UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE LETRAS PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE GRADUAÇÃO LETRAS LICENCIATURA PORTUGUÊS A DISTÂNCIA Recife, Julho de 2014 DE EM EM UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Universidade Federal de Pernambuco Reitor: Prof. Dr. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado Vice-Reitor: Prof. Dr. Sílvio Romero de Barros Marques Pró-Reitora de Assuntos Acadêmicos: Profª. Drª. Ana Maria Santos Cabral Diretor do Centro de Artes e Comunicação: Prof. Dr. Walter Franklin Marques Correia Chefe do Departamento de Letras: Prof. Dr. Vicente Masip Viciano Sub-Chefe do Departamento de Letras: Prof. Dr. José Alberto Miranda Poza Coordenadora do Curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância: Profª Drª. Dilma Tavares Luciano Vice-coordenadora do Curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância: Profª Mª. Otávia Pinheiro Pedrosa Fernandes 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA A DISTÂNCIA Profª. Drª. Dilma Tavares Luciano – Coordenadora do Curso – Presidente do Colegiado (DL) Profª. Mª. Otávia Pinheiro Pedrosa Fernandes – Vice-coordenadora do Curso (DL) Prof. Dr. Guilherme Lima Moura – Coordenador de Tutoria do Curso (Departamento de Ciências Administrativas - DCA) Profª. Dr. Ana Beatriz Gomes Pimenta de Carvalho (Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais - DMTE) Prof. Dr. Antônio Carlos Xavier (DL) Profª Drª Evandra Grigoletto (DL) Prof. M.e Everton da Silva Natividade (DL) Prof. Jurandir Profª. Drª. Maria Virgínia Leal (DL) Prof. Dr. Ricardo Postal (DL) Profª. Drª. Siane Gois Cavalcanti Rodrigues (DL) Profª Drª Thelma Panerai Alves (Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais - DMTE) 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE Profª. Drª. Dilma Tavares Luciano – Coordenadora do Curso – Presidente do NDE Profª. Mª. Otávia Pinheiro Pedrosa Fernandes – Vice-coordenadora do Curso Prof. Dr. Antônio Carlos Xavier Profª. Drª Gláucia Renata Pereira do Nascimento Prof. Dr. Guilherme Lima Moura Profª. Drª. Inara Ribeiro Gomes Prof. Dr. Marlos de Barros Pessoa EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE PROJETO PEDAGÓGICO Grupo de Trabalho de Criação: Dilma Tavares Luciano, Coordenadora do Curso Otávia Pinheiro Pedrosa Fernandes, Vice-coordenadora e professora do Curso Guilherme Lima Moura, Coordenador de Tutoria e professor do Curso Breno Hiroshi, Secretário da Coordenação do Curso Érica Santana, Danielle Pena de Oliveira, Valéria Cristina Pereira da Rocha e Silva e Joene Maria Crespo Costa Técnicas em Assuntos Educacionais do Setor de Estudos e Assessoria Pedagógica (SEAP) – CAC 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras PROFESSORES VINCULADOS AO DEPARTAMENTO DE LETRAS Dilma Tavares Luciano Otávia Pinheiro Pedrosa Fernandes Aldo José Rodrigues de Lima Antônio Carlos Xavier César Sales Giusti Ermelinda Ferreira Evandra Grigoletto Everton da Silva Natividade Fabiele Stockmans de Nardi Gláucia Renata Pereira do Nascimento Herimatéia Ramos de Oliveira Pontes Inara Ribeiro Gomes Jurandir Ferreira Dias Júnior Maria Medianeira Souza Maria Virgínia Leal Marlos de Barros Pessoa Ricardo Postal Siane Gois Cavalcanti Rodrigues Sueli Cavendish de Moura OUTROS DEPARTAMENTOS VINCULADOS AO CURSO Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino Departamento de Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação Departamento de Psicologia e Orientação Educacionais Departamento de Administração Escolar e Planejamento Educacional Departamento de Ciências Sociais e Aplicadas 5 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO 09 1.1. INSTITUIÇÃO MANTENEDORA 09 1.2. INSTITUIÇÃO MANTIDA 09 1.3. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO 09 2. APRESENTAÇÃO 12 3. HISTÓRICOS 13 3.1. HISTÓRIA DO DEPARTAMENTO DE LETRAS DA UFPE 13 3.2. HISTÓRIA DA APROVAÇÃO DO CURSO NO SISTEMA UAB 15 3.3. HISTÓRIA DA APROVAÇÃO DO CURSO NA UFPE 17 3.3.1. HISTÓRIA DAS PARCERIAS ENTRE A UFPE E OS POLOS DE APOIO PRESENCIAL 18 3.3.2. HISTÓRIA DO INÍCIO DA PRIMEIRA TURMA DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NA UFPE 4. JUSTIFICATIVAS 20 22 4.1. JUSTIFICATIVA PARA ATUALIZAÇÃO DO PPC 22 4.2. IMPORTÂNCIA DO CURSO 23 4.3. RELEVÂNCIA REGIONAL DO CURSO 24 4.4. DEMANDA PELA MODALIDADE E PELO PERFIL DE HABILITAÇÃO DO CURSO 25 5. PÚBLICO ALVO 33 6. PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR 34 7. OBJETIVOS DO CURSO 35 7.1. OBJETIVO GERAL 35 7.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 35 8. MARCO TEÓRICO 36 8.1. SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO 36 8.2. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 37 8.3. COMUNIDADE VIRTUAL EM EAD 43 8.4. CONCEPÇÃO DE TUTORIA 44 9. METODOLOGIA DO CURSO 45 9.1. PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS DO DESENHO INSTRUCIONAL DO CURSO 54 9.2. APRENDER A DISTÂNCIA 56 10. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO 59 6 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 11. CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL 60 12. CONHECIMENTOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 61 13. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO 63 13.1. MÓDULO INTRODUTÓRIO AO AVA DO CURSO 64 13.2. O CURRÍCULO 65 14. ATIVIDADES COMPLEMENTARES 14.1. AS LEIS Nº 11.645/2008 E Nº 9.795/1999 66 68 15. ESTRUTURA CURRICULAR 70 16. FLUXO CURRICULAR 73 17. SISTEMA DE AVALIAÇÃO 77 17.1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 77 17.2. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 78 17.3. AVALIAÇÃO EXTERNA 79 17.4. AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO 79 17.5. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA ORIENTAÇÃO DOCENTE E DA ORIENTAÇÃO 17.6. DE TUTORIA 80 AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DE SUPORTE TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO 81 18. EMENTÁRIO 82 19. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 91 19.1. O PROJETO 91 19.2. A SUPERVISÃO GERAL DO ESTÁGIO 91 19.3. O PLANEJAMENTO DA DISCIPLINA “ESTÁGIO CURRICULAR” 92 19.4. A AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO 93 20. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 93 21. CORPO DOCENTE 94 21.1. PROFESSOR PESQUISADOR/CONTEUDISTA 21.2. TUTORES A DISTÂNCIA: PROFESSOR ASSISTENTE DE DISCIPLINA EM CADA SEMESTRE LETIVO 22. CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO 22.1. 94 96 96 EQUIPES MULTIDISCIPLINARES 98 23. CONDIÇÕES DE EXEQUIBILIDADE DO PPC DO CURSO 101 24. ESTRATÉGIAS DE APOIO À APRENDIZAGEM 102 7 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 25. INFRAESTRUTURA DE APOIO À PREPARAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO 103 26. INFRAESTRUTURA DE APOIO À EXECUÇÃO DO CURSO: POLOS DE ATENDIMENTO PRESENCIAL 105 27. LABORATÓRIOS E EQUIPAMENTOS 106 28. BIBLIOTECAS 107 29. DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS 108 29.1. EDITAL DE SELEÇÃO DA UAB 29.2. DOCUMENTO DE APROVAÇÃO DO CURSO 29.3. PROCESSO DE SELEÇÃO PARA INGRESSO NO CURSO A DISTÂNCIA 29.4. DUCOMENTO COMPROVANDO QUE A SELEÇÃO É ORGANIZADA PELA COVEST 29.5. CORPO DOCENTE 29.6. ELEIÇÃO COLEGIADO 29.7. PROGRAMAS DE DISCIPLINAS 29.8. ANEXO DA DIRIGÊNCIA (EQUIPE MULTIDISCIPLINAR) 29.9. EXTRATO DE ATA DE ELEIÇÃO 29.10. CRONOGRAMA DE WEBCONFERÊNCIA 29.11. ANEXO DA DIRIGÊNCIA (COMPONENTES CURRICULARES PRODUZIDOS POR CADA DOCENTE, VÍNCULO INSTITUCIONAL E TITULAÇÃO) 29.12. ANEXO DA DIRIGÊNCIA (DISTRIBIÇÃO DOS CONTEÚDOS / PROFESSOR NA COMCEPÇÃO DOS VOLUMES) 29.13. MANUAL ACADÊMICO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 1- IDENTIFICAÇÃO 1.1. INSTITUIÇÃO MANTENEDORA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Av. Prof. Moraes Rego, 1235 Cidade Universitária – Recife – PE C.E.P. 50670-901 Telefone: (081) 2126 8000 / 8002 / 8008 / 8030 Fax: (081) 2126 8029 Endereço eletrônico: www.ufpe.br 1.2. INSTITUIÇÃO MANTIDA DEPARTAMENTO DE LETRAS Centro de Artes e Comunicação Av. dos Arquitetos, S/N Cidade Universitária – Recife – PE C.E.P. 50740-530 Telefone: (081) 2126 8785 / 2126 8786 Fax: (081) 2126 8787 Endereço eletrônico: www.ufpe.br/letras 1.3. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO  Denominação do curso: LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA  Modalidade: A DISTÂNCIA (com 20% presencial, às sextas-feiras, sábados e domingos, conforme calendário específico)  Tipo: LICENCIATURA  Título conferido: LICENCIADO EM LETRAS / LÍNGUA PORTUGUESA 9 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras  Local da oferta: Polos de Apoio Presencial aos Cursos a Distância, no estado de Pernambuco – SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL/MEC - (Ipojuca, Limoeiro, Pesqueira, Trindade, Recife, Palmares, Santa Cruz do Capibaribe, Jaboatão dos Guararapes)  Total de vagas ofertadas: 925, em quatro ofertas por meio de seleção vestibular e uma do PARFOR (Plano Nacional de Formação dos professores da Educação Básica).  Turno: Diurno  Carga horária total: 2865 horas  Tempo de integralização: 8 semestres no mínimo, 14 semestres no máximo.  Ano de início do: 2008.1  Financiamento: MEC/FNDE/SEED Decreto 5.622/2005/MEC Decreto 5.800 de 08/06/2006 Edital 01 de 16/12/2005 MEC/SEED 10 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras FIGURAS Figura 1: Mesorregiões de Pernambuco Figura 2: Taxa de Evasão das Escolas Públicas Figura 3: Taxa de Reprovação nas Escolas Públicas Figura 4: Estrutura Curricular do Curso de Letras a Distância (E-Letras) Figura 5: Currículo do Curso de Graduação em Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância Figura 6: Quadro Sinóptico: Componentes Curriculares/Carga Horária Total 15 20 21 49 50 53 11 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras UFPE – Projeto de Licenciatura em Letras a Distância 2. APRESENTAÇÃO Este documento objetiva apresentar uma atualização do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de “LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA A DISTÂNCIA” (E-Letras), modalidade educacional prevista no Artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394/96, em sua Diretriz Curricular Nacional do Curso de Letras, que teve início na UFPE em resposta ao Edital de Seleção da UAB (Sistema Universidade Aberta do Brasil) Nº 1/2006/SEED/MEC). É interessante esclarecer que o diploma dos licenciados no E-Letras será equivalente ao diploma dos licenciados em Letras (Licenciatura)/Língua Portuguesa na modalidade presencial, conforme o Decreto nº 5.622, publicado no D.O.U. de 20/12/20051, tendo validade nacional Embora não realize nenhuma mudança estrutural na grade curricular do curso, essa atualização se fez indispensável devido à necessidade de não só realizar melhorias no corpo do texto, mas principalmente de atualizar informações relativas às novas parcerias com Polos de Apoio Presencial após a primeira oferta do curso e à existência de docentes concursados para atuar na modalidade; e, de modo, especial, responde à necessidade de atender demandas das legislações, como, por exemplo, a Lei nº 11.645, de 10 de Março de 2008, que versa sobre a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, e a Lei nº 9795, de 27 de Abril de 1999, sobre a Política Nacional de Educação Ambiental, além da adequação ao novo Regimento da Universidade Federal de Pernambuco acerca do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e das Atividades Complementares. 3. HISTÓRICOS 1 Disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=61&Itemid=190.. 12 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 3.1. HISTÓRIA DO DEPARTAMENTO DE LETRAS DA UFPE Fundada em 1946, no governo de Eurico Gaspar Dutra, por meio de Decreto-Lei nº 9388, de 20 de junho, a Universidade do Recife (UR) representa o marco inicial da história da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que só vem a ter essa denominação em 1965, quando passa a integrar o novo sistema de educação do país, como uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), passando a compor, assim, o conjunto de Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Portanto, para se contar a história do Departamento de Letras da UFPE é necessário mencionar um pouco da história da UR, que teve início em 11 de agosto, com a integração das seguintes unidades de educação superior recifenses: a Faculdade de Direito do Recife (fundada em 1827); a Faculdade de Medicina (fundada em 1895) e suas escolas anexas de Odontologia e de Farmácia; a Escola de Engenharia de Pernambuco (também fundada em 1895); a Escola de Belas Artes de Pernambuco (fundada em 1932); e a Faculdade de Filosofia do Recife (pertencente às Irmãs Dorotéias, uma congregação religiosa), fundada em 1941. Era esta última, a Faculdade de Filosofia do Recife (FAFIRE), uma instituição estadual que oferecia o Curso de Letras para formação de professores. O Departamento de Letras da UFPE só veio a existir em 1950, ainda no âmbito da UR, a partir da criação do Curso de Letras pela Lei Federal nº 1.254, de 4 de dezembro. Ocorre, então, com o desmembramento da FAFIRE em três institutos: o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, o Instituto de Educação e o Instituto de Letras. O Centro de Artes e Comunicação (CAC), sede que abriga o Departamento de Letras na atualidade, foi inaugurado em 1975, vinte e nove anos após o início da construção do Campus Universitário, que ocorreu em 1948. O CAC representa um dos nove Centros Acadêmicos localizados no bairro Cidade Universitária, 13 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras campus batizado com o nome do primeiro Reitor da UFPE – Campus Universitário Reitor Joaquim Amazonas. O Campus Universitário está assim constituído: 1. Centro de Artes e Comunicação (CAC) 2. Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) 3. Centro de Educação (CE) 4. Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) 5. Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) 6. Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) 7. Centro de Informática (CI) 8. Centro de Ciências da Saúde (CCS) Além desses Centros Acadêmicos acima listados, a UFPE possui também na capital o Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), localizado no bairro da Boa Vista no prédio da antiga Faculdade de Direito, e dois centros fora de Recife, O Centro Acadêmico de Vitória (CAV), no município de Vitória de Santo Antão, e o Centro Acadêmico do Agreste (CAA), situado no município de Caruaru. No CAC, o Departamento de Letras toma acento na Reunião de Conselho Departamental ao lado de sete outros departamentos, a saber: Arquitetura e Urbanismo, Design, Expressão Gráfica, Expressão Artística, Música, Teoria da Arte, Ciência da Informação, Comunicação Social. Ao todo, são vinte e dois cursos de graduação presencial e seis programas de Pós-Graduação funcionando no CAC, O Departamento de Letras (DL) tem sua administração geral sob a liderança do “Chefe de Departamento”, atualmente sob a gestão do Prof. Dr. Vicente Masip, auxiliado pelo Sub-Chefe Prof. Dr. Alberto Poza. Com um corpo docente composto por 75 docentes em Regime de Dedicação Exclusiva, o DL oferece 5 cursos de graduação, sendo 4 Licenciaturas e 1 Bacharelado na modalidade presencial e dois cursos na modalidade a distância, o curso de Licenciatura em Língua Portuguesa (objeto deste documento) e o de Licenciatura em Língua Espanhola, além da Pós-Graduação em Letras e Linguística (PPGLL), 14 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras com os cursos de Mestrado e Doutorado em duas habilitações, Literatura e Linguística. Atualmente, encontra-se em fase de implementação o curso de graduação em Letras Libras, mais uma contribuição importante do DL para a sociedade. Afinal, é desejo dos que fazem o Departamento de Letras da UFPE a democratização do ensino superior público de qualidade, a possibilidade de levar o conhecimento gerado pelas pesquisas acadêmicas produzidas pelo seu corpo docente às escolas públicas no interior do estado de Pernambuco, colaborando com o desenvolvimento da educação, por que formando novos professores que serão responsáveis também por esse desenvolvimento. 3.2. HISTÓRIA DA APROVAÇÃO DO CURSO NO SISTEMA UAB O Ministério da Educação e Cultura (MEC), alicerçado no princípio qualitativo para o desenvolvimento da educação no país, propõe ações políticas para o século XXI fundadas sobre 6 pilares desenvolvimentistas: expansão e diversificação do sistema educacional, avaliação, supervisão para garantia das qualidade, qualificação e modernização institucional. Nesse sentido, o Projeto Universidade Aberta do Brasil foi criado pelo Fórum das Estatais (instituído em 21 de setembro de 2004) para articular e integrar um “sistema de educação a distância”, em caráter experimental, visando sistematizar as ações voltadas para ampliação e interiorização do ensino superior gratuito, contando com a participação dos assim denominados Pólos Municipais de Apoio Presencial. Aos cinqüenta anos de existência2, o Departamento de Letras da 2 A Lei nº1. 254, de 04 de dezembro de 1950, é o marco histórico dos cursos de Letras no país, que em Pernambuco teve a Faculdade de Filosofia do Recife (FAFIRE), fundada em 1941, como o seu nascedouro. Em 1956, a Lei nº2.984, de 30 de novembro de 1956, assinada pelo então Presidente da República Juscelino Kubitschek e publicada no D.O.U., em 05 de dezembro do mesmo ano, página 23074, a FAFIRE juntamente com a Escola Politécnica da Universidade 15 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Universidade Federal de Pernambuco, entendendo o seu papel nesse curso da história, resolve por em prática o que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), desde 1996, em portaria do Ministério (Artigo 80 da Lei 9.394/96) e dá início à implementação do primeiro curso de graduação a distância, visando à democratização do acesso à instituição pública de ensino superior através da interiorização facultada por esta modalidade. Assim, em nível de graduação, o Departamento de Letras é pioneiro na UFPE e, envolvido com a formação de recursos humanos para o ensino de Português e de Literaturas de Língua Portuguesa, oferece o aqui mencionado Curso de Graduação Licenciatura em Letras a Distância, cujo início se deu em 25 de fevereiro de 2008. Sob a coordenação da Profª Drª Dilma Luciano3, a iniciativa é resultado do atendimento ao Edital N.1, de 20 de Dezembro de 2005 (Decreto N° 5800, lançado pela Secretaria de Educação a Distância – MEC-SEED), para a aprovação de cursos superiores nessa nova modalidade educacional. Em 13 de abril de 20064, a UFPE passa, então, a integrar o conjunto das 36 universidades federais proponentes de cursos de graduação na modalidade de educação à distância (EAD). 3.3. HISTÓRIA DA APROVAÇÃO DO CURSO NA UFPE Católica de Pernambuco passam a integrar o novo sistema educacional do país, vinculando-se ao MEC com o nome de Universidade Federal de Pernambuco e caracterizando-se pelo desmembramento da FAFIRE em três institutos: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Instituto de Educação, Instituto de Letras. 3 Doutora em Linguística pelo PPGLL/UFPE, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Antônio Marcuschi, tese defendida em dezembro de 2000, é professora de Língua Portuguesa efetiva do Departamento de Letras do Centro de Artes e Comunicação, da UFPE, em Regime de DE, desde 1997. 4 Vide Anexo 2, confirmação da inscrição da UFPE no SIDOC – Sistema de Informações de Documentos, na SEED/MEC. 16 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras A aprovação do Projeto de Curso junto ao MEC/FNDE se deu em agosto de 20065 e veio acompanhada de uma série de solicitações de mudanças necessárias ao atendimento das expectativas da Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC), as quais foram incorporadas ao PPC, ao passo em que o mesmo percorria os trâmites legais nas instâncias internas da UFPE, quais sejam:  aprovação pelo PLENO do Departamento de Letras, em 19/07/2006,  reunião do CONSELHO Departamental do CAC, em 20/07/2006,  encaminhamento à Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos, sob o número do processo 23076.012031/2006-29, para apreciação; e  aprovação na reunião das CÂMARAS UNIVERSITÁRIAS, em 18/07/2007,  aprovação na reunião do CCEPE6. Contamos com a participação dos docentes do Departamento de Letras e do amplo apoio da Direção do Centro de Artes e Comunicação (na ocasião, as professoras Drª Vilma Vilarouco e Profª Drª Virgínia Leal), bem como da atenção especial ao projeto por parte do Magnífico Reitor, Prof. Dr. Amaro Lins, que designou uma Assessora de Ensino a Distância da UFPE, a Profª Drª Sonia Sette, para o estabelecimento das relações diretas com o MEC, exercendo a função de Coordenadora da UAB, na UFPE. A adesão imediata de alguns professores do Departamento de Letras foi declarada na reunião de aprovação do PPC, promovendo a inclusão destes docentes com Doutorado e em regime de dedicação exclusiva do DL, no Sistema UAB para cadastros de bolsistas - “professores pesquisadores”, para recebimento de bolsa FNDE7, em dezembro de 2006. Foram eles: Maria Virgínia Leal, Stella 5 Confirmação do resultado publicado no D.O.U., Seção 3, páginas 37 a 39, em 31 de outubro de 2006 (vide anexo 1, página 79). 6 Vide documento de aprovação do curso, p. . 7 O portal da UAB, http://www.uab.capes.gov.br contém a “Lei de Bolsas” e demais detalhes relativos aos bolsistas do Sistema UAB 17 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Telles, Marlos de Barros Pessoa, Aldo de Lima e a coordenadora do curso, Dilma Tavares Luciano. A Coordenação do Curso deu início, então, às atividades de planejamento da produção de conteúdo pedagógico para o ambiente virtual de aprendizagem, a ser desenvolvido em 2007 e definição de perfil e atribuições de tutores (tópico tratado mais adiante). Para esta tarefa, integrou o quadro de bolsistas o Prof. Dr. Guilherme Lima Moura (Doutor em Linguística pelo PPGLL), do CCSA, que passa a integrar o grupo de professores pesquisadores do Sistema UAB/UFPE, para produção de conteúdo pedagógico. 3.4. HISTÓRIA DAS PARCERIAS ENTRE A UFPE E OS POLOS DE APOIO PRESENCIAL Paralelamente ao processo de seleção das universidades pelo MEC para a oferta de cursos a distância através do Sistema UAB, as Prefeituras Municipais passaram por semelhante Edital, com vistas à abertura de concorrência pública à função de Polo de Apoio Presencial aos cursos a distância/UAB, propostos pelas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). O resultado da seleção gerou uma lista de “pólos parceiros” designados pelo MEC para cada instituição da UAB1 (primeiro Edital). Assim, em 2007 a UFPE ficou como Polos de Apoio Presencial para atendimento do primeiro curso de graduação a distância os municípios de Ipojuca, Limoeiro, Pesqueira e Trindade (divulgado no D.O.U. de 31/10/06, Seção 3 – páginas 37 a 46). È importante destacar, no entanto, que não houve nenhuma participação oficial da UFPE na decisão por essas parcerias, cabendolhe acompanhar o processo de implementação da infraestrutura de cada polo, tarefa de responsabilidade da Coordenação da UAB/UFPE. 18 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Ainda em 2007, o MEC lançou o segundo Edital para ofertas de graduação a distância pelo Sistema UAB (UAB2). Nessa ocasião, os cursos integrantes do UAB1 automaticamente foram autorizados à nova oferta do curso, que agora passariam a ter novos polos parceiros para apoio ao curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa. São eles: Jaboatão dos Guararapes e Recife. Desse modo, o curso passa a ter seis Polos de Apoio Presencial, os quatro primeiros referentes ao Edital 1 (mencionados no parágrafo anterior) e os dois novos Polos do Edital 2 (destacados acima). Destaque-se que nesse ano de 2007 mais uma vez o Departamento de Letras se candidatou e foi aprovado nesse segundo edital, dessa vez para ofertar o Curso de Licenciatura em Espanhol, sob a Coordenação do Prof. Alberto Poza8. Embora essa nova parceria tenha sido anunciada ainda em 2007, apenas dois anos mais tarde se deu a oficialização dos novos polos, de modo que só em 2010 tem início formalmente a parceria com os polos de Jaboatão dos Guararapes e de Recife. Em resumo, as parcerias da UFPE com os Polos de Apoio Presencial designados pelo MEC se consolidaram com a divulgação da Seleção do Vestibular para ingresso no curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância, conforme detalhamento abaixo: 8 O PPC do curso de Letras/Espanhol seguiu os mesmos trâmites internos para sua aprovação. Em 26 de novembro de 2008, foi aprovado no Pleno do Departamento de Letras, da UFPE. 19 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras DETALHAMENTO DA RELAÇÃO POLOS DE APOIO PRESENCIAL E VAGAS OFERTADAS POR VESTIBULAR Ano Vagas Polos de atuação ofertadas Ipojuca Limoeiro Pesqueira Trindade Jaboatão Recife Palmares Santa Cruz 2007.2 200 X X X 2010.2 250 X X X 2012.2 300 X X X 2013.2 125 2010.2 50 X X X X X X X X X PARFOR Figura 1 Para 2010 e 2011, o MEC anunciou na última reunião de Coordenadores de Cursos a Distância pelo Sistema UAB (realizada em Brasília, em 29 e 30/07/08) que a oferta de novos cursos a distância não mais será através de um edital, e que a CAPES, agora constituinte da estruturação da política nacional de educação a distância, ficou responsável por definir as diretrizes para as ofertas de novos cursos nessa modalidade de ensino, a partir daquele momento. 