de, no mínimo, 15 semanas para cada estágio. Os estágios específicos visam consolidar e aprofundar competências e habilidades para atuação profissional, conforme concentração de estudos das ênfases. Tendo em vista esses aspectos, os Estágios Específicos I e II procuram o desenvolvimento de competências para a prática profissional em diferentes contextos. Para atingir esse objetivo, o curso possibilitará aos seus estudantes desenvolver práticas profissionais em diferentes espaços sociais e institucionais, através da inserção em serviços de psicologia conveniados com a UFPE e que permitam, em linhas gerais: - o planejamento e a realização de intervenções psicológicas apoiados em um corpo de conhecimento teórico e técnico da Psicologia, ajustados a contextos institucionais e sociais específicos; 28 - a descrição, análise e interpretação das relações entre contextos e processos psicológicos e a execução de intervenções psicológicas pertinentes; - a realização de experiências de estágio que integrem práticas em rede a fim de contribuir na elaboração de projetos coletivos e a participação em equipes inter e multiprofissionais; - a elaboração e o desenvolvimento de projetos de intervenção a partir da análise de demandas e interesses temáticos do estagiário. As Diretrizes Curriculares preconizam ainda, em seus artigos 20 e 23, que “os estágios supervisionados são conjuntos de atividades de formação, programados e diretamente supervisionados por membros do corpo docente da instituição formadora...” e que “as atividades de estágio supervisionado devem ser documentadas de modo a permitir a avaliação, segundo parâmetros da instituição, do desenvolvimento das competências e habilidades previstas.” Dessa forma, a orientação acadêmica será responsabilidade de professores do Departamento de Psicologia alocados para tal função pela Chefia do Departamento e será realizada semanalmente na UFPE. Para os Estágios Básicos (de Observação e de Planejamento de intervenção), estão previstas 30 horas de orientação na UFPE e para os Estágios Específicos (I e II), são previstas 60 horas semanais de orientação, num total de 02 e 04 créditos respectivamente. Para os Estágios Específicos I e II, será exigida a elaboração dos seguintes documentos: - Plano de Atividades do estagiário e Relatório Parcial de Estágio, para o Estágio Específico I; - Estudos de caso/ou de situações específicas e Relatório Final de Estágio para o Estágio Específico II. A análise das propostas para realização de estágios nos serviços de psicologia bem como o acompanhamento e a organização das atividades de integração das experiências de estágios, serão realizadas pela Coordenação de Estágios do Curso de Psicologia da UFPE e pelo grupo de professores orientadores de Estágios (Básicos e Específicos) indicados pela Chefia do Departamento de Psicologia. Em todos os serviços de psicologia onde as práticas de estágio serão realizadas, é obrigatória a presença de um psicólogo, responsável pela supervisão das atividades desenvolvidas no local de estágio. Por fim, para enriquecer e ampliar o campo das práticas, temos o estágio não obrigatório, o qual, como preconiza a Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008, em seu artigo 2º, será “desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular 29 e obrigatória”. A análise das propostas para a realização de estágio não obrigatório nos serviços de psicologia obedecerão às normas internas de estágio definidas pelo Colegiado do Curso de Graduação em Psicologia, sendo as solicitações avaliadas pela Coordenação de Estágios do Curso de Psicologia UFPE. O referido estágio também tem a exigência de um supervisor local que seja psicólogo, bem como da elaboração de Plano de Atividades e de Relatório Parcial e Final. 8. Competências, atitudes e habilidades As competências e habilidades elencadas nas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Psicologia, Resolução no 5 de março de 2011, foram acatadas pelo conjunto de professores do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco realizando-se pequenas alterações em relação a escrita das competências, atitudes e habilidades que norteariam a construção do perfil de profissional que desejava formar, a saber: 1. Examinar com rigor e ética a produção científica na área de psicologia. 2. Reconhecer a diversidade de saberes psicológicos subjacentes aos instrumentos de análise, investigação e intervenção psicológicas. 3. Identificar os pressupostos epistemológicos dos diversos modelos e concepções da ciência psicológica e de suas aplicações. 4. Identificar, selecionar e formular questões de investigação científica no campo da Psicologia, vinculando-as a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise de dados em projeto de pesquisa. 5. Escolher, usar, construir instrumentos de investigação e de avaliação em Psicologia. 6. Analisar o campo de atuação profissional e seus desafios contemporâneos. 7. Identificar e analisar necessidades de natureza psicológica; diagnosticar, elaborar projetos; planejar e intervir de forma consistente com referenciais teóricos e características da população-alvo. 8. Buscar e interpretar informações em indexadores, periódicos, livros, manuais técnicos e outras fontes especializadas com vista à elaboração e apresentação de relatos científicos, de pareceres técnicos, de laudos e de outras comunicações profissionais. 30 9. Coordenar processos de grupo, considerando as diferenças de seus integrantes e os objetivos a que o grupo se propõe. 10. Utilizar recursos quantitativos e qualitativos para análise, discussão e apresentação de dados em contextos de investigação, de atuação profissional e de ensino. 11. Realizar diagnóstico e avaliação de processos psicológicos de indivíduos, de grupos e de organizações. 12. Identificar e analisar fenômenos e processos psicológicos e comportamentais considerando os contextos em que eles ocorrem. 13. Analisar de forma interdisciplinar os processos e fenômenos psicológicos. 14. Identificar e analisar conceitos e procedimentos das ciências afins que fundamentam e complementam o estudo dos fenômenos e processos psicológicos. 15. Analisar a prática profissional em articulação com fenômenos sociais, econômicos, culturais e políticos considerando os marcos legais nacionais e os acordos internacionais que visam a promoção da saúde e do bem estar. 16. Atuar de forma interdisciplinar e multiprofissional sempre que a compreensão dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar. 17. Intervir profissionalmente em diferentes níveis de ação na busca do bem estar psicológico dos indivíduos e grupos, considerando os marcos legais dos direitos humanos 18. Pautar em princípios éticos sua atuação profissional, produção e disseminação de conhecimentos. 19. Coordenar e manejar processos grupais considerando as diferenças individuais e socioculturais dos seus membros. 20. Realizar diferentes práxis (orientação, aconselhamento, psicoterapia etc.) considerando o contexto de atuação e a população alvo. 9. Sistemáticas de avaliação 9.1. Avaliação da aprendizagem dos discentes nos diferentes componentes curriculares A avaliação da aprendizagem da UFPE é regida pela Resolução 04/1994 do CCEPE (Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão), de 23 de dezembro de 31 1994. Esta resolução determina a aprovação por média, aprovação, reprovação e reprovação por falta. Regula ainda o sistema de revisão de prova, de realização de segunda chamada entre outras especificidades. O Sistema Acadêmico da Universidade, o SIG@, garante o cumprimento desta Resolução, garantindo ainda ao aluno a privacidade dos seus resultados. A Resolução abrange aspectos de: (i) Frequência: considerando-se reprovado o aluno que não tiver comprovada sua participação em pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) das aulas teóricas ou práticas computadas separadamente, ou ao mesmo percentual de avaliações parciais de aproveitamento escolar. (ii) Aproveitamento: ao longo do período letivo, mediante verificações parciais (pelo menos duas), sob forma de provas escritas, orais ou práticas, trabalhos escritos, seminários, e outros. E ao fim do período letivo, depois de cumprido o programa do componente curricular, mediante verificação do aproveitamento de seu conteúdo total, sob a forma de exame final. A avaliação de aproveitamento será expressa em graus numéricos de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). (iii) O aluno que comprovar o mínimo de frequência (75%) e obtiver uma média parcial igual ou superior a 7,0 (sete) será considerado aprovado no componente curricular com dispensa do exame final, tendo registrada a situação final de APROVADO POR MÉDIA em seu histórico escolar, e a sua Média Final será igual à Média Parcial. (iv) Comprovado o mínimo de frequência (75%) o aluno será considerado APROVADO no componente curricular se obtiver simultaneamente: I - Média parcial e nota do exame final não inferiores a 3,0 (três); II - Média final não inferior a 5,0 (cinco) (v) Ficará impedido de prestar exame final o aluno que não obtiver, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) de frequência no componente, e/ou não obtiver, no mínimo, 3 (três) como média das duas notas parciais Terão critérios especiais de avaliação os componentes curriculares: (i) estágios (básico e específico) será observado o que estabelece a Resolução nº. 02/85 do CCEPE e componentes que envolvam elaboração de projetos, trabalho supervisionado e monografia que terão critérios de avaliação definidos pelo Colegiado do Curso. Poderá ser concedida 2ª chamada exclusivamente para exame final ou para uma avaliação parcial especificada no plano de ensino do componente curricular. Será permitido ao aluno requerer até duas revisões de julgamento de uma prova ou trabalho escrito, por meio de pedido encaminhado ao coordenador do curso ou da área. 32 Ressalta-se que cada professor deverá definir uma forma de avaliação que se adeque ao componente curricular sob a sua responsabilidade. De modo geral, a avaliação do aproveitamento escolar será realizada através de duas ou mais avaliações parciais, que poderão ser realizadas como: avaliação escrita, avaliação prática ou outra atividade a critério do professor. 9.2. Avaliação dos componentes curriculares, organização do curso, infraestrutura de funcionamento do curso e funcionamento administrativo. Anualmente o Núcleo Docente Estruturante procederá a uma avaliação dos componentes curriculares oferecidos, da organização do Curso e da infraestrutura de funcionamento assim como da infraestrutura administrativa. O resultado dessas avaliações será encaminhado à Coordenação do Curso de Graduação para que sejam tomadas as providências necessárias. Após 5 (cinco) anos de implantação da nova proposta pedagógica para o Curso de Graduação em Psicologia, o Colegiado do Curso deverá reavaliar a proposta tendo como base os relatórios produzidos pelo Núcleo Docente Estruturante. Aliada a essa ação, o Curso de Graduação é acompanhado em suas avaliações pela Pró-reitoria para Assuntos Acadêmicos (PROACAD), como pode ser constatado no relatório institucional da Comissão Própria de Avaliação: A PROACAD assume a responsabilidade institucional pelas políticas, operacionalização e acompanhamento das avaliações dos cursos de graduação e de docentes. É sua atribuição analisar os relatórios de avaliação externa, dos indicadores dos exames nacionais (ENADE), em articulação com a PROPLAN (p. 16) 9.3. Avaliação dos docentes pelos discentes e avaliação dos discentes pelos docentes semestralmente A UFPE como um todo está em fase de renovação de seu sistema de avaliação, buscando implementar uma avaliação que observe não só o aprendizado do estudante como também a sua opinião quanto às práticas pedagógicas adotadas na Universidade. Essa forma de avaliação está sendo organizada para ser implementada no sistema SIG@, gerenciador de informações curriculares de discentes, bem como permite aos docentes acesso as informações da Universidade, além de possibilitar que o discente 33 efetue a matricula on-line. O instrumento em elaboração deverá avaliar itens como: a pontualidade e assiduidade do (a) professor (a); domínio de conteúdo e interesse do docente em facilitar a aprendizagem do discente; organização do componente curricular, com foco para o cumprimento do programa; relacionamento dos docentes com os discentes, especificamente buscando identificar os caminhos de superação das dificuldades de aprendizagem dos discentes, numa perspectiva notadamente formativa e reflexiva. Os resultados dessas avaliações, quando implementados, serão apreciados e discutidos pelo Núcleo Docente Estruturante e encaminhado ao Colegiado do Curso para apreciação e definição das ações necessárias para superar as dificuldades existentes. 