3.5. HISTÓRIA DO INÍCIO DA PRIMEIRA TURMA DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA DA UFPE Em 25 de fevereiro de 2008, teve início o primeiro período letivo do curso, com a Aula Magna proferida pelo Magnífico Reitor Prof. Dr. Amaro Lins, evento que tradicionalmente celebra a abertura das atividades letivas de cada período 20 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras da UFPE. Os Polos de Apoio Presencial envolvidos com a primeira turma9 foram avisados de que participariam dessa aula inaugural, por meio de webconferência. Em seguida a essa abertura oficial do semestre letivo da UFPE, o período de março a maio serviu à adaptação da comunidade acadêmica envolvida com a nova modalidade de ensino ao letramento digital. Com esse propósito, a Coordenação da UAB/UFPE designou uma equipe para apresentar aos alunos a plataforma de aprendizagem moodle, definida pelo MEC como o ambiente virtual dos cursos do Sistema Universidade Aberta do Brasil. Essa equipe elaborou e, então, levou os alunos a participarem do Módulo Introdutório ao curso. Para o corpo docente, o Módulo Introdutório também foi considerado o ambiente de familiarização com a plataforma, tendo sido antecedido por um primeiro encontro presencial, nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2008, promovido pela equipe de capacitação da Coordenação Geral da UAB10, a mesma equipe que ficou responsável pelo treinamento dos alunos para a plataforma do curso – moodle – do dia 25 de fevereiro ao dia 31 de março, com o referido módulo, contabilizando 260 horas de atividades discentes, no ambiente virtual do curso. Para os docentes houve, ainda, dois encontros presenciais, no CEAD, nos dias 28/02 e 04/03, ministrado pelo técnico em informática Eduardo Soares.11 Em 10 de maio de 2008, deu-se início às disciplinas do curso, propriamente ditas, com a realização de uma palestra de abertura12 - Aula 9 Em número de quatro, referentes aos municípios de Ipojuca, Limoeiro, Pesqueira e Trindade. A Coordenadora da UAB/UFPE designou quatro capacitadoras do núcleo de informática na educação da Prefeitura do Recife, que ficaram responsáveis pelo encontro, realizado nos dias 21 e 22 de fevereiro, no Núcleo de Tecnologia da Prefeitura do Recife. 11 O Eduardo Soares respondia pelas questões operacionais do Curso de Letras a Distância, designado para essa função pela então Coordenadora Geral da UAB da UFPE. Além de técnicos em informática, há, nessa coordenação, bolsistas de apoio acadêmico, secretária, técnico em contabilidade e professores colaboradores internos e externos à UFPE, compondo a equipe da extinta Coordenação de Educação a Distância (CEAD), que articula outros projetos também vinculados ao MEC, como o “Curso de Especialização em Gestão Escolar” – 2ª. Edição – 2008/2009, o “Unirede – NE, o curso de extensão e de especialização “Mídias na Educação”, e o curso de “Gêneros e Diversidade na Escola”. 12 A referida palestra foi programada para ser uma webconferência, porém, devido à falta de condições dos Pólos em recebê-la, os Municípios se organizaram para vir à UFPE. Infelizmente, o 10 21 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Inaugural, no Auditório Barbosa Lima Sobrinho, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, às 10 horas da manhã, proferida pela Coordenadora do Curso, Profª Dilma Luciano para os alunos dos Pólos Municipais de Apoio Presencial de Ipojuca, Limoeiro e Pesqueira, com seus respectivos Coordenadores e tutoras presencias, e que contou com a presença dos professores do primeiro período do curso, com a maioria dos tutores a distância, e, de modo especial, com a presença da Pró-Reitora Acadêmica, Profª Ana Cabral, da Diretora do Centro de Artes e Comunicação, Profª Vilma Vilarouco e da Vice-Diretora, Profª Virgínia Leal (atual Diretora e também professora do curso), da Coordenadora da UAB na UFPE, Profª Sonia Settte, que deram as boas vindas aos alunos, em nome da instituição, e de alguns tutores a distância, como Carolina Leal Pires, Morgana Soares e Diego Rocha13. 4. JUSTIFICATIVA 4.1. JUSTIFICATIVA PARA A ATUALIZAÇÃO DO PPC Como já foi dito na apresentação deste documento, embora não realize nenhuma mudança estrutural na grade curricular do curso, essa atualização se fez indispensável devido à necessidade de realizar não só melhorias no corpo do texto, mas principalmente de atualizar informações relativas às novas parcerias com os Polos de Apoio Presencial após a primeira oferta do curso, aspecto tratado no tópico 3.4, sobre a “História das parcerias entre a UFPE e os Polos de apoio presencial” (p. ); bem como destacar a existência de docentes concursados para atuar na modalidade, hoje são 21 docentes concursados para atuar em EAD, portanto efetivos da UFPE; e, de modo, especial, porque com esta atualização responde-se às demandas das legislações, como a Lei nº município de Trindade apenas verificou a impossibilidade de recepção virtual às vésperas do evento, o que levou a Coordenadora do Curso, Profª Dilma Luciano, ao Pólo, no dia 24/05, para a realização do mesmo ato simbólico. 13 A função de tutor a distância está descrita mais adiante. 22 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 11.645, de 10 de Março de 2008, que versa sobre a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, e a Lei nº 9795, de 27 de Abril de 1999, sobre a Política Nacional de Educação Ambiental. Além dessas, há também a necessidade de adequação ao novo “Regimento da Universidade Federal de Pernambuco” acerca do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e das Atividades Complementares, de modo a reorientar a gestão acadêmica pedagógica do curso em suas instruções ao corpo docente (especialmente para atuação do Colegiado) e ao corpo discente do curso. 4.2. IMPORTÂNCIA DO CURSO No cenário nacional, de um lado, ainda se mantém elevado o índice de professores do ensino fundamental e médio sem formação de nível superior; e, de outro, é flagrante a necessidade de formação continuada para auxiliar a prática pedagógica explícita e sistematicamente a caminhar na direção da participação social efetiva, fruto do conhecimento construído na escola. Este projeto de curso acredita que a modalidade a distância é um espaço aberto à democratização do acesso à formação em todos os níveis, vindo a contribuir com a melhoria desse cenário da educação brasileira, em pleno século XXI. Nesse sentido, existe uma demanda nacional reprimida que pressiona a expansão da educação superior, justificando a interiorização das Instituições Públicas de formação profissional, propiciando o trabalho colaborativo para o desenvolvimento educacional no país. 4.3. RELEVÂNCIA REGIONAL DO CURSO 23 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras É fato indiscutível a existência de uma demanda retraída de alunos egressos do ensino médio que não têm a possibilidade de deslocamento para a capital pernambucana, a fim de estudar em uma universidade pública (UFPE, UFRPE, UPE), ou para as localidades em que há uma unidade estadual de ensino superior (como Nazaré da Mata, por exemplo), ou mesmo prestar vestibular para cursos oferecidos nos campi de Caruaru e Vitória. O Estado de Pernambuco, com sua extensão territorial que abrange 182 municípios, carece de iniciativas dessa natureza com ofertas de cursos de graduação de qualidade, visando sanar o problema da educação no Nordeste. Assim, este Curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância reforça a interiorização da UFPE (iniciada com a abertura dos campi de Caruaru e Vitória) e atende às seguintes áreas geográficas de Pernambuco, através dos polos presenciais proponentes. Os polos parceiros do E-LETRAS compreendem quatro das cinco mesorregiões do estado, permitindo atendimento aos municípios vizinhos a cada um deles. Assim, temos:  Mesorregião do Sertão de Pernambuco: compreendendo a área de circunvizinhança do município de Trindade;  Mesorregião do Agreste de Pernambuco: compreendendo a circunvizinhança do município de Pesqueira, situado na microrregião do Vale do Ipojuca; de Limoeiro, na microrregião do Médio Capibaribe; e Santa Cruz do Capibaribe, pertencente à microrregião do Alto Capibaribe;  Mesorregião da Zona da Mata de Pernambuco, compreendendo a circunvizinhança dos municípios de Ipojuca, localizado na 24 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras microrregião de Suape; e Palmares, na microrregião da Mata Meridional.  Mesorregião Metropolitana de Pernambuco, compreendendo a circunvizinhança de Jaboatão dos Guararapes; e o Polo Recife, na capital pernambucana, no Bairro da Madalena. Como as parcerias com os municípios é fator determinante para a oferta de cursos de graduação a distância, a possibilidade de cobertura das mesorregiões do estado de Pernambuco está dependente das iniciativas das prefeituras junto ao MEC, estas, candidatando-se para Polos de Apoio Presencial aos cursos a distância oferecidos pelas IES. O objetivo de levar o ensino superior público às diversas e mais distantes cidades pernambucanas faz ressaltar a relevância desse projeto de curso, permitindo destacar a necessidade de discussão interna na UFPE a fim de superar a dificuldade natural de percepção desse momento da política educacional pelas secretarias de educação dos municípios, condição necessária para que as Prefeituras Municipais não meçam esforços para aderir à iniciativa do Ministério da Educação e Cultura. Da parte da UFPE, as parcerias podem ser antecipadas, dando às prefeituras a segurança de que precisam para uma iniciativa de tal envergadura, cujo maior desafio é a mudança de cultura promovida pela incursão em EAD. 4.4 DEMANDA PELA MODALIDADE E PELO PERFIL DE HABILITAÇÃO DO CURSO À medida que compreendemos a presença da tecnologia na educação também como uma forma de construir o mundo, porque possibilitando o desenvolvimento de competências ao mesmo tempo em que é capaz de mediar a relação entre o cidadão e o seu projeto de vida profissional, esta proposta de 25 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras curso de graduação a distância justifica-se porque pretende colaborar com a expansão e interiorização do ensino superior público e gratuito no país, ao mesmo tempo em que experimenta metodologias de ensino inovadoras para o Nordeste, de modo especial. A EAD representa, do ponto de vista social, uma importante oportunidade para tratarmos da questão de como incluir um maior número de cidadãos na educação de nível superior, os quais estavam excluídos da possibilidade de busca de formação profissional para além do nível técnico diante da posição geográfica de seus domicílios. O município de Trindade, por exemplo, está a 665 quilômetros de Recife, e seus habitantes, assim como aqueles das cidades circunvizinhas Oricuri, Ipubi, Araripina, conformavam-se à condição de ser necessária uma mudança de cidade se desejassem cursar o nível superior. Ao observarmos a extensão territorial do estado de Pernambuco, sabemos que são poucas as ofertas de cursos superiores fora da capital, além de serem iniciativas privadas as que já existem. O desafio de se oferecer um curso de Licenciatura em Letras dentro da proposta constitucional da “gratuidade” é animador, uma vez que a EAD permite chegar, ao mesmo tempo, às diferentes mesorregiões do estado, representando, assim, a “ferramenta de escolha” para a formação continuada daqueles que estão distantes dos centros desenvolvidos. Trata-se, portanto, não apenas da substituição da educação tradicional (presencial) pela educação a distância, mas de solução para o acesso ao ensino superior público e de qualidade, porque provendo a continuidade dos processos de educação aos cidadãos do interior do estado que, sem essa opção de aprendizagem, encerram seus estudos no ensino médio. De modo específico, o Curso Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância, objeto deste documento, torna mais viável o acesso ao ensino 26 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras superior, fazendo-o presente nas regiões do interior do estado de Pernambuco14, uma vez que a distância e os altos custos para a interiorização da universidade pública na modalidade tradicional fazem do processo de interiorização uma possibilidade remota no cenário nacional. Por outro lado, no que se refere ao ensino superior no Brasil, pode-se dizer que o uso de novas tecnologias é ainda bastante incipiente; a utilização da Internet, elemento da educação a distância capaz de contribuir significativamente para a autonomia do aluno, é escassa, de modo que muitos cursos mantêm um perfil tradicionalista, não proporcionando aos discentes espaços de construção de conhecimento em consonância com as exigências da modernidade. O curso de graduação em Letras na modalidade a distância aparece, então, como algo inovador, favorecendo a aquiescência de novos recursos no processo de aprendizagem e trazendo novas perspectivas para a oferta de ensino superior no país. Paralelamente a isso, o curso de Letras a distância da UFPE contribui para a implementação, nesta Universidade, de novas metodologias e de recursos educativos compatíveis com as demandas modernas. Sabendo-se que o referido curso prima pela formação de professores capazes de atuar no ensino de língua portuguesa e de literatura de língua portuguesa em diversas instâncias, faz-se necessário mostrar o quantitativo de instituições a que os profissionais de Letras podem recorrer a fim de prestar serviços educativos, evidenciando a situação do mercado de trabalho do egresso do curso. O estado de Pernambuco conta com, aproximadamente, 1.106 escolas públicas estaduais, de acordo com o Censo Escolar 2007 – Instituto Nacional de 14 Representam, atualmente, já uma realidade para os cidadãos vinculados aos quatro pólos do UAB1, em que o curso está funcionando (Trindade, Pesqueira, Ipojuca e Limoeiro). 27 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira15 – INEP – e Secretaria de Educação/MEC16. Em 2006, esse número correspondia a 11.277, sendo o número de escolas públicas municipais equivalente a 7.659 e 1.105 estaduais, somandose aí, também, o número de escolas federais (10) e particulares (2.403). É importante observar que nessas escolas subsistem problemas diversos, os quais, por vezes, estão diretamente relacionados ao processo de ensino-aprendizagem, cabendo ao profissional tentar reverter a situação. Em 2005, as taxas de evasão nas escolas da rede pública de Pernambuco foram as seguintes: TAXA DE EVASAO DAS ESCOLAS PÚBLICAS TAXA DE EVASÃO/ABANDONO – 2005 Escolas estaduais Ensino médio Ensino fundamental Escolas municipais Ensino médio I e II 23,24% 17,54% Ensino fundamental I e II 22,43% 12,11% FONTE: Censo 2005 – Secretaria de Educação/MEC FIGURA 2 A qualidade do ensino é fator de grande relevância no que concerne à formação do alunado, contribuindo significativamente no processo de aquisição de conhecimento por parte do mesmo. Esta qualidade encontra-se atrelada à figura do docente, o qual deve ter uma formação acadêmica capaz de render-lhe os subsídios necessários para garantir um processo de ensino-aprendizagem eficaz nas instituições com que possui vínculo. A qualificação do docente está diretamente relacionada ao aumento da qualidade na educação e o nível de 15 INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PSQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Disponível em HTTP://www.inep.gov.br/basica/censo/Escolar/Matricula/censoescolar_2007.asp?metodo=1&ano =2007&UF=PERNAMBUCO&MUNICIPIO=&Submit=Consultar Acesso em 25 de outubro de 2008. 16 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO. Disponível em: HTTP://www.educacao.pe.gov.br/default.asp Acesso em 25 de outubro de 2008. 28 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras formação do professor é de fundamental importância no que tange o desempenho do aluno. O profissional egresso do curso de graduação em Licenciatura em Letras a Distância da UFPE, tendo acesso a um ensino de qualidade, deverá apresentar as condições necessárias para instituir o bom aprendizado do conteúdo pelos discentes. Sendo assim, o curso visa à formação de profissionais dotados de competências específicas, de modo a colaborar para a melhoria da atuação dos sistemas de ensino, com reflexos no desenvolvimento sócio-econômico regional e nacional. É importante saber que, em muitas escolas da rede pública, o processo de ensino-aprendizagem não se dá como deveria, de modo que, por vezes, alguma das duas figuras nele envolvidas (professor e aluno) não desempenha sua função da maneira adequada. A tabela a seguir corresponde a uma demonstração de como isso é capaz de interferir no rendimento escolar do aluno, por meio da reprovação: TAXA DE REPROVACAO NAS ESCOLAS PÚBLICAS TAXA DE REPROVAÇÃO – 2005 Escolas estaduais Ensino médio Ensino fundamental Escolas municipais Ensino médio I e II 8,63% 15,95% Ensino fundamental I e II 8,08% 17,58% FONTE: Censo 2005 – Secretaria de Educação/MEC FIGURA 3 A Secretaria de Educação Básica – SEB –, ao lado do MEC – Ministério da Educação –, ao instituir o Plano de Ações Articuladas – planejamento da política de educação que 5.563 municípios do Brasil deve fazer para os próximos 4 anos 29 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras – 2008 a 2011–, integrando o Plano de Desenvolvimento da Educação –, aponta a formação de professores como uma prioridade17. O Brasil apresenta uma crescente e significativa demanda pela escolaridade, a qual, consequentemente, pode ser observada no estado de Pernambuco. É fato, porém, que o que é ofertado pelo sistema educacional brasileiro não atende a toda essa demanda, de modo que uma parcela da população acaba por ficar à margem da educação. De acordo com dados estatísticos divulgados em 2004, no Brasil, 30 milhões de crianças e adolescentes deveriam ter acesso ao ensino fundamental, tal como 50 milhões de jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluí-lo. Houve, aproximadamente, 4 milhões de matriculados no ensino fundamental da rede particular na medida em que as redes públicas municipais e estaduais compreendem somente 35 milhões de matrículas, ficando 41 milhões de brasileiros sem acesso a esta etapa da educação. Além disso, de acordo com a Constituição, 20 milhões de crianças deveriam ter acesso à dita Educação Infantil, ao passo que 10 milhões de adolescentes deveriam estar devidamente matriculados no ensino médio. Deste total de 30 milhões, 5 estavam matriculados em instituições de ensino particulares e 10 milhões em escolas públicas, restando 15 milhões de indivíduos sem acesso à educação básica18. No ano de 2006, de acordo com o Censo Escolar, de um total de 2.820.490 matriculados no ensino básico no estado de Pernambuco, 962.857 correspondiam ao número de matriculados em escolas da rede estadual, 1.395.800 em escolas da rede municipal, 10.948 em escolas federais e 450.885 em escolas particulares. É importante salientar que, neste mesmo ano, houve uma diminuição do número de matriculas no ensino fundamental da rede 17 ORGANIZACIÓN DE ESTADOS IBEROAMERICANOS. Brasil: formação de professor é a maior carência. Disponível em: HTTP://www.oei.es/noticias/spip.php?article3201 Acesso em 23 de outubro de 2008. 18 MONLEVADE, João Antônio. Financiamento da educação básica. Disponível em: HTTP://www.redebrasil.tv.br/salto/boletins2004/feb/index.htm Acesso em 23 de outubro de 2008. 30 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras estadual (26.554), enquanto que as matriculas no ensino médio mantiveram-se relativamente constantes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –, utilizando-se de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad –, o Brasil apresentava, em 2007, 2,4 milhões de analfabetos com idade entre 7 e 14 anos, dentre os quais 2,1 milhões (87,2%) frequentavam a escola em 2006. A pesquisa mostrou, também, que o quantitativo de analfabetos na escola, denominados “iletrados escolarizados”, decrescia à proporção que a idade aumentava. A Síntese dos Indicadores Sociais evidencia um avanço na universalização da educação primária, tendo a taxa de analfabetismo da população entre 15 e 24 anos recuado de 12%, em 1997, para 5,3%, em 200719. É fato, porém, que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – PEA – divulgou, em 2008, que o Nordeste apresenta a pior taxa de escolarização mínima obrigatória do país, sendo a média de 6 anos de estudo20. Os valores nacionais apresentados, paralelamente aos dados do estado de Pernambuco, servem para mostrar os índices e as problemáticas referentes à oferta e demanda da educação relacionados ao mercado de trabalho do egresso do curso de graduação em Letras a Distância, evidenciando a crescente necessidade de formação de profissionais bem preparados. Desta forma, deve-se atentar para uma melhoria no sistema educacional, ampliando suas perspectivas e abrindo espaço para o ensino não presencial, de forma a adequá-lo às exigências da realidade brasileira. A educação, enquanto possuidora de um potencial transformacional, deve receber investimentos governamentais capazes de propiciar o desenvolvimento do país. 19 DIÁRIO DE PERNAMBUCO. Editorial. Disponível em: HTTP://www.diariodepernambuco.com.br/2008/10/10/Editorial.asp Acesso em 23 de outubro de 2008. 20 JC ONLINE. Pesquisa: Nordeste tem a pior taxa de escolarização do país. Disponível em HTTP://jc.uol.com.br/2008/10/14/not_182174.php Acesso em 25 de outubro de 2008. 31 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras A democratização do ensino superior é, pois, o ponto de partida para a tentativa de solucionar esses problemas educacionais, na medida em que possibilita o acesso a uma boa formação profissional aos indivíduos que até então não a tinham. O curso de Graduação em Letras a Distância da UFPE, compromissado com essa causa, procura proporcionar aos alunos de seus atuais quatro polos de abrangência o ensino especializado a que os alunos presenciais do curso de Letras têm acesso. Em 2003, o curso de Letras presencial da UFPE obteve conceito B, juntamente com mais 4 cursos, na avaliação do Provão21; em 2005, na avaliação do ENADE – Exame Nacional de Desempenho de Estudantes –, o mesmo curso obteve conceito 3, numa escala de 1 a 522. Isso demonstra a qualidade do curso de Letras presencial da UFPE, a qual deve ser estendida a estudantes interessados nessa formação, mas que não têm acesso à instituição. Daí a fundamental importância e necessidade da existência do E-Letras, que, contando com o corpo docente da Universidade, é capaz de levar um ensino de qualidade aos interessados e garantir-lhes uma boa formação profissional, a qual irá atender a demanda crescente observável no país. O Curso de Letras na modalidade a distância é capaz de proporcionar aos seus alunos certa mobilidade e autonomia sem, contudo, perder a seriedade e a importância típicas de um curso superior; não há custos extras característicos do ensino presencial e o discente, que tem acesso a uma formação especializada, pode organizar o seu tempo do modo que lhe for conveniente. A Universidade Federal de Pernambuco, ao instituir o seu primeiro curso a distância, o curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa, torna visível o 21 UNIVERSIA BRASIL. UFPE recebe conceitos A e B em mais de 60% dos cursos avaliados no Provão 2003. Disponível em HTTP://www.universia.com.br/html/noticia/noticia_dentrodocampusbafce.html Acesso em 25 de outubro de 2008. 22 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Resultados do ENADE. Disponível em Acesso em 25 de outubro de 2008. 32 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras seu papel e compromisso social, promovendo a acessibilidade da educação de modo especial às regiões interioranas do estado. 5. PÚBLICO ALVO A visível potência democrática dos novos meios interativos resultantes do desenvolvimento da telemática23, porque capaz de garantir o acesso à informação à população distante dos centros geradores de conhecimento, definiu o público alvo dessa proposta de curso de Licenciatura em Letras a Distância como sendo, preferencialmente, os professores de Língua Portuguesa e/ou Literatura de Língua Portuguesa em exercício nas redes públicas e privadas do Estado de Pernambuco, sem o diploma de nível superior na área de atuação docente, bem como os alunos egressos do magistério em ensino médio, cuja “formação de professor” carece de complementação teórica para a reflexão sobre os fenômenos de linguagem, de modo específico. Em 2005, ano em que o projeto Universidade Aberta do Brasil foi lançado, o INEP identificou um percentual igual a 51% de cidadãos atuando no ensino básico sem o curso de licenciatura, o que, na Região Nordeste, representa 81,3% de indivíduos atuando no magistério sem formação de nível superior (Cf. MOTA, CHAVES FILHO & CASSIANO, 2006). Ainda no sentido da inclusão democrática no ensino superior público e de qualidade, a demanda reprimida de alunos egressos do ensino médio público nas regiões interioranas de Pernambuco constituíram, também, o público alvo visado por esta proposta de curso, a fim de garantir o direito à educação, como assegura a Carta Magna do nosso país. 23 A telemática, ciência que trata da manipulação e utilização da informação através do computador, tornou possível a criação de cursos a distância do tipo online. O uso das tecnologias comunicacionais permite que o aprendizado se dê a distância, desterritorializando a comunicação e promovendo a interação assíncrona (tempos diferentes dos interlocutores). 33 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Nesse sentido, incluem-se também no público alvo dessa oferta de curso a distância os egressos do ensino médio residentes na região metropolitana do Recife que compõem o quantitativo de discentes que ficam de fora do número de vagas oferecidas pelas IES públicas. A modalidade a distância pode, assim, colaborar com o propósito da UFPE de fazer parte do processo de democratização do acesso ao ensino superior, no país. 6. PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR O processo de seleção para ingresso no curso a distância é objeto de Edital específico24, amplamente divulgado nas diversas regiões do Estado e especialmente nos Polos Municipais de Apoio Presencial e áreas circunvizinhas aos polos. Organizado pela COVEST25 (Comissão de Processos Seletivos e Treinamento – UFPE/UFRPE), a seleção dos alunos para preenchimento da primeira turma ofertada se deu em 23/09/0726, através de provas específicas realizadas presencialmente nos Polos, de conteúdo equivalente ao desenvolvido no Ensino Médio das escolas públicas e privadas de Pernambuco, e constituída em 2 etapas, a saber: ETAPA I – Prova de conhecimentos gerais das seguintes áreas: Língua Portuguesa, Literatura, História, Geografia, língua estrangeira (Inglês, Francês ou Espanhol), Biologia, Física, Química, Matemática. ETAPA II – Prova de REDAÇÃO e 2 provas de conhecimento específico, em Língua Portuguesa e História. 24 Página . Vide Anexo 3. 26 Vide site da COVEST a 25 esse respeito disponível em 34 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 7. OBJETIVOS DO CURSO 7.1. OBJETIVO GERAL Habilitar professores para o ensino básico da Língua Portuguesa e de Literaturas de Língua Portuguesa, qualificados para desenvolver habilidades comunicativas de seus alunos e alunas, a par das exigências da sociedade contemporânea, alicerçado em três princípios fundamentais: interação, cooperação e autonomia. 7.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Conhecer os fenômenos da linguagem humana, a partir de diferentes posicionamentos científico-ideológicos;  Identificar diferentes métodos de investigação, a fim de promover a construção do conhecimento articulado nos eixos temáticos das disciplinas de Língua Portuguesa, Literaturas de Língua Portuguesa, Educação, pela Didática, via da Psicologia, Informática interdisciplinaridade e na da transdisciplinaridade27;  Oportunizar a experiência com o ensino, a pesquisa e a extensão;  Criar oportunidades pedagógicas que consolidem o desenvolvimento da autonomia do aluno, do sentido de trabalho 27 “A visão transdisciplinar está resolutamente aberta na medida em que ela ultrapassa o domínio das ciências exatas por seu diálogo e sua reconciliação não somente com as ciências humanas mas também com a arte, a literatura, a poesia e a experiência espiritual.” Profª. DRª. Dilma Luciano 35 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras colaborativo e da interatividade como caminho para a construção dos diversos saberes que compõem a formação do professor;  Desenvolver a consciência do licenciando acerca de seu papel na sociedade, através de uma prática de ensino comprometida com o desenvolvimento do sistema educacional do país;  Conhecer a estrutura e funcionamento da língua portuguesa, a fim de garantir o uso adequado da norma culta e a compreensão de suas variedades;  Conhecer as diferentes manifestações das Literaturas de língua portuguesa;  Desenvolver a consciência do licenciando para a relação da metodologia de ensino (de Língua Portuguesa e de Literatura Brasileira e Portuguesa) e o sucesso na aprendizagem, pelo reconhecimento da importância das etapas de planejamento, organização e mediação pedagógica, a par do desenvolvimento dos posicionamentos científico-ideológicos. 8. MARCO TEÓRICO 8.1. SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO O século XX é o cenário de desenvolvimento da telemática, a qual promove a facilidade e rapidez de acesso à informação, possibilitando a comunicação síncrona entre as pessoas, independentemente do local onde se encontrem, como também a comunicação assíncrona, aquela em que há, além da desterritorialização, assincronia no tempo de interação. 36 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras As inúmeras alternativas oferecidas pelas tecnologias da informação e comunicação (TIC) para a solução de problemas complexos da atualidade revelam a predominância de novas tecnologias “sem fio”, tais como wi-fi, wimesh e wimax, ou o uso do PLC (Power Line Communications) que destacam o caminho tomado no sentido da universalização dessas tecnologias. No século XXI, a TIC está configurando um momento histórico extremamente favorável à utilização da EAD, por ser uma das formas de levar o ensino a um contingente populacional cada vez maior, mas, isto, desde que as políticas públicas empreendam ações que garantam a democratização do acesso às novas tecnologias comunicacionais, promovendo inclusão social e digital28. Num país de dimensões territoriais como o Brasil, fazer da EAD uma realidade diante do cenário nacional de desigualdade social é creditar à educação o poder de democratização do conhecimento, único bem capaz de afiançar a igualdade entre os cidadãos. 8.2. Educação a distância A Portaria do MEC nº 2253 de 18 de outubro de 2001 é, definitivamente, o grande incentivo à implantação de cursos de graduação a distância do tipo online, porque consolida o engajamento em educação cidadã. De modo especial para as regiões carentes, o ensino a distância (EAD) torna-se imperativo para que se dê um salto de qualidade na educação, não pela “fetichização” das novas tecnologias, mas pela desterritorialização que promove, com o encurtamento das distâncias entre os centros de conhecimento, os alunos e os professores, democratizando o “saber”. 28 MINISTÉRIO DA FAZENDA. Computador para todos: governo federal. Disponível em: . Acesso em: 31 de out. 2008. 37 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras A implantação de um programa educacional online é capaz de intensificar as relações dos núcleos de interesses pelo uso da tecnologia da informação porque, dentre outros aspectos: i. Supera o aspecto coercitivo resultante da distância física que impedia a troca de conhecimento; ii. Potencializa a informação que, desterritorializada, passa a compor o ambiente virtual superando as dificuldades de acesso a novos conceitos e compondo o fenômeno da globalização; e iii. Colabora para a solução da qualificação profissional, vislumbrada pelo MEC como problema a ser resolvido em caráter de urgência. Não resta dúvida que esta modalidade de ensino – à distância – é uma via aberta para a expansão da troca de saberes e por isso, para a democratização do conhecimento. A ênfase nos debates sobre EAD nas universidades é hoje um dos principais pontos de discussão que está colaborando para a mudança de concepção do processo de ensino e de aprendizagem. Não significa, no entanto, opor a EAD à educação presencial e sim compreender o entrelaçamento entre ambas, numa apropriação das abordagens que facultam o desenvolvimento da educação. Em EAD online, a ambiência comunicacional que lhe é própria deve romper com a lógica unidirecional da mídia de massa e dos sistemas tradicionais de ensino, para evitar a subutilização das tecnologias digitais de comunicação no ciberespaço. As práticas de EAD devem enfatizar a produtividade e integração de modo a promover a articulação de saberes inter e multidisciplinarmente, perpassando todos os sujeitos envolvidos, da concepção à execução. O docente, ajustado às praticas presenciais de ensino, vê-se diante do desafio de mudança de cultura pedagógica no planejamento dos conteúdos propostos para a EAD. A sociedade da informação e comunicação a sua volta 38 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras desperta o seu olhar de pesquisador à necessidade de incursionar em EAD, como meio possível de solução de problemas tais como:  A crescente necessidade de qualificação dos jovens para o ingresso no mercado de trabalho;  A demanda reprimida no ensino superior de aproximadamente 239% (isto é, alunos que potencialmente poderiam estar na universidade, mas que por diversas questões não estão);  A necessidade de potencializar o acesso de estudantes ao ensino de qualidade;  A possibilidade de desenvolvimento e de socialização de pesquisas;  A atualização de docentes;  A democratização do saber; Características como a tendência de se tornar uma educação de baixo custo com o decorrer do tempo, fomento à construção de uma aprendizagem autônoma, bem como a possibilidade de propiciar permanente atualização discente e docente, além da possibilidade de integração de culturas e de regiões, são elementos que corroboram a importância da implementação da EAD nas universidades brasileiras. Os sistemas clássicos de educação, voltados para grande número de alunos potenciais são, geralmente, centrados na instituição; os sistemas do setor informal em contrapartida, centram-se no indivíduo e na sociedade. De modo semelhante a este último sistema, na educação a distância é fundamental preocupar-se com os objetivos almejados, buscando-se estratégias de apoio à autonomia no processo de aprendizagem do estudante. Na EAD realizada com tecnologias digitais, a velocidade de produção e de mudança dos conhecimentos põe em xeque as estruturas curriculares rígidas e, por vezes, distantes da realidade, devido ao pouco espaço para a criação e autonomia. 39 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Os suportes hipertextuais, interconectados e interativos na EAD online, permite que a linearidade curricular abra-se à pluralidade dos sujeitos envolvidos no processo educativo. A nova sala de aula é hipertextual, espaço de todos os lugares sociais, exigindo qualidade dos “encontros”, o que depende em muito do material produzido em EAD. Segundo os Indicadores de qualidade para cursos de graduação à distância29, a experiência com cursos presenciais não é suficiente para assegurar a qualidade da produção de materiais adequados aos meios de comunicação e informação. A produção de material impresso, vídeos, programas televisivos, radiofônicos, videoconferências, páginas web atende a uma outra lógica de concepção, de produção, de linguagem, de estudo e controle de tempo. Na sociedade aberta, em uma economia baseada em conhecimento e prestação de serviços, a organização do trabalho e as competências requeridas se tornam mais complexas, exigindo níveis mais altos de capacidade de resolução de problemas e tomada de decisão. O trabalho está claramente se tornando mais flexível do ponto de vista das relações de espaço e de tempo, o que requer alto nível de habilidades. A educação a distância se assemelha ao comportamento social para o mercado de trabalho porque põe o aluno diante da mesma flexibilidade, do mesmo fenômeno de desterritorialização, ao mesmo tempo em que redimensiona seu papel na construção do conhecimento. Ao longo dos anos, vem ganhando espaço e credibilidade. Firma-se na construção de um modelo educacional que harmoniza as inovações tecnológicas e as ações pedagógicas, sem ferir o princípio fundamental de que o homem é principal agente transformador em qualquer processo. Por outro lado, as mudanças que provocaram o crescimento na EAD não são provenientes apenas dos avanços tecnológicos, mas também do desenvolvimento científico em áreas como Cognição, Aprendizagem, Educação e 29 BRASIL, MEC. Indicadores de qualidade para cursos de graduação a distância. Brasília, 2001. 40 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Sociologia, além, obviamente, das condições sócio-históricas que promovem mudanças na concepção da própria pedagogia do ensino. Juntos, estes dois aspectos permitem e exigem do professor “adequação” dos conteúdos específicos às mudanças necessárias à transposição didática. Voltando ao cenário local, as demandas de aprendizagem crescem em um ritmo muito acelerado e as necessidades culturais vão exigir uma formação permanente e constante atualização profissional dos docentes. A necessidade de estarmos sempre aprendendo coisas novas frente ao mercado complexo, instável, flexível e provavelmente imprevisível, nos leva a buscar novas modalidades do fazer educativo . Mas as nossas necessidades de aprendizagem não apenas estão relacionadas às necessidades profissionais, como também a tipos de conhecimento culturalmente relevantes e que de alguma forma, nos levam a uma maior integração e inclusão social. Pensando nisso, a utilização de tecnologias educacionais no contexto escolar está inserida em uma realidade econômica mais ampla, marcada por um processo de reestruturação capitalista em nível mundial. A inclusão do Brasil nesse processo deu-se há mais de uma década, aumentando o contraste entre as duas realidades: dentro e fora da escola. Mesmo assim, o maior dinamismo do sistema capitalista, associado às profundas modificações tecnológicas, vem promovendo transformações no trabalho de todas as categorias profissionais, através de novas posturas no exercício da profissão, exigências de uma “pedagogia da autonomia”, alicerçada no principio da cooperação, do trabalho colaborativo no sentido de alcançar um objetivo comum, num processo que tem merecido importantes contribuições teóricas e empíricas, como a que aqui se pretende dar. Para o sucesso de um projeto de EAD é necessário clareza quanto a dois aspectos fundamentais:  O conceito de comunidade virtual e suas implicações, e 41 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras  Os princípios pedagógicos do desenho instrucional do curso. Nesse sentido, o presente PPC buscará manter os seguintes fundamentos em sua estruturação: 1. Coerência entre os objetivos de cada disciplina e a abordagem pedagógica; 2. Atenção à realidade do aluno para a solução de problemas que venham interferir no processo educativo; 3. Ênfase na formação e no desenvolvimento de competências; 4. Estímulo à autonomia; 5. Aprendizagem significativa decorrente da organização estratégica do conteúdo, da motivação e de exercícios de construção de aprendizagem (ação-reflexão-ação); 6. Abordagem reflexivo-crítica dos conteúdos. Dito isso, destaque-se que o desafio desta proposta de curso de graduação a distância é superar a rigidez da tradição, pelas razões apontadas nos documentos oficiais que determinam as diretrizes do ensino no país30, há mais de uma década, conforme ilustra o trecho abaixo: Um excessivo academicismo e um anacronismo em relação às transformações existentes no Brasil e no resto do mundo, de um modo geral, condenaram a Educação, nestas últimas décadas, a um arcaísmo que deprecia a inteligência e a capacidade de alunos e professores e as características específicas de suas comunidades. 30 BRASIL, MEC. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio. Brasília, 1998. 42 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 8.3. Comunidade Virtual em EAD Na cultura de EAD31 online as chamadas “plataformas” computacionais de aprendizagem constituem o espaço ou ambiente virtual onde se dá o processo de ensino-aprendizagem. Para a organização e execução dos cursos integrantes do Sistema UAB, o MEC definiu o moodle32 por plataforma comum a todas as instituições, criando, assim, uma comunidade virtual em EAD, compreendida por todos os membros participantes do Sistema UAB. A sala de aula tradicional é, pois, substituída por “ambientes virtuais de aprendizagem” (AVA), onde encontramos os conteúdos específicos de cada disciplina, as orientações pedagógicas específicas para o tratamento de cada conteúdo, os professores de cada disciplina, os coordenadores de pólos e a coordenação do curso, a equipe de suporte técnico, enfim, o ponto de encontro virtual de um e de todos os integrantes do curso. No entanto, na modalidade de EAD online, a comunidade virtual constituída como corpo docente33 assume um novo formato, fazendo surgir, assim, a figura do tutor, cujo papel é especialmente importante para o sucesso deste tipo de empreendimento. 31 Conteúdo de reflexão apresentada no 2º Simpósio “Hipertexto e Tecnologias na Educação: Multimodalidade e Ensino”, de 17 a 19 de setembro de 2008, na UFPE, pela Profª Dilma Luciano, em palestra intitulada “Letras a distância: a apropriação de uma nova cultura educacional”. 32 A plataforma moodle está entre as diversas plataformas abertas e de livre uso, tais como eProinfo e Teleduc. Ao lados delas, há aquelas denominadas plataformas proprietárias (com custo para serem usadas), como Blackboard, WebCt e LearningSpace. Esta informação foi retirada de ALMEIDA, Maria Elizabeth B. & PRADO, Maria Elisabette B.B.Prado. Educação a distância, design educacional e redes significativas. Disponível em HTTP://portaleducacao.com.br/educacao/principal/conteudo.asp?id=2316 Acesso em 22 de novembro de 2008. 33 Vide Anexo 1, p. . 43 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 8.4. CONCEPÇÃO DE TUTORIA A tutoria tem um papel importante em cursos na modalidade a distância porque é através dela que se promove o “diálogo” entre os interactantes, superando-se a “não-presença” na relação professor-aluno. Num processo interacional mediado pelos meios tecnológicos, distinguemse os tutores em função da natureza do envolvimento que terão com os alunos. Assim, tem-se a tutoria a distância exercendo um papel distinto da tutoria presencial. O tutor a distância compreende o “orientador acadêmico com formação superior adequada” ao conteúdo específico da disciplina regida, “que será responsável pelo atendimento dos estudantes via meios tecnológicos de comunicação” (conforme põe o Edital Nº 1, do MEC, para oferta de cursos a distância através do Sistema Universidade Aberta do Brasil). Exige, portanto, uma mudança de concepção da relação de ensino e de aprendizagem de ambos, professor e aluno, possibilitada pelo rompimento das restrições impostas pela noção de espaço/tempo do ensino presencial. É, pois, o tutor a distância, o professor que assiste a construção de conhecimento dos alunos, no processo de aprendizagem a distância. Já o tutor presencial, como o próprio título sugere, assemelha-se à modalidade convencional de trabalho cooperativo na relação in praesentia, responsabilizando-se pela organização e dinamização dos grupos de estudo durante os encontros presenciais, e pela mediação na solução dos problemas enfrentados. De modo geral, o tutor a distância deve ser um profissional que não somente possua conhecimento do conteúdo da disciplina pela qual é corresponsável, como também seja capaz de orientar e estimular os estudos. Já o tutor presencial deve ter a capacidade de identificar eventuais dificuldades que 44 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras prejudiquem o progresso normal do curso para auxiliar a coordenação pedagógica do curso a estabelecer os procedimentos necessários para a solução. Devido a esse novo partícipe do processo de ensino a distância, há, também, duas novas figuras na posição de gestor, representadas pelo coordenador de tutoria e pelo coordenador de polo. No Sistema UAB, o coordenador de tutoria é o responsável pela administração dos trabalhos do grupo de tutores do curso e deve ser representado também por um docente da instituição, com experiência comprovada na modalidade. Quanto ao coordenador de polo, é um docente da rede pública do ensino de Pernambuco, selecionado pela Secretaria de Educação à qual está vinculado, ficando responsável pela gerenciamento do polo e pelo cumprimento das atribuições dos tutores presenciais lotados no polo sob sua coordenação. 9. METODOLOGIA DO CURSO O Curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância conta com a colaboração de alguns departamentos da UFPE, mais precisamente do Centro de Educação, caracterizando-se por uma perspectiva teórico- metodológica multidisciplinar, típica dos cursos de graduação para formar professores. Antes de iniciar a descrição da metodologia do curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância, é importante destacar que as ofertas de componentes curriculares foram designadas pelo termo tradicional dos cursos presenciais – disciplinas -, e não “módulos”, como é o comum ocorrer na modalidade a distância. Nesse sentido, os ambientes virtuais de aprendizagem – AVA – propostos na plataforma moodle correspondem, cada um deles, às ofertas de disciplinas em cada período do curso, totalizando 8 períodos regulares para integralização da carga horária do curso (vide Anexo 2, ) para a composição da grade por periodização). Desse modo, os AVA do curso de 45 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Letras a Distância são todos nomeados de modo igual ao da disciplina ofertada no período letivo, e se organizam em conjuntos de disciplinas categorizadas em conformidade com o período letivo a que se referem. Por ser um curso a distância, possui um formato de assistência ao aluno que conta com a figura do tutor, mencionado anteriormente, aqui entendido como um auxiliar do professor da disciplina, cujo papel é especialmente importante para essa modalidade de educação: a distância do tipo online. O curso objeto deste documento reconhece a distinção entre as figuras de tutor, observando rigorosamente a diferença quanto à natureza do atendimento aos alunos pelo tutor a distância e pelo tutor presencial. Essa distinção compreende critérios estabelecidos prévia e claramente, por ocasião do Edital de Seleção de Tutoria, que apresenta o perfil esperado de cada tipo de tutor, além de estabelecer as atribuições para o exercício da tutoria. A tutoria a distância compreende o orientador acadêmico, que auxilia o professor da disciplina de forma mais frequente, e que possui formação de nível superior adequada ao conteúdo específico da disciplina a ser assistida. Para atender a essa exigência, a seleção de tutoria a distância deve ocorrer sempre após a seleção dos programas de pós-graduação em nível de mestrado e de doutorado da UFPE, como, por exemplo, do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística - Departamento de Letras -, e do Programa de PósGraduação em Educação, também da UFPE, através de um Edital interno publicado na instituição (página ). A mudança do quadro de tutores fica, assim, condicionada à saída/conclusão do Mestrado ou do Doutorado a que estavam vinculados os tutores, procedendo-se à nova seleção quando necessário. Considera-se, porém, a permanência do tutor que tenha concluído o Mestrado ou Doutorado enquanto exercia a função de tutor a distância, até que nova seleção para o preenchimento da vaga em questão tenha ocorrido. Nesse período de transição, a saída do tutor a distância após sua perda de vínculo com 46 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras a pós-graduação não poderá ocorrer durante o período letivo em andamento, de modo a assegurar a finalização dos trabalhos pedagógicos. A decisão por selecionar tutores especialmente dentre os mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística e do Programa de Pós-Graduação em Educação visou a garantir que os tutores tivessem domínio de conhecimento dos conteúdos das disciplinas a serem assumidas por eles, de modo adequado à atuação no magistério superior, assistidos pelos docentes da UFPE. Garante-se, desse modo, que os tutores a distância tenham um perfil compatível com a atuação docente nesse nível do magistério, além de participarem da construção da cultura de ensino a distância. Sobre as atribuições dos tutores a distância, são elas: (1) orientar os tutores presenciais para exercerem suas atividades junto aos alunos; (2) assessorar os tutores locais no que diz respeito à organização dos trabalhos e acesso aos materiais didáticos do curso; (3) discutir com os professores das disciplinas o plano de trabalho do curso – objetivos, conteúdos, as metodologias de estudo e avaliação – e, em seguida, orientar os tutores presenciais quanto à dinâmica estabelecida no plano de trabalho; (4) participar da avaliação curricular permanente do curso; (5) propor, em consonância com o professor pesquisador, as atividades de avaliação da aprendizagem e os critérios de correção; (6) coordenar a aplicação das avaliações presenciais; (7) corrigir as avaliações presenciais, juntamente com os professores; (8) participar da preparação e veiculação dos fóruns de interação virtual e das webconferências; (9) participar dos encontros presenciais programados para a disciplina que acompanha. Após a seleção dos tutores a distância, estes são apresentados aos professores responsáveis pela execução das disciplinas, de modo a acertarem os detalhes do acompanhamento pedagógico do componente curricular que têm em comum. Nessa ocasião, são acertados, também, a periodicidade dos encontros entre professor e tutor e o cronograma e definição das atividades a serem disponibilizadas aos alunos na plataforma. 