10. Organização curricular do Curso O Curso de Graduação em Psicologia está organizado, conforme preconiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Psicologia, instituídas em maio de 2004 e reformuladas em 15 de março de 2011, em seu artigo 5º, em 6 (seis) Eixos Estruturantes que indicam o conjunto de conhecimentos que irão garantir a articulação entre as habilidades e competências descritas no Item 8, na página 29, a saber: Eixo 1 - Fundamentos epistemológicos e históricos que permitam ao formando o conhecimento das bases epistemológicas presentes na construção do saber psicológico, desenvolvendo a capacidade para avaliar criticamente as linhas de pensamento em Psicologia. Eixo 2 - Fundamentos teórico-metodológicos que garantam a apropriação crítica do conhecimento disponível, assegurando uma visão abrangente dos diferentes métodos e estratégias de produção do conhecimento em Psicologia. Eixo 3 - Procedimentos para investigação científica e a prática profissional de forma a garantir tanto o domínio de instrumentos e estratégias de avaliação e de intervenção quanto a competência para selecioná-los, avaliá-los e adequá-los a problemas e contextos específicos de investigação e ação profissional. 34 Eixo 4 - Fenômenos e processos psicológicos que constituem classicamente objeto de investigação e atuação no domínio da psicologia, de forma a propiciar amplo conhecimento de suas características, questões conceituais e modelos explicativos construídos no campo, assim como seu desenvolvimento recente. Eixo 5 - Interfaces com campos afins do conhecimento para demarcar a natureza e a especificidade do fenômeno psicológico e percebê-lo em sua interação com fenômenos biológicos, humanos e sociais, assegurando uma compreensão integral e contextualizada dos fenômenos e processos psicológicos. Eixo 6 - Práticas profissionais voltadas para assegurar o núcleo básico de competências que permitam a atuação profissional e a inserção do graduado em diferentes contextos institucionais e sociais, de forma articulada com profissionais de áreas afins. O conjunto de conhecimentos, definidos nos seis Eixos Estruturantes se agrupam em três núcleos: núcleo comum (componentes obrigatórios), núcleo complementar (componentes optativos) e núcleo eletivo (componentes e atividades acadêmicas). → Núcleo comum Conforme artigo 7º das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Psicologia, (Resolução CNE/CES 5/2011) estabelece que o núcleo comum da formação em Psicologia deve oferecer uma “base homogênea para a formação no País e uma capacitação básica para lidar com os conteúdos da Psicologia, enquanto campo de conhecimento e formação”. Todas as habilidades e competências apresentadas no Item 8, p 29, [propostas nas DC/CNE ] estão contempladas neste núcleo e a organização/ articulação dos conteúdos abrange todos os eixos estruturantes. Portanto, as atividades acadêmicas têm como objetivo geral a problematização do conjunto de conhecimentos a elas vinculados, os quais deverão ser aprofundados nos respectivos núcleos complementares. Os componentes curriculares do núcleo comum reúnem os conteúdos indispensáveis à formação Bacharel em Psicologia, bem como a realização de estágios (básicos e específicos), sendo, portanto, obrigatórios; 35 correspondendo a 1620 horas em componentes curriculares (40%) e 660 horas em estágios básicos e específicos (16%) da carga horária plena do Curso. De acordo com a especificidade dos componentes curriculares, os planos de curso poderão incluir aulas, conferências e palestras; exercícios em laboratórios de Psicologia; consultas supervisionadas em fontes especializadas para levantamento de informações; aplicação e avaliação de instrumentos e técnicas de investigação e intervenção psicológicas; visitas documentadas através de relatórios a instituições e locais onde estejam sendo desenvolvidos trabalhos com a participação de profissionais de Psicologia. → Núcleo complementar Corresponde ao conjunto de conteúdos complementares que deverão aprofundar as questões levantadas nos componentes obrigatórios pertencentes aos diferentes Eixos Estruturantes do núcleo comum. Em cada núcleo complementar existe um leque de componentes curriculares optativos que permite ao estudante escolher aqueles mais adequados ao seu interesse na formação em Psicologia. Portanto, o núcleo complementar permite uma flexibilização do currículo, possibilitando que ao longo do curso o estudante trace o seu próprio currículo em função dos perfis e das ênfases curriculares escolhidas por ele para a integralização da carga horária do Curso, que corresponde a 22% da carga horária plena do Curso. Por outro lado, para que não haja uma concentração de componentes complementares em dois ou três Eixos, caracterizando uma área específica de conhecimento ou da prática profissional que possa comprometer uma formação generalista, o estudante deverá cursar pelo menos um componente curricular do núcleo complementar (optativo) de cada um dos seis Eixos Estruturantes. → Componentes eletivos Corresponde ao conjunto de componentes eletivos e atividades acadêmicas oferecidas aos estudantes que corresponde a 22% da carga horária plena do Curso a ser cursada pelo estudante para integralizar a carga horária do Curso de Psicologia da UFPE. Este conjunto de componentes curriculares e atividades acadêmicas possibilita ao estudante fazer escolhas dentre componentes curriculares do perfil do Curso, eletivas livres ofertadas por outros cursos de graduação da UFPE, participação em Programa de 36 Mobilidade Acadêmica reconhecido pela UFPE, na qual o componente não foi considerado equivalente ao perfil e em atividades complementares regulamentadas por resolução PROACAD ou normatizadas pelo Colegiado do Curso, tais como: participação em projetos de pesquisa ou de extensão desenvolvidos por docentes da UFPE; práticas didáticas na forma de monitorias; práticas integrativas voltadas para o desenvolvimento de habilidades e competências em situações de complexidade variada, representativas do efetivo exercício profissional, sob a forma de trabalho supervisionado. Entre os componentes eletivos, ofertados no perfil do Curso, dois serão oferecidos sob a denominação de “Tópicos em Psicologia 1 e 2”, que além de permitirem o oferecimento de conteúdos diretamente relacionados às especificidades do corpo docente do Curso, possibilitarão um espaço para a problematização de questões contemporâneas relacionadas à investigação ou à prática da Psicologia ou favorecer aos estudantes a possibilidade de interlocuções/reflexões com a contribuição eventual de professores visitantes, ficando este componente curricular sujeito a uma normatização do Colegiado do Curso. O Gráfico 1 fornece uma visão geral do percentual de carga horária a ser cumprida nos diferentes núcleos para a integralização da carga horária plena do Curso. Gráfico 1- Percentual da carga horária a ser cumprida por núcleo. Núcleo eletivo 22% Núcleo complementar 22% Núcleo comum (componentes) 40% Núcleo comum (estágios básicos e específicos) 16% 37 10.1. Estrutura curricular: ênfases, epigrafes e ementas dos componentes curriculares As Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Psicologia, instituídas em maio de 2004 e reformuladas em 15 de março de 2011, preconiza em seu artigo 10º (Resolução CNE/CES 5/2011), que: “pela diversidade de orientações teórico-metodológicas, práticas e contextos de inserção profissional, a formação em Psicologia diferencia-se em ênfases curriculares, entendidas como um conjunto delimitado e articulado de competências e habilidades que configuram oportunidades de concentração de estudos e estágios em algum domínio da Psicologia.” A organização do Curso de Graduação de Psicologia da UFPE está constituída em três ênfases, a saber: Processos clínicos e atenção a saúde, Processos educacionais e Processos psicossociais. → Processos clínicos e atenção à saúde - consiste em um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que permite ao egresso desenvolver diferentes estratégias clínicas e ações frente a questões e demandas, relativas ao psicológico, voltadas para a intervenção em diferentes níveis e contextos socioculturais. → Processos educacionais - consiste em um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que permite ao egresso analisar situações de aprendizagem em diferentes contextos e propor ações de intervenção que atendam às demandas detectadas. → Processos psicossociais - consiste em um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que permite ao egresso analisar situações de interação social, rastreando conexões e mediações interpessoais em diferentes contextos coletivos e propor ações de intervenção que se ajustem com pertinência aos processos em foco. A seguir são apresentadas as epigrafes, as ementas dos componentes curriculares apresentados nos seis Eixos Estruturantes (componentes do núcleo comum- 38 obrigatórios; componentes complementares - optativos e componentes eletivos do perfil e atividades acadêmicas) que permitem ao estudante a integralização da carga horária plena do Curso de Graduação da UFPE, que corresponde a 4080hs. Eixo 1- Fundamentos epistemológicos e históricos → Núcleo comum (componentes obrigatórios) Controvérsias na psicologia Ementa: Identificação de temas geradores de tensão no saber psicológico. Prática intensiva e estruturada de argumentação sobre grandes controvérsias na Psicologia. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Ética e direitos humanos Ementa: Pressupostos históricos e filosóficos da ética e dos direitos humanos. Marcos legais e posturas éticas frente às diferentes situações de intervenção e investigação psicológica. Ética na academia e na autoria. Código de Ética do Psicólogo. Debate ético na sociedade contemporânea. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Bases filosóficas da psicologia Ementa: Pressupostos extracientíficos da Psicologia nas suas correntes principais: subjetivismo e objetivismo; determinismo e liberdade; positivismo e naturalismo; essencialismo e mecanicismo. Ciência, Psicologia e Existência. Humanismo existencialista. Fenomenologia analítico-existencial. Existência e linguagem. Responsável: Departamento de Filosofia Carga horária: 60 hs → Núcleo complementar (componentes optativos) Epistemologia e história da psicanálise Ementa: Percurso de Freud na descoberta do inconsciente. Rupturas epistemológicas psicanalíticas: questionamentos à filosofia, à psiquiatria, à psicologia e à ciência. Do 39 movimento à instituição psicanalítica e seus impactos epistemológicos. Contribuição de outros saberes na construção do saber psicanalítico. Psicanálise e a ordem ético-política. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Epistemologia e história das teorias psicossociais Ementa: As tensões da Psicologia Social ao longo de sua história. Teorias psicossociais contemporâneas e seus embates face a diferentes concepções de sujeito, a relação sujeito-sociedade e a relação indivíduo-coletividade. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Epistemologia e história da gênese das funções psicológicas Ementa: Empirismo e Positivismo. A Psicologia fisiológica em oposição à introspecção. A revolução behaviorista. O estudo da consciência. A Gestalt versus os estudos elementaristas. Fontes de comparação: o animal, a criança e o patológico. A concepção de sujeito e de cientificidade. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Eixo 2- Fundamentos teórico-metodológicos → Núcleo comum (componentes obrigatórios) Introdução à pesquisa Ementa: Padrões de cientificidade. Métodos de pesquisa em Psicologia: observação, experimentação, comparação e abordagem clínico-qualitativa Instrumentalização para o trabalho acadêmico-científico. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs em pesquisa. 40 Perspectivas e organização na pesquisa em psicologia Ementa: A escolha de procedimentos metodológicos de acordo com a natureza dos objetivos propostos na investigação. Abordagens qualitativas e quantitativas: limites e alcances. A coleta, a descrição e o tratamento de dados quantitativos e qualitativos. Generalização e transferabilidade dos resultados. A triangulação metodológica. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Teorias para intervenção grupal Ementa: Fenômenos intragrupais e intergrupais. Estudo das teorias clássicas e contemporâneas acerca da dinâmica dos processos e o seu impacto no estudo dos grupos. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs → Núcleo complementar (componentes optativos) Técnicas de análise qualitativa de dados Ementa: Técnicas de coleta: observação etnográfica e/ou participante, entrevista, grupo focal, história oral, diário de campo. Técnicas de análise: análise de conteúdo, análise de discurso. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Estatística aplicada à psicologia Ementa: Noções exploratória de dados; fundamentos de testes estatísticos de hipóteses; planos experimentais completamente aleotorizado e aleotorizado em blocos completos; análise de tabelas de contigência. Noções de análise de regressão linear. Utilização de recursos computacionais para registro e tratamento de dados. Responsável: Departamento de Estatística Carga horária: 60 hs 41 Práticas de intervenção em grupos Ementa: Procedimentos de intervenção intragrupais. Diferentes abordagens e técnicas no manejo de fenômenos grupais. Diferenciação de técnicas em relação a contextos e objetivos específicos. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Análise experimental do comportamento Ementa: Descrição de eventos ambientais e comportamentais. Ambiente e equipamento experimentais. Condicionamento respondente e operante. Modelagem, diferenciação e generalização de resposta; controle de estímulos. Extinção operante e respondente. Esquemas de reforçamento. Análise Comportamental e sua relevância na aplicação clínica. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Projeto de pesquisa Ementa: Elaboração de um projeto de pesquisa. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Prática de pesquisa Ementa: Realização de projeto de pesquisa. Elaboração de artigo científico ou relatório. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Eixo 3- Procedimentos para a investigação científica e a prática profissional → Núcleo comum (componentes obrigatórios) Avaliação psicológica Ementa: Etapas de um processo de avaliação psicológica e sua adequação a diferentes contextos e objetivos. Pressupostos teóricos e diferentes procedimentos utilizados. 42 Escolha de instrumentos. Possíveis encaminhamentos. Princípios éticos e legais da prática em avaliação. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Técnicas psicométricas de avaliação psicológica Ementa: Técnicas psicométricas de auto/heterorrelato e de desempenho para avaliação psicológica. Contribuições para investigação e intervenção em psicologia. Aplicação, interpretação e relato dos resultados do processo avaliativo. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Técnicas projetivas de avaliação psicológica Ementa: Fundamentos das técnicas projetivas para avaliação da personalidade. Caracterização dos instrumentos. Contribuições para investigação e intervenção em psicologia. Aplicação, interpretação e relato dos resultados do processo avaliativo. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs → Núcleo complementar (componentes optativos) Construção de instrumentos de avaliação psicológica Ementa: Processo de construção de instrumentos de avaliação psicológica. Definição dos objetivos, fundamentos e parâmetros. Padronização de instrumentos. Princípios éticos e legais na construção de instrumentos. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Intervenções psicossociais Ementa: Perspectivas teóricas das intervenções psicossociais. Análise de situação, planejamento e intervenção com coletividades. Elaboração de material de informação e de apoio à intervenção psicológica. Monitoramento e avaliação de processos interventivos. O psicólogo em equipes multidisciplinares. 43 Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia e gestão de pessoas Ementa: Estrutura, funcionamento e fatores organizacionais. Evolução histórica dos modelos de gestão de pessoas. Práticas gerenciais e suas repercussões sobre a constituição do sujeito. Comportamento organizacional. Avaliação psicológica, aconselhamento e orientação profissional. A pesquisa em psicologia organizacional e do trabalho. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Eixo 4- Fenômenos e processos psicológicos → Núcleo comum (componentes obrigatórios) Psicologia do desenvolvimento Ementa: Principais abordagens teóricas e métodos de investigação da psicologia do desenvolvimento. Problematização do conceito de etapas do desenvolvimento: infância, adolescência, juventude, vida adulta e velhice. Contextos culturais do desenvolvimento humano. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Processos de subjetivação Ementa: Processos de constituição do sujeito psicológico: principais abordagens e suas implicações nas práticas psicológicas. Diferentes modos de subjetivação. Limites e possibilidades na investigação da subjetividade. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs 44 Psicologia e linguagem Ementa: Concepções de linguagem em diferentes teorias psicológicas: o giro linguístico e os processos de significação. Linguagem e comunicação. Linguagem, pensamento e ação. Linguagem em diferentes contextos. Linguagem e processos de subjetivação. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Processos cognitivos Ementa: Memória, inteligência, aprendizagem e formação de conceitos. Principais teorias e métodos de investigação desses processos. Desafios e atualidades no estudo da cognição. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Processos socioafetivos Ementa: Principais teorias e pesquisas sobre processos motivacionais e emocionais. Surgimento, desenvolvimento e expressão dos motivos. A dinâmica instaurada por conflitos intrapessoais, interpessoais e intergrupais em meio a outros processos psicológicos. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Neuropsicologia Ementa: Aspectos históricos da relação cérebro-comportamento. Fundamentos da Neuropsicologia. Relação da neuropsicologia com processos psicológicos básicos e complexos. Avaliação e reabilitação neuropsicológica. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs → Núcleo complementar (componentes optativos) Psicologia da infância Ementa: O processo integrado do desenvolvimento infantil em seus aspectos biológico, cognitivo, emocional e social. O nascimento e os primeiros anos de vida. Principais 45 abordagens teóricas do estudo da criança. Procedimentos de investigação e considerações éticas. Questões centrais no debate atual. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia da adolescência e da juventude Ementa: Adolescência e juventude: a construção social do desenvolvimento. Mudanças biológicas e repercussões psicossociais na adolescência: sexualidade, gênero, identidade grupal e relações familiares. Expectativas sociais e escolha profissional. Principais teorias e concepções subjacentes. Procedimentos de investigação e considerações éticas. Questões centrais no debate atual. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia da vida adulta e da velhice Ementa: Aspectos biológicos e psicossociais da vida adulta e da velhice. Teorias e enfoques contemporâneos. Trabalho e aposentadoria. Relações intergeracionais. Diferentes contextos de envelhecimento. Procedimentos de investigação e considerações éticas. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Aprendizagem e desenvolvimento cognitivo Ementa: Relação entre aprendizagem e desenvolvimento cognitivo. Aprendizagem e desenvolvimento em domínios específicos do conhecimento. Contribuições da psicologia cognitiva para processos educacionais. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Processos sensório-perceptivos Ementa: Definição e raízes históricas da sensação e percepção. Estrutura e função dos sistemas sensório-perceptivos. Desenvolvimento perceptual. Métodos de investigação em sensação e percepção. Teorias e pesquisas atuais. Responsável: Departamento de Psicologia 46 Carga horária: 60 hs Eixo 5- Interfaces com campos afins do conhecimento → Núcleo comum (componentes obrigatórios) Psicologia e cultura Ementa: Noções de Cultura em Psicologia. A organização cultural do psiquismo. Contextos culturais e desenvolvimento humano. Teorias culturais e sócio-históricas em Psicologia. Cultura e linguagem. Interação humana em contextos culturais e interculturais. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicopatologia Ementa: Estudo das expressões psíquicas, os quadros sindrômicos e os comportamentais decorrentes das diversas categorias de transtornos mentais. Desenvolvimento de habilidades e avaliação dos sintomas psíquicos durante o exame do paciente, com finalidade diagnóstica. Responsável: Departamento de Neuropsiquiatria Carga horária: 60 hs Neurofisiologia Ementa: Introdução à Neurofisiologia. Fisiologia sensorial e motora. Bases neuroendócrinas dos comportamentos. Fisiologia comportamental. Responsável: Departamento de Nutrição Carga horária: 60 hs Neuroanatomia funcional Ementa: Introdução á anatomia e embriologia do sistema nervoso central. Aspectos morfofuncionais da medula espinhal, tronco encefálico, cerebelo, diencéfalo, telencéfalo, sistema límbico e formação reticular, bem como das atividades das grandes vias aferentes e eferentes e do sistema nervoso. Responsável: Departamento de Anatomia 47 Carga horária: 60 hs Introdução à psiquiatria Ementa: Estudo clinico e reconhecimento diagnóstico dos principais transtornos mentais e do comportamento segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID 10) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Desenvolvimento de conhecimentos clínicos psicopatológicos, psicológicos e assistenciais sobre transtornos mentais. Responsável: Departamento de Neuropsiquiatria Carga horária: 60 hs → Núcleo complementar (componentes optativos) Interfaces da antropologia com a psicologia Ementa: Cultura. Etnocentrismo. A categoria Eu. Experiência, narrativa e processos de subjetivação. Drama e ritual na compreensão da emergência dos conflitos e enfretamento de crises. Corporeidade. Modalidades de interações sociais não verbais mediadas culturalmente. Responsável: Departamento de Antropologia e Museologia Carga horária: 60 hs Introdução à genética humana Ementa: Princípios fundamentais da genética humana. Interação entre aspectos genéticos e ambientais no comportamento humano. Alterações genéticas e suas repercussões no comportamento. Temas atuais de aplicação dos conhecimentos da Genética de interesse para a Psicologia. Responsável: Departamento de Genética Carga horária: 60 hs Psicobiologia e psicofarmacologia Ementa: Neurotransmissores e suas relações com o comportamento humano. Aspectos psicobiológicos e as interferências dos psicofármacos. Substâncias psicoativas e seus efeitos sobre o comportamento. Aspectos comportamentais Responsável: Departamento de Psicologia biopsicossociais das alterações 48 Carga horária: 60 hs Fundamentos de sociologia Ementa: A Sociologia e outras ciências. Modelo de análise sociológica. Conceitos sociológicos básicos. O social e a sociedade. Responsável: Departamento de Sociologia Carga horária: 60 hs Abordagem psicossomática do comportamento humano Ementa: Estudo do relacionamento corpo-psiquismo. Comportamento emocional e suas implicações no sistema corpo-mente. Conceito de saúde somato-psicossocial. Diversos tipos de enfermidades sob o aspecto psicossomático. Unidade sociopsicossomática do comportamento humano Responsável: Departamento de Neuropsiquiatria Carga horária: 60 hs Eixo 6- Práticas profissionais → Núcleo comum (componentes obrigatórios) Estágio de observação Ementa: Utilização da observação como procedimento que possibilite uma reflexão sobre processos psicológicos em curso. Delimitação do contexto e do fenômeno a ser observado. Identificação, descrição e inferência do fenômeno estudado. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 90 hs Estágio de planejamento de intervenção Ementa: Utilização de técnicas ou instrumentos da Psicologia para subsidiar a análise e interpretação de situações que possibilitem o planejamento de uma intervenção profissional. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 90 hs 49 Estágio Específico I Ementa: Planejamento de intervenção psicológica e sua realização, apoiados em um corpo de conhecimento teórico e técnico da Psicologia e ajustados a contextos institucionais e sociais específicos. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 240 hs Pré-requisito: ter cursado todos componentes do núcleo comum (obrigatório) Estágio Específico II Ementa: Atuação profissional, aprofundando as intervenções iniciadas no Estágio Específico I, integrando o conjunto de experiências vivenciadas e culminando com o registro descritivo e reflexivo propiciado pela experiência de estágio. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 240 hs Pré-requisito: ter cursado Estágio Especifico I Psicologia e saúde Ementa: Aspectos conceituais. História da saúde no Brasil. Princípios doutrinários do sistema de saúde. Psicologia aplicada ao campo da saúde. Diferentes níveis de atenção à saúde e a prática do psicólogo. Análise de situação, planejamento e intervenção na saúde. Intervenções em crise. Produção de recursos interventivos para promoção e prevenção da saúde. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia e saúde mental Ementa: Construção histórica da clínica e do campo da psicopatologia. Principais marcos teóricos da saúde mental. Concepções de normal e patológico em psicologia. A questão do psicodiagnóstico. Questões contemporâneas sobre a saúde mental e as redes de atendimento. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs 50 Psicologia e políticas públicas Ementa: Sistema de regulação social em uma sociedade de direitos. Dispositivos de regulação social. A psicologia e a construção de marcos legais. A atuação do psicólogo frente aos marcos legais e as politicas públicas. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia e trabalho Ementa: Desenvolvimento histórico do trabalho. O trabalho como constitutivo do sujeito: desenvolvimento pessoal, social e alienação. O trabalho na sociedade contemporânea. Trabalho e suas relações com o poder, a saúde e o gênero. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Processos psicossociais Ementa: Processos de socialização. Crenças e Atitude. Percepção social, estereótipo e preconceito. Categorização e identidade pessoal. Processo de influência social, Minorias ativas. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia e educação Ementa: Psicologia e concepções sobre a educação. Educação, sociedade e cultura. Políticas públicas e educação. Processos educacionais em diferentes contextos institucionais. Compromisso ético e social do psicólogo com a educação. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia e psicanálise Ementa: Movimento psicanalítico. Principais construtos do pensamento freudiano e pósfreudiano. A metapsicologia psicanalítica. A trama edípica. Teoria das pulsões e seus questionamentos. A contemporaneidade e os fenômenos clínicos. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs 51 → Núcleo complementar (componentes optativos) Psicologia e educação inclusiva Ementa: A dimensão histórica da inclusão e a educação inclusiva. Processos de construção do conhecimento de pessoas com deficiências. O papel do psicólogo na inserção dessas pessoas em diferentes contextos. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia clínica de base fenomenológica existencial Ementa: O fazer clínico na abordagem humanista, na Gestalt terapia e na abordagem fenomenológica e/ou existencial. Perspectivas da prática clínica no debate atual. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Teoria e técnica da clinica psicanalítica Ementa: A matriz da técnica psicanalítica e suas diferentes formas de atuação. Entrevistas preliminares e contrato terapêutico. Transferência, resistência e repetição. A interpretação psicanalítica. Intervenção e manejo clínico em diferentes contextos. Tempo, perlaboração e alta. A ética do cuidado em psicanálise. Estudos de casos clínicos. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia jurídica Ementa: Aspectos conceituais e históricos da constituição da interface da Psicologia com o Direito. Diferentes âmbitos de atuação do psicólogo no Judiciário. O trabalho em equipes interdisciplinares. Elaboração de documentos escritos decorrentes de avaliações psicológicas. Considerações éticas. Questões centrais no debate atual. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs 52 Trabalho e saúde Ementa: Modelos de organização e de gestão: relações com a saúde do trabalhador. Abordagens teórico-metodológicas da saúde no trabalho: riscos, acidentes e psicopatologias. Promoção da saúde do trabalhador: legislação protetora e preventiva. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Teoria e técnica da terapia cognitivo-comportamental Ementa: Pressupostos teórico-práticos. Processo terapêutico: psicodiagnóstico, estratégias e etapas de intervenção. Análise de casos clínicos. Implicações éticas. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia escolar e educacional Ementa: A instituição escolar e seus diferentes atores. Escolarização, desenvolvimento e subjetividade. Escola nas sociedades letradas. Fracasso escolar. Orientação à queixa escolar. Práticas relacionadas à atuação do psicólogo no contexto escolar e educacional. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia comunitária Ementa: História e perspectivas teóricas da Psicologia Comunitária. Aspectos metodológicos do desenvolvimento de comunidade. Atuação e papel do psicólogo na comunidade. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia hospitalar Ementa: História e conceitos relacionados à Psicologia Hospitalar. Relação saúdedoença no contexto hospitalar. Atuação e ferramentas de intervenção do psicólogo no hospital e junto à equipe multiprofissional de saúde. Processos psicossociais do sujeito hospitalizado. O psicólogo nos Programas de promoção à saúde. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs 53 Como comentado anteriormente, os estudantes para completarem a carga horária plena do perfil poderão fazer escolhas dentre componentes curriculares do perfil do Curso, eletivas livres ofertadas por outros cursos de graduação da UFPE, participação em Programa de Mobilidade Acadêmica reconhecido pela UFPE, e em atividades complementares regulamentadas por resolução PROACAD ou normatizadas Colegiado do Curso. Descrevemos abaixo as eletivas do perfil e as atividades complementares regulamentadas: → Eletivas do perfil Análise institucional Ementa: Perspectivas de análise institucional. Conceito de instituição, grupos e indivíduo. Ideologia e cultura nas instituições. Métodos de pesquisa e intervenção institucional. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Bases neurofisiológicas do comportamento Ementa: Nutrição e desenvolvimento fisiológico do sistema nervoso. Bases neurobiológicas do comportamento alimentar e seus transtornos. Bases neurobiológicas das emoções e seus transtornos. Fisiologia e expressão comportamental humana nas diferentes fases da vida. Exercício físico e adaptações neurofisiológicas. Responsável: Departamento de Nutrição Carga horária: 60 hs Introdução a LIBRAS Ementa: Reflexão sobre os aspectos históricos da inclusão das pessoas surdas na sociedade em geral e na escola; a LIBRAS como língua de comunicação social em contexto de comunicação entre pessoas surdas e como segunda língua. Estrutura linguística e gramatical da LIBRAS. Especificidades da escrita do aluno surdo, na produção de texto em Língua Portuguesa. O interprete e a interpretação como fator de inclusão e acesso educacional para os alunos surdos ou com baixa audição. Responsável: Departamento de Letras 54 Carga horária: 60 hs Lógica 1 Ementa: De que trata à lógica. Que é argumento. As proposições que compõem os argumentos. Argumentos dedutivos: categóricos, hipotéticos, incompletos e compostos. Validade dos categóricos e os diagramas de Venn, Argumento indutivo e a probabilidade indutiva. A enumeração, analogia e generalização estatística. As falácias formais e informais. A lógica como instrumento de descoberta da verdade: uma visão histórica. Responsável: Departamento de Filosofia Carga horária: 60 hs Psicologia do esporte Ementa: Fundamentos teóricos e metodológicos para a atuação do psicólogo no contexto do esporte e do exercício. Dimensões psicológicas na prática de atividades físicas. Particularidades psicológicas inerentes ao universo da competição. Habilidades mentais e alto rendimento. Esporte e saúde mental. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia e família Ementa: Concepções e configurações familiares ao longo da história. Família, diversidade de contextos sociais e desenvolvimento humano. Reprodução, sexualidade e parentesco. Relações de gênero, família e sociedade. Parentalidade e conjugalidade. Família e situações de vulnerabilidade. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia e inovação Ementa: Concepções de inovação. Contribuição dos estudos psicológicos para os processos de inovação. O papel do psicólogo em equipes de inovação. Design Thinking e resolução de problemas complexos. O sujeito do Design Centrado no Usuário. Criatividade e práticas de ideação. Práticas de concepção, prototipação e 55 desenvolvimento de projetos de inovação. Fundamentos psicológicos para o design de experiências e interações. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicologia, gênero e sexualidade Ementa: Teorias feministas e os estudos de gênero. Perspectivas teóricas no campo da sexualidade. Os sistemas normativos de sexo, gênero, sexualidade e desejo e suas imbricações na produção das subjetividades. Vulnerabilidade em decorrência da interface de gênero e outros marcadores sociais. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicoterapia de base fenomenológica existencial Ementa: Teoria da psicoterapia de base fenomenológica existencial. O processo terapêutico. Técnica da psicoterapia. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Psicoterapia de base psicanalítica Ementa: Teoria da psicoterapia de base psicanalítica. O processo terapêutico. Técnica da psicoterapia. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Tópicos em Psicologia 1 Ementa: Questões teóricas, metodológicas ou temáticas da Psicologia, de conteúdo variável, ofertada em caráter excepcional, para atender aspectos relevantes na formação do graduando. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs 56 Tópicos em Psicologia 2 Ementa: Questões teóricas, metodológicas ou temáticas da Psicologia, de conteúdo variável, ofertada em caráter excepcional, para atender aspectos relevantes na formação do graduando. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Trabalho, sociedade e relações interpessoais Ementa: Poder, controle e sujeição. Assédio no trabalho. Família, tempo e lazer. Abordagens teóricas e metodológicas. Considerações éticas e questões centrais no debate atual. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs → Atividades complementares Participação em Programas cuja creditação é regulamentada por resolução PROACAD, 60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres para cada atividade. Iniciação Científica Monitoria Extensão Participação em atividades cuja creditação é regulamentada pelo Colegiado do Curso, 60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres para cada atividade. Trabalho supervisionado em pesquisa Ementa: Participação em projeto de Pesquisa sob orientação de docentes da UFPE. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs Trabalho supervisionado em extensão Ementa: Participação em projeto de Extensão sob orientação de docentes da UFPE. Responsável: Departamento de Psicologia Carga horária: 60 hs 57 Participação no PET – Saúde (60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres) Monografia Ementa: Estudo sistemático de um problema na área de psicologia. Responsável: Docentes efetivos pertencentes a UFPE Carga horária: 60 hs O Quadro 2 apresenta a síntese da distribuição dos componentes nos núcleos comum e complementar, distribuídos por eixos e os componentes eletivos. Eixos Estruturantes Fundamentos epistemológicos e históricos (Eixo 1) Fundamentos teóricometodológicos (Eixo 2) Procedimentos para investigação científica e a prática profissional (Eixo 3) Fenômenos e processos psicológicos (Eixo 4) Núcleo comum (componentes obrigatórios) Núcleo complementar (componentes optativos) Controvérsias na psicologia Ética e direitos humanos Bases filosóficas da psicologia Epistemologia e história da psicanálise Epistemologia e história das teorias psicossociais Epistemologia e história da gênese das funções psicológicas Introdução à pesquisa Perspectivas e organização na pesquisa em psicologia Teorias para intervenção grupal Técnicas de análise qualitativa de dados Estatística aplicada à psicologia Práticas de intervenção em grupos Análise experimental do comportamento Projeto de pesquisa Prática de pesquisa Avaliação psicológica Técnicas psicométricas de avaliação psicológica Técnicas projetivas de avaliação psicológica Estágio de observação Estágio de planejamento de intervenção Construção de instrumentos de avaliação psicológica Intervenções psicossociais Psicologia e gestão de pessoas Psicologia do desenvolvimento Processos de subjetivação Psicologia e linguagem Processos cognitivos Processos socioafetivos Neuropsicologia Psicologia da infância Psicologia da adolescência e da juventude Psicologia da vida adulta e da velhice Aprendizagem e desenvolvimento cognitivo Processos sensório-perceptivos 58 Interfaces com campos afins do conhecimento (Eixo 5) Práticas profissionais (Eixo 6) Psicologia e cultura Psicopatologia Neurofisiologia Neuroanatomia funcional Introdução à psiquiatria Interfaces da antropologia com a psicologia Fundamentos de sociologia Introdução à genética humana Psicobiologia e psicofarmacologia Abordagem psicossomática do comportamento humano Psicologia e saúde Psicologia e saúde mental Psicologia e políticas públicas Psicologia e trabalho Processos psicossociais Psicologia e educação Psicologia e psicanálise Estágio especifico I Estágio específico II Psicologia e educação inclusiva Psicologia clínica de base fenomenológica existencial Teoria da técnica da clinica psicanalítica Psicologia jurídica Trabalho e saúde Teoria e técnica da terapia cognitivocomportamental Psicologia escolar e educacional Psicologia comunitária Psicologia hospitalar Núcleo eletivo Componentes eletivos do perfil Análise institucional Bases neurofisiológicas do comportamento Introdução a LIBRAS Lógica 1 Psicologia do esporte Psicologia e família Psicologia e inovação Psicologia, gênero e sexualidade Psicoterapia de base fenomenológica existencial Psicoterapia de base psicanalítica Tópicos em Psicologia 1 Tópicos em Psicologia 2 Trabalho, sociedade e relações interpessoais Atividades acadêmicas Eletivas livres Participação em Programas cuja creditação é regulamentada por resolução PROACAD Componentes ofertados por outros cursos de graduação da UFPE Participação em atividades cuja creditação é regulamentada pelo Colegiado do Curso Participação em Programa de Mobilidade Acadêmica reconhecido pela UFPE na qual o componente não foi considerado equivalente ao perfil do Curso Trabalho Supervisionado em Pesquisa Trabalho Supervisionado em Extensão Participação no PET – Saúde Monografia Para integralizar a carga horária plena do Curso de Psicologia de 4080 horas, o estudante deverá cursar 1620 horas em componentes curriculares do núcleo comum (componentes obrigatórios), 660 horas em estágios básicos e específicos, 900 horas em componentes do núcleo complementar (componentes optativos), distribuídos nos seis eixos estruturantes, 900 horas em componentes eletivos (que poderão ser eletivas do perfil, eletivas livres ofertadas por outros cursos da UFPE, em Programa de Mobilidade Acadêmica reconhecido pela UFPE e em atividades complementares regulamentadas por resolução PROACAD ou pelo Colegiado do Curso). 59 A distribuição da carga horária obrigatória e optativa a ser cumprida considerando os eixos estruturantes preconizados pela resolução de Resolução nº 5, de 15 março 2011, pode ser visualizada nos quadros a seguir. Eixo 1: Fundamentos epistemológicos e históricos Carga horária total a ser integralizada: 240 horas Componentes obrigatórios Controvérsias na psicologia Ética e direitos humanos Bases filosóficas da psicologia Total Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados) Epistemologia e história da psicanálise Epistemologia e história das teorias psicossociais Epistemologia e história da gênese das funções psicológicas Total Teórica Prática 60 60 60 180 horas 60 60 60 60 horas Eixo 2: Fundamentos teórico-metodológicos Carga horária total a ser integralizada: 240 horas Componentes obrigatórios Introdução à pesquisa Perspectivas e organização na pesquisa em psicologia Teorias para intervenção grupal Total Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados) Técnicas de análise qualitativa de dados Estatística aplicada à psicologia Práticas de intervenção em grupos Análise experimental do comportamento Projeto de pesquisa Prática de pesquisa Total Teórica Prática 60 60 60 180 horas 60 60 60 60 - 60 60 60 horas Eixo 3: Procedimentos para investigação científica e a prática profissional Carga horária total a ser integralizada: 420 horas Componentes obrigatórios Avaliação psicológica Técnicas psicométricas de avaliação psicológica Técnicas projetivas de avaliação psicológica Estágio de observação Estágio de planejamento de intervenção Total Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados) Construção de instrumentos de avaliação psicológica Intervenções psicossociais Psicologia e gestão de pessoas Total Teórica Prática 60 30 30 30 30 90 90 360 horas 30 60 60 30 60 horas 60 Eixo 4: Fenômenos e processos psicológicos Carga horária total a ser integralizada: 420 horas Componentes obrigatórios Psicologia do desenvolvimento Processos de subjetivação Psicologia e linguagem Processos cognitivos Processos socioafetivos Neuropsicologia Total Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados) Psicologia da infância Psicologia da adolescência e da juventude Psicologia da vida adulta e da velhice Aprendizagem e desenvolvimento cognitivo Processos sensório-perceptivos Total Teórica Prática 60 60 60 60 60 60 360 horas 60 60 60 60 60 60 horas Eixo 5: Interfaces com campos afins do conhecimento Carga horária total a ser integralizada: 360 horas Componentes obrigatórios Psicologia e cultura Psicopatologia Neurofisiologia Neuroanatomia funcional Introdução à psiquiatria Total Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados) Interfaces da antropologia com a psicologia Fundamentos de sociologia Introdução à genética humana Psicobiologia e psicofarmacologia Abordagem psicossomática do comportamento humano Total Teórica Prática 60 30 30 45 15 60 30 30 300 horas 60 60 30 60 60 30 60 horas Eixo 6: Práticas profissionais Carga horária total a ser integralizada: 960 horas Teórica Prática Componentes obrigatórios Psicologia e saúde 60 Psicologia e saúde mental 60 Psicologia e políticas públicas 60 Psicologia e trabalho 60 Processos psicossociais 60 Psicologia e educação 60 Psicologia e psicanálise 60 Estágio Especifico 1 240 Estágio Especifico 2 240 Total 900 horas Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados) Psicologia e educação inclusiva 60 Psicologia clínica de base fenomenológica existencial 60 Teoria e técnica da clinica psicanalítica 60 - 61 Psicologia jurídica Trabalho e saúde Teoria e técnica da terapia cognitivo-comportamental Psicologia escolar e educacional Psicologia comunitária Psicologia hospitalar Total 60 60 60 60 60 60 60 horas Ressalta-se que para integralizar a carga horária do núcleo complementar, que corresponde aos componentes optativos (900hs do perfil pleno do curso), o estudante além das 360 horas escolhidas em relação aos seis eixos estruturantes (o que corresponde a um componente em cada Eixo), deverá cursar mais 9 (nove) componentes optativos, de livre escolha, dentre os componentes ofertados no núcleo complementar, perfazendo um total de mais 540 horas de componentes complementares. Componentes eletivos Carga horária total a ser integralizada: 900 horas Componentes eletivos do perfil Teórica Análise institucional 60 Bases neurofisiológicas do comportamento 30 Introdução a LIBRAS 60 Lógica 1 60 Psicologia do esporte 60 Psicologia e família 60 Psicologia e inovação 60 Psicologia, gênero e sexualidade 60 Psicoterapia de base fenomenológica existencial 60 Psicoterapia de base psicanalítica 60 Tópicos em Psicologia 1 60 Tópicos em Psicologia 2 60 Trabalho, sociedade e relações interpessoais 60 Atividades complementares regulamentadas por resolução da PROACAD 60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres para cada atividade Iniciação Cientifica Monitoria Extensão Atividades complementares normatizadas pelo colegiado do Curso 60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres para cada atividade. Trabalho supervisionado em pesquisa Trabalho supervisionado em extensão PET - Saúde Monografia Componentes cursados em outros cursos de graduação da UFPE Componentes cursados em Mobilidade Acadêmica Prática 30 - 60 60 60 60 60 60 60 62 Em síntese, para a integralização da carga horária plena do Curso de Psicologia o estudante deverá cursar 2280 horas de componentes do núcleo comum (1620 horas em componentes obrigatórios e 660 horas em estágios básicos e específicos), totalizando 56% da carga horária plena do Curso, 900 horas de componentes do núcleo complementar (22% componentes optativos) e 900 horas eletivas, 22% que poderão ser cursados em eletivas do perfil, eletivas de outros cursos e/ou atividades complementares. O Quadro 4 fornece uma síntese da carga horária a ser cursada pelo estudante considerando o núcleo comum (componentes obrigatórios), o núcleo complementar (componentes optativos), por eixo estruturante, e o núcleo eletivo (componentes e atividades acadêmicas) Núcleos Núcleo Comum (obrigatórios) Núcleo Complementar (optativos) Núcleo eletivo Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Cursar Total horas Componentes 180 180 180 360 300 420 - 1620hs Estágios - - 180 - - 480 - 660 hs Componentes 60 60 60 60 60 60 540 900hs Componentes e atividades acadêmicas Carga horária plena do Curso a ser integralizada 900 hs 4080hs Caso o estudante exceda a carga horária de componentes optativos, recomendado pelo perfil curricular, o excedente será creditado como carga horária de componentes eletivos para a integralização da carga horária plena do Curso. Também serão creditados como carga horária eletiva os resíduos de horas de carga horária gerado por dispensa de componentes curriculares ou por equivalências. O Anexo 1 apresenta o quadro de equivalência interna dos componentes curriculares, sendo apresentado no Item 14 os componentes do núcleo comum (obrigatórios) por período. Em relação ao estágio não obrigatório, conforme preconiza a Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008, a sua carga horária será acrescida à carga horária plena do Curso (4080 horas a ser integralizada). 63 A integração curricular de acordo com o parecer CNE/CES no 8/2007 aprovado em 31/01/2007, preconiza que os cursos com carga horária entre 3600 e 4000h tem como limite mínimo para a integralização de 5 (cinco) anos, exceto em “virtude do desenvolvimento de cursos, em regimes especiais, como em turno integral”. Em face do exposto, considerando-se que os estudantes do Curso de Psicologia da UFPE poderão realizar os componentes curriculares em turno integral (manhã e tarde), bem como a Universidade oferece diferentes cursos noturnos, nos quais eles poderão cursar componentes eletivos livres, possibilitando, assim, que o discente reduza o tempo de integralização da carga horária plena do Curso. O Colegiado do Curso de Graduação define o tempo de integralização, mínimo e máximo, a saber: Tempo mínimo 10 semestres Tempo máximo 16 semestres 11. Corpo docente Ficha do Curso | Docentes Curso | Psicologia Vinculação | Departamento de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas * Área em que o docente prestou concurso ** Qualificação profissional é o curso de graduação Nome CPF Área de conhecimento* Titulação Qualificação profissional** Regime de trabalho Vinculo empregatício Alessandra Ramos Castanha 021.030.754-47 Psi Social Doutor Psicologia DE Estatutário Alexsandro Medeiros do Nascimento 762.273.404-72 Psi Cognitiva Doutor Psicologia DE Estatutário Alina Galvão Spinillo 128.719.904.68 Psi Geral Psicologia DE Estatutário Ana Karina Moutinho Lima 616.710.454.91 Psi Trabalho Psicologia DE Estatutário Antonio Roazzi 216.325.704.59 Psi Geral Psicologia DE Estatutário Benedito Medrado Dantas 638.807.685.87 Psi Clínica Psicologia DE Estatutário Doutor Doutor Doutor Doutor 64 Cilene Rejane Ramos Alves de Aguiar 482.329.124.72 Psi Geral Doutor Psicologia DE Estatutário Eniel Sabino de Oliveira 124.187.814.53 Psi Geral Mestre Psicologia DE Estatutário Cilene Rejane Ramos Alves. de Aguiar 083.200.957.19 Neurociências Doutor Psicologia DE Estatutário Euda Kaliani Gomes Teixeira Rocha 028.691.504.90 Psi Trabalho Doutor Psicologia DE Estatutário Jorge Luiz Cardoso Lyra-da -Fonseca 687.896.374-53 Psi Social Doutor Psicologia DE Estatutário Jose Maurício Haas Bueno 075.434.858-00 Avaliação psicológica Doutor Psicologia DE Estatutário Karla Galvão Adrião 819.857.464.68 Psi Aplicada à saúde Doutor Psicologia DE Estatutário Luciana Leila Fontes Vieira 018.842.354-09 Psi Clínica e saúde mental Doutor Psicologia DE Estatutário Luciane De Conti 636.306.560-72 Psi Cognitiva Doutor Psicologia DE Estatutário Luciano Rogério de Lemos Meira 373.778.254.72 Psi Geral Doutor Pedagogia DE Estatutário Lucinda Maria da Rocha Macedo 047.490.494.68 Psi Geral Doutor Psicologia DE Estatutário Luis Felipe Rios do Nascimento 515.369.604.97 Psi Clínica Doutor Psicologia DE Estatutário Maria de Fátima de Souza Santos 194.368.234.87 Psi Geral Psicologia DE Estatutário Maria Isabel Patrício de Carvalho Pedrosa 111.616.124.91 Psi Geral Psicologia DE Estatutário Maria Lúcia de Bustamante Simas 884.802.407.68 Psi Experimental Doutor Psicologia DE Estatutário 255.794.444.00 Psi Escolar Mestre Psicologia DE Estatutário Doutor Psicologia DE Estatutário Maria Lucicleide Falcão de Melo Rodrigues Psi Geral Doutor Doutor Rafael Diehl 887.454.900-82 Renata Maria Toscano Barreto Lyra Nogueira 027639164-06 Neurociências Doutor Psicologia DE Estatutário Rubenilda Maria Rosinha Rarbosa 165.985.804-63 Psi Geral Doutor Psicologia DE Estatutário Selma Leitão Santos 275.949.804.25 Psi Geral Doutor Psicologia DE Estatutário 65 Nome CPF Área de conhecimento* Titulação Síntria Labres Lautert 400.657.310.34 Psi Cognitiva Sylvio Jose Barreto da Rocha Ferreira 066.273.664.87 Telma Costa de Avelar Willher Nogueira dos Santos Zelia Maria Monteiro Higino da Silva Qualificação profissional** Regime de trabalho Vinculo empregatício Doutor Psicologia Pedagogia DE Estatutário Psi Geral Mestre Psicologia DE Estatutário 138.221.604.15 Psi Geral Mestre Psicologia DE Estatutário 321.056.224.53 Avaliação psicológica Mestre Psicologia DE Estatutário Mestre Psicologia DE Estatutário 439.554.794.04 Psi Trabalho Docentes de outros departamentos que ministram componentes no Curso de Psicologia Vinculação | Departamento de Anatomia do Centro de Ciências Biológicas Nome CPF Área de conhecimento* Titulação Manuela Figueiroa Lira de Freitas 025.955.144-90 Anatomia Doutor Qualificação profissional** Regime de trabalho Vinculo empregatício Medicina veterinária DE Estatutário Vinculação | Departamento de Antropologia e Museologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas Luiz Cavalcanti Lacerda 125.941.941-00 Antropologia Doutor Ciências sociais DE Estatutário DE Estatutário Vinculação | Departamento de Estatística do Centro de Ciências Exatas da Natureza Cristiano Ferraz 766.755.724-15 Estatística Doutor Estatística Vinculação | Departamento de Filosofia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas Jesus Vásquez Torres 07057261420 Filosofia Moderna Doutor Filosofia DE Estatutário Iara Gonçalves Guerra 127.636.404-00 Introdução a Filosofia e Lógica Especialista Filosofia DE Estatutário Vinculação | Departamento de Genética do Centro de Ciências Biológicas Vilma Loreto da Silva 023.577.414-65 Genética Doutor Ciências Biológicas Bacharelado DE Estatutário LIBRAS Mestre Letras DE Estatutário Vinculação | Departamento de Letras Jurandir Ferreira Dias Júnior 027900704-31 Vinculação | Departamento de Neuropsiquiatria Centro de Ciências da Saúde Everton Botelho Sougey 128.823.804-53 Psiquiatria Doutor Medicina DE Estatutário João Ricardo Mendes de Oliveira 186.121.178-77 Psiquiatria Doutor Medicina DE Estatutário 66 Murilo Duarte da Costa Lima 126.005.984-72 Psiquiatria Doutor Medicina Filosofia DE Estatutário Vinculação | Departamento de Nutrição Centro de Ciências da Saúde Ana Paula Rocha de Melo 587.002.004-25 Fisiologia Doutor Nutrição DE Estatutário Juliana Maria Carrazzone Borba 879.889.254-15 Fisiologia Doutor Nutrição DE Maria Surama pereira da Silva 715.231.034-34 Fisiologia Doutor Nutrição DE 166.653.684-91 Fisiologia Doutor Medicina DE 032.565.374-72 Fisiologia Doutor Medicina DE Estatutário Estatutário Estatutário Raul Manhaês de Castro Rubem Carlos Araújo Guedes Estatutário Vinculação | Departamento de Sociologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas Rosane Maria Alencar da Silva 544.184.964-91 Sociologia: sociedade e educação Doutor Pedagogia DE 12. Suporte para o funcionamento do Curso O Departamento de Psicologia da UFPE é responsável pelo Curso de graduação em Psicologia, pela Clinica Psicológica, pelas Pós-graduações em Psicologia Cognitiva e em Psicologia (ambas com a modalidade de mestrado e doutorado), pela Empresa Junior, pelos Laboratórios e Núcleos de Pesquisa. O Departamento ocupa três andares do Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCH, 7º, 8º e 9º andares. Nestes andares ficam localizados: Coordenação do Curso de Psicologia (9º andar), Chefia do Departamento (9º andar), Clinica Psicológica e sala Pró-saúde (7º andar), Pós-graduação em Psicologia (9º andar), Pós-graduação em Psicologia Cognitiva (8º andar), Ethos Consultoria Jr (9º andar), as salas de professores e Laboratórios e Núcleos de Pesquisa (7º , 8º e 9º andares). As salas de aula do Curso de Psicologia funcionam no 2 o e 3o andares do CFCH e no Núcleo de Atividade de Ensino – NIATE e os estudantes contam com um importante acervo bibliográfico nas diferentes bibliotecas da UFPE. Detalhamos abaixo esses setores: Estatutário 67 12. 