47 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Ao coordenador de tutoria cabe acompanhar o trabalho da tutoria e definir um cronograma de plantão na “sala de tutoria” (na UFPE) – duas horas semanais para cada tutor a distância, de modo a garantir o atendimento ao aluno e ao polo, via telefone, e a participação/atuação na plataforma semanalmente. Ele é também responsável por organizar um relatório global do desempenho da tutoria ao final do semestre letivo, com base no relatório individual dos docentes acerca de seus tutores. Além disso, o cronograma de “atividades” vai liderando a demanda de atendimento na plataforma da parte do professor e do tutor, que será assistida por esse coordenador de tutoria. Sobre os tutores presenciais, o presente Projeto Pedagógico do Curso apresenta as seguintes diretrizes para o perfil dos tutores: (1) o tutor presencial deve auxiliar o estudante na interação com a UFPE; (2) deve estimular o licenciando a superar as dificuldades, ajudando-o a adaptar-se à nova forma de aprendizagem; (3) deve promover a interação do grupo de alunos, favorecendo a comunicação entre seus membros e a realização de trabalhos coletivos no ambiente virtual; (4) cabe-lhe detectar problemas dos alunos que possam afetar seu desempenho; (5) participará do momento de avaliação presencial, auxiliando na aplicação das provas; (6) fará um acompanhamento da presença do aluno na plataforma, procurando estimular o aluno a não passar muitos dias sem acessar a plataforma; e (7) deve fomentar o uso da biblioteca existente nos polos e do material virtual, disponibilizado na plataforma. Destaque-se que os tutores presenciais – selecionados para atuar no polo de apoio presencial – não são responsáveis por orientação específica de 48 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras conteúdo de disciplina, papel que cabe ao tutor a distância, este especificamente para a disciplina em regência no semestre letivo. A primeira seleção de tutoria presencial (em 2008.1) se deu com a participação direta da UFPE, uma vez que a então coordenação pedagógica do curso solicitou da coordenação da UAB/UFPE que os candidatos à tutoria presencial para o curso de Letras Português a Distância fossem todos graduados em Letras, de modo a garantir a qualidade da interação com os tutores a distância e, de modo especial, com os alunos do curso. No entanto, coube à Secretaria de Educação do Município sede do polo a seleção de candidatos elegíveis à função de tutoria presencial. Estes tutores presenciais cumpriram uma carga horária regular presencial no polo a que pertenciam, por decisão do coordenador de polo, e foram figuras importantes para a mediação entre o aluno e a UFPE. A partir de ano 2012, a seleção de tutores presenciais para atuação no curso de Letras Português a Distância passou a ser da responsabilidade dos polos, sendo exigência da coordenação do curso que sejam profissionais com titulação de nível superior. Em resumo, pode-se destacar que a metodologia do trabalho de tutoria do curso funda-se no princípio de assistência ao plano de estudo dos alunos, do qual decorreu uma série de decisões relativas à construção de um modelo pedagógico idealizado para a relação professor(e tutores)/alunos. Dentro desse princípio, a principal preocupação tem sido não permitir que os alunos sintam-se desassistidos, especialmente diante do fato de que são quase cem por cento de alunos que jamais estudaram nessa modalidade, logo com o agravante de terem um baixíssimo grau de letramento digital. Por fim, pode-se destacar os seguintes aspectos: Sobre a relação pedagógica  Os tutores são responsáveis por “entrar no AVA de sua disciplina” em dias alternados, estimulando os alunos a participarem dos fóruns (efetivando a 49 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras relação todos-todos), para garantir o cumprimento do calendário das atividades, estabelecido após o acordo entre o professor da disciplina e seus tutores;  As intervenções de conteúdo de responsabilidade dos tutores a distância devem se dar de forma a dirimir dúvidas, jamais encerrar “respostas prontas”;  Ao professor cabem intervenções mais específicas de conteúdo de modo global (e não individualizadas), e sempre próximas do final do prazo de cada atividade, representando, assim, sua menor frequência na plataforma;  As correções são de responsabilidade conjunta, do professor e do tutor da disciplina, cabendo, no entanto, ao professor a decisão final da atribuição da nota a cada aluno;  Os tutores a distância são responsáveis por promover o uso do recurso de “Chat” com os discentes. Sobre as atividades síncronas  Aplicação de provas presenciais (pelos tutores a distância, para a primeira turma do vestibular, 2007.2), para o quê são definidas escalas de viagem aos polos;  Participação das webconferências realizadas pelo professor da disciplina tutoriada, sendo duas por semestre letivo, para cada professor (até 2010, ocorreu com sistematicidade, conforme calendário);  Plantão de 3 horas na “sala de tutoria”, uma vez por semana, a fim de que estejam disponíveis em horário divulgado aos alunos e aos polos, podendo atender ligações telefônicas; Sobre os conteúdos  São os tutores a distância os responsáveis por verificação de plágio, nas respostas dos alunos; e 50 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras  São também os responsáveis por indicação de conteúdo complementar disponível na internet (sejam materiais disponíveis no SCIELO, ou em outras fontes acadêmicas virtuais), para otimização do acesso a textos na área temática de cada disciplina, colaborando com a construção de uma “biblioteca virtual”. A coordenação de tutoria tem o papel de acompanhar essa organização, procedendo de modo a garantir o bom funcionamento da tutoria a distância e servindo de mediador entre o professor e o tutor a distância, quando houver problemas. Sobre as atividades na plataforma, as quais compete aos tutores a distância acompanhar proximamente a execução, importante destacar que os docentes das disciplinas têm total liberdade de estabelecer quantas e quais atividades devem ser definidas para cada turma. Essas atividades podem ser escolhidas dentre aquelas que constam do material didático da disciplina (que estão no AVA, no conteúdo em PDF e no livro impresso enviado ao polo). Nesse modelo, a tutoria presencial é entendida como uma assistência de segunda ordem, logo sem participação direta e específica na construção do conhecimento. Assim, cabe aos tutores presenciais servir de apoio acadêmico do ponto de vista da organização social do funcionamento do curso no polo, seja encorajando os discentes à construção da autonomia mínima necessária nessa modalidade, seja verificando e estimulando o uso dos textos disponíveis na biblioteca do polo, seja, ainda, organizando o apoio administrativo durante a realização das webconferências e de encontros presenciais, quando ocorrem. O tutor presencial cumpre horário em seu polo, definido pela coordenação do polo, em conformidade com o vínculo empregatício e regime de trabalho que possuem com a unidade onde são lotados (secretaria de educação municipal ou a estadual, ou a prefeitura). Não cabe à UFPE interferir na definição do vínculo, mas sim usufruir do benefício desse tipo de tutoria. 51 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Sobre a “biblioteca virtual”, a coordenação do curso tem a responsabilidade de pedir aos docentes e tutores a distância a atualização dos endereços eletrônicos a cada semestre. Atualmente, o responsável por essa biblioteca virtual é aluno do curso de Mestrado em Ciência da Computação, também técnico administrativo da UFPE para atuar junto ao curso, com experiência no moodle. Tem um papel extremamente importante junto à coordenação de tutoria, para auxiliar os docentes e tutores a distância no uso da plataforma, na sala de tutoria. Quanto à interação dos integrantes da comunidade acadêmica do curso, prioritariamente se dá através da plataforma moodle, espaço virtual onde são constituídos os diversos e específicos ambientes virtuais de aprendizagem – AVA, ao lado de espaços destinados à interação entre os segmentos técnico (suporte de TI, tecnologia da informação) e administrativo (coordenação pedagógica do curso e coordenação da UAB/UFPE). Têm-se, assim, os seguintes ambientes de interação: (a) professores, tutores a distância e alunos, reunidos em comunidades de aprendizagem, especificamente, designadas de acordo com os nomes das disciplinas ofertadas, ou seja, um AVA para cada componente curricular, do qual participam os alunos, o professor e os tutores designados para a oferta da disciplina; (b) um AVA para a interação de toda a comunidade do curso com a equipe de suporte ao uso da TI propriamente dita, objetivando auxiliar alunos, professores e tutores sobre dúvidas no uso da plataforma; (c) um AVA para a interação entre os estudantes e a coordenação pedagógica do curso, ai incluídos os coordenadores de pólo e os tutores presenciais; e (d) um AVA para a interação da comunidade acadêmica com a coordenação geral da UAB/UFPE. 52 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Importante salientar que os ambientes de interação com as coordenações – a pedagógica do curso e a da UAB/UFPE - funcionam como um balcão de atendimento a distância, para os encaminhamentos de demandas em nível de secretaria de curso e de outros assuntos gerais concernentes aos diversos setores institucionais. Em todos os AVA referentes aos componentes curriculares ofertados em cada semestre letivo são disponibilizados “fóruns” de interação virtual para fins diversos, em conformidade com a proposta pedagógica do professor da disciplina, como, por exemplo, fórum para realização de atividades de fixação de novos conceitos, ou para discussão reflexivo-crítica de tópicos do conteúdo teórico, ou, ainda, para dirimir dúvidas dos alunos, etc. Nesses AVAs, há, também, a possibilidade de interação síncrona através de “chat”, ou há o agendamento com os polos de apoio presencial para a recepção de “webconferências” dos professores responsáveis pela execução das disciplinas. Também há a opção de interação entre professores/tutores – alunos através da realização de atividades pedagógicas postadas na “Base de Dados”. Como a interação através do ambiente moodle depende exclusivamente do funcionamento da internet, são também disponibilizados números telefônicos da coordenação do curso (81-21267733) e da coordenação da UAB (8121268593; 21268631; 21268067), bem como um cronograma com dia e horário de atendimento dos tutores a distância, em um dos números telefônicos disponibilizados (81-21267733). Sobre a interação entre as coordenações e os professores e tutores, há um AVA específico para esse fim, onde são disponibilizados todos os materiais produzidos para conteúdo do curso, bem como as webconferências realizadas pelos docentes, além de documentos referentes ao curso, tais como calendário acadêmico, portarias do MEC, Regimento Interno, e congêneres. No início das aulas, especialmente após o ingresso vestibular, a coordenação do curso mantém a interação com os estudantes durante uma semana em que eles participam de um AVA denominado SEMANA DE 53 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras ORIENTAÇÃO ACADÊMICA, com o objetivo de esclarecer dúvidas e fornecer informações acerca da instituição (Manual do Aluno, Regimento da UFPE etc), da modalidade a distância, da gestão acadêmica, do material didático e assuntos afins. 9.1. PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS DO DESENHO INSTRUCIONAL DO CURSO O curso é planejado e executado na perspectiva da aprendizagem construtivista e sócio interacionista, o que significa entender o aluno como um ser que busca ativamente compreender o mundo que o cerca, a partir de suas próprias concepções. Além disso, o aluno é visto como membro de uma sociedade que tem conhecimentos e valores construídos historicamente. Dessa forma, não se concebe que sua aprendizagem se dê dissociada de seus colegas e do entendimento de que as percepções do grupo na verdade são reflexo dessa condição sócio-histórica. Na perspectiva sócio interacionista de linguagem, considera-se a interação como elemento fundamental no processo de ensino-aprendizagem, interação que pressupõe trocas dialógicas e bi-direcionais entre professores, tutores e alunos. Quanto aos recursos tecnológicos para o ensino a distância, trabalhar-se-á envolvendo no mínimo três meios: o computador e, consequentemente, a Internet e seus ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) e de realização de webconferências, produção de material impresso (textos especificamente construídos para tratar dos conteúdos das disciplinas, material instrucional da vida acadêmica) e áudio (contato via telefone para ações administrativas e de apoio, gravação dos conteúdos, ou seja, captação de áudio da leitura em voz alta dos conteúdos). 54 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Sobre o computador como ferramenta de comunicação do curso, podemos destacar dois aspectos de seu uso: (i) um meio de garantir uma maior integração e estabelecimento de relações mais diretas e constantes entre os alunos e os professores,assim com entre os grupos; (ii) um meio que possibilita ao aluno ver e rever quantas vezes necessitar, exemplos animados,explicações dos professores,textos e anotações de aula, a análise dos colegas e reconstrução do seu próprio portfólio, pela apropriação da linguagem de hipermídia. O material impresso de apoio será prioritariamente desenvolvido através da sugestão de bibliografia adequada à formação de cada um dos estudantes, garantindo o aprofundamento teórico dos formandos, necessário em qualquer trabalho de qualificação profissional. Esse material constitui-se do conteúdo desenvolvido pelo professor da disciplina, disponível por meio de interface na plataforma com versão em formato PDF, para impressão pelos alunos, e de livro publicado por uma editora. Atualmente, a coordenação do curso está organizando o processo de atualização dos conteúdos, de produção de videoaulas e de captação de áudios, etapa que deve ocorrer periodicamente. Quanto ao apoio através de áudio-contato, estes acontecem nas bases da relação administrativa e pedagógica, com o contato direto da coordenação do curso e da tutoria e dos tutores a distância, dirimindo dúvidas ou solucionando problemas imediatos que possam comprometer o andamento das atividades pedagógicas, através do telefone ou com o uso do recurso chat disponível no ambiente, uma vez que cada assistente de disciplina cumpre um horário determinado, na “Sala de Apoio” do Curso de Licenciatura em Letras a Distância, no Centro de Artes e Comunicação (CAC) – Departamento de Letras. A integração das disciplinas constitui uma das finalidades do curso e as atividades serão desenvolvidas construindo conhecimentos fundados nas diretrizes dos parâmetros curriculares nacionais (PCN) e do ambiente social e escolar onde o professor exerce suas atividades. 55 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras A didática, associada às demais disciplinas que incorporam a prática de ensino, tem seus eixos na mesma perspectiva pedagógica do curso. Os alunos terão sua prática fundamentada na idéia de que o conhecimento se dá através de um processo de construção de sentido, que leva à compreensão das competências necessárias ao desenvolvimento pessoal e profissional, inerentes à cidadania. 9.2. APRENDER A DISTÂNCIA A concepção de um curso de graduação a distância é essencialmente diferente da concepção em sua modalidade presencial. Com características próprias, torna-se particular e distinta da modalidade presencial de educação, especialmente quanto aos meios, métodos e estratégias de ensino e de aprendizagem. Esta modalidade de ensino tem como principais características: a) a “quase” permanente separação do professor e do aluno no espaço e no tempo; b) estudo independente, no qual o aluno controla tempo, espaço e ritmo de estudo; c) comunicação entre professor e aluno mediada por diferentes meios de comunicação; d) suporte de uma instituição que planeja, projeta, produz materiais, avalia e realiza o seguimento e motivação do processo de aprendizagem, através da tutoria. Assim, em educação a distância, o foco está no aluno e não na turma. Este aluno deve ser considerado o sujeito do seu aprendizado, desenvolvendo autonomia e independência em relação ao professor, que agora orienta no sentido do aprender a aprender e aprender a fazer. 56 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras A separação física entre os sujeitos faz ressaltar a importância dos meios de aprendizagem. Os materiais didáticos são pensados e produzidos dentro das especificidades próprias do tipo de educação à distância34 e da realidade do aluno para o qual o material está sendo elaborado, bem com dos meios onde esses materiais serão disponibilizados. A presença e disponibilidade do tutor presencial têm sido importantes não só como elemento orientador, de monitoração e motivador, mas também como estratégia de diminuição da evasão, um papel a que a tutoria também vem sendo chamada a desempenhar, além de auxiliar o aluno a alcançar sua autonomia plena e atingir os objetivos estabelecidos. É neste sentido que o presente projeto pedagógico está sendo proposto: um curso de graduação a distância, utilizando prioritariamente a tecnologia informatizada via internet e suportada por um sistema pedagógico e de tutoria que organize e estimule o estudo à distância bem como dê apoio ao aluno durante todo o processo de aprendizagem, resguardando a autonomia deste e sua liberdade em aprender. As disciplinas do Curso de Licenciatura em Letras à Distância abrangem a preparação de profissionais capazes de planejar e executar ações de desenvolvimento dos recursos de expressão necessários ao bom desempenho social de seus alunos, competentes comunicativamente. Se o objetivo educacional maior é preparar o estudante para o exercício de sua cidadania, isto se aplica tanto ao aluno como ao professor em formação. Este curso, portanto, pretende colocar à disposição dos professores todos os recursos para exercício da palavra e ainda refletir com ele sobre como transformar a realidade de sua sala de aula, para que seu aluno também tenha acesso a estes conhecimentos. Dominando poderoso instrumento cultural que é a língua, o cidadão, seja aluno 34 A educação a distância reconhece, hoje, a existência de quatro tipos ou gerações de EAD, conforme os meios de comunicação usados para esse fim. São elas: a mídia impressa, o Rádio, a TV e, finalmente, o computador. Alguns autores preferem observar apenas 3 gerações, por considerarem Rádio e TV dentro de um mesmo âmbito, o da radiodifusão. 57 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras ou professor, poderá ampliar muito sua capacidade de entender e influenciar o mundo ao seu redor. O ensino de Língua Portuguesa e da Literatura é domínio amplo, envolve muitas áreas de pesquisa, inúmeras teorias e aplicações diversas, exigindo dos novos professores capacidade de estudo e de planejamento. Quanto mais conhecimento teórico o novo professor tiver, menos estará sujeito à inconsistência dos modismos ou às amarras de uma tradição não questionada. Os novos professores deverão formar uma visão abrangente da área.Tal visão deve surgir da percepção de que os fenômenos da linguagem humana ou mesmo de uma língua específica são muito complexos e suas explicações pressupõem posicionamento científico-ideológico, método de investigação, criatividade, paciência e insistência. Porém, além do conhecimento específico da área, uma compreensão geral de outras áreas também é importante. O Curso de Licenciatura em Letras a Distância terá por meta a produção e democratização de conhecimentos na área de ensino de língua materna e de Literatura, e concederá Diploma de Licenciado(a) em Letras,com habilitação para ensino da Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira e Portuguesa. O referido curso apresentará uma estrutura curricular flexível, contemplando a área de formação básica e a área de formação específica. Possibilitará ao aluno um conhecimento articulado, pela via da interdisciplinaridade, das disciplinas de Língua Portuguesa, linguística, Literatura, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Didática, Psicologia e Informática na Educação. A estrutura do curso objetiva propiciar ao professor uma série de procedimentos didáticos que possam ser utilizados no quotidiano da escola. Tem por finalidade específica proporcionar aos professores-alunos uma formação consistente e adequada ao exercício do magistério nos níveis fundamental e médio, diretamente na área de Língua Portuguesa e indiretamente nas Literaturas Brasileira e Portuguesa, procurando criar situações educativas que possam desenvolver o raciocínio e a capacidade de aprender, além de produzir 58 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras diferentes tipos de textos, sejam acadêmicos, literários ou de outro gênero. Buscar-se-á, também, estimular a utilização crítica de novas tecnologias e a promoção da interdisciplinaridade entre os conteúdos do Curso. Espera-se desenvolver no professor-aluno a capacidade de expressar-se em linguagem discursiva para descrever transformações, processos e características da língua materna ou estrangeira, compreendendo teorias, conceitos, técnicas de investigação e formalização; e a capacidade de relacionar estes conhecimentos com os de outras áreas. É importante, ainda, que o professor-aluno seja capaz de obter e transmitir informações por meio de diferentes recursos tecnológicos, identificando relações entre desenvolvimento científico e tecnológico e os limites ético-morais intrínsecos a esse desenvolvimento. Além disso, procurar-se-á desenvolver raciocínio hipotético (dedutivo e/ou indutivo), a curiosidade investigativa, o gosto pelo exercício intelectual, a percepção de valores estéticos, a reflexão filosófica. Finalmente, o licenciado deverá adquirir a compreensão dos princípios políticos, sociais e regimentais da educação. 10. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO O egresso do curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância deverá constituir um profissional competente em vários âmbitos, no sentido de atender às especificidades dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino básico, o que envolve o domínio de conceitos relacionados a diversas áreas do saber; sendo assim, o Licenciado em Letras para atuação na área de língua portuguesa deve ter conhecimento de práticas pedagógicas capazes de propiciar o sucesso do processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa e da Literatura de Língua Portuguesa e dominar, necessariamente, concepções e princípios relacionados à Educação e à sua aplicabilidade no ensino. 59 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Nesse sentido, o profissional de Letras, competente em diversas perspectivas, deve estar apto a observar e analisar com criticidade a linguagem, seja verbal (na modalidade falada ou escrita), seja não-verbal (multimodal), fazendo uso dela e refletindo sobre ela com a perspicácia inerente ao cientista. O licenciado em Letras deve, ainda, estar consciente de sua inclusão e de seu papel na sociedade, enxergando na prática educativa o potencial capaz de promover o desenvolvimento do sistema educacional do país. Faz-se necessário que o profissional licenciado em Letras apresente, ainda, o domínio do uso da Língua Portuguesa no que concerne à sua estrutura e ao seu funcionamento, sabendo realizar reflexões acerca da mesma; é necessário que a língua materna e a Literatura sejam vistas a partir de suas diferentes manifestações, não devendo ser levada em consideração apenas a sua visão mais formal e tradicionalista. Desta forma, o egresso do curso de Letras a distância estará devidamente capacitado para utilizar-se de tecnologias variadas nas práticas educativas, tornando o ensino compatível com as demandas modernas. Além disso, consciente de sua função perante a sociedade, deverá apresentar o perfil de um indivíduo compromissado com a aquisição de novos conhecimentos, vendo o processo de aprendizagem como algo permanente. 11. CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL O profissional de Letras deve atuar prioritariamente no magistério do nível Fundamental II e Médio da Rede Pública ou Priavada de Ensino, lecionando Língua Portuguesa ou Literatura de Lingua Portuguesa, bem como pode atuar no mercado de revisão de textos. 60 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 12. CONHECIMENTOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Com base nos documentos norteadores das diretrizes curriculares para formação de professor (Lei N.º 9.394/1996) e dos perfis definidos pelas Secretaria de Educação Municipais e da Universidade Federal de Pernambuco, o processo deformação docente deverá preparar profissionais para: 1. Compreender a cidadania com participação social e política, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças; 2. Implementar a concepção de professor-pesquisador de sua prática, com veículo de reformulação de concepções, rupturas com percepções tradicionais, mudanças das ações escolares e das práticas pedagógicas de sala de aula; 3. Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas; 4. Compreender a realidade sócio-política do município e do Estado; 5. Assumir atitudes de autocrítica em relação a seu desempenho como profissional cidadão; 6. Dominar os conteúdos disciplinares teóricos e práticos das áreas de língua materna e literatura, e as respectivas didáticas e metodologias com vistas a conceber, construir e administrar situações de aprendizagem e de ensino; 7. Desenvolver habilidades que capacitem para a preparação de recursos didáticos e instrucionais relativos à sua prática,bem como para avaliar a qualidade do material disponível no mercado; 8. Acompanhar e compreender os avanços científico-tecnológicos e educacionais; 61 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 9. Ter uma visão ampla das ciências da natureza, humanas e sociais de modo a aprimorar suas práticas educativas e proporcionar aos seus alunos uma visão interdisciplinar do conhecimento; 10. Contribuir para desenvolvimento intelectual dos estudantes e para despertar o interesse científico em adolescentes; 11. Conhecer criticamente os problemas educacionais brasileiros; 12. Identificar, no contexto da realidade escolar, os fatores determinantes no processo educativo, tais como contexto sócio-econômico, a política educacional, a administração escolar e os fatores específicos do processo de ensino-aprendizagem de língua materna e de literatura; 13. Assumir conscientemente as tarefas educativas, cumprindo papel social de preparar os alunos para exercício consciente da cidadania; 14. Exercer a sua profissão com espírito dinâmico e criativo, na busca de novas alternativas educacionais, enfrentando como desafio as dificuldades do magistério; 15. Atuar no magistério, em nível de ensino fundamental e médio, de acordo com a legislação específica, utilizando metodologia de ensino variada; 16. Analisar e elaborar programas de ensino e material didático adequados à realidade do aluno; 17. Motivar a iniciação à pesquisa em língua materna e literatura; 18. Preparar-se para continuar sua formação acadêmica a ser completada na pós-graduação; 19. Qualificar professor-aluno para contribuir no debate interdisciplinar com outras áreas do conhecimento; 20. Ler, produzir e traduzir textos em diferentes linguagens; 21. Interpretar e produzir textos considerando as diferentes estruturas, modo organizacional, significados e contextos. 22. Adquirir e dominar conhecimentos teóricos dos diversos níveis de descrição da língua; 62 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 23. Desenvolver diferentes concepções de gramática e de usos da língua; 24. Desenvolver capacidade de análise para entender a estrutura e funcionamento da língua; 25. Desenvolver senso crítico para analisar e avaliar a produção literária; 26. Desempenhar papel de formador de leitores e intérpretes críticos e de produtores de diferentes textos e registros linguísticos; 27. Desenvolver capacidade de investigar e compreender os fatos da língua em benefício do ensino. 13. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO As disciplinas do Curso de Licenciatura em Letras a Distância são construídas levando-se em consideração a questão de acessibilidade às pessoas com necessidades especiais, e nesse sentido procura garantir minimamente gravações em áudio e utilização de recursos para ampliação de caracteres dos textos apresentados, bem como descrição textual e imagética de sons inseridos nos conteúdos e equipamentos e programas específicos. Em sua organização curricular, observa-se a preocupação de incluir as discussões acadêmicas atuais no tocante à inclusão digital, a preocupação com a construção da sociedade da comunicação e informação, a formação do professor de língua no século em que o desenvolvimento da tecnologia comunicacional exige a mudança de paradigma na educação. Nesse sentido, houve a necessidade de produção de um curso introdutório para familiarização com a plataforma de aprendizagem, antecedendo os conteúdos específicos de formação do professor, denominado Módulo Introdutório. Semelhantemente aos cursos de Licenciatura em Letras na modalidade presencial, a organização curricular traz como espinha dorsal as reflexões teóricas das áreas de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, e 63 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras ainda incluídas as questões pedagógicas à luz da linguística aplicada ao ensino de Português. 13.1. MÓDULO INTRODUTÓRIO AO AVA DO CURSO Como mencionado anteriormente, o curso prevê um módulo específico introdutório, como a seguir: Título: “Sala de Aula Interativa: o que é, como se faz”. Ementa: Conhecer e experimentar os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) do Curso de Licenciatura em Letras a Distância. Conteúdo Programático: (1) Fundamentos de EAD  Aspectos históricos  Legislação  Acessibilidade (2) Funcionamento e operacionalidade do curso  Orientação ao aprendizado colaborativo e cooperativo  Dinâmica e estratégias de trabalho  Avaliação Metodologia: Participação em atividades pela internet de orientação do ambiente virtual para o desenvolvimento do curso. A operacionalização desse módulo requer o cumprimento das seguintes etapas antecedente e procedente: Etapas antecedentes – (i) elaboração do conteúdo de aprendizagem a ser disponibilizado na plataforma, incluindo-se os testes de navegação necessários para quaisquer conteúdos em linguagem HTML, (ii) matrícula dos alunos 64 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras aprovados no vestibular, no SIG@, (III) cadastro dos alunos na plataforma, com o registro dos dados pessoais mínimos necessários (nome, CPF). Etapas procedentes – (i) confirmação do acesso à plataforma para os alunos matriculados, com a definição de senha de acesso, em encontro presencial para apresentação da plataforma e do conteúdo do Módulo Introdutório – 12 horas/aula, (ii) execução do Módulo Introdutório agora a distância (online), com a realização do sistema de atividades proposto no AVA do módulo, durante 3 semanas, integralizando 30 horas/aula. Durante a realização desse Módulo Introdutório35, os alunos são avaliados do ponto de vista do letramento digital, a fim de evitar problemas de acompanhamento das disciplinas dele decorrentes. 13.2. O CURRÍCULO É importante ressaltar que o presente projeto de Curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância foi elaborado a partir do documento norteador indicativo das diretrizes curriculares para os cursos de formação de professores (Brasil, 2001). Conforme a Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002 (Brasil, 2002) e em consonância com a Resolução 012/08 CCPE/UFPE, os cursos de licenciatura devem ter a duração mínima de quatro anos, e integralizar no mínimo, 2800 horas. Atendendo a essas diretrizes, a organização curricular do curso em foco neste documento se dá por períodos letivos desenvolvidos na modalidade de educação a distância, do tipo online, com momentos presenciais, anteriormente mencionado. Compõe-se de 1830 horas de atividades para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural, 420 horas de prática com 35 Vide Anexo 5, para a impressão da tela principal da primeira versão desse Módulo, que foi executado de 25 de fevereiro a 31 de março de 2008. 65 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras componente curricular, vivenciadas ao longo do curso, 405 horas de estágio curricular supervisionado a partir da segunda metade do curso e 210 horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais. As 210 horas podem ser integralizadas com disciplinas eletivas e/ou outras atividades complementares, com a apresentação de certificado válido de participação em eventos acadêmicos de caráter científico ou cultural, ou pela participação em monitoria, projetos de extensão e pesquisa. A parte presencial do curso constitui-se de práticas e pesquisas de campo, aulas presenciais e avaliação escrita. A parte síncrona a distância compreende o atendimento aos alunos através do telefone ou durante o uso do recurso do chat, na plataforma, da realização de seminários e de aulas via webconferência. A maior porcentagem do processo de ensino e de aprendizagem se dá com a participação em fóruns de interação virtual e em recursos de atividades avaliativas na plataforma online, logo de modo assíncrono e a distância. O Curso de Licenciatura em Letras a Distância da UFPE deverá integralizar 2865 horas, cursadas em disciplinas de caráter obrigatório e eletivo, conforme resolução referida acima. 14. ATIVIDADES COMPLEMENTARES As atividades complementares são consideradas componentes curriculares dos cursos de Letras da UFPE, incluindo os cursos a distância. Objetivando ampliar as possibilidades de aprendizado do aluno pela incursão nos eixos da pesquisa, da extensão e do ensino propriamente dito, são assim denominadas as seguintes atividades acadêmicas desempenhadas ao longo do curso, a partir do segundo período: i. Monitoria (bolsista): 60 horas por semestre, até 120 horas computadas; ii. Monitoria (voluntária): 60 horas por semestre, até 120 horas computadas; 66 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras iii. Eventos/Participação: congressos, conferências, simpósios, seminários, encontros acadêmicos e demais eventos congêneres, na área de ciências humanas - 1 hora para cada 2 horas de participação, até 72 horas computadas; iv. Eventos/Apresentação de Trabalho: participação com apresentação de trabalho em congressos, conferências, seminários, simpósios, encontros acadêmicos e demais eventos congêneres, na área de ciências humanas – 36 horas por trabalho apresentado, até 72 horas computadas. v. Eventos/Comissão Organizadora: participação na organização de eventos acadêmicos formais, como no item anterior – 20 horas por evento organizado, até 40 horas computadas; vi. Pesquisa/PIBIC: participação em projetos de pesquisa PIBIC, aprovados pela UFPE – 72 horas por semestre, máximo de 144 horas computadas; vii. Pesquisa como “sujeito” (colaborador de dados) em projetos de pesquisa aprovados pela UFPE – 1 hora por cada 1 hora de contribuição, até 18 horas computadas; viii.Pesquisa/Publicação de Resumo: publicação de resumos em anais de congressos, revistas indexadas, livros, publicações em CD-ROM – 10 horas por resumo publicado, até 30 horas computadas; ix. Pesquisa/Artigos Completos Publicados: publicação de artigos em anais de congressos, revistas indexadas, livros, publicações em CD-ROM com ISSN – 60 horas por artigo publicado, até 120 horas computadas; x. Pesquisa/Projeto de Extensão: participação em projetos de extensão, aprovados pela UFPE – 30 horas por semestre, máximo de 120 horas computadas. xi. Curso de Extensão: participação em cursos de extensão, aprovados pela UFPE – até 120 horas computadas. 67 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Cabe à coordenação do curso, em reunião junto ao colegiado, decidir sobre os casos em que o certificado apresentado não se enquadra em nenhum dos critérios acima. Para os cursos a distância em que ainda está em discussão pelas pró-reitorias a que se referem a construção dos critérios que permitirão contemplar o corpo discente dos quatro cursos de graduação a distância atualmente oferecidos pela UFPE (Licenciatura em Matemática, Licenciatura em Língua Espanhola, Bacharelado em Ciências Contábeis e Licenciatura em Língua Portuguesa), cabe à coordenação do curso não só o cômputo das atividades complementares apresentadas como a ampla divulgação junto aos alunos desde, o início do curso. 14.1. AS LEIS Nº11.645/2008 E Nº 9.795/1999 Para atualização desse documento ordenador do curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a distância, a coordenação do curso ficou responsável por tomar as providências cabíveis em atenção à “Lei nº 11.645, de 10 de Março de 2008”, que versa sobre a inclusão da temática “História e Cultura AfroBrasileira e Indígena”, e à “Lei nº 9.795, de 27 de Abril de 1999”, que trata da Política Nacional de Educação Ambiental. Para tanto, após a elaboração de plano de curso para inclusão de disciplinas eletivas específicas para cada lei, a primeira providência foi submeter as propostas ao Colegiado dos cursos de Letras presenciais (vide página , para o extrato de ata), por ser essa a instância que trata de decisões pedagógicas que afetam o corpo docente do departamento como um todo, independentemente da atuação no curso presencial ou no a distância. Dessa feita, a discussão sobre o tema chegou à conclusão de que a regulamentação das Atividades Complementares como componente curricular dos cursos de Letras da UFPE deve fomentar a capilarização das iniciativas nos 68 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras três eixos formadores da instituição - ensino, pesquisa e extensão – sendo o atendimento às leis em questão uma oportunidade objetiva de cumprimento desse princípio, no curso em foco dessa atualização de projeto pedagógico. As propostas de disciplinas eletivas para atendimento às leis supracitadas, elaboradas pela coordenação do curso36, foram reutilizadas, dessa feita na elaboração de um projeto de extensão intitulado “Letramento e Temas Transversais: uma questão de cidadania”, em tramitação37 institucional, o qual se compõe de três momentos distintos: (1) pesquisa – referente a levantamento e coleta de dados para elaboração de conteúdo didático-pedagógico a ser usado em curso de extensão oferecido para os alunos vinculados ao curso a distância; (2) treinamento dos alunos do curso presencial para atuarem como tutores a distância, quando da utilização do material produzido; e (3) oferta do curso de extensão, à comunidade discente das licenciaturas em Letras, da UFPE. Coordenado pela professora Dilma Luciano, com a participação de sete alunos38 do curso de licenciatura presencial e do professor Guilherme Moura (vice-coordenador do projeto) na elaboração dos conteúdos pedagógicos sobre os temas de que tratam as referidas leis, o curso de extensão tem como público alvo primeiramente os alunos de Letras a distância, cujas horas de participação poderão ser contabilizadas como “atividades complementares”. 36 A professora Dilma Luciano assumiu a coordenação do curso em abril do corrente ano (para portarias de designação Protempore e efetiva, respectivamente) e então passou a tomar as providências necessárias ao atendimento das leis. Para tanto, decidiu transformar seu projeto de extensão sobre “letramento e temas transversais”, em elaboração com a participação de na possibilidade de oferta de cursos de extensão para os alunos do curso a distância. 37 Anexo 3, p. . 38 69 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras A coordenação do curso apresentará ao Colegiado do curso a proposta de sistematização de ofertas de cursos de extensão para os discentes do curso, além de submeter à apreciação a possibilidade de transformar os exames nacionais de avaliação discente – o ENEM e o ENAD – como módulos de “Atividades Complementares”, após organização da proposta de elaboração e oferta aos discentes, pelo NDE. 15. ESTRUTURA CURRICULAR A tabela a seguir apresenta a estrutura curricular do curso, a qual está organizada em função da natureza dos componentes ofertados para integralização do curso. (PERFIL LEAD01-1) – Válido para os alunos ingressos a partir de 2008.1 ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA (E-LETRAS) CRÉDITOS CH TOTAL CH SEMESTRAL LE945 CULTURA BRASILEIRA 45 0 3 45 LE950 LE954 ELABORAÇÃO DO TCC I ELABORAÇÃO DO TCC II 30 0 2 30 0 30 1 30 SF451 PO492 60 0 4 60 90 0 6 90 60 0 4 60 LE940 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO GESTÃO EDUCACIONAL E GESTÃO ESCOLAR HISTÓRIA DA LINGUA PORTUGUESA 60 0 4 60 LE943 LE922 LE919 INTRODUÇÃO A LIBRAS INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA INTRODUÇÃO A TELEMÁTICA 60 0 4 60 60 0 4 60 30 0 2 30 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO ACADÊMICO LÍNGUA LATINA I LÍNGUA PORTUGUESA: FONOLOGIA 60 0 4 60 60 0 4 60 60 0 4 60 COMPONENTES OBRIGATÓRIOS CÓDIGO TEO PRÁT CICLO PROFISSIONAL AP492 LE924 LE938 LE921 PRÉ-REQUISITOS CO-REQUISITOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I LE 678 LE 681 70 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras LE931 LE935 LE927 LE943 LE929 LE926 LE930 LE936 LE942 LE946 LE947 LE932 LE937 LE941 AP493 LE948 LE951 LE920 LE925 LÍNGUA PORTUGUESA: FRASE LÍNGUA PORTUGUESA: TEXTO E DISCURSO LÍNGUA PORTUGUESA: VOCÁBULO LINGUÍSTICA DE TEXTO LINGUÍSTICA: FORMALISMO LINGÜISTICA: FUNCIONALISMO 45 0 3 45 45 0 3 45 45 0 3 45 60 0 4 60 60 0 4 60 60 0 4 60 LE 671 LITERATURA BRASILEIRA I LITERATURA BRASILEIRA II LITERATURA BRASILEIRA III LITERATURA BRASILIERA IV LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA LITERATURA PORTUGUESA I LITERATURA PORTUGUESA II LITERATURA PORTUGUESA III POLÍTICAS EDUCACIONAIS, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA BÁSICA SEMÂNTICA SEMINÁRIOS DE PESQUISA APLICADA A LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA TEORIA DA LITERATURA I TEORIA DA LITERATURA II 45 0 3 45 LE 672, LE677 45 0 3 45 LE 672, LE677 45 0 3 45 LE 672, LE677 45 0 3 45 LE 672, LE677 45 0 3 45 LE 672, LE677 45 0 3 45 LE 672, LE677 45 0 3 45 LE 672, LE677 45 0 3 45 LE 672, LE677 60 0 4 60 45 0 3 45 30 0 2 30 60 0 4 60 45 0 3 45 107 1620 TOTAL CRÉDITOS CH TOTAL 60 0 4 60 60 0 4 60 30 0 2 30 30 0 2 30 45 0 3 45 LE715 45 0 3 45 LE720 30 0 3 30 LE721 60 0 3 60 METODOLOGIA IV 60 0 4 60 28 420 CRÉDITOS CH TOTAL PRÁTICA DE ENSINO CÓDIGO CH SEMESTRAL 5 135 TEO PRÁT CICLO PROFISSIONAL PO493 TE707 LE952 LE928 LE933 LE939 LE944 LE949 LE923 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DIDÁTICA FUNDAMENTOS PARA O ENSINO DA ANÁLISE LINGUÍSTICA METODOLOGIA I METODOLOGIA II METODOLOGIA III METODOLOGIA IV METODOLOGIA V PRÁTICA DE ENSINO PESQUISA TOTAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO CÓDIGO CH SEMESTRAL TEO PRÁT CICLO PROFISSIONAL LE953 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I: ENSINO DE LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA LE 671 30 105 PRÉ-REQUISITOS CO-REQUISITOS METODOLOGIA V PRÉ-REQUISITOS CO-REQUISITOS METODOLOGIA V 71 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras LE955 LE956 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II: ENSINO LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III: ENSINO DE LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA TOTAL 30 105 5 135 LE 708 30 105 5 135 LE 708 15 405 DISCIPLINAS ELETIVAS APRENDIZAGEM MEDIADA PELO COMPUTADOR INFORMÁTICA EDUCATIVA 30 0 2 30 LE669 30 0 2 30 LE669 LE964 LETRAMENTO: HISTÓRIA DA LEITURA E DA ESCRITA 30 0 2 30 LE857 LÍNGUA ESTRANGEIRA INSTRUMENTAL I: ESPANHOL LÍNGUA ESTRANGEIRA INSTRUMENTAL I: FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA INSTRUMENTAL I: INGLÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA INSTRUMENTAL II: ESPANHOL 30 0 2 30 30 0 2 30 30 0 2 30 30 0 2 30 LE860 LÍNGUA ESTRANGEIRA INSTRUMENTAL II: FRANCÊS 30 0 2 30 LE960 LÍNGUA ESTRANGEIRA INSTRUMENTAL II: INGLÊS 30 0 2 30 LÍNGUA ESTRANGEIRA INSTRUMENTAL II: ESPANHOL LÍNGUA ESTRANGEIRA INSTRUMENTAL I: FRANCÊS LE673 LE961 LÍNGUA LATINA II 60 0 4 60 LE678 LE965 NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 30 0 2 30 LE669 LE966 O USO DO SOFTWARE EDUCATIVO NA SALA DE AULA 30 0 2 30 LE669 26 390 LE962 LE963 LE859 LE959 LE858 TOTAL FIGURA 4 Obs.1: Carga horária obrigatória - 2.645 horas distribuídas da seguinte forma  Disciplinas obrigatórias: 1.620h.  Disciplinas eletivas do perfil: 210 horas.  Prática de ensino: 420 horas.  Estágio curricular supervisionado: 405 horas.  Componentes eletivos livres: 210 horas. Obs.2: Os componentes eletivos livres poderão Complementares” e/ou Disciplinas Eletivas Livres ser creditados como “Atividades 72 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 16. FLUXO CURRICULAR CURRÍCULO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA A DISTÂNCIA CICLO PROFISSIONAL TEO PRÁT CR ÉDI TO S CH TO TAL COMPONENTES OBRIGATÓRIOS PRÉ-REQUISITOS CO-REQUISITOS 1º PERIODO LE919 INTRODUÇÃO À TELEMÁTICA 30 0 2 30 LE920 TEORIA DA LITERATURA I 60 0 4 60 LE921 LÍNGUA PORTUGUESA: FONOLOGIA 60 0 4 60 LE922 INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA 60 0 4 60 LE923 PRATICA DE ENSINO E PESQUISA 60 0 4 60 Eletiva I 30 0 4 30 300 300 HORAS TOTAL 2º PERIODO LE924 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO ACADÊMICO 60 0 4 60 LE925 TEORIA DA LITERATURA II 45 0 3 45 LE926 LINGUÍSTICA: FUNCIONALISMO 60 0 4 60 LE927 LÍNGUA PORTUGUESA: VOCÁBULO 45 0 3 45 Eletiva II 30 0 2 30 LE926 METODOLOGIA I 30 0 2 30 SF451 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 60 0 4 60 LE 671 330 73 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 330 HORAS TOTAL 3º PERÍODO LE929 LINGUÍSTICA : FORMALISMO 60 0 4 60 LE 671 LE930 LITERATURA BRASILEIRA I 45 0 3 45 LE672 LE677 LE931 LÍNGUA PORTUGUESA: FRASE 45 0 3 45 LE932 LITERATURA PORTUGUESA I 45 0 3 45 AP493 POLÍTICAS EDUCACIONAIS, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA BÁSICA 60 0 4 60 LE933 METODOLOGIA II 45 0 45 45 Eletiva III 30 0 2 30 LE672 LE677 LE715 330 330 HORAS TOTAL 4º PERÍODO LE943 INTRODUCAO A LIBRAS 60 0 4 60 LE935 LÍNGUA PORTUGUESA: TEXTO E DISCURSO 45 0 3 45 LE936 LITERATURA BRASILEIRA II 45 0 3 45 LE672 LE677 LE937 LITERATURA PORTUGUESA II 45 0 3 45 LE672 LE677 LE938 LÍNGUA LATINA I 60 0 4 60 LE939 METODOLOGIA III 45 0 3 45 Eletiva IV 30 0 3 30 LE720 330 TOTAL 330 HORAS 5º PERÍODO 74 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras LE940 HISTORIA DA LINGUA PORTUGUESA 60 0 4 60 LE 931 e LE938 LE941 LITERATURA PORTUGUESA III 45 0 3 45 LE920 e LE925 LE920 LITERATURA BRASILEIRA III 45 0 3 45 LE920 e LE925 LE943 LINGUÍSTICA DE TEXTO 60 0 4 60 LE922 PO492 FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 90 0 6 90 LE944 METODOLOGIA IV 30 0 3 30 LE939 330 HORAS TOTAL 6º PERIODO LE945 CULTURA BRASILEIRA 45 0 3 45 LE946 LITERATURA BRASILEIRA IV 45 0 3 45 LE920 e LE925 LE947 LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA 45 0 3 45 LE920 e LE925 LE948 SEMÂNTICA 45 0 3 45 PO493 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 60 0 4 60 TE707 DIDÁTICA 60 0 4 60 LE949 METODOLOGIA V 60 0 3 60 LE933 e LE935 360 HORAS TOTAL 7º PERÍODO LE950 LE951 AP492 LE952 ELABORAÇÃO DO TCC I 30 0 2 30 30 0 2 30 60 0 4 60 Eletiva V 30 0 2 30 Eletiva VI 30 0 2 30 FUNDAMENTOS PARA O ENSINO DA ANÁLISE LINGUÍSTICA 30 0 2 30 SEMINÁRIOS DE PESQUISA APLICADA ENSINO LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA GESTÃO EDUCACIONAL E GESTÃO ESCOLAR LE922, LE926 LE929 e LE949 75 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras LE953 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I: ENSINO DE LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA 30 105 5 135 LE949 345 HORAS TOTAL 8º PERÍODO LE954 LE955 LE956 ELABORAÇÃO DO TCC II 0 30 2 30 Eletiva VII 30 0 2 30 30 105 5 135 LE 953 30 105 5 135 LE 953 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II: ENSINO LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III: ENSINO DE LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA TOTAL LE950 330 HORAS FIGURA 5 QUADRO SINÓPTICO: COMPONENTES CURRICULARES/CARGA HORÁRIA TOTAL Componente/Bloco Atividades Disciplinas obrigatórias acadêmicas científicas e culturais Eletivas do Perfil Componentes eletivos livres - Atividades acadêmicas científicas e culturais complementares. Pratica de Ensino Estágio Curricular Supervisionado INTEGRALIZAÇÃO Total de horas 1.650 210 210 420 405 2.655 FIGURA 6 Obs.: O discente deverá cumprir 210 horas de componentes eletivos livres e/ou participação em atividades complementares ou comunitárias, tais como monitoria, pesquisa, iniciação a docência e extensão, anteriormente descrito, a fim de integralizar as 2835 horas deste currículo. 