1. Clínica Psicológica A Clínica Psicológica é uma entidade pública, ligada ao Departamento de Psicologia da UFPE, que existe em função de três vetores: (i) Ensino - fornecendo campo para que as diversas formas de capacitação do aluno de graduação em psicologia possam ser implementadas; (ii) Pesquisa -: enquanto lugar de revisão e construção do saber clínico ou daqueles com os quais se relacione, buscando novas formas de prática e ampliando seu aparato teórico e técnico, proporcionando ao estudante uma possibilidade maior de escolha entre os serviços disponíveis e ao usuário o contato com um quadro mais amplo de possibilidades de assistência; (iii) Extensão - enquanto um serviço de atendimento psicológico à população (adultos, adolescentes e crianças), a ClínicaEscola tem permitido que a universidade e o psicólogo que nela conclui sua graduação se insiram socialmente, estabelecendo uma ponte entre a comunidade e a universidade. A Clínica Psicológica tem por objetivos: (i) responder às exigências da formação prática dos alunos do Curso de Psicologia na área da Psicologia Clínica, proporcionando-lhes condições para um treinamento que os habilite ao exercício da profissão; (ii) realizar e colaborar em trabalho e pesquisa no campo da Psicologia; (iii) oferecer assistência psicológica à comunidade. Infraestrutura física: a Clínica Psicológica conta com seis salas de atendimento psicológico individual para adultos, duas salas de atendimento psicológico para crianças, uma sala de atendimento psicológico em grupo, três salas para atividades de pesquisa, uma sala de reunião, uma sala multiuso, todas com os equipamentos adequados à realização das atividades nelas desenvolvidas. São atividades desenvolvidas na clinica psicológica: (i) atendimento psicológico (“Plantão Psicológico”) - Se constitui como uma modalidade de atendimento psicológico emergencial e pontual, a fim de minimizar o sofrimento existencial, focando nas necessidades levantadas no momento da procura, além de permitir ao usuário a reflexão sobre a demanda apresentada e uma resolutividade mais imediata. (ii) atendimento psicológico (“Psicoterapia”) - Trata-se de uma modalidade de atendimento, centrada no modelo da Psicoterapia Breve, nos casos em que se exige uma temporalidade mais extensa para o acompanhamento, trabalhando-se neste processo aspectos do psiquismo mais abrangentes do que aqueles claramente identificados com a demanda apresentada inicialmente. (iii) atendimento psicológico (“Acompanhamento terapêutico”) – Trata-se de um dispositivo caracterizado por intervenções no território 68 público ou privado do usuário, fora do “setting” institucional. Destina-se a facilitar o restabelecimento das atividades e dos vínculos sociais cotidianos, prejudicados por algum fator psíquico ou orgânico. (iv) supervisão aos estudantes que estão em estágio curricular e são responsáveis pelo atendimento aos usuários - Atividade onde cada estagiário apresenta, discute e recebe de um profissional experiente a orientação sobre o andamento dos casos clínicos sob sua responsabilidade, tendo como perspectiva fundamental a dimensão ética e a adequação à abordagem teórica utilizada.(v) supervisão de estudos teóricos - O estagiário poderá ser supervisionado no aprofundamento teórico necessário ao melhor desenvolvimento da sua atuação no estágio, com a adequada escolha de textos pertinentes e sua compreensão.(vi) pesquisa na área de psicologia - O estagiário poderá participar opcionalmente, durante o seu período de estágio, de atividades de pesquisa que estejam sendo desenvolvidas no âmbito da Clínica Psicológica por algum dos seus profissionais em psicologia. Neste caso, necessariamente a participação será condicionada à aceitação do estagiário pelo responsável pela pesquisa, de acordo com os critérios que este julgar adequados. A abrangência desta participação também será estipulada pelo pesquisador, que atuará, ainda, como supervisor. (vii) encontros científicos - Encontros de formação complementar, envolvendo todos os profissionais e estagiários, onde são realizadas atividades diversas visando o aprofundamento, a ampliação, e a crítica dos diferentes aspectos teórico-práticos do fazer clínico. São utilizados os recursos de estudos de caso, palestras, “rodas de conversa”, filmes seguidos de debates, etc. (viii) conhecendo a Clínica - Atividade inicial do estágio, visa familiarizar o estudante com todas as dimensões da Clínica Psicológica (sua especificidade, sua tarefa primária, seu público, seu fluxo, suas normas, os direitos e deveres de cada membro, entre outros), bem como a capacitação deste para lidar com os instrumentais exigidos na formalização das atividades por ele a serem desenvolvidas (fichas de acompanhamento, fichas de encaminhamento, etc.) (ix) atividades individuais - Carga horária destinada ao desenvolvimento de atividades realizadas individualmente, como preenchimento de “Fichas de acompanhamento”, “Fichas de encaminhamento”, estudos teóricos individuais, elaboração de relatos dialogados, apontamentos clínicos diversos, etc. A equipe da Clinica Psicológica conta atualmente com a participação de professores do Departamento de Psicologia da UFPE e de técnicos em psicologia, os quais desempenham o papel de supervisores. Conta, ainda, com duas secretárias administrativas, dois estudantes-bolsistas e uma responsável pelos serviços de 69 manutenção e limpeza. Pertencem também à equipe todos os estudantes que realizam estágios obrigatórios na Clínica. O Estágio Supervisionado Obrigatório no âmbito da Clínica Psicológica se constitui numa oportunidade oferecida aos estudantes de graduação visando a capacitálos para o desempenho de procedimentos teórico-metodológicos no campo da psicologia clínica. Mais especificamente, objetiva habilitá-los para atuações eficazes que envolvam a escuta e a intervenção psicológica. Por outro lado, proporciona a vivência e o aprendizado do fazer psicológico em ambiente institucional público. O conjunto das experiências se constitui no veículo através do qual ele pode exercitar a reflexão sobre os aspectos políticos e éticos envolvidos no exercício profissional e do psicólogo clínico, em particular. A clientela atendida - Crianças, adolescentes e adultos, com orientações teóricas (Psicanalítica. Psicossocial e Centrada na pessoa), sendo as vagas ofertadas por semestre decididas pelo seu Conselho Geral, de acordo com o interesse e a disponibilidade da Clinica, sendo realizados dois processos seletivos, no primeiro e segundo semestres acadêmicos. Esses processos são divulgados no âmbito do CFCH da UFPE, onde são discriminados os critérios de seleção. O estagiário realizará um mínimo de 12 horas semanais, podendo realizar até o máximo de 23 horas semanais. A carga horária total mínima do estágio é de 544 horas e a máxima de 1030 horas, sempre sob a orientação de docentes do Departamento de Psicologia e supervisores da Clinica psicológica que podem ser técnicos ou docentes. 12. 2. Laboratórios e núcleos de pesquisa O curso de graduação em Psicologia conta com os seguintes Laboratórios e Núcleos de pesquisa que convergem para a realização de investigações levadas a cabo no Departamento para o desenvolvimento e ampliação das linhas de pesquisa, com claro incentivo à produção docente e discente. Os laboratórios e grupos de pesquisa do Departamento possuem equipamentos e material necessário ao desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa, como computadores, impressoras, gravadores digitais, equipamentos multimídia e a sua maioria se constitui em grupos de pesquisa certificados pelo CNPQ. 1. Grupo de Estudos e Orientação Psicopedagógica | GEOP | 9º andar Responsáveis: Telma Costa Avelar & Zélia Maria Higino da Silva 2. Laboratório de Análise Interacional e Videografia | LAIV | 8º andar 70 Responsável: Luciano Rogério de Lemos Meira 3. Laboratório de Comunicação e Linguagem na Primeira Infância | LABCOM | 9º andar Responsável: Maria Conceição Lyra Diniz 4. Laboratório de Estudos da Autoconsciência, Consciência, Cognição de Alta Ordem e Self | LACCOS | 8º andar Responsável: Alexsandro Medeiros do Nascimento 5. Laboratório de Estudos da Sexualidade Humana | LAB-ESHU | 7º andar Responsável: Luís Felipe Rios do Nascimento & Karla Galvão Adrião www.labeshu.com.br 6. Laboratório de Interação Social Humana | LABINT | 9º andar Responsáveis: Maria de Fátima de Souza Santos & Maria Isabel Patrício de Carvalho Pedrosa 7. Laboratório de Percepção Visual | LABVIS | 9º andar Responsável: Maria Lucia de Bustamante Simas 8. Laboratório de Pesquisa em Psicologia Clínica | LABCLIN | 7º andar Responsável: Luciana Leila Fontes Vieira 9. Laboratório de Psicologia Experimental | LABPEX | 9º andar Responsável: Cilene Rejane Ramos Alves de Aguiar 10. Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Temas do Trabalho | NUT | 9º andar Responsável: Euda Kaliani Gomes Teixeira Rocha 11. Núcleo de Pesquisa da Argumentação | NupArg | 8º andar Responsável: Selma Leitão Santos www.ufpe.br/nuparg 12. Núcleo de Pesquisa em Epistemologia Experimental e Cultural | NEC | 8º andar Responsável: Antonio Roazzi 13. Núcleo de Pesquisa em Gênero e Masculinidades | GEMA | 9º andar Responsável: Benedito Medrado & Jorge Lyra 14. Núcleo de Pesquisa em Narrativa, Cultura e Desenvolvimento | 8º andar Responsável: Luciane De Conti 15. Núcleo de Pesquisa em Psicologia da Educação Matemática | NUPPEM | 8º andar Responsáveis: Alina Galvão Spinillo & Sintria Labres Lautert 71 12.3. Biblioteca ligada à rede mundial de computadores O Programa conta com o acervo da Biblioteca Setorial do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, no qual está alocado e também tem acesso ao grande acervo da Biblioteca Central da UFPE, bem como as bibliotecas dos demais centros acadêmicos, especialmente o Centro de Educação, Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Centro de Ciências da Saúde. Os serviços oferecidos pelas bibliotecas da UFPE caracterizam-se por: (i) catálogo disponível para consulta; (ii) sistema informatizado; (iii) comutação bibliográfica; (iv) rede integrada de bibliotecas; (v) reserva de bibliografia usada nos cursos; (vi) acesso disponível pela Wifi / Internet aos serviços; (vii) acesso disponível pela Wifi/ Internet ao catálogo; (viii) acesso disponível pela Wifi / Internet ao acervo e (ix) acesso ao Portal de Periódicos da CAPES. Outro serviço disponível aos discentes e docentes é o banco de teses e dissertações produzidas pela Universidade que está disponível na página da UFPE e/ou nos sites dos Programas de Pós-graduações. A Tabela 1 ilustra o acervo bibliográfico do CFCH| UFPE - 2012. Tabela 1. Acervo bibliográfico do CFCH | UFPE - 2012. Acervo bibliográfico CFCH Livros Área de conhecimento Periódicos Títulos* Exemplares Ciências Humanas 24.591 47.519 714 Psicologia 2.813 (**) 122 * Campus Recife – área de conhecimento de psicologia 9.002 (títulos) (**) Informação não disponibilizada. 13. Sistemática de concretização do projeto pedagógico Há uma decisão do Departamento de Psicologia de criação do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) que deverá integrar a Clínica Psicológica e demais projetos de pesquisa e de extensão voltados especificamente para o atendimento à comunidade em geral ou para estudos de intervenção. Esses projetos deverão também se constituir em espaços de práticas para os estudantes de Psicologia tanto nas modalidades de 72 estágios básicos e específicos como Trabalhos Supervisionados em Pesquisa e/ou Extensão, atividades de iniciação científica ou de extensão. Para concretizar esse Serviço, já está em fase de finalização a construção do espaço físico e a compra do mobiliário necessário para a sua infraestrutura. Porém, para a efetivação de um trabalho interdisciplinar e para a ampliação das vagas de estágio disponíveis no referido serviço, é necessária a contratação de técnicos como os psicólogos, psiquiatras, e outros profissionais do campo da saúde. Ademais, considerando-se que a proposta pedagógica apresenta áreas clássicas e mais recentes no campo da psicologia, vislumbra-se absorção de mais docentes para atuarem em áreas tais como, desenvolvimento, hospitalar, jurídica, cognitivo comportamental e fenomenológica existencial. 