76 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 17. SISTEMA DE AVALIAÇÃO 17.1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Divulgado amplamente o regimento regulatório do processo de avaliação, já dentro dos parâmetros desta universidade proponente, e adequando-se às condições da modalidade do curso, o resultado da avaliação de aprendizagem dos alunos do Curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância figura regularmente no sistema pedagógico de avaliação da UFPE, o Sig@, no endereço www.siga.ufpe.br. De modo geral, o processo avaliativo de cada disciplina será construído buscando responder as seguintes respostas: A) Sobre a relação professor-aluno na construção do conhecimento: (1) Como garantir a autoria do aluno em relação às respostas das atividades propostas? (2) Como observar sua participação? (3) Como o professor deve acompanhar o processo de aprendizagem? B) Sobre a relação design do AVA/construção do conhecimento39: (1) Como criar sites que agreguem intertextualidade e intratextualidade e que mantenham navegabilidade? (2) Como potencializar a comunicação, seja ela síncrona ou assíncrona? 39 Cf. SANTOS (2003), em Educação online (Marco Silva, org.). 77 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras (3) Como criar atividades de pesquisa que promovam a contextualização de questões locais e globais do universo cultural dos interagentes? (4) Como disponibilizar e incentivar conexões lúdicas, artísticas e navegações fluidas? De modo específico, a avaliação de aprendizagem em cada disciplina se constitui de duas etapas:  um sistema de atividades propostas pelo professor conteudista, com definição do cronograma, executado durante o período em que a disciplina fica disponível à execução pelos alunos, com acompanhamento pelo professor assistente (tutor a distância) e supervisionado pelo professor proponente da disciplina, cuja nota pode variar de 30 a 40 por cento da nota final do aluno, complementando a nota da segunda etapa de avaliação;  prova escrita presencial, realizada no polo de apoio presencial de vínculo do aluno, elaborada pelo professor conteudista e aplicada pelo professor assistente da disciplina ou pela equipe técnica da Coordenação de EAD/UAB/UFPE, cuja nota representa 70 a 60 por cento da nota final do aluno. 17.2. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL O processo avaliativo institucional, respectivo ao curso de licenciatura tratado nesse documento, deve ocorrer de forma continuada, ao longo dos períodos, a partir da implementação do mesmo, seguindo os oito semestres que enfeixam os quatro anos do curso e apresentados anualmente, ao cabo de cada ano letivo. Nesse sentido, prevê-se o total de quatro relatórios, que serão integralizados em um na conclusão do projeto. O procedimento de avaliação sequenciada permitirá 78 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras o ajuste progressivo dos pontos que se apresentarem problemáticos ou inadequados à consecução da proposta. 17.3. AVALIAÇÃO EXTERNA O curso deverá ser avaliado de acordo com os procedimentos previstos pelo Ministério da Educação e Cultura, Conselho Nacional de Educação e demais instâncias de competência para a avaliação de cursos de graduação. 17.4. AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO A avaliação interna do material didático se dará continuadamente, pela verificação da eficácia de seu uso, na transição da lógica da transmissão para a lógica da comunicação, própria da cirbercultura, que rompe com a prática da pedagogia da transmissão, do modo a não subutilizar o paradigma comunicacional próprio do ambiente virtual de aprendizagem, rico, dessa feita, em mecanismos de interatividade que promovem a criação coletiva. Cada representante de área, que constituirá, junto com o Coordenador do Curso, o colegiado do mesmo, apresentará relatório semestral à Coordenação com avaliação da aplicabilidade do material didático repassado ao tutor, na qual se considerará o cumprimento de exigências de ordem ética, estética e ergonômica do referido material, assim como da sua compatibilidade quanto ao conteúdo programático exigido pelo curso. 79 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 17.5. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA ORIENTAÇÃO DOCENTE E DA ORIENTAÇÃO DA TUTORIA O Coordenador do curso e o seu colegiado, constituído por um representante para cada área de conhecimento procederão à avaliação interna considerando: Na avaliação do desempenho da orientação docente:  Domínio das discussões teórico-metodológicas específicas pela potencialização das tecnologias digitais utilizadas como modo interativo que resulte em conhecimento;  Acompanhamento e avaliação das atividades orientadas ao tutor;  Intervenção para promover a participação colaborativa. Na avaliação do desempenho dos tutores:  Domínio na discussão dos conteúdos em situações do ensino- aprendizagem virtual;  Habilidade continuada na utilização de tecnologias mais complexas e menos conhecidas usadas no curso;  Manter a interatividade para a produção conjunta de conhecimento;  Conhecimento e utilização dos recursos disponíveis – tecnológicos e conteudísticos;  Atendimento às necessidades específicas dos alunos, referente ao seu domínio tutorial;  Resultados observados na avaliação dos alunos sobre seus tutores. 80 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 17.6. AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DE SUPORTE TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO Em se tratando de um curso de graduação a distância do tipo online, devem ser observados os seguintes critérios para infraestrutura e suporte tecnológico: a) Observância da adequação da infraestrutura tecnológica disponível que garanta o desenvolvimento das atividades virtuais, tais como: acessibilidade, interface apropriada e manutenção da infraestrutura física; b) Verificação da adequação e atualização do material didático e bibliográfico específico em cada pólo participante. A avaliação do curso que irá acontecer com periodicidade semestral tem por objetivo resgatar desta primeira experiência em EAD em nível superior as seguintes contribuições:  Formação técnica (conhecimento de caráter técnico-profissional) para esta concepção de ensino;  Formação científica (conhecimento de caráter teórico-científico);  Formação humanística (ética, socioambiental, cidadã);  Articulação com a pesquisa (produção de conhecimento através de iniciação científica, de monografias, de trabalho de final de curso, entre outros);  Articulação com a extensão (cursos regulares e não regulares, seminários, palestras, jornadas, atividades socioculturais, entre outras). 81 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 18. EMENTÁRIO Primeiro Período Introdução à Linguística (60h) Estudo do objeto e conceitos básicos da linguística, tendo em vista a história das idéias linguísticas, tendências atuais, métodos e procedimentos de análise. Introdução à Telemática (30h) Educação à distância, legislação em educação à distância, educação baseada na web, cooperação e aprendizagem on-line, o ambiente virtual. Língua Portuguesa: Fonologia (60h) Estudo do sistema fonológico do Português, de sua realização fonética e sua relação com a morfologia. Teoria da Literatura I (60h) Exame do texto literário como entidade discursiva resultante de um entrecruzamento de linguagens. Estudo de questões referentes às conceituações de Literatura e de Teoria Literária. Prática de Ensino e Pesquisa (60h) Reflexão sobre o papel do professor e as condições de ensino numa perspectiva sociointeracionista discursiva. Conhecer os princípios da formação do professor de língua materna e de literatura de língua materna. Eletiva I (30h) Segundo Período Língua Portuguesa: Vocábulo (45h) Estudo do vocábulo em língua portuguesa, considerando processos de criação lexical, estruturação mórfica e articulação morfossintática nas diversas situações de uso. Leitura e Produção de Texto Acadêmico (60h) Compreensão e Produção de textos acadêmicos na perspectiva da metodologia científica e da análise de gêneros. Teoria Literária II (45h) 82 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Estudo das doutrinas formadoras do conceito de gêneros literários; reflexão sobre teorias críticas que orientam a leitura investigativa do texto de feição literária. Linguística: Funcionalismo (60h) Estudo do Funcionalismo em linguística: pressupostos teórico-metodológicos, vertentes e possibilidades de aplicação à descrição e à análise linguística. Fundamentos da Educação (60h) Introdução à análise e discussão do fenômeno educativo, considerando as relações entre educação e sociedade a partir de uma reflexão teórica, instrumentando o aluno para a compreensão de sua formação e prática como educador e para o enfrentamento teórico-prático das principais questões relativas à educação brasileira numa perspectiva crítica e transformadora. Metodologia I (30h)40 O Perfil do professor de língua e literatura. Orientação metodológica para o ensino de língua e literatura. Conteúdos curriculares de língua e literatura: propostas curriculares oficiais. Avaliação em língua portuguesa e literatura brasileira: concepções, instrumentos, formas de registro. Organização de materiais de ensino de língua e literatura; livro didático de língua e literatura. Eletiva II (30h) Terceiro Período Língua Portuguesa: Frase (45h) Estudo dos aspectos sintáticos, semânticos e pragmáticos da frase em língua portuguesa: elementos constitutivos, relações e processos de construção, estrutura informacional. Literatura Portuguesa I (45h) Estudo da Literatura Portuguesa que compreende os seguintes períodos literários: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo e Barroco. Literatura Brasileira I (45h) 40 A partir do Segundo Período do curso, as disciplinas de Metodologia acompanham as discussões teóricas nas disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura, encerrando-se no Quinto Período. 83 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Estudo da Literatura Brasileira compreendendo as origens, o Barroco, o Arcadismo e o Romantismo em seus aspectos históricos, formais e sócioculturais. Linguística: Formalismo (60h) Estudo do formalismo em linguística: pressupostos teórico-metodológicos, vertentes e possibilidades de aplicação à descrição e à análise linguística. Políticas Educacionais, Organização e Funcionamento da Escola Básica (60h) Estudo das políticas públicas para a educação escolar no Brasil, sua relação com a organização e o funcionamento das escolas de educação básica, considerando os fatores sociais, econômicos, políticos e culturais, e análise dos resultados das políticas educacionais frente aos desafios e necessidades da sociedade contemporânea. Metodologia II (45h) Orientação metodológica para o ensino de língua e literatura. Conteúdos curriculares de língua e literatura: propostas curriculares oficiais. Avaliação em língua portuguesa e literatura brasileira: concepções, instrumentos, formas de registro. Organização de materiais de ensino de língua e literatura; livro didático de língua e literatura. Eletiva III Quarto Período Língua Portuguesa: Texto e Discurso (45h) Estudo dos processos e estratégias de textualização na construção de sentido do texto/discurso. Literatura Portuguesa II (45h) Estudo da Literatura Portuguesa, compreendendo os fundamentos teóricos, estéticos, e as principais obras dos autores que fizeram o Arcadismo, o Romantismo e o Realismo em Portugal 84 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Literatura Brasileira II (45h) Estudo da Literatura Brasileira, compreendendo os autores do RealismoNaturalismo, do Parnasianismo e do Simbolismo. Língua Latina I (60h) Domínio das estruturas gramaticais latinas e seu funcionamento como fundamento das línguas românicas, máxime o português. Tradução de textos latinos com dificuldade gradual. Textos de Cultura Romana. Introdução à LIBRAS Reflexão sobre os aspectos históricos da inclusão das pessoas surdas na sociedade em geral e na escola; a LIBRAS como língua de comunicação social em contexto de comunicação entre pessoas surdas e como segunda língua. Estrutura linguística e gramatical da LIBRAS. Especificidades da escrita do aluno surdo, na produção de texto em Língua Portuguesa. O intérprete e a interpretação como fator de inclusão e acesso educacional para os alunos surdos ou com baixa audição. Metodologia III (45h) Orientação metodológica para o ensino de língua e literatura. Conteúdos curriculares de língua e literatura: propostas curriculares oficiais. Avaliação em língua portuguesa e literatura brasileira: concepções, instrumentos, formas de registro. Organização de materiais de ensino de língua e literatura; livro didático de língua e literatura. Eletiva IV (30h) Quinto Período Literatura Portuguesa III (45h) Estudo da Literatura Portuguesa, em especial do Simbolismo, Saudosismo e Modernismo (Futurismo, Orfismo, Presencismo, Regionalismo, Romance Social), compreendendo as obras e os autores mais significativos dos movimentos indicados. Literatura Brasileira III (45h) 85 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Estudo da Literatura Brasileira, abrangendo o Pré-Modernismo e Modernismo: décadas de 1920 e 1930. Linguística de Texto (60h) Estudo dos diferentes fatores que intervêm na organização textual-discursiva, com ênfase nos aspectos sócio-cognitivos e interacionais, nos processos de referenciação e de sequenciação textual, nos tipos de texto e nos gêneros do discurso. Fundamentos Psicológicos da Educação (90h) Estudo de teorias psicológicas sobre o desenvolvimento sócio-afetivo e cognitivo e os processos de ensino e de aprendizagem na infância, adolescência e vida adulta. Problematização sobre as relações entre Psicologia e Educação. História da Língua Portuguesa (60h) Estudo da origem, da expansão e dos processos de mudança da Língua Portuguesa sob o ponto de vista diacrônico, considerando aspectos fonológicos, morfossintáticos e pragmático/discursivos. Metodologia IV (30h) Orientação metodológica para o ensino de língua e literatura. Conteúdos curriculares de língua e literatura: propostas curriculares oficiais. Avaliação em língua portuguesa e literatura brasileira: concepções, instrumentos, formas de registro. Organização de materiais de ensino de língua e literatura; livro didático de língua e literatura. Sexto Período Cultura Brasileira (45h) Fatores culturais. Evolução social e política do Brasil. Historia da África. Cultura afro e Cultura indígena na formação da identidade nacional. Literatura Brasileira IV (45h) Estudo crítico-analítico da literatura brasileira, no período que se inicia com a geração de 45 e se estende à contemporaneidade em seu contexto históricocultural. Literatura Infantil Brasileira (45h) Estudo da Literatura Infantil Brasileira em todas as suas manifestações, bem como suas relações com a Literatura Infantil Universal e com as demais artes. 86 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Semântica (45h) O processo semântico: noções, perspectiva histórica e teorias. O estudo do significado na dimensão formal, conceitual e pragmática. Pressupostos e subentendidos. Inferências. Avaliação da Aprendizagem (60h) Estudo da avaliação da aprendizagem enquanto objeto de reflexão do campo da Avaliação Educacional: a constituição de seu campo conceitual e praxiológico; os diferentes atributos e modos de conceber e praticar a avaliação das aprendizagens dos alunos. Didática (60h) Fundamentos epistemológicos, socioculturais, psicológicos e ético-políticos da prática pedagógica docente e sua vinculação com a prática social mais ampla. Organização do trabalho pedagógico docente centrado no processo de ensinoaprendizagem, na investigação, nos sujeitos da prática, e na relação com um dado projeto educativo e uma determinada realidade concreta. Metodologia V (60h) Orientação metodológica para o ensino de língua e literatura. Conteúdos curriculares de língua e literatura: propostas curriculares oficiais. Avaliação em língua portuguesa e literatura brasileira: concepções, instrumentos, formas de registro. Organização de materiais de ensino de língua e literatura; livro didático de língua e literatura. Sétimo Período Gestão Educacional e Gestão Escolar (60h) Discussão e análise das concepções da organização e gestão escolar numa compreensão mais geral da cultura organizacional no que se refere ao conjunto de fatores sociais, culturais e psicológicos que influenciam os modos de agir da organização como um todo e do comportamento das pessoas em particular. 87 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Fundamentos para o ensino de análise linguística (30h) Estudo dos fenômenos lingüísticos da língua portuguesa envolvendo a reflexão crítica sobre as implicações pedagógicas decorrentes de transposições didáticas fundadas em diferentes concepções de língua. Estágio Curricular Supervisionado I: Ensino de literatura e língua portuguesa (135h) Os fundamentos teóricos no ensino contemporâneo da Literatura e da Língua Portuguesa. Práticas curriculares. Memórias de leituras. As ausências curriculares. Os manuais e a historiografia. Elaboração do TCC I (30h) Leitura e discussão de textos científicos. Desenvolvimento de habilidades para a busca de informações técnico-científicas sobre o tema de estudo. Análise critica de informações. Construção do Projeto de TCC-I Seminários de pesquisa aplicada à Literatura e Língua Portuguesa (30h) Apresentação dos pré-projetos desenvolvidos na disciplina Elaboração do TCC I objetivando tratar de temáticas relacionadas ao ensino de Literatura e Língua Portuguesa Eletiva V (30h) Eletiva VI (30h) Oitavo Período Estágio Curricular Supervisionado II: Ensino de Literatura e Língua Portuguesa (135h) O Ensino Fundamental: estudos conjunturais do campo de estágio. Atividades de vivência escolar. Estágio Curricular Supervisionado III: Ensino de Literatura e Língua Portuguesa (135h) Ensino Médio: estudos conjunturais do campo de estágio. Atividades de vivência escolar. 88 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Elaboração do TCC II (30h) Preparação de Trabalho de Conclusão do Curso de Letras. Eletiva VII- (30h) Eletivas Informática Educativa (30h) Educação à distância: histórico e estado da arte. A informatização da sociedade e o desafio da inclusão digital; a informática nas escolas de ensino fundamental e médio; a informática educativa e sua interdisciplinaridade. Aprendizagem mediada por computador (30h) O conceito de mediação dentro de diversas teorias da aprendizagem. Elaboração e aplicação de projetos educativos envolvendo o uso do computador no ensino de conteúdos diversos (Matemática, Ciências, Língua Portuguesa etc.). Avaliação do ponto de vista da aprendizagem mediada por computador Novas Tecnologias e Educação à Distância (30h) Fundamentos lingüísticos para o uso das tecnologias da informação e comunicação no ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, presencial e a distância. O Uso do Software Educativo na Sala de Aula (30h) Fundamentos lingüísticos na avaliação e uso do software educativo no ensino de língua portuguesa. Língua Estrangeira Instrumental I: Inglês (30h) Desenvolvimento de estratégias e habilidades de leitura e dos aspectos lingüístico-textuais através de textos autênticos em língua inglesa de complexidade elementar e intermediária. 89 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras Língua Estrangeira Instrumental II: Inglês (30h) Desenvolvimento de estratégias e habilidades de leitura e dos aspectos lingüístico-textuais através de textos autênticos em língua inglesa de complexidade intermediária e avançada. Língua Latina II (30h) Domínio das estruturas gramaticais latinas e seu funcionamento como fundamento das línguas românicas, máxime o português. Tradução de textos latinos com dificuldade gradual. Textos de Cultura Romana. Letramento: história da leitura e da escrita (30h) História, constituição, usos, funções e modalidades de letramento (leitura e escrita) nas sociedades ocidentais. Língua Estrangeira Instrumental I: Espanhol (30h) Estudo dos aspectos fundamentais da língua espanhola. Aquisição das habilidades básicas receptivas e produtivas, tanto na língua oral como na escrita, com especial una atenção à língua oral Língua Estrangeira Instrumental II: Espanhol (30h) Revisão dos aspectos fundamentais da língua espanhola estudados no módulo anterior. Aprofundamento no estudo comunicativo, formal e funcional da língua espanhola Língua Estrangeira Instrumental I: Francês (30h) Aplicação de estratégias de leitura e introdução de estruturas básicas da língua francesa com o objetivo de levar gradualmente o aluno à compreensão de textos escritos simples e curtos Língua Estrangeira Instrumental II: Francês (30h) Aplicação de estratégias de leitura e introdução de estruturas complexas da língua francesa com o objetivo de melhorar a compreensão de textos escritos mais complexos Vide ANEXO 3, p. , para os programas das disciplinas. 90 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 19. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 19.1. O PROJETO O curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância caracterizase pela existência de um “estágio supervisionado”, atividade curricular imprescindível em qualquer curso da mesma natureza, porque importante para a aplicação do conhecimento construído sobre e para a prática pedagógica. De forma objetiva, o estágio far-se-á por um processo planejado no ambiente escolar, em escolas do Ensino Fundamental e Médio do município no qual o aluno está vinculado através do Pólo Municipal de Apoio Presencial, ou naquele de seu domicílio. Para aqueles alunos que comprovadamente já ministram aulas em escolas públicas ou privadas, o estabelecimento de ensino onde trabalham poderá ser seu local de estágio, podendo o mesmo ser reduzido de 195 horas, totalizando 6 (seis) créditos, para os alunos que já atuam na educação básica. Em qualquer uma das situações, considerar-se-á a atuação no Ensino Fundamental para o projeto de Estágio 1, e o Ensino Médio, para o Estágio 2. A preparação das atividades bem como o planejamento delas deverá ocorrer durante o período do estágio, garantindo o contato permanente com colegas, com tutores e com os professores que o assistem. 19.2. A SUPERVISÃO GERAL DO ESTÁGIO A supervisão geral do estágio curricular caracteriza-se por três ações: (1) Supervisão presencial: realizada por meio do professor assistente ou do docente da UFPE, responsável pela 91 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras disciplina, no percentual de 22% da carga horária total do estágio, conforme resolução 012/08 CCPE/UFPE; (2) Observação recíproca em aulas regidas por colegas de curso, observando-se a distribuição geográfica dos estagiários; (3) Relatório de observação: registro e documentação das atividades por diversos meios (gravações, filmagens devidamente autorizadas pelos participantes, seminários temáticos, simulações, fotografia), subsidiando a produção do relatório. 19.3. PLANEJAMENTO DA DISCIPLINA “ESTÁGIO CURRICULAR” Estão previstos encontros presenciais no polo, para orientação direta aos alunos estagiários, além do acompanhamento do desenvolvimento do estágio a distância, na plataforma, através do sistema de atividades regular em todas as disciplinas. Os encontros presenciais servem para orientar/definir, também, as atividades a distância. A distância ou presenciais, as interações com o professor visam à construção de um plano de trabalho para os estudos conjunturais do campo de estágio, garantindo que as atividades de vivência escolar resultem na observação analítica dos fenômenos didáticos e preparação bem orientada dos Planos de Aula que garantam uma experiência positiva na regência de classe. O Seminário final, com mostra das atividades desenvolvidas, pretende ser o momento de culminância profícua do trabalho desenvolvido em cada momento do curso. 92 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 19.4. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO Serão consideradas todas as etapas do estágio, acima descritas. Além disso, serão critérios de avaliação: pontualidade no cumprimento dos cronogramas estabelecidos, assiduidade, preparação e planejamento das atividades de regência, domínio dos conteúdos pedagógicos e teóricos. 20. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO De acordo com a Resolução Nº 12/2008: os cursos de formação de professor de graduação plena devem contemplar atividades de produção de conhecimento que culminarão com a elaboração e defesa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ou Monografia, vinculadas a componentes curriculares próprios, assegurada a orientação por um professor. O objeto de investigação deve estar relacionado a temáticas específicas do campo da educação, da prática pedagógica, da prática docente, do ensino, da aprendizagem e da avaliação. O Trabalho de Conclusão de Curso ou Monografia será regulamentado pelo colegiado (do) curso, inclusive no que diz respeito ao professor orientador, à defesa do trabalho e à avaliação. Para o Curso de Graduação em Letras/Licenciatura, na modalidade a distância, a Disciplina TCC deve compor quatro créditos (60 horas) distribuídos nos dois últimos períodos do Curso de Letras Licenciatura. Trata-se de um texto de caráter científico desenvolvido com o objetivo de apresentar resultados do projeto acadêmico de natureza científico-pedagógica com o acompanhamento de um orientador. A autoria pode ser individual ou dupla. O TCC deve ser examinado por uma Banca Examinadora constituída por dois membros, entre os quais o orientador. A nota será a média das notas emitidas por cada membro e será de 0 a 10. Consegue aprovação o concluinte que obtiver a média 7,0 (sete). Não conseguindo aprovação, o aluno deverá 93 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras seguir as sugestões da Banca Examinadora e no prazo de 30 dias se submeter novamente ao exame. Sua nota final será a média obtida com a soma das duas médias emitidas pala Banca Examinadora. Para as habilitações em língua estrangeira o texto deverá ser na língua em que o licenciando se formará. 21. CORPO DOCENTE O corpo docente de cursos a distância apresenta dois aspectos específicos dessa modalidade de ensino, como mencionado anteriormente41: (1) duplo papel do professor pesquisador, constituindo-se em duas etapas distintas de trabalho, a elaboração do conteúdo de disciplina e a execução da mesma na plataforma, e (2) a presença da figura de tutor, presencial e a distância 21.1. PROFESSOR PESQUISADOR/CONTEUDISTA Os professores pesquisadores são professores doutores da UFPE, em sua maioria, efetivos do Departamento de Letras em regime de dedicação exclusiva, que se responsabilizam pela qualidade do trabalho realizado nas disciplinas. Excepcionalmente serão convidados professores externos, quando não houver disponibilidade dos docentes da casa para o preenchimento do quadro de docentes do período em andamento. Figuram na plataforma de aprendizagem com o título de “professor pesquisador”. São de suas competências:  Participar do processo de seleção e capacitação dos professores assistentes de disciplina (denominados tutores a distância);  Elaborar material para a disciplina de sua área de conhecimento, com entrega do plano de curso completo (incluindo indicação da bibliografia a 41 Ver página , seção 8.4 sobre a “Concepção de tutoria” 94 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras ser usada pelos alunos), conteúdo do texto a ser transposto para a linguagem HTML, sugerindo a arquitetura do hipertexto pretendido (menu e tópicos do menu), indicação das imagens a serem utilizadas e ordenação do conteúdo proposto para versão impressa (livro do aluno), com definição de cinco imagens que possam ser publicadas no livro;  Acompanhar desenvolvimento da disciplina, zelando pelo cumprimento de seus objetivos;  Organizar, conjuntamente com o professor assistente da disciplina, o processo de avaliação da aprendizagem, incluindo cronograma do sistema de atividades;  Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos tutores a distância, “abrindo” e “fechando” cada atividade proposta (conforme cronograma), ou seja, anunciando o objetivo (i) da atividade em enunciado explicativo da meta a ser alcançada, (ii) do ponto teórico focalizado, e (iii) da habilidade que pretende desenvolver; e, ao final da execução pelos alunos, que teve o acompanhamento do professor assistente, fazer uma avaliação com referências claras ao atingimento ou não do objetivo pretendido;  Participar da organização e veiculação dos fóruns de debate e das interações professor e estudante no ambiente virtual (tópicos abertos nos fóruns, notícias, etc);  Avaliar o desempenho dos professores assistentes, através de relatórios mensais sucintos e de um “Relatório Final de Desempenho do Professor Assistente”;  Elaborar as provas escritas, que serão aplicadas presencialmente, nos polos de apoio presencial;  Avaliar o aluno, juntamente com os professores assistentes (tutores a distância). 95 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 21.2. TUTORES A DISTÂNCIA: PROFESSOR ASSISTENTE DE DISCIPLINA EM CADA SEMESTRE LETIVO Os tutores a distância são docentes com experiência de ensino comprovada na área de atuação da tutoria, selecionados dentre o corpo discente dos cursos de mestrado e doutorado da UFPE, especialmente os vinculados à PósGraduação em Letras e Pós-Graduação em Educação, ambos da UFPE42, exceção feita para as disciplinas específicas de EAD e de Libras, para as quais se seguirão os critérios de elegibilidade de bolsistas UAB estabelecidos pela CAPES. O objetivo da Coordenação do Curso levar o conhecimento novo relativo à experiência em EAD aos mestrandos e doutorandos selecionados, de modo a contribuir com a formação continuada dos professores de Língua Portuguesa e de Literaturas de Língua Portuguesa para o exercício do magistério na modalidade online, portanto formar multiplicadores desse conhecimento novo em cursos de licenciatura. 22. CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO O bom funcionamento do curso - E-Letras - depende da articulação de equipes multidisciplinares, bem como da estrutura de implementação do Sistema UAB, na UFPE. Por sua característica específica da modalidade a distância, requer organização e procedimentos diferenciados do ensino presencial, 42 O processo de “Seleção da Tutoria” caracteriza-se pela (a)divulgação de “Edital de Chamada” encaminhado via e-mail, para as duas Coordenações de Pós-Graduação mencionadas, (b) avaliação dos currículos e (c) entrevista com os candidatos para apresentação do termo de compromisso para Tutoria do ELETRAS/UFPE, (d) divulgação do resultado. 96 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras principalmente no que se refere à gestão e à mediação pedagógica, que se faz por diversos sistemas de comunicação. Assim, o MEC definiu dois papéis necessários à articulação MEC/IFES/PÓLOS MUNICIPAIS DE APOIO PRESENCIAL, o de Coordenador da UAB e o de Coordenador Adjunto, além de viabilizar a estruturação de uma “célula” de implementação de EAD em cada instituição, que na UFPE integra uma coordenação de ações de EAD mais ampla, denominada CONECTE. Atualmente, a Coordenação da UAB está sob a gestão da professora Drª. Cacilda Andrade (docente do quadro de efetivos em regime de DE) e a Coordenação do CONECTE tem à frente a professora Drª.Patrícia Smith (também docente da casa em regime de DE). São responsáveis pelas equipes de suporte técnico – cujas atribuições relacionam-se à plataforma de aprendizagem, com a manutenção das salas de aulas virtuais e treinamento para o uso do AVA -, e financeiro. Para a articulação das incursões em EAD dentro de cada instituição, é importante destacar que as Instituições Federais de Ensino Superior têm autonomia para decidir a localização dessa célula dentro de seu organograma. O que exige discussão interna nos diversos setores da academia, com vistas à definição da melhor condição de funcionamento dos cursos de graduação a distância propostos. A gestão de tempo, espaço (no que concerne aos pólos parceiros43) e financeira também ocorre de modo específico (Decreto MEC/SEED 5.622/2005), através de convênio firmado entre a UFPE e o MEC, assinado pelo Magnífico Reitor da Instituição44. 43 Os Pólos de Apoio Presencial também firmaram convênio com o MEC, assinado pelos Prefeitos dos municípios em questão. 97 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 22.1. EQUIPES MULTIDISCIPLINARES Atenta a essa perspectiva referida acima, o compromisso das equipes de trabalho de implementação e de execução do primeiro Curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância da UFPE conta com o apoio da PROACAD (Pró-Reitoria de Assuntos Acadêmicos), do CAC (Centro de Artes e Comunicação), de modo especial do corpo docente dos departamento envolvidos na oferta de componentes curriculares, além de parceiros indiretos com a colaboração de outros centros na UFPE, e diretos, com os acordos firmados com os municípios integrantes do Sistema UAB como parceiros da UFPE45. Do ponto de vista operacional, a gestão do curso depende do diálogo com diferentes unidades mediadoras, o qual se estabelece dentro de um modelo em grafo, com estrutura Y. um dos eixos dessa estrutura diz respeito à organização administrativa do curso propriamente dito, que se dá de modo semelhante ao curso presencial, envolvendo, assim, a relação administrativa com cada uma das instâncias internas da UFPE. Essa relação começa com a eleição pelo Pleno departamental da coordenação pedagógica do curso a distância, oferecido pelo Departamento de Letras, que passa a manter relação administrativa com a Chefia do departamento e com as demais instâncias internas da estrutura administrativa da UFPE, para atender às demandas operacionais da relação com as Pró-Reitorias fins. Desse modo, o curso a distância se beneficia da equipe administrativa de cada uma dessas instâncias, seja para a realização de concursos para docentes efetivos do quadro da casa que irão atuar nas duas modalidades, seja na participação das reuniões de Conselho Departamental do Centro de Artes e Comunicação (CAC) - unidade de mediação entre cursos e PróReitorias -, seja no atendimento às mudanças pedagógicas decorrentes de mudança de legislação etc.; além de contar com o auxílio direto de três membros 45 Mencionados na página . 98 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras da equipe administrativa (secretário do curso, um auxiliar administrativo e uma bolsista de trabalho). No outro eixo, tem-se a relação com o CONECTE, onde se encontra a tríade administrativa dos cursos oferecidos online, compreendida pelas equipes (i) de tecnologia da informação – TI, (ii) de gestão financeira, e (iii) de orientação pedagógica.46 Em síntese, a equipe multidisciplinar para o desenvolvimento do trabalho deve ser constituída por:  01 Coordenador geral do curso  01 Vice-coordenador  01 Coordenador de Tutoria  01 Secretário (Funcionário efetivo)  01 Auxiliar administrativo  01 Bolsista de trabalho da instituição  Professores do Departamento de Letras e de outras unidades da UFPE, conteudistas das disciplinas e/ou executores (cerca de 65 professores, no total)  Professores assistentes de disciplinas (tutores a distância), distribuídos em função do número de alunos e por disciplina, sendo da ordem de 1 (um) assistente para cada vinte e cinco alunos  01 Supervisor de produção de material online  Web designers de produção de material online  01 Coordenador de Polo  Tutores presenciais, sendo 1 (um) tutor para cada 40 alunos, em cada polo. Face à mudança de perfil necessária à equipe acadêmica para o desenvolvimento desse projeto de curso a distância, o número de integrantes da 46 Vide ANEXO 4, p. , para toda a equipe técnica que mantém relação com o curso. 99 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras equipe é ajustado à proporção que novas disciplinas vão sendo produzidas e executadas. A Coordenação do Curso e o corpo docente recebem bolsa de incentivo à docência pelo CAPES, e têm tempo de vinculação ajustado em função da atividade desenvolvida, com Termo de Compromisso firmado contendo as atribuições de cada participante. À coordenação Geral da UAB compete cadastrar cada docente em um formulário online especifico para esse fim, confirmando mês a mês cada cadastro, de acordo com o relatório de confirmação ou exclusão dos cadastrados. Assim, sempre que necessário, procede-se à seleção de tutores por meio de convocação em Edital interno à universidade, bem como por meio de convites a professores especialistas de notório saber (mestres ou doutores), que possam colaborar para o desenvolvimento do trabalho, quando os docentes da casa não forem suficientes para atender a oferta de disciplinas do semestre letivo em curso. A seleção dos web designers ocorre por meio de licitação, para decisão dos profissionais de Comunicação, Design e Informática, para a produção do material por período do curso. No cronograma de atividades para execução do curso constam períodos de capacitação em EAD de todos os membros da equipe acadêmica, a qual pode ser assim distribuída: professor pesquisador/conteudista, tutor à distância, tutor presencial, tendo o primeiro sido realizado em encontro presencial nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2008, seguido do acompanhamento a distância durante o mês de março, pela equipe de capacitação da Coordenação Geral da UAB, a mesma equipe que ficou responsável pelo treinamento dos alunos para a plataforma do curso – moodle – do dia 25 de fevereiro ao dia 31 de março, perfazendo um total de 30 horas/aula, que poderão ser computadas como atividade pedagógica complementar. 100 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 23. CONDIÇÕES DE EXEQUIBILIDADE DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO A condição de exequibilidade do presente PPC de Letras a distância depende da infraestrutura do curso, de modo a garantir a manutenção das rotinas gerenciais necessárias ao seu bom funcionamento. Assim, o convênio assinado entre a UFPE e o MEC, para o desenvolvimento das ações de implementação e de execução do Sistema UAB na UFPE, estabelece o compromisso firmado entre as partes para a concretização do curso de E-Letras. As dificuldades e acertos na realização do primeiro período do curso (UAB1), concluído em meado de dezembro de 2008, revelaram a necessidade de estabelecimento claro e definitivo da sistemática de realização de cursos de graduação a distância, que não dependem do aporte financeiro a priori, mas decorrem dele. Com a nova estrutura da Coordenação Geral de Educação a Distância da UFPE, o CONECTE, e a experiência adquirida com a primeira turma de Letras, fica estabelecido o modelo de EAD oferecido pela instituição, como atesta esta atualização de projeto pedagógico de curso. De modo amplo, as dificuldades vivenciadas ao longo do processo de implantação do Sistema UAB na UFPE serviram à consolidação de novas propostas de curso alinhadas com os princípios e fins da educação nacional, conforme estabelece a Lei Nº 9394, de 20 de Dezembro de 1996, especialmente no que concerne à valorização da experiência adquirida, para o estabelecimento de compromisso com a melhoria da qualidade dos cursos a distância oferecidos pela UFPE. 101 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 24. ESTRATÉGIAS DE APOIO À APRENDIZAGEM A decisão pela presença de um coordenador de tutoria para compor a gestão pedagógica do curso vem reforçar a importância do papel adequado de tutor, qual seja o de garantir tempo e espaço necessários e eficazes para a interação aluno–professor pesquisador, e trabalhar as dificuldades apresentadas por cada aluno ou pela comunidade de aprendizagem. Destacamos, ainda, o foco da ação educativa do tutor, que deverá se manter articulada à compreensão do significado que se dará à educação a distância e a linha pedagógica assumida nesta universidade. Assim, para o cumprimento do compromisso assumido de imediato atendimento às dificuldades dos alunos, os professores pesquisadores e os professores assistentes, estes últimos na função de tutores a distância, devem realizar encontros presenciais nos polos de apoio, sempre que o contato virtual ou via telefone não forem suficientes para dirimir as dúvidas dos alunos. Esperamos contar, também, com a possibilidade de realização sistemática de webconferências para esse fim, condição indispensável ao bom andamento do curso, por auxiliar na manutenção da motivação dos alunos diante da proximidade que promove, mesmo à distância, por servir à solução de problemas de compreensão de conteúdo, de forma específica, por resgatar o sentido de colaboração constitutivo da EAD online, de modo especial, pela natureza da interatividade que é capaz de promover. Com esse propósito a coordenação do curso deve organizar o CRONOGRAMA DE WEBCONFERÊNCIAS, divulgado no início de cada semestre letivo, e executado com a participação do corpo docente e o apoio logístico da Coordenação de UAB. Há, também, o apoio pedagógico com a realização de aulas presenciais (desde que não ultrapassando vinte por cento da carga horária global do curso), viabilizadas com o apoio financeiro previsto pelo Sistema UAB, o qual é administrado pela instituição, na instância da Coordenação da UAB/UFPE. 102 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras 25. INFRAESTRUTURA DE APOIO À PREPARAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO A preparação de material didático para a existência de um curso online envolve a sintonia entre três instâncias de produção: (i) o professor conteudista, (ii) a equipe de web design, e (iii) a equipe de suporte técnico da plataforma de aprendizagem. A experiência com o primeiro período mostrou a necessidade de um elemento catalisador das três dimensões de produção - a supervisão de produção de material online – no âmbito da coordenação de UAB, uma vez que a equipe de web design e de suporte técnico é única para o atendimento a todos os cursos oferecidos online. Nesse sentido, o supervisor de produção de material online deve ficar responsável por captar o material dos professores vindos da coordenação do curso e repassá-lo à equipe de designers, bem como fazer o mesmo percurso no sentido inverso, após a revisão do conteúdo pelo professor, depois de “tratado” para a plataforma, e deverá ele próprio, o professor, encarregar-se de verificar a usabilidade e acessibilidade do material produzido, antes de reencaminhar para a coordenação do curso, que o entregará à equipe de suporte técnico do moodle. No caso do curso objeto desse documento, a produção dos materiais didáticos contou com a participação de duas equipes distintas, durante o processo de elaboração dos conteúdos de cada componente curricular, quais foram: (1) equipe dos professores doutores efetivos do quadro de docentes do Departamento de Letras – UFPE, os quais ficaram responsáveis pela elaboração em formato .doc dos conteúdos referentes aos componentes curriculares de suas especialidades, conforme a grade curricular do curso, aprovada institucionalmente; e (2) de uma equipe de “tratamento visual e revisão da 103 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras editoração” do conteúdo didático entregue pelos professores de cada componente curricular. Sobre a natureza desses conteúdos, os professores conteudistas foram instruídos que deveriam oferecer uma linguagem mais instrucional, objetivando servir de linha mestra na abordagem de cada um dos tópicos do “conteúdo programático” de cada disciplina. Ao todo, até o momento presente, já produziram conteúdos para o curso de Letras Português 21 docentes integrantes da equipe responsável pelos conteúdos didáticos, sendo 18 do quadro efetivo em regime de dedicação exclusiva da UFPE e 2 docentes externos à UFPE, mas efetivos em IES, em Recife, PE (conforme Anexo 5, p. explicita componente(s) curricular(ES) produzidos por cada docente, vínculo institucional e titulação); e um técnico em desenvolvimento de sistemas, do quadro efetivo da UFPE, Mestre em Informática pela UFPE, atualmente doutorando em Ciência da Computação, o qual ficou responsável por duas disciplinas eletivas específicas do tema EaD, juntamente com professores do quadro efetivo da UFPE. De posse dos conteúdos produzidos pelos docentes para cada componente curricular, a equipe de “tratamento visual e revisão da editoração” ficou encarregada de transformar esses conteúdos em duas versões, a saber: (i) uma versão dos conteúdos foi organizada em formato pdf, com tratamento visual, a qual foi disponibilizada para impressão nos ambientes virtuais de aprendizagem de cada componente curricular, versão esta que passou por ajustes para integrar a organização de livros impressos, compondo a coleção intitulada “Dimensão Transdisciplinar na Formação do Professor”, em 9 (nove) volumes referentes aos componentes obrigatórios, um (1) volume referente a um Caderno de Atividades Complementares, para o primeiro período do curso e 4 volumes de disciplinas eletivas, publicados pela Editora Universitária da UFPE; e (ii) e foi programada a produção da versão em formato HTML para cada componente curricular (exceto nos dois últimos períodos do curso, dada a 104 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras natureza das mesmas), a ser disponibilizada na plataforma, nos respectivos ambientes virtuais de aprendizagem das disciplinas ofertadas. Em todas as versões devem constar questões propostas como atividades, ao final de cada conteúdo. Os volumes impressos foram enviados aos polos de apoio presencial, pela instituição, mesmo as versões provisórias, porque há volumes aguardando o lote de ISBN pela Editora Universitária, juntamente com um MANUAL ACADÊMICO (vide ANEXO 6, p ) para cada aluno (a versão em PDF é disponibilizada no AVA da coordenação do curso. Sobre a revisão de todo o material, esta também passou por duas etapas: a primeira revisão foi de responsabilidade dos professores conteudistas, ocorrendo uma segunda revisão pela equipe de “tratamento visual e revisão de editoração”. A atual gestão de EAD em todos os níveis está envolvida na finalização dos trabalhos de produção, interrompidas pela primeira coordenação da UAB/UFPE. 26. INFRAESTRUTURA DE APOIO À EXECUÇÃO DO CURSO: POLOS DE ATENDIMENTO PRESENCIAL As atividades presenciais das diversas disciplinas do curso serão realizadas nos pólos de apoio, que devem disponibilizar uma estrutura para a execução descentralizada de algumas das funções didático-administrativas do curso, voltadas para a modalidade da educação a distância na formação superior, contando-se com apoio dos governos municipais. O Ministério da Educação e Cultura disponibilizou para todos os polos cadastrados um “Manual de Avaliação de Pólos”, instrumento utilizado pela Coordenação da UAB/UFPE, quando das visitas realizadas para esse fim, em 2007. É imprescindível que cada polo de apoio presencial compreenda a importância de sua participação nesse processo de interiorização do ensino 105 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras superior público e de qualidade, cumprindo rigorosamente o que estabelece o manual. É necessário, também, que a instituição em seus diversos setores se engaje nesse processo, verificando e orientando os coordenadores de pólo no que for possível, para garantir o nível desejado de atendimento aos alunos. Com esse objetivo, a atual coordenação do curso juntamente com a coordenação de UAB/UFPE deu início a um processo de orientação presencial aos coordenadores dos polos, ação que deve passar a ocorrer pelo menos uma vez ao ano, a fim de garantir as condições adequadas para a relação da UFPE com os polos, beneficiando o corpo discente. Nesse sentido, é necessária a disponibilização, por parte dos polos municipais, de estruturas de laboratórios telemáticos e salas de webconferência, além de salas para aulas presenciais e de apoio administrativo-pedagógico, concernentes a sua condição de pólo. Para o funcionamento dos mesmos, contam com a participação de pessoal (coordenação, apoio e tutoria) para o atendimento dos estudantes nos referidos pólos. 27. LABORATÓRIOS E EQUIPAMENTOS Para a produção de material e geração das aulas, o curso precisa contar com a infraestrutura do CONECTE, em finalização do processo de nova estruturação, que deverá dispor de um laboratório computacional e de uma sala de webconferência (essa já existente). As especificações básicas dos equipamentos são aquelas definidas na orientação do MEC para implementação de curso em EAD. Entende-se que cada centro devesse estar com uma estrutura para dar suporte à EAD, pois manteria os docentes mais próximos dessa etapa fundamental de produção de conteúdos pedagógicos. 106 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Artes e Comunicação Departamento de Letras A UFPE está conectada à Internet, por meio de sua rede de comunicação IP, estando em processo de implantação uma rede de alto desempenho (tecnologia Gigabit ethernet), alinhada com as tecnologias padrão RNP. Desse modo, os docentes do curso têm a oportunidade de utilizar recursos computacionais e de conectividade de qualidade, caso não disponham dos mesmos recurso para o exercício de suas funções no acompanhamento dos alunos online. Neste sentido, a infraestrutura citada anteriormente permite funcionar de forma adequada à plena execução do currículo e otimização dos recursos disponibilizados. 28. BIBLIOTECAS É importante ressaltar que os estudantes do curso devem ser incentivados a ao acesso aos seguintes PORTAIS: Periódicos da CAPES, PROSSIGA (Portal de Informação Brasileira em Ciência e Tecnologia), IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), SCIELO, WEB OF SCIENCE e PROQUEST. No entanto, a aquisição de uma relação de bibliografia básica para cada disciplina, disponível nas diversas unidades nas quais acontecerá o curso, os pólos de apoio, é indiscutivelmente indispensável, alem de constar como um dos compromissos firmado pelo município com o MEC. A inobservância desse critério na estruturação do polo afeta diretamente a qualidade do curso, interferindo na relação da instituição com os alunos. A Coordenação do Curso tem o compromisso de enviar a bibliografia mínima basilar para cada disciplina, pelo menos seis meses antes do início do semestre. 29. DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS 107 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE LETRAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA A DISTÂNCIA REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO CURSO DE LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA A DISTÂNCIA CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1° - Este regulamento fixa procedimentos para creditação de atividades complementares para fins de integralização da carga horária do Curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa a Distância, do Departamento de Letras, de acordo com a Resolução nº 12/2013, de 23/05/2013, do Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPE. CAPÍTULO II DAS FINALIDADES Art. 2º - As atividades complementares têm a finalidade de enriquecer o processo de ensinoaprendizagem, privilegiando a complementação da formação social e profissional, e o que deve caracterizar este conjunto de atividades é a flexibilidade de carga horária semanal, com controle do tempo total de dedicação pelo estudante durante o semestre ou ano letivo. Art. 3º - As atividades complementares devem possibilitar o reconhecimento, por avaliação, de habilidades e competências do aluno, inclusive adquiridas fora da Universidade. Sua implementação visa a estimular a prática de estudos independentes, transversais, opcionais, interdisciplinares, de atualização profissional, sobretudo nas relações com o mundo do trabalho, estabelecidas ao longo do curso de graduação, notadamente integrando-as às diversas peculiaridades regionais e culturais. CAPÍTULO III DA NATUREZA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES Art. 4º - Para fins de validação da participação do aluno em atividades complementares, serão consideradas as seguintes atividades de ensino, pesquisa e extensão: 1. ENSINO 1.1 Participação do(a) discente no Programa Institucional de Monitoria da UFPE, como monitor(a) em disciplina(s) do perfil curricular do curso, sob orientação de docente responsável pela(s) disciplina(s). 1.2 Participação do(a) discente, como estudante, em cursos de língua portuguesa, LIBRAS, línguas indígenas ou línguas estrangeiras ofertados por instituições de ensino superior ou técnico, escolas de idiomas, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, projetos institucionais de ensino de idiomas (IES), fundações ou associações científicas e entidades de representação estudantil. 1.3 Participação do(a) discente, como ouvinte, em curso de formação profissional ofertado por instituição de ensino de ensino básico, ensino superior ou técnico, escolas de idiomas. 1.4 Participação do(a) discente em estágio não obrigatório em instituições de ensino básico ou escola de idiomas, com contrato reconhecido pela UFPE. 1.5 Participação do(a) discente, como monitor(a), em cursos, minicursos e oficinas, em eventos acadêmicos, sob a orientação do(a) docente ministrante. 1.6 Participação do(a) discente, como bolsista ou voluntário, em Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) ou Programa de Educação Tutorial (PET), devidamente cadastrado(a) junto às coordenações desses programas na UFPE. 1.7 Participação do(a) discente em órgãos institucionais, como Colegiado do Curso, Pleno do Departamento ou Conselho Departamental do CAC. 2. PESQUISA 2.1 Participação do(a) discente, como bolsista ou voluntário, em Programa Institucional de Iniciação Científica, devidamente cadastrado junto à coordenação do programa na UFPE. 2.2 Participação do(a) discente, como membro de Grupo/Núcleo de Pesquisa, com cadastro no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, desde que a participação não seja concomitante à participação no Programa de Iniciação Científica (PIBIC) da UFPE. 2.3 Participação do(a) discente, como voluntário, colaborando com o levantamento de dados em projetos de pesquisa aprovados na UFPE. 2.4 Apresentação de trabalho científico na área de Letras ou em áreas afins, pelo(a) discente, sob a orientação de docente da UFPE, em eventos científicos (congressos, seminários, encontros, entre outros) de abrangência local, regional, nacional ou internacional, ofertados por instituições de ensino superior ou técnico, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, escolas de idiomas, fundações ou associações científicas e entidades de representação estudantil. 2.5 Publicação de trabalho científico completo, de autoria do(a) discente (individual ou em grupo), sob orientação de docente da UFPE, em anais de eventos, periódicos científicos, livros, em meio impresso ou digital, com ISSN ou ISBN. 2.6 Publicação de resumo de trabalho científico de autoria do(a) discente (individual ou em grupo), sob orientação de docente da UFPE, em caderno de resumos, anais de eventos, periódicos científicos, livros, em meio impresso ou digital, com ISSN ou ISBN. 2.7 Premiação por trabalho científico na área de Letras ou em áreas afins concedida por instituições de ensino superior, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, fundações, associações ou entidades científicas. 3. EXTENSÃO 3.1 Participação do(a) discente em projeto de extensão, sob a orientação do(a) docente da UFPE responsável pela coordenação do projeto. 3.2 Participação do(a) discente, como ouvinte, em congressos, seminários, encontros ou outros eventos científicos promovidos por instituições de ensino superior, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, fundações e associações científicas ou entidades de representação estudantil. 3.3 Participação do(a) discente, como ouvinte, em curso, minicurso ou oficina na área de Letras ou em áreas afins, ofertado(a) por instituições de ensino superior ou técnico, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, fundações e associações científicas, órgãos institucionais de universidades/faculdades, entidades estudantis. 3.4 Participação do(a) discente, como monitor(a), em comissão organizadora de evento científico promovido por instituições de ensino superior ou técnico, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, escolas de idiomas, fundações e associações científicas ou entidades de representação estudantil. 3.5 Participação do(a) discente, como debatedor ou moderador, em evento científico (palestras, conferências, mesas redondas, entrevistas etc) promovido por instituições de ensino superior ou técnico, escolas de idiomas, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, fundações e associações científicas, entidades estudantis. 3.6 Participação do(a) discente, como ouvinte, em banca de defesa pública de trabalho de mestrado ou doutorado na área de Letras. 3.7 Participação do(a) discente, como ouvinte, em banca de defesa pública de trabalho de especialização na área de Letras. 3.8 Participação do(a) discente, como ouvinte, em banca de defesa pública de trabalho de conclusão de curso de graduação em Letras. 3.9 Participação do(a) discente, como bolsista, em Programa Institucional de Extensão e Cultura (PIBEX) ou Programa de Bolsas de Incentivo Acadêmico (BIA), cadastrado(a) junto às coordenações dos programas na UFPE. CAPÍTULO IV DOS PROCEDIMENTOS DE CREDITAÇÃO Art. 5º - A UFPE disponibiliza aos Cursos, através do sistema acadêmico SIG@ e de registros isolados, as informações necessárias para que se proceda à implantação das atividades complementares. Art. 6º - O aluno deverá encaminhar os certificados comprobatórios das atividades complementares via requerimento ao Coordenador do Curso, utilizando o barema em anexo e solicitando a creditação em seu histórico escolar. Art. 7º - A Coordenação do Curso, após apreciação da solicitação, registrará, no sistema de gestão acadêmica, a creditação da atividade complementar, explicitando sua categoria e carga horária. CAPÍTULO V DA CARGA HORÁRIA Art. 8º - O componente Atividades Complementares no currículo do curso de LetrasLicenciatura em Língua Portuguesa corresponde a 210 horas, que poderão ser distribuídas conforme tabela a seguir, que fixa a carga horária correspondente a cada categoria de atividade, bem como a quantidade máxima de horas a serem integralizadas por categoria: EIXO ITEM ATIVIDADE 1. ENSINO 1.1 Monitoria acadêmica 1.2 Curso de língua 1.3 Curso de formação/capacitação profissional 1.4 Estágio não obrigatório 1.5 Monitoria acadêmica em cursos, minicursos e oficinas 1.6 PIBID, Residência Pedagógica ou PET DESCRIÇÃO Participação do(a) discente no Programa Institucional de Monitoria da UFPE, como monitor(a) em disciplina(s) do perfil curricular do curso, sob orientação de docente responsável pela(s) disciplina(s). Participação do(a) discente, como estudante, em cursos de língua portuguesa, LIBRAS, línguas indígenas ou línguas estrangeiras ofertados por instituições de ensino superior ou técnico, escolas de idiomas, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, projetos institucionais de ensino de idiomas (IES), fundações ou associações científicas e entidades de representação estudantil. Participação do(a) discente, como ouvinte, em curso de formação profissional ofertado por instituição de ensino de ensino básico, ensino superior ou técnico, escolas de idiomas. Participação do(a) discente em estágio não obrigatório em instituições de ensino básico ou escola de idiomas, com contrato reconhecido pela UFPE. Participação do(a) discente, como monitor(a), em cursos, minicursos e oficinas, em eventos acadêmicos, sob a orientação do(a) docente ministrante. Participação do(a) discente, como bolsista ou voluntário, em Programa Institucional de Bolsas de Iniciação CARGA HORÁRIA POR ATIVIDADE 60h/semestre CARGA HORÁRIA MÁXIMA 120h 1h/cada hora de atividade 50h A duração do curso, respeitando-se a carga horária máxima para esta atividade. 40h/semestre 45h 15h/monitoria 45h 60/semestre 120h 80h 2. Pesquisa 1.7 Representação discente 2.1 PIBIC 2.2 Grupo/Núcleo de Pesquisa 2.3 Voluntário em levantamento de dados 2.4 Apresentação de trabalho científico à Docência (PIBID) ou Programa de Educação Tutorial (PET), devidamente cadastrado(a) junto às coordenações desses programas na UFPE. Participação do(a) discente em órgãos institucionais, como Colegiado do Curso, Pleno do Departamento ou Conselho Departamental do CAC. Participação do(a) discente, como bolsista ou voluntário, em Programa Institucional de Iniciação Científica, devidamente cadastrado junto à coordenação do programa na UFPE. Participação do(a) discente, como membro de Grupo/Núcleo de Pesquisa, com cadastro no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, desde que a participação não seja concomitante à participação no Programa de Iniciação Científica (PIBIC) da UFPE. Participação do(a) discente, como voluntário, colaborando com o levantamento de dados em projetos de pesquisa aprovados na UFPE. Apresentação de trabalho científico na área de Letras ou em áreas afins, pelo(a) discente, sob a orientação de docente da UFPE, em eventos científicos (congressos, seminários, encontros, entre outros) de abrangência local, regional, nacional ou internacional, ofertados por instituições de ensino superior ou técnico, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, escolas de idiomas, fundações ou associações 15h/semestre 30h 60h/semestre 120h 30h/semestre 90h 10h/projeto 20h 30h/trabalho apresentado 120h 3. Extensão 2.5 Publicação de trabalho científico completo 2.6 Publicação de resumo de trabalho científico 2.7 Premiação por trabalho científico na área de Letras ou em áreas afins 3.1. Projeto de extensão 3.2 Participação em evento científico 3.3 Participação em curso, minicurso ou oficina científicas e entidades de representação estudantil. Publicação de trabalho científico completo, de autoria do(a) discente (individual ou em grupo), sob orientação de docente da UFPE, em anais de eventos, periódicos científicos, livros, em meio impresso ou digital, com ISSN ou ISBN. Publicação de resumo de trabalho científico de autoria do(a) discente (individual ou em grupo), sob orientação de docente da UFPE, em caderno de resumos, anais de eventos, periódicos científicos, livros, em meio impresso ou digital, com ISSN ou ISBN. Premiação por trabalho científico na área de Letras ou em áreas afins, concedida por instituições de ensino superior, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, fundações, associações ou entidades científicas. Participação do(a) discente em projeto de extensão, sob a orientação do(a) docente da UFPE responsável pela coordenação do projeto. Participação do(a) discente, como ouvinte, em congressos, seminários, encontros ou outros eventos científicos promovidos por instituições de ensino superior, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, fundações e associações científicas ou entidades de representação estudantil. Participação do(a) discente, como ouvinte, em curso, minicurso ou 40h/trabalho publicado 160h 10h/resumo publicado 40h 20h/premiação 40h 60/semestre 120h 1h/2h de participação 75h 1h/1h de participação 80h 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 oficina na área de Letras ou em áreas afins, ofertado(a) por instituições de ensino superior ou técnico, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, fundações e associações científicas, órgãos institucionais de universidades/faculdades, entidades estudantis. Monitoria em organização de evento Participação do(a) discente, como científico monitor(a), em comissão organizadora de evento científico promovido por instituições de ensino superior ou técnico, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, escolas de idiomas, fundações e associações científicas ou entidades de representação estudantil. Participação como Participação do(a) discente, como debatedor(a)/moderador(a)/entrevistador(a) debatedor ou moderador, em evento em evento científico científico (palestras, conferências, mesas redondas, entrevistas etc) promovido por instituições de ensino superior ou técnico, escolas de idiomas, grupos/núcleos de pesquisa cadastrados no DGP do CNPq, fundações e associações científicas, entidades estudantis. Participação em banca de defesa pública Participação do(a) discente, como na pós-graduação stricto sensu ouvinte, em banca de defesa pública de trabalho de mestrado ou doutorado na área de Letras. Participação em banca de defesa pública Participação do(a) discente, como na pós-graduação lato sensu ouvinte, em banca de defesa pública de trabalho de especialização na área de Letras. Participação em banca de defesa pública Participação do(a) discente, como na graduação ouvinte, em banca de defesa pública de trabalho de conclusão de curso de graduação em Letras. 20h/evento organizado 60h 15h/evento 45h 4h/participação 20h 3h/participação 15h 2h/participação 10h 3.9 PIBEX ou BIA Participação do(a) discente, como bolsista, em Programa Institucional de Extensão e Cultura (PIBEX) ou Programa de Bolsas de Incentivo Acadêmico (BIA), cadastrado(a) junto às coordenações dos programas na UFPE. 60h/semestre 120h Art. 9° - Somente serão registradas no sistema de gestão acadêmica atividades complementares com, no mínimo, 15 (quinze) horas. Art. 10° - No caso de uma atividade não alcançar a carga horária mínima para creditação, poderá ser somada a outra de mesma natureza ou correlata, devendo ser o fato anotado no sistema de gestão acadêmica no campo de descrição da atividade. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Art. 11° - Os casos omissos serão submetidos à apreciação do Colegiado do Curso. Art. 12º - Quaisquer modificações significativas deste instrumento regulador das Atividades Complementares devem ser aprovadas pelo Colegiado do Curso. Art. 13º - Este regulamento entra em vigor a partir da data de sua aprovação. Aprovado pelo Colegiado do Curso em 11 de agosto de 2020. ANEXO – BAREMA PARA VALIDAÇÃO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES ATIVIDADES DE ENSINO (Apresentar os documentos comprobatórios em anexo, na mesma ordem de apresentação das atividades na tabela a seguir). Descrição da atividade Período de realização C.H. total da atividade realizada C.H. a ser validada (conforme o novo regimento de AC) Total de horas válidas de ENSINO: __________ (Preenchimento da UFPE) Deferida Indeferida (Preenchimento da UFPE) (Preenchimento da UFPE) ATIVIDADES DE PESQUISA (Apresentar os documentos comprobatórios em anexo, na mesma ordem de apresentação das atividades na tabela a seguir). Descrição da atividade Período de realização C.H. total da atividade realizada C.H. a ser validada (conforme o novo regimento de AC) Total de horas válidas de PESQUISA: __________ (Preenchimento da UFPE) Deferida Indeferida (Preenchimento da UFPE) (Preenchimento da UFPE) ATIVIDADES DE EXTENSÃO (Apresentar os documentos comprobatórios em anexo, na mesma ordem de apresentação das atividades na tabela a seguir). Descrição da atividade Período de realização C.H. total da atividade realizada C.H. a ser validada Deferida Indeferida (Preenchimento da UFPE) (Preenchimento da UFPE) (conforme o novo regimento de AC) Total de horas válidas de EXTENSÃO: __________ (Preenchimento da UFPE) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS FOLHA DE ASSINATURAS Emitido em 12/04/2021 REGULAMENTO Nº 1/2021 - CGPAD (12.13.64) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 12/04/2021 18:10 ) MARCELA REGINA VASCONCELOS DA SILVA NASCIMENTO COORDENADOR 3101145 Para verificar a autenticidade deste documento entre em http://sipac.ufpe.br/documentos/ informando seu número: 1, ano: 2021, tipo: REGULAMENTO, data de emissão: 12/04/2021 e o código de verificação: 534905ccfe SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE LETRAS COORDENAÇÃO DO CURSO LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA (EAD) 1 2 3 4 ATA DA 2ª REUNIÃO DE NDE E 5ª REUNIÃO DO COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA A DISTÂNCIA, REALIZADA NO DIA 11 DE AGOSTO DE 2020, ÀS 16H50, EM FORMATO ONLINE, VIA E-MAIL 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 Aos onze dias do mês de agosto do ano de dois mil e vinte, às dezesseis horas e cinquenta minutos, via e-mail, reuniram-se os membros do Núcleo Docente Estruturante e do Colegiado do Curso de Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa a distância (EaD), convocados por meio eletrônico, com a presença dos senhores professores: Marcela Regina Vasconcelos da Silva Nascimento, Camila Michelyne Muniz da Silva, Ricardo Postal, Inara Ribeiro Gomes, Gláucia Renata Pereira do Nascimento, Emanuel Cordeiro da Silva, Maria Auxiliadora Soares Padilha, Thelma Penerai Alves, Ana Beatriz Gomes Pimenta Carvalho, Eduardo Melo França e da representante discente Zuila Viana, sob a presidência da Professora Marcela Regina Vasconcelos da Silva Nascimento, coordenadora do curso de Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa (EaD). A reunião tratou dos seguintes pontos: 1) Aprovação dos planos de ensino das disciplinas de estágio: a presidente da reunião apresentou o argumento de que, de acordo com a resolução 14/2020 (CEPE-UFPE), que normatiza a retomada das aulas nos cursos de graduação a distância da UFPE, deve ser feita, pela Coordenação do Curso e pelo órgão de lotação docente, uma avaliação da possibilidade de ofertas de estágios no semestre que será reaberto em agosto de 2020. A presidente da reunião considerou, então, o posicionamento das docentes responsáveis pelas disciplinas de estágio: a profa. Ana Beatriz, que já havia sinalizado, em comunicação por e-mail, a possibilidade de ofertar Estágio I, e a Profa. Thelma Panerai, que traçou um plano, considerando estratégias viáveis nesse contexto de pandemia, para que os estágios II e III também pudessem ser oferecidos. Foram apresentados, anexados ao e-mail correspondente a essa reunião, os planos de ensino elaborados pelas docentes, as quais procederam às alterações requeridas pela Portaria 544, de 16 de junho de 2020 (MEC-BRASIL). Ainda de acordo com a mesma portaria, os planos também deveriam ser aprovados pelo Colegiado do Curso. Diante do exposto, os docentes integrantes do NDE e do Colegiado se posicionaram, por unanimidade, favoravelmente aos planos de ensino apresentados pelas professoras. 2) Aprovação de novo regimento de Atividades Complementares (AC): a presidente da reunião apresentou a proposta dos órgãos internos constituintes da UFPE sobre uma reforma no regimento atual de Atividades Complementares, a fim de reconhecer muitas das atividades das quais os estudantes podem participar (de maneira online, sobretudo) durante a pandemia. Diante disso, a professora Marcela Vasconcelos e a professora Camila Michelyne Silva apresentaram ao NDE e ao Colegiado uma proposta de novo regimento, a fim de diversificar ainda mais a participação dos alunos do curso em atividades acadêmicas e científicas, principalmente no que tange aos diversos eventos online que têm sido oferecidos. A proposta do novo regimento de Atividades Complementares foi aprovada por unanimidade. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE LETRAS COORDENAÇÃO DO CURSO LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA (EAD) 43 44 45 46 47 Nada mais havendo a tratar, a Presidência agradeceu a participação de todos e deu por encerrada a sessão, da qual, para constar, eu, Camila Michelyne Muniz da Silva, vicecoordenadora do Curso Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa (EaD), lavrei a presente ata, que será assinada por mim e pela Senhora Presidente. Recife, onze de agosto de dois mil e vinte. 48 49 _______________________________________________________ 50 Presidente da Reunião – Profa. Marcela Regina Vasconcelos da Silva Nascimento 51 ________________________________________________________ 52 53 Vice-coordenadora do Curso Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa (EaD) – Profa. Camila Michelyne Muniz da Silva MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS FOLHA DE ASSINATURAS Emitido em 12/04/2021 ATA Nº 519/2021 - CGPAD (12.13.64) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 12/04/2021 18:10 ) MARCELA REGINA VASCONCELOS DA SILVA NASCIMENTO COORDENADOR 3101145 Para verificar a autenticidade deste documento entre em http://sipac.ufpe.br/documentos/ informando seu número: 519, ano: 2021, tipo: ATA, data de emissão: 12/04/2021 e o código de verificação: 5b2402ecb2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE LETRAS EXTRATO DE ATA DA NONA (09ª) REUNIÃO, CARÁTER ORDINÁRIO, NO ANO DE 2020, DO PLENO DO DEPARTAMENTO DE LETRAS, CAC, UFPE Ao décimo quarto dia do mês de agosto do ano de dois mil e vinte (2020), às dezesseis horas e trinta minutos, através de videoconferência, reuniu-se, em caráter ordinário, o Pleno do Departamento de Letras, sob a presidência do Professor Juan Pablo Martin Rodrigues, Chefe do Departamento de Letras, estando presentes os professores:(...) QUINTO PONTO. APROVAÇÃO ATIVIDADES COMPLEMENTARES DE CURSO A) Homologação da decisão do Colegiado do Curso de Licenciatura em Letras-Português EaD que reformulou as atividades complementares do referido curso. Após apreciação, o Pleno aprovou a homologação da decisão do Colegiado por unanimidade. E, por ser este extrato cópia de parte do texto da ata da nona (09ª) Reunião, em caráter ordinário, no ano de 2020, do Pleno do Departamento de Letras/CAC/UFPE, pelo qual, eu, Widney Shelldon Souza, subscrevo na condição de Secretário deste Departamento. Recife, ao décimo sétimo dia do mês de agosto do ano de dois mil e vinte (2020). Secretário: Widney Shelldon Souza Assinatura Digital via SIPAC CEP 50740-550 Av. da Arquitetura, s/n – Campus – Cidade Universitária – Recife – PE – Fones 2126-8785 – 2126-8786 – Fax 2126-8787 – e-mail letras_ufpe@yahoo.com.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS FOLHA DE ASSINATURAS Emitido em 31/08/2020 EXTRATO DE ATA Nº 1993/2020 - DL (12.13.08) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 31/08/2020 06:35 ) WIDNEY SHELLDON SOUZA ASSISTENTE EM ADMINISTRACAO 1089933 Para verificar a autenticidade deste documento entre em http://sipac.ufpe.br/documentos/ informando seu número: 1993, ano: 2020, tipo: EXTRATO DE ATA, data de emissão: 31/08/2020 e o código de verificação: e348fd1db3 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS FOLHA DE ASSINATURAS Emitido em 12/04/2021 ATA Nº 520/2021 - CGPAD (12.13.64) (Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO) (Assinado digitalmente em 12/04/2021 18:10 ) MARCELA REGINA VASCONCELOS DA SILVA NASCIMENTO COORDENADOR 3101145 Para verificar a autenticidade deste documento entre em http://sipac.ufpe.br/documentos/ informando seu número: 520, ano: 2021, tipo: ATA, data de emissão: 12/04/2021 e o código de verificação: 05c44dac48