14. Estrutura Curricular de componentes obrigatórios por período Sigla Depto COMPONENTES OBRIGATÓRIOS Carga Horária Cred Ch total Teo Prát 60h - 4 60h 60h - 4 60h 60h -- 4 60h 60h - 4 60h 30h 30h 3 60h Pré-Requisitos 1º PERÍODO PS PS PS PS AN Controvérsias na psicologia Processos socioafetivos Processos cognitivos Psicologia do desenvolvimento Neuroanatomia funcional 300 HORAS TOTAL 2º PERÍODO PS PS PS NU PS Processos de subjetivação Processos psicossociais Introdução à pesquisa Neurofisiologia Avaliação psicológica 60h - 4 60h 60h - 4 60h 60h - 4 60h 45h 15h 3 60h 60h - 4 60h 300 HORAS TOTAL 3º PERÍODO PS PS PS PS Perspectivas e organização na pesquisa em psicologia Neuropsicologia Técnicas psicométricas de avaliação psicológica Psicologia e linguagem TOTAL 60h - 4 60h 60h - 4 60h 30h 30h 3 60h 60h - 4 60h 240 HORAS Co-Requisitos 73 4º PERÍODO PS NP Estágio de observação Psicopatologia - 90h 6 90h 30h 30h 3 60h 150 HORAS TOTAL 5º PERÍODO PS NP PS PS PS Teorias para intervenção grupal Introdução à psiquiatria Psicologia e Saúde Psicologia e educação Psicologia e trabalho 60h - 4 60h 30h 30h 3 60h 60h - 4 60h 60h - 4 60h 60h - 4 60h 300 HORAS TOTAL 6º PERÍODO PS PS Estágio de planejamento de intervenção Ética e direitos humanos - 90h 6 90h 60h - 4 60h 150 HORAS TOTAL 7º PERÍODO PS PS FL Psicologia e cultura Psicologia e psicanálise Bases filosóficas da psicologia 60h - 4 60h 60h - 4 60h 60h - 4 60h 180 HORAS 8º PERÍODO PS PS PS Técnicas projetivas de avaliação psicológica Psicologia e saúde mental Psicologia e políticas públicas 30h 30h 3 60h 60h - 4 60h 60h - 4 60h 180 HORAS TOTAL 9º PERÍODO PS Estágio especifico I 240h 16 240h Ter cursado dos componentes do núcleo comum (obrigatórias) 240 HORAS TOTAL 10º PERÍODO PS Estágio especifico II 240h 16 TOTAL 240h Estágio especifico I 240 HORAS Ressalta-se que os componentes optativos ao longo dos dez semestres não terão periodização, sendo ofertados no mínimo cinco componentes por semestre de tal forma que ao longo dos dez semestres de integralização do Curso, o estudante tenha duas oportunidades de cursar cada componente curricular optativo. 74 15. Dispositivos legais e normativos Dispositivo Legal Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso 1 2 Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004) 3 Titulação do corpo docente (Art. 66 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996) Explicitação do dispositivo Observações O Projeto Pedagógico do Curso de Psicologia está coerente com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Este item pode ser verificado nas páginas 7 e 25, bem como existe um detalhamento das competências, atitudes e habilidades e a organização curricular (p. 29 – 63). O Quadro 4, página 62, fornece uma síntese da carga horária a ser cursada pelo estudante. A Educação das Relações Étnico-Raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que dizem respeito aos afrodescendentes são tratados de forma direta ou transversal nos componentes curriculares atividades curriculares. Todo corpo docente tem formação em PósGraduação. Este item referente às relações étnico-raciais é contemplado de maneira transversal, de forma direta ou indireta, em diferentes componentes curriculares, como discriminados a seguir: no componente Interfaces da Antropologia com a Psicologia, item “cultura, corpo e subjetivação”; no componente Fundamentos da Sociologia, itens “Raças e etnicidade: conceitos e políticas” e “Desigualdades sociais: principais formas de desigualdades”; no componente Psicologia e Saúde mental, item “Saúde Mental e as questões étnico-raciais”; no componente Psicologia e Políticas Públicas, itens “Democracia, movimentos sociais e ONG: contribuições a partir do olhar da Psicologia”, “Psicologia e direitos humanos: fundamentos de uma prática profissional no campo das políticas públicas”, “Campos de práticas em políticas públicas para a Psicologia e os psicólogos: diversidades de interfaces e especificidades” e “Alguns campos de ebulição: políticas no campo das questões étnico-raciais”; no componente Processos psicossociais, todo o conteúdo programático possibilita uma reflexão sobre o tema de que trata a Resolução; no componente Psicologia e educação inclusiva, item “Psicologia e inclusão”; no componente Psicologia jurídica, item “violência étnico-racial; no componente Trabalho, sociedade e relações interpessoais, item “A questão racial no trabalho”. Além destes conteúdos, os componentes Projeto de Pesquisa, Prática de pesquisa e as Atividades acadêmicas Trabalho Supervisionado em Pesquisa, Trabalho Supervisionado em Extensão e Monografia podem contemplar as temáticas das relações étnico–raciais, nas suas produções. Ademais, nos Estágios Específicos I e II, os discentes são expostos frequentemente a situações de forma direta ou tangencial que envolvem questões étnico-raciais, sendo estas situações alvo de reflexões, seja no espaço da supervisão direta na prática, local onde o discente realiza o estágio, ou no espaço dialogado de orientação acadêmica, com o docente da UFPE. O corpo docente do Curso de graduação em Psicologia é constituído de 47 professores, sendo 40 doutores (85%), seis mestres (13%) e um especialista (2%). O item 11, páginas 63 a 66 apresenta os docentes do departamento de Psicologia e de outros departamentos que ministram componentes no Curso. 75 4 Dispositivo Legal Explicitação do dispositivo Núcleo Docente Estruturante (NDE) Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Graduação em Psicologia foi designado pelo Reitor Anísio Brasileiro de Freitas Dourado através da Portaria no 5477, de 11 de dezembro de 2012. (Resolução CONAES N° 1, de 17/06/2010) Carga horária mínima, em horas – para Bacharelados e Licenciaturas 5 Resolução CNE/CES N° 02/2007 (Graduação, Bacharelado, Presencial). Resolução CNE/CES N° 04/2009 (Área de Saúde, Bacharelado, Presencial). Resolução CNE/CP 2 /2002 (Licenciaturas) Resolução CNE/CP Nº 1 /2006 (Pedagogia) O Curso de Psicologia atende à carga horária mínima em horas estabelecidas nas resoluções. Observações Este item consta na página 7, na qual são informados os docentes que compõe o NDE, a saber: Ana Karina Moutinho Lima; Luciane De Conti; Maria de Fátima de Souza Santos; Maria Isabel Patrício de Carvalho Pedrosa; Maria Lucicleide Falcão de Melo Rodrigues; Síntria Labres Lautert; e Zélia Maria Monteiro Higino da Silva. A Carga horária total do Curso de Psicologia corresponde a 4080 horas atendendo aos Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado publicado em março 2010 que preconiza no mínimo 4000 horas. Tempo de integralização 6 7 8 Resolução CNE/CES N° 02/2007 (Graduação, Bacharelado, Presencial). Resolução CNE/CES N° 04/2009 (Área de Saúde, Bacharelado, Presencial). Resolução CNE/CP 2 /2002 (Licenciaturas) O Curso de Psicologia atende ao Tempo de Integralização proposto nas resoluções. Condições de acesso para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida A IES apresenta condições de acesso para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. (Dec. N° 5.296/2004, com prazo de implantação das condições até dezembro de 2008) Disciplina obrigatória/ optativa de Libras (Dec. N° 5.626/2005) 9 Informações acadêmicas (Portaria Normativa N° 40 de 12/12/2007, alterada pela Portaria Normativa MEC N° 23 de 01/12/2010, publicada em 29/12/2010) O Projeto Pedagógico do Curso de Psicologia prevê a inserção de LIBRAS na estrutura curricular do curso componente eletivo As informações acadêmicas exigidas estão disponibilizadas na forma impressa e virtual. A integralização do Curso de Psicologia será de no mínimo 10 (dez) semestres e o máximo 16 (dezesseis) semestres (ver páginas 7 e 63). As condições de acessibilidade para os alunos do Curso de Psicologia com deficiência e/ou mobilidade reduzida ainda são precárias e as iniciativas, que já vêm sendo tomadas pela universidade, a fim de minimizar e garantir melhores condições de acesso precisam ser intensificadas urgentemente. O PPC prevê que o componente de Introdução a LIBRAS será ofertado como componente eletivo a ser ministrado pelo Departamento de Letras, sendo a ementa apresentada na página 53 e o programa no Anexo 5. As informações acadêmicas sobre o Curso de Psicologia podem ser acessadas através do SIG@, bem como estão disponíveis no site http://www.ufpe.br/depsi e no manual acadêmico impresso pela UFPE. No site, na página do Departamento de Psicologia, os docentes/discentes têm à sua disposição as informações sobre: Departamento de Psicologia, Programas de Pósgraduação e sobre o funcionamento do Curso de Graduação em Psicologia (estrutura curricular vigente, Clinica Psicológica, Intercâmbios Institucionais, Laboratórios e Núcleos de Pesquisa, Formulários, Links, Contatos e dúvidas frequentes referentes à Estrutura Curricular, Matricula e Estágios obrigatórios e não obrigatórios. 76 Dispositivo Legal 10 Políticas de educação ambiental (Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de junho de 2002) Explicitação do dispositivo Observações As Politicas de Educação Ambiental são tratadas de forma direta e transversal nos componentes curriculares e atividades curriculares Em relação ao contido na Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre Educação Ambiental as exigências são contempladas de maneira transversal de forma direta e em diferentes componentes curriculares, tais como: no componente Ética e direitos humanos (no conteúdo programático “Bioética”) e no componente Psicologia e cultura (no conteúdo programático “concepções de sujeito, relação natureza-cultura e relação sujeito e sociedade propostas pelas principais abordagens psicológicas”). Além destes conteúdos, os componentes “Projeto de Pesquisa” e “Prática de Pesquisa” e as atividades acadêmicas “Monografia” podem contemplar temáticas sobre educação ambiental nas suas produções. Outros componentes, por exemplo, evidenciam uma articulação possível com essa temática Psicologia e educação; Psicologia e Educação Inclusiva; Psicologia escolar e educacional; Psicologia comunitária; Trabalho e Saúde; Psicologia e políticas públicas e os Estágios básicos (Observação e Intervenção). 77 Referências ACHCAR, R. (Org.) Psicólogo Brasileiro: práticas emergentes e desafios para a formação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994. JACQUES, M. G. C. . Psicologia do Trabalho e/ou o trabalho da Psicologia: uma revisão histórica. Revista da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, 5, 43-53, 2006. ROSAS, P. Dos serviços de seleção e orientação profissional à formação acadêmica em Psicologia. In P. ROSAS (Org.). Memória da Psicologia em Pernambuco. Recife: Editora Universitária UFPE, 2001, 155-159. WEBER, S.; CARRAHER, T. Reforma Curricular ou Definição de Diretrizes? Uma proposta para o Curso de Psicologia. Cadernos de Psicologia, 8 , 1-13, 1982. YAMAMOTO, O. 50 anos de profissão: responsabilidade social ou projeto éticopolitico? Ciência e Profissão, 32 (num, especial), 2012, p. 6-17. 78 Anexos 79 Anexo 1 Quadro de equivalência de componentes curriculares 80 Anexo 2 Trecho de ata relativo à aprovação do Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia no Conselho Departamental 81 Anexo 3 Trecho de ata relativo à aprovação do Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia no Pleno do Departamento 82 Anexo 4 Ata relativa à aprovação do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia no Colegiado do Curso de Psicologia 83 Anexo 5 Programas de Componentes Curriculares do Curso de Graduação em Psicologia 84 Eixo 1 Fundamentos epistemológicos e históricos 85 Eixo 2 Fundamentos teórico-metodológicos 86 Eixo 3 Procedimentos para a investigação científica e a prática profissional 87 Eixo 4 Fenômenos e processos psicológicos 88 Eixo 5 Interfaces com campos afins do conhecimento 89 Eixo 6 Práticas profissionais 90 Componentes Eletivos do Perfil 91 Atividades Complementares 92 Instrução normativa que estabelece as atividades complementares 93 Normas internas para realização de Estágio obrigatório 94 Normas internas para realização de Estágio não obrigatório MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Trecho de ata de Reunião Ordinária do Pleno do Departamento de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco, realizada aos vinte e seis dias do mês de novembro de dois mil e vinte, às catorze horas. Presidida a reunião pela Profª Telma Avelar, Chefe do Departamento, e estando presentes os(as) professores(as) Juliana Ferreira, Ana Karina Moutinho, Rafael Diehl, Jorge Lyra, Luís Felipe Rios, José Maurício Bueno, Maria Lucicleide Rodrigues, Renata Lira, Renata Toscano, Rubenilda Rosinha Barbosa, Aline Mendes Lacerda, Benedito Medradro, Alessandra Ramos Castanha, Luciana Leila Fontes Vieira, Cilene Rejane, Maria Isabel Patrício de Carvalho Pedrosa, Klaylian Marvela Santos Lima, Antônio Roazzi, Silvia Fernanda de Medeiros Maciel e Wedna Galindo (...) Foi posto à apreciação do Pleno a homologação da proposta de modificação da Normatização das Atividades Complementares para o Curso de Psicologia desta Universidade. Após apresentação, por membros do colegiado, de alguns dos pontos a serem alterados, o pleno homologou as alterações por unanimidade. Eu, João Batista Cavalcanti da Silva, SIAPE 1732281, Assistente em Administração do departamento, transcrevi o trecho do original e assino: João Batista C. Silva Assistente em Administração do Departamento de Psicologia – CFCH /UFPE SIAPE 1732281 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS FOLHA DE ASSINATURAS Emitido em 03/12/2020 EXTRATO DE ATA Nº 2968/2020 - CGP CFCH (11.51.36) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 03/12/2020 23:37 ) ANDRE FILIPE ARRUDA BRASIL SECRETARIO 2013250 Para verificar a autenticidade deste documento entre em http://sipac.ufpe.br/documentos/ informando seu número: 2968, ano: 2020, tipo: EXTRATO DE ATA, data de emissão: 03/12/2020 e o código de verificação: 7cb01f44a2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA Ata da II Reunião Ad Referendum do Colegiado do Curso de Graduação em Psicologia 23 de outubro de 2020. Ao 01 (primeiro) dia do mês de junho de dois mil e vinte, em consulta realizada via AD Referendum, os docentes, Karla Galvão Adrião, Umbelina do Rêgo Leite, Renata Lira dos Santos Aléssio, Wedna Galindo e Alexsandro Medeiros do Nascimento. Não houve representante do Diretório Acadêmico do curso. Os docentes José Maurício Haas Bueno e Alessandra Castanho justificaram sua ausência. Assunto únicoº: Aprovação da nova Normatização das Atividades Complementares: Após análise, o projeto foi aprovado por unanimidade. Sem mais a acrescentar, eu André Filipe Arruda Brasil, Secretário do Curso de Psicologia da UFPE, lavrei a presente Ata que assino com a Coordenadora do Curso Umbelina do Leite Rêgo. Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), 9o andar Cidade Universitária, Recife - PE, Brasil CEP: 50670-901 Fone: 55 81 2126-8270, 2126-8730 E-mail: coordpsi@ufpe.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS FOLHA DE ASSINATURAS Emitido em 03/12/2020 EXTRATO DE ATA Nº 2969/2020 - CGP CFCH (11.51.36) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 03/12/2020 23:37 ) ANDRE FILIPE ARRUDA BRASIL SECRETARIO 2013250 Para verificar a autenticidade deste documento entre em http://sipac.ufpe.br/documentos/ informando seu número: 2969, ano: 2020, tipo: EXTRATO DE ATA, data de emissão: 03/12/2020 e o código de verificação: 2c02106c0f UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA COLEGIADO DO CURSO Normas para Atividades Complementares EMENTA: Regulamenta Atividades Complementares do Curso de Graduação em Psicologia. CONSIDERANDO: - Resolução CNE/CES nº 5, de 15 de março de 2011 que institui as diretrizes curriculares do curso de Psicologia e dá outras providências. - a Resolução CNE/CES nº 02, de 18 de junho de 2007 que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial; - a Resolução CCEPE nº 12, de 23 de maio de 2013 que dispõe sobre procedimentos para creditação de atividades complementares nos Cursos de Graduação da UFPE. - a O Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE – Perfil 6613; O COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições, conforme Regimento Geral da UFPE, RESOLVE: Art. 1º As Atividades Complementares “têm a finalidade de enriquecer o processo de ensinoaprendizagem, privilegiando a complementação da formação social e profissional”. Art. 2º As Atividades Complementares são práticas integrativas voltadas para o desenvolvimento de habilidades e competências, em situações de complexidade variada, no período de formação profissional. 3º As Atividades Complementares fazem parte do Núcleo Eletivo do curso de graduação em Psicologia, juntamente com os componentes eletivos do perfil, componentes livres ofertados por outros cursos de graduação da UFPE e componentes de Programa de Mobilidade Acadêmica (que não tenham sido considerados equivalentes a outros componentes do perfil). Art. 4º A/O discente deverá desenvolver ao longo do curso de Psicologia atividades complementares respeitando a carga horária mínima prevista no perfil curricular em que está matriculada/o. As Atividades Complementares não poderão ultrapassar 20% da carga horária plena do curso. Art. 5º O horário de realização deve ser flexível, considerando-se o tempo total de dedicação da/o discente durante o semestre ou ano letivo, mas ajustando o tempo semanal de dedicação de acordo com as exigências acadêmicas, que variam ao longo do semestre/ano. Art. 6º São consideradas Atividades Complementares a serem creditadas no Histórico Escolar, as realizadas nos cinco Grupos, cuja descrição consta no Anexo I – Quadro de Creditação de Atividades Complementares: I. Atividades de Extensão. II. Atividades de Formação para o trabalho. III. Atividades de Participação Política. IV. Atividades de Pesquisa. V. Atividades de Qualificação da Formação. VI. Atividades Artísticas, Culturais, Esportivas e Produções Técnicas. Art. 7º - O acompanhamento do limite da carga horária creditada total e cada grupo das Atividades Complementares será realizada pela Coordenação do Curso. Como também a creditação que darse-á conforme descrição que consta no Anexo I – Quadro de Creditação de Atividades Complementares. § 1º A unidade mínima a ser creditada é 15h. § 2º Atividades de um mesmo Grupo (Art. 6º) podem ser agrupadas até consolidarem uma unidade de 15h. § 3º Minutos não são considerados. Atividades cujo documento comprobatório informe horas e minutos, deverão considerar a hora inteira declarada e desconsiderados os minutos. (Ex.: 10h20min serão consideradas 10h). § 4º Poderão ser creditadas Atividades que ocorram no período de realização do Curso de Graduação em Psicologia. § 5º Cada Atividade será creditada uma única vez durante o Curso, ainda que possa ser identificada como integrante de mais de um Grupo de Atividades. Art 8º Os procedimentos a serem adotados para creditação das Atividades Complementares deverão seguir as seguintes etapas: § 1º De posse de Documento Comprobatório da Atividade Complementar realizada, original e cópia, a/o discente deve solicitar creditação da carga horária, mediante Requerimento de Creditação de Atividades Complementares (Anexo II) à Coordenação do Curso de Psicologia. § 2º Cada Requerimento deve ser acompanhado de documentos comprobatórios solicitando creditação de, no mínimo, 15h ou qualquer quantidade de horas maior que 15h. § 3º A Coordenação do Curso de Psicologia poderá comunicar-se com a/o discente com objetivo de esclarecer informações e/ou demandar documentação. Art. 9º - A Coordenação do Curso de Psicologia, após apreciação da solicitação, poderá rejeitá-la ou acatá-la. § 1º Caso rejeitada a solicitação, a informação deve ser enviada formalmente a/o discente, por e-mail, explicitando o motivo da rejeição. § 2º Caso a solicitação seja acatada, será registrada pela Coordenação do Curso de Psicologia no sistema de gestão acadêmica vigente. Art. 10 - O Colegiado do Curso é instância para dirimir questões referentes à creditação de Atividades Complementares. § 1º Casos não previstos neste regulamento serão julgados pelo Colegiado. § 2º Alterações no Quadro de Creditação de Atividades Complementares e/ou no Requerimento de Creditação de Atividades Complementares (Anexos I e II) podem ser feitas pelo Colegiado do Curso, sempre que avaliar necessária sua atualização. Art. 11 – Estas Normas entram em vigor na data de sua Aprovação e revogam a anterior, a Normas para Atividades Complementares 01/2014 aprovada pelo Colegiado do Curso de Psicologia da UFPE em 06 de março de 2014. Parágrafo Único - Assegura-se que a/o discente que tenha atividades realizadas até a data de aprovação deste documento de Normas para Atividades Complementares possa optar por requerer creditação conforme Instrução Normativa 01/2014 do Curso de Psicologia da UFPE. . Normas de Atividades Complementares aprovadas em Reunião do Colegiado do Curso de Psicologia realizada em 23 / 10 / 2020 . Anexo I – Quadro de Creditação de Atividades Complementares Atividade Documento Comprobatório CH máxima/Unidade CH máxima na Ativ. Grupo I – Atividades de Extensão Participação em Programa Institucional de Extensão da UFPE Certificado UFPE 60h/semestre 240h Participação em Programa Institucional de Extensão coordenado por organizações externas à UFPE. Certificado da Organização 60h/semestre Trabalho Supervisionado de Extensão Declaração Coordenação do Curso de Psicologia 60h/semestre 120h Grupo II – Atividades de Formação para o Trabalho Monitoria (Bolsista ou Voluntária/o) Certificado UFPE 60h/semestre 120h Estágio Não-Obrigatório Declaração Coordenação de Estágios em Psicologia 60h/15 semanas 120h Bolsa de Apoio Acadêmico Declaração da UFPE 60h/semestre 120h Grupo III – Atividades de Participação Política Representação Discente na UFPE Ata de Posse + Declaração de período de participação 60h/semestre 120h Representação Discente fora da UFPE Declaração da Diretoria do Coletivo 60h/semestre 120h Participação em Movimento Social Declaração de Liderança do Coletivo 60h/semestre 120h Grupo IV – Atividades de Pesquisa Participação em Programa Institucional de Pesquisa da UFPE Certificado UFPE Participação em Programa de Pesquisa coordenado por organização externa à UFPE Certificado da Organização 60h/semestre Trabalho Supervisionado de Pesquisa Declaração Coordenação do Curso de Psicologia 60h/semestre 120h Monografia Declaração Coordenação do Curso de Psicologia 60h/semestre 120h 60h/semestre 240h Grupo V – Atividades de Qualificação da Formação Grupo de Estudo Declaração da Instituição Responsável 30h/semestre 60h Autoria ou co-autoria de Artigo Científico publicado (ou aceito para publicação) em periódico com revisão de pares. Publicação ou Carta de Aceite 60h/Artigo 120h Autoria ou co-autoria de Capítulo de Livro publicado por Editora. Publicação ou Carta de Aceite 30h/Capítulo 60h Autoria ou co-autoria de resumos expandidos publicados em anais e/ou revistas de eventos científicos. Resumo 15h/Resumo 60h Apresentação de Trabalho em Evento Nacional ou Internacional Certificado 15h/Trabalho Apresentado 60h Apresentação de Trabalho em Evento Certificado 15h/Trabalho 60h Regional ou Local Apresentado Participação como Ouvinte em Evento de Psicologia (Nacional, Internacional, Regional ou Local) - Evento de Curta Duração (em horas, como Palestra) Certificado da Organização 2h/ Evento 30h Participação como Ouvinte em Evento de Psicologia (Nacional, Internacional, Regional ou Local) - Evento de Longa Duração (em dias, como Congresso, Seminário, Encontro) Certificado da Organização 5h por dia de Evento/15h por Evento 60h Participação em Empresa Júnior Ata de Posse + Declaração de período de participação 60h/semestre 120h Participação na Organização de Eventos relacionados à Psicologia Certificado da Instituição organizadora 30h/evento 90h Curso de língua estrangeira realizados no país ou exterior (Carga horária mínima de 60h) Certificado da Instituição Formadora 60h/Idioma 120h Curso de desenvolvimento de Habilidades Técnicas em Psicologia (Carga horária mínima de 20h) Certificado da Instituição Formadora 20h/Curso 60h Grupo VI - Atividades Artísticas, Culturais, Esportivas e Produções Técnicas Membro de Equipe Esportiva Declaração da/o Responsável por Clube ou Equipe Esportiva 30h/semestre 60h Autoria de Produção Artística, Cultural Cópia da Produção ou Declaração/Certificado da Organização 2h/ produto 60h Realização de Atividade Voluntária em Organizações Não-governamentais e/ou Coletivos Organizados, cuja ação envolvam Atividades de Promoção da Vida. Declaração da Organização 30h/semestre 60h Produção ou elaboração de softwares, vídeos e/ou programas radiofônicos na área da psicologia ou áreas afins Cópia da Produção e documento que comprove sua publicização 5h/produto 60h Anexo II – REQUERIMENTO DE CREDITAÇÃO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES (Em um mesmo Requerimento podem ser solicitadas Creditação de CH dos Diversos Grupos) Identificação Discente Nome: _____________________________________________________________________________ Matrícula: __________________________ Ingresso (mês/ano): ______________________________ e-mail: _____________________________________________________________________________ Telefone(s): _________________________________________________________________________ Solicitação Orientações: a. A Cópia de Cada Documento Comprobatório deve ser enumerada identificando o Grupo e o número do documento. (Ex.: G I, 1; G II, 1). Os códigos registrados nas Cópias, devem ser listados na coluna “Identificação dos Documentos Comprobatórios”. b. Se alguma solicitação reunir mais de um Documento, eles devem ser numerados em sequência (Ex.: G I, 1; G I, 2; G. I, 3 etc) c. As cópias dos Documentos devem suceder esta folha, pela ordem dos Grupos e, dos Documentos em cada Grupo. d. Não esqueça de trazer os documentos originais ao apresentar o Requerimento. Avaliação da Coordenação Grupo CH Total Identificação dos Documentos Comprobatórios Inclusão da CH (Sim; Não) CH Total a ser creditada I II III IV V VI Assinatura da/o Discente �- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - REQUERIMENTO DE CREDITAÇÃO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES - Comprovante de Solicitação Discente: __________________________________________________________________________ Grupo/CH: G I/______; G II/______; G III/______; G IV/______; G V/______; G VI/ _______. Recebido por/data: [verso do Requerimento] Histórico: DATAS/Rubrica Solicitação = Apreciação = Mensagem Rejeição = Creditação = MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS FOLHA DE ASSINATURAS Emitido em 14/12/2020 MINUTA DE NORMAS Nº 9/2020 - CGP CFCH (11.51.36) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 14/12/2020 17:10 ) ANDRE FILIPE ARRUDA BRASIL SECRETARIO 2013250 Para verificar a autenticidade deste documento entre em http://sipac.ufpe.br/documentos/ informando seu número: 9, ano: 2020, tipo: MINUTA DE NORMAS, data de emissão: 14/12/2020 e o código de verificação: 